Uma grande mudança em nossas vidas.Cap 3 - Revelações e a queda de Pedrão -3.3

Um conto erótico de Manfi82
Categoria: Heterossexual
Contém 5921 palavras
Data: 05/12/2024 11:57:57

O último relato terminou desse jeito:

“Ficamos em silêncio, imersos nas nossas próprias emoções, até que, finalmente, Ana tentou dizer algo, mas sua voz falhou. Ela parecia querer falar, mas as palavras não saíam. A tensão ficou ainda mais forte. Como se tudo o que tínhamos dito já estivesse dito, mas ainda restasse algo não resolvido entre nós.

E, naquele momento, eu soube que, por mais que tentássemos, as palavras nunca seriam suficientes.

Tomei a iniciativa e mudei o rumo da conversa.

— Quer saber como Amanda e eu conseguimos seguir em frente? Como tentamos, ao máximo, reconstruir nossas vidas?

Ela se surpreendeu com a pergunta e, com um gesto tímido, assentiu com a cabeça. Peguei meu notebook, liguei-o e a convidei para ver algo. A princípio, ela hesitou, mas, após alguns segundos, pegou seu banco e se sentou ao meu lado..”

……..

Ana sentou ao meu lado, com os olhos fixos em mim, ansiosa para o que eu tinha a dizer ou mostrar. O ar parecia pesado, e por um momento o único som na sala era o leve zumbido do notebook ligando. Mesmo com o ambiente repleto de instrumentos, a energia ali parecia sufocante, como se o espaço entre nós carregasse toda a tensão acumulada.

Puxei o ar devagar, sentindo um leve tremor nas mãos enquanto repousavam sobre as teclas. Quando olhei para ela, seu rosto estava atento, mas havia algo mais. Um traço de vulnerabilidade em sua expressão me fez hesitar por um instante antes de começar a falar.

– Eu... – minha voz quebrou no início, e precisei engolir seco antes de continuar. – Eu só consegui lidar com tudo que aconteceu porque um grande amigo meu, praticamente um irmão, me deu uma chance. Ele pediu para eu voltar a tocar profissionalmente. Mesmo numa banda tributo, foi o que me manteve de pé.

Enquanto falava, senti um calor subir pelo peito. Era como se reviver aquilo arrancasse pedaços de mim. Minha respiração estava curta, e meu olhar vagou por um instante, tentando evitar os olhos dela. Toquei de leve a borda do notebook, mais como uma tentativa de ancorar minha mente do que qualquer outra coisa.

Ana não disse nada. Ela inclinou-se levemente para frente, como se quisesse me puxar para a conversa sem me pressionar. Seus dedos roçaram a lateral da calça, um gesto quase imperceptível, mas que eu notei – como se ela também estivesse tentando conter alguma emoção que não sabia expressar.

– Desde criança... – continuei, sentindo a garganta apertar –, eu sempre tive que lidar com piadas, com o bullying por causa do meu jeito de falar. – A essa altura, percebi que estava gaguejando, e meu rosto começou a esquentar. Mas diferentemente do que era antes, isso não me derrubou. Depois de tantas sessões de terapia, aprendi a lidar. Não era perfeito, mas era suficiente.

Ela inclinou a cabeça levemente, e o brilho em seus olhos me fez continuar.

– Eu... eu sempre empurrei os problemas pra longe. Enfiei tudo em um canto escuro da mente e hiperfoquei em algo que me anestesiasse. Foi assim que sobrevivi. – Dei um riso curto e sem humor, baixando o olhar para o chão, onde meus pés se mexiam inquietos. – Isso, às vezes, me fez parecer frio ou distante, mas era o único jeito de não desabar.

O silêncio que se seguiu foi como um peso sobre meus ombros. Não ousava olhar diretamente para Ana, mas podia sentir sua presença. De repente, senti sua mão pousar suavemente sobre a minha. Era um toque delicado, quase hesitante, mas o suficiente para fazer algo em mim desmoronar.

– Foi o que fiz naquela semana da viagem da Amanda – soltei, quase em um sussurro, como se as palavras fossem me trair. – Reaprendi todas as músicas dessa banda que vou te mostrar agora. Só assim consegui aguentar sem cair.

