Jonas: 3º dia em Trancoso - Reencontro com Raquel

Um conto erótico de Jonas
Categoria: Heterossexual
Contém 1389 palavras
Data: 04/12/2024 21:26:29

Cara, eu juro que o universo deve ter um senso de humor bizarro. Aquele momento na piscina parecia tão simples, tão despreocupado. O sol batia, as caipirinhas estavam no ponto, e a Luana, relaxada ao meu lado, estava até rindo de uma piada boba minha. Aí, do nada, uma mão toca o ombro dela, e tudo vira de cabeça pra baixo.

Eu vi primeiro. Antes mesmo da Luana virar, eu já tinha reconhecido. Era ela. Raquel. Meu coração deu um salto que parecia querer sair pela boca. Ela estava ali, parada, com aquele sorriso provocativo que só ela sabia fazer. E, meu Deus, como estava bonita. Bronzeada, com um biquíni vermelho que chamava atenção. Por um segundo, aquela mistura perigosa de felicidade e desejo me pegou. Mas logo veio o soco da realidade. Se Raquel estava ali, Diego não devia estar muito longe.

E Diego... ele era o verdadeiro problema.

Tudo voltou como um flash. A mansão, os espelhos, o caos daquela noite. Eu e Raquel... e do outro lado do espelho, Luana com Diego e aquele gaúcho. Foi um dos momentos mais surreais e... destrutivos do nosso relacionamento. Até hoje eu não sabia lidar com o fato de que a Luana, tinha feito coisas com o Diego que ela nunca tinha feito comigo. Era um ciúme que me consumia, mesmo anos depois.

E agora? Agora ela estava prestes a virar e encarar tudo isso de novo.

— Jonas? Quem é? — ela perguntou, meio desconfiada, porque eu estava congelado, sem saber o que fazer.

Antes que eu pudesse bolar uma resposta, ela virou. E foi aí que tudo desabou.

— Raquel?! — Luana disse, surpresa, os olhos arregalados.

Eu vi o choque no rosto dela. Talvez porque não esperava ver a mulher. Talvez porque sabia que se Raquel estava ali, Diego também estava.

Raquel, como sempre, manteve a calma, aquele tom leve que só piorava as coisas.

— Oi, Luana! E você, Jonas. Que surpresa! Eu e Diego chegamos ontem. Vamos passar uns dias aqui, fazer uns passeios pela praia.

O jeito casual como ela falou o nome dele... Diego. Eu senti meu estômago revirar, mas tentei esconder meu nervosismo. Eu sabia que a Luana também estava processando tudo. Era muita coisa pra digerir.

Raquel continuou claramente curtindo o clima estranho:

— Estamos em um dos bangalôs aqui no Club. Vocês deviam aparecer qualquer dia desses. Vai ser um prazer... rever vocês.

Ela puxou um cartão de algum lugar e entregou diretamente à Luana. E aí largou a bomba final:

— É o número do nosso bangalô. Caso queiram se divertir um pouco... — E piscou, antes de começar a se afastar.

Antes que eu pudesse pensar no que fazer ou dizer, Luiza e Pedro apareceram, como se o universo estivesse tentando aliviar a tensão.

— E aí, casal! — Luiza chegou falando alto, sem perceber o clima pesado. — Nossa, essa piscina tá maravilhosa. Vamos entrar?

Ela olhou pra Raquel, curiosa, mas sem malícia, e acenou.

— Oi! Sou Luiza, amiga do Jonas e da Luana.

Raquel sorriu daquele jeito que só ela sabia fazer, se apresentou rapidamente e se despediu.

— Foi um prazer, gente. Nos vemos por aí.

E se foi. Deixando um furacão de sentimentos e memórias atrás de si.

Luiza, claro, percebeu que tinha algo fora do normal.

— Quem era ela? Super linda! Vocês já se conheciam?

Luana respirou fundo, claramente tentando controlar a situação.

— É uma longa história, Luiza. Melhor nem começarmos agora.

E antes que Luiza insistisse, Luana foi direto pra piscina. Deixou a gente ali, enquanto mergulhava na água como se tentasse se livrar do peso daquela aparição.

Pedro, que até então estava quieto, se virou pra mim.

— Cara... Quem era aquela mulher? E o que ela deixou no ar?

Eu respirei fundo, sentindo o peso de tudo aquilo me sufocar.

— Velhos conhecidos. E, pelo jeito, ela trouxe lembranças que a gente não precisava reviver.

O clima na piscina parecia uma mistura de tensão e liberdade, um momento em que o passado e o presente começavam a se confrontar. Depois da saída de Raquel, eu e Pedro ficamos ali, tomando cerveja, enquanto Luiza e Luana conversavam na água. O papo entre mim e Pedro foi tranquilo, mas eu sentia sua curiosidade rondando, como se quisesse perguntar mais sobre o que tinha acontecido. Eu não estava pronto pra entrar naquele assunto.