Uma lágrima escapou antes que eu pudesse evitar, deslizando lenta pelo rosto. Apressei-me em enxugá-la com as costas da mão, mas Ana não desviou os olhos. Pelo contrário, ela se aproximou um pouco mais, seu olhar agora mais intenso, quase como se dissesse sem palavras que estava ali comigo.

Eu precisava continuar, mas minha voz simplesmente falhou. Olhei ao redor, fixando o olhar nos instrumentos espalhados pela sala. O brilho metálico dos microfones nos pedestais e o reflexo dos tambores de percussão pareciam aumentar o peso do momento, como se cada objeto ali estivesse testemunhando minha vulnerabilidade. Respirei fundo, tentando buscar forças naqueles detalhes. Quando voltei a encarar Ana, ela apenas assentiu, os olhos dizendo o que sua boca não precisava: Vá no seu tempo.

Dei uma risada curta, carregada de nervosismo, e decidi me abrir:

— Meus pais devem ter ficado malucos naquela semana… Era eu, trancado no quarto, tocando por 14, 16 horas seguidas. As mesmas oito músicas, sem parar — dei um sorriso tímido, quase automático, enquanto uma memória passageira cruzava minha mente. — Minha mãe… ela gravou três músicas da primeira noite em que me apresentei ao vivo. Ela… ela…

Minha voz embargou, e o sorriso murchou de repente. O calor da lembrança foi substituído por uma sensação sufocante, quase opressiva. Levantei-me de forma abrupta, sentindo o coração acelerar. Comecei a andar de um lado para o outro, o som das solas dos meus sapatos ecoando no chão de madeira, misturando-se ao silêncio pesado da sala.

Tentei controlar a respiração, como meu terapeuta havia ensinado. Fechei os olhos por alguns instantes, contando mentalmente. Quando finalmente consegui me acalmar, voltei a me sentar, sentindo o peso de Ana me observando, mas sem pressionar.

— Minha mãe… ela não sabia de nada na época — continuei, com a voz mais controlada, mas ainda carregada de emoção. — Eu não tinha coragem de contar o que realmente estava acontecendo. Talvez… talvez porque eu mesmo estivesse bloqueando tudo, tentando não sentir. Foi só quando chegaram as primeiras fotos e vídeos que eu comecei a entender o que aquilo significava para mim.

Olhei diretamente para Ana, e, pela primeira vez, senti uma ponta de conexão genuína nos olhos dela.

— Ela filmou três músicas daquela noite. E não foram três músicas qualquer. Foram as que tinham mais significado pra mim naquele momento — pausei, engolindo em seco antes de continuar. — A primeira, Temple of Hate, é tecnicamente a mais difícil, na minha opinião. Era a música que eu mais toquei, mais ouvi, naquela semana. Quando me vi tocando ela ao vivo… foi a primeira vez que realmente acreditei que tinha talento.

Ana respondeu com um sorriso discreto, mas genuíno, e aquilo me deu forças para continuar.

— A segunda música… é a que eu quero te mostrar agora. Running Alone. — Peguei o celular dela com cuidado, como se fosse um objeto de valor inestimável, e digitei o nome da música. — Quero que você ouça com atenção, mas, principalmente, leia a letra. O refrão… Ele faz uma pergunta, e no final, eu quero que você me diga o que sente sobre isso.

Entreguei o celular a Ana e me recostei na cadeira. O silêncio que se seguiu foi carregado de expectativa. Enquanto ela se preparava para ouvir, eu observava suas reações, esperando que aquelas palavras e aquele momento criassem um elo que nenhuma explicação racional poderia alcançar.

Dei play no vídeo e, logo na introdução, aquela combinação familiar de grunhidos e o toque suave de música clássica começou a preencher a sala. Assim que nós, guitarristas surgimos no palco, tocando os primeiros acordes, os holofotes estavam apenas em nós. Assistir novamente à forma como eu dominava aquele espaço me trouxe uma onda de emoção difícil de conter. Era como se, por um instante, eu estivesse de volta àquele palco, sentindo a mesma adrenalina que me arrebatou naquele dia.

Parei de falar por um momento, tentando absorver a força da memória. Meus dedos instintivamente tamborilaram na perna, acompanhando o ritmo da música. Olhei para Ana e vi que ela também estava completamente envolvida, seus olhos fixos na tela do notebook enquanto o som envolvia o ambiente.

Respirei fundo e comecei a explicar:

– Essa música... ela mudou tudo para mim. Foi como virar uma chave. Mesmo que o contexto da letra não tenha nada a ver com o que vivi, o significado por trás dela me atingiu de um jeito que eu não consigo colocar em palavras.

No momento em que o refrão começou, desisti de tentar explicar e deixei a música falar por mim. Olhei para Ana, buscando uma reação, e percebi que ela estava completamente vidrada. Seus olhos estavam marejados, e ela segurava o celular com força, acompanhando a letra na tradução que eu havia pedido que lesse. A intensidade do olhar dela era quase palpável, como se cada palavra e nota da música a estivesse atingindo diretamente.

Enquanto ela lia e ouvia, vi sua respiração ficar mais pesada. Parecia que algo estava se conectando ali, algo que ia além das palavras. Meu peito apertou, mas dessa vez não era de angústia. Era a sensação de estar dividindo um pedaço profundo de mim com alguém que realmente se importava.

“Responda-me!

Answer me

O que aconteceu com sua vida?

What happened to your life?

Responda-me!

Answer me

O que você esconde?

What do you hide?

A tempestade nos deixou irritados

The storm made us angry

Eu não sei, espalhando medo

I don't know, spreading the fear

Velhos amigos como inimigos

Old friends like enemies

Seja forte, e esconda todas as suas lágrimas

Be strong, and hide all your tears (all your tears)

…”

…”Responda-me

Answer me

O que aconteceu com sua vida?

What happened to your life?

Responda-me

Answer me

O que você esconde?

What do you hide? (hide, hide, hide)

Você não pode ver?

Can't you see?

Salvação sem luta?

Salvation without fight?

Você não pode ver isso?

Can't you see it?

Que você está cego?

That you are blind?

Embaixo do sol

Under the sun

Em um mundo solitário

In a solitary world

Eu estou correndo sozinho

I am running alone (I am running alone)

Cicatrizes na minha face

Scars on my face

Mãos cansadas de escavar sujeira

Weary hands from digging dirt

Eu estava morrendo sozinho

I was dying all alone

Responda-me

Answer me

O que aconteceu com sua vida?

What happened to your life?

Responda-me!

Answer me

O que você esconde?

What do you hide?

Você não pode ver?

Can't you see?

Salvação sem luta?

Salvation without fight?

Você não pode ver isso?

Can't you see it?

Que você está cego?

That you are blind?

…”

Após o término da música, Ana, tomada por soluços, jogou-se no meu colo e me abraçou com uma intensidade que poucas vezes experimentei. Era um abraço apertado, carregado de dor, compreensão e um consolo mudo. Fiquei ali, imóvel, sentindo cada tremor do seu corpo contra o meu, enquanto as lágrimas dela se misturavam às minhas, que eu nem havia percebido que ainda escorriam.

Depois de alguns minutos, ela se afastou devagar, limpando meu rosto com as mãos trêmulas. Sem dizer uma palavra, inclinou-se e me deu um beijo suave na testa. Era um gesto de carinho tão puro que quase desmoronei de novo. Ela se levantou e saiu da sala sem olhar para trás, enquanto eu ficava ali, com os olhos presos na porta, sentindo o vazio que ela deixava no ambiente.

Pouco tempo depois, Ana voltou, trazendo dois copos de água. Sentou-se ao meu lado, sem dizer nada, e me entregou um deles. Ficamos ali, em silêncio, recuperando o fôlego e tentando reorganizar nossas emoções. O som dos nossos goles de água era a única coisa que quebrava a quietude da sala.

Quando senti que a tensão em meu peito havia diminuído, peguei o notebook novamente e o coloquei no colo. Olhei para Ana, que me encarava com expectativa, e respirei fundo antes de falar:

– Quero te mostrar mais uma música. Essa é ainda mais especial para mim. Chama-se Rebirth, e o nome por si só já diz muito.

Ana assentiu em silêncio, estendendo o celular para que eu colocasse a letra traduzida. Enquanto eu ajustava o vídeo, ela se ajeitou no banco ao meu lado, demonstrando uma curiosidade reverente. Quando dei play, a sala foi preenchida pelos primeiros acordes suaves do violão.

A câmera focava apenas em mim no palco, iniciando a música sozinho, dedilhando o violão acústico. Alguns segundos depois, a vocalista entrou em cena, sua voz harmonizando com a melodia de uma forma que parecia hipnotizar o público. O palco parecia vasto e silencioso, com apenas nós dois sob os holofotes.