Depois de um tempo, a cerveja bateu e resolvemos nos jogar na piscina também. A água fresca trouxe um alívio para os pensamentos caóticos. Brincamos um pouco, rimos de coisas bobas, e o peso daquela manhã começou a dissipar.

Luana saiu da piscina para tomar sol, estendendo-se em uma espreguiçadeira. O brilho do sol destacava cada curva dela, e eu me peguei admirando o quanto ela ainda era linda, ainda tão minha. Mesmo com tudo o que tínhamos passado, o desejo por ela nunca tinha diminuído.

Nadei até a borda, mergulhado na água, e segui até ficar entre as pernas dela. Ela me olhou com uma mistura de curiosidade e algo mais, como se quisesse entender o que estava se passando dentro de mim.

— Você está pensativa — falei, minha voz baixa, quase sussurrada.

Ela sorriu de leve, mas eu sabia que aquele sorriso escondia muitas perguntas. Naquele momento, percebi o quanto gostava dela, o quanto queria que aquilo desse certo. E, ao mesmo tempo, soube que, se eu realmente quisesse continuar com Luana, teria que ser mais flexível. O mundo que experimentamos na mansão mudou tudo. Não tinha como voltar atrás e fingir que nada daquilo tinha acontecido.

Olhei para ela com determinação, me aproximando devagar. Fiz um sinal para que viesse até mim, e ela obedeceu, inclinando-se. Beijei-a. Um beijo intenso, cheio de sentimento, que dizia muito mais do que eu conseguiria colocar em palavras. Quando nossos lábios se separaram, aproximei minha boca do ouvido dela.

— Mais tarde, vamos dar um pulinho pra falar com nossos "velhos amigos".

Ela me olhou surpresa, mas logo um sorriso iluminado tomou conta de seu rosto. Era isso. Era hora de colocar um ponto final nesse fantasma que rondava a gente e tentar, de verdade, ser feliz ao lado dela.

Minha mente fez uma rápida comparação entre Raquel e Luana. Ambas eram deslumbrantes, cada uma à sua maneira. Raquel, com seu corpo atlético e aquele ar provocativo, era irresistível. Mas Luana... Luana era minha. Minha mulher, minha parceira, e a pessoa com quem eu queria construir algo, por mais tortuoso que o caminho fosse.

Sem pensar muito, puxei Luana de volta para a piscina. Ela riu, surpresa, enquanto a água nos envolvia. Comecei a beijá-la novamente, mais intensamente dessa vez. Minhas mãos deslizaram por seu corpo, explorando cada curva, e o calor entre nós aumentou rapidamente. O desejo cresceu a ponto de ser quase impossível controlar.

Ela correspondeu, me segurando firme, mas, antes que as coisas fossem longe demais, ela colocou a mão no meu peito, rindo nervosa.

— Aqui não, Jonas... Deixa pra mais tarde.

Eu sorri, entendendo, mas ainda tomado pelo tesão que pulsava em cada parte de mim.

— Tudo bem, mais tarde então. Mas não me deixa esperando muito.

Ela riu, e aquele som foi suficiente para aliviar a tensão. Sabia que estávamos começando a encontrar nosso equilíbrio, mesmo que aos poucos, mesmo que de um jeito torto. O futuro era incerto, mas, naquele momento, eu estava disposto a fazer o que fosse preciso para compensar o passado com coisas boas.

Enquanto eu tentava me acalmar depois do clima com a Luana, senti algo deslizar por baixo d’água e tocar minha rola. Meu corpo ficou tenso na hora, e automaticamente olhei para baixo, confuso. Quando levantei os olhos, vi Luiza do outro lado da piscina, rindo e mordendo os lábios, como se nada tivesse acontecido.

Ela se aproximou um pouco, ainda rindo.

— Relaxa, Jonas... Foi só um toque acidental... Ou será que não? — piscou pra mim, e meu rosto ficou quente na hora.

Antes que eu pudesse falar qualquer coisa, ela completou:

—Se vocês dois estão planejando alguma brincadeira, vejam se nos convidam. — Ela falou com uma voz baixa, quase um sussurro, mas cheia de malícia, me deixando ainda mais desconcertado.

Olhei em volta pra ver se alguém tinha percebido. Luana estava de costas, na beira da piscina, de olhos fechados, curtindo o sol. Pedro, do outro lado, parecia distraído com alguma coisa no celular. Ninguém pareceu notar a provocação descarada da Luiza.

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Comentários

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Torso pelo casal mas ainda pedras pelo caminho

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Seguindo juntos no caminho certo do desastre.

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Falei que o fodedor extraterrestre da mansão iria aparecer...kkk

Acho que já era o relacionamento deles!!!

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