Olhei para Ana e a encontrei com os olhos fixos na tela. A admiração estampada no rosto dela era inconfundível. Parecia que, naquele momento, ela enxergava mais do que um vídeo. Talvez estivesse vendo uma parte de mim que eu ainda tentava entender, ou quem sabe uma parte dela mesma.

Enquanto os versos avançavam e o refrão ecoava pela sala, a letra parecia narrar tudo o que Amanda e eu vivemos naquele período. Era mais do que uma música; era uma declaração de sobrevivência. Um lembrete de que, por mais esmagadora que a vida possa ser, sempre há espaço para um novo começo.

“Brisa fresca de um dia de verão

Cooling breeze from a summer day

Ouvindo ecos de seu coração

Hearing echoes from your heart

Aprendendo como recompor as palavras

Learning how to recompose the words

Deixe o tempo simplesmente voar

Let time just fly

Alegres gaivotas vagando na praia

Joyful seagulls roaming on the shore

Nem uma única nota soará

Not a single note will sound

Ergo minha cabeça após secar meu rosto

Raise my head after I dry my face

Deixe o tempo simplesmente voar

Let time just fly

Relembrando, recuando

Recalling, retreating

Retornando, recuperando

Returning, retrieving

Uma conversa fiada da qual sente falta

A small talk you're missing

Mais sagaz, porém mais velho agora

More clever, but older now

Um líder, um aprendiz

A leader, a learner

Um legítimo iniciante

A lawful beginner

Um hóspede de loucura

A lodger of lunacy

Tão lúcido na selva

So lucid in the jungle

Um ajudante, um pecador

A helper, a sinner

O sorriso agonizante de um espantalho

A scarecrow's agonyzing smile

Oh, minutos giram e giram em minha cabeça

Oh, minutes go round and round inside my head

Oh, meu peito vai explodir, caindo em pedaços

Oh, my chest will now explode, falling into pieces

A chuva cai no chão

Rain breaks on the ground

Sangue

Blood

Um minuto para sempre

One minute forever

Um pecador se arrependendo

A sinner regretting

Meu sofrimento vulgar termina

My vulgar misery ends

Voe pelo vento de um novo dia

Ride the wind of a brand new day

Alto aonde as montanhas ficam

High where mountain's stand

Encontrei novamente minha esperança e orgulho

Found my hope and pride again

Renascimento de um homem

Rebirth of a man

(E eu) voo pelos ventos de um novo dia

(And I) ride the winds of a brand new day

Alto aonde as montanhas ficam

High where mountain's stand

Encontrei novamente minha esperança e orgulho

Found my hope and pride again

Renascimento de um homem

Rebirth of a man

Hora de voar

Time to fly”

Quando a última nota foi tocada e o vídeo terminou, o silêncio na sala foi tão profundo que parecia nos envolver como um cobertor. Olhei para Ana novamente, e ela apenas me encarou, com os olhos cheios de lágrimas, sem precisar dizer nada.

Eu enxuguei as lágrimas dela com cuidado, tentando não transparecer o quanto a emoção também me tomava por dentro. Minha voz saiu suave, mas firme:

— Eu não preciso que você me conte tudo o que aconteceu naquele dia. Eu nunca vou entender completamente o que você sentiu, porque é algo só seu.

Ana piscou rapidamente, surpresa, mas abriu um sorriso tímido que parecia carregar tanto gratidão quanto cautela.

Eu respirei fundo, sentindo a confiança voltar. Aquele sorriso dela, por mais pequeno que fosse, era um sinal. Continuei:

— Eu comecei a estudar música bem jovem, com uns seis ou sete anos. Comecei com o piano, e desde então sempre fui confiante quando se tratava de música. Tão confiante que, no recital de fim de ano, quis tocar uma peça absurdamente avançada para alguém com apenas dois anos de prática.

Ela relaxou um pouco mais, arrastando o banco para mais perto. Seus olhos brilhavam com um misto de curiosidade e cautela. O sorriso, tímido mas constante, me deu coragem.

— Minha professora, na época, disse algo que nunca esqueci: “A música é a janela do coração.” – fiz uma pausa, rindo de leve. – Ou algo assim. Ela disse: “Você pode ter toda a técnica, habilidade e vontade do mundo, mas se não sentir a música, se não souber por que está tocando ou cantando, se não estiver conectado a ela, vai parecer vazio. Qualquer um que se conectar de verdade vai tocar melhor que você, mesmo que tenha menos habilidade.”

Ana inclinou a cabeça, agora completamente atenta. Seu olhar não saía do meu, e isso me deu a sensação de que ela começava a entender a profundidade do que eu estava tentando transmitir.

— Nós dois somos a prova viva de que ela estava certa. – Sorri para ela, com sinceridade. – Se não tivéssemos passado pelo que passamos, se eu não te explicasse por que essas músicas me emocionam, talvez você as ouvisse como apenas mais músicas de heavy metal. Mas agora... agora você entende.

Havia um brilho no olhar dela, quase como se algo estivesse sendo lentamente desvendado.

— Sabe, eu tive um pesadelo essa madrugada... – minha voz falhou um pouco, mas continuei. – Você sabe com quem e por quê. Eu não consegui mais dormir depois disso. Fiquei pensando em como poderia me conectar a você, em como a gente poderia achar um ponto comum para começarmos a nos reconstruir.

Ela me olhou com uma expressão mista de desconfiança e curiosidade, mas não disse nada.

— Foi então que pensei em outra música, uma das mais icônicas da banda. – Inclinei-me para frente, a intensidade da ideia tomando conta de mim. – Essa música tem tudo a ver com o que precisamos fazer com nossas vidas.

Ana arqueou as sobrancelhas, hesitando, mas não me interrompeu.

— Ela se chama Carry On. Vou mostrar o vídeo de um ensaio meu com a banda, mas a minha proposta para você é diferente. Quero que a gente transforme essa música. Vamos ouvi-la juntos primeiro. Tenho certeza de que você vai se familiarizar com ela bem rápido. E, quando estiver pronta, vamos criar algo novo. Vamos reescrever essa música, não mais como heavy metal, mas como pagode.

Ana piscou, confusa, mas intrigada.

— Eu já fiz os arranjos no cavaquinho. Ainda falta a percussão, mas quero que você finalize isso comigo. Vamos criar juntos, tocar juntos. Quero que essa música seja o nosso renascimento.

Minha voz quebrou levemente ao final, e por um momento o silêncio preencheu o espaço. Ela permaneceu imóvel, me estudando com intensidade, como se avaliasse cada palavra, cada intenção. A tensão era quase palpável, mas eu sabia que, de alguma forma, ela estava considerando o que eu havia dito.

Ana não disse nada de início. Apenas se levantou, pegou um pandeiro e um bumbo e começou a posicionar os microfones, ajustando-os com precisão bem na nossa frente. Eu a observei, ainda esperando alguma palavra, mas o sorriso tímido que nasceu em meu rosto entregava o que meu coração já sabia: ela tinha aceitado minha ideia.

Então, de repente, Ana parou, me encarou com um falso ar de seriedade, o rosto iluminado por um sorriso que tentava esconder.

— Nós vamos fazer isso ou não? Me ajuda! — disse, fingindo impaciência. — Vamos ligar tudo na sua mesa de som portátil. Vamos gravar e ver como fica.

Por alguns segundos, fiquei parado, provavelmente com uma expressão de completo deslumbramento. Era como se minha mente não acreditasse que aquilo estava mesmo acontecendo. Mas, logo, voltei à realidade e começamos a preparar tudo.

Com os instrumentos e equipamentos finalmente prontos, sentamos lado a lado, nossos bancos quase colados. Peguei meu notebook, procurando o vídeo que queria mostrar. Ana parecia mais à vontade, mas não perdeu a chance de reclamar.

— Você tá demorando demais! — resmungou, cruzando os braços com um sorriso irônico.

— Calma, já achei — respondi, sorrindo de volta enquanto dava play.

O vídeo começou com a introdução frenética da banda, as guitarras preenchendo o ambiente com a velocidade típica do power metal. O tapping, uma técnica marcante da banda, dominava os primeiros segundos. Olhei de relance para Ana, que já parecia fascinada, até arregalar os olhos e exclamar, quase em pânico:

— Eu nunca vou conseguir atingir essas notas!

Eu ri, um riso leve que pareceu relaxar o ambiente.

— Não se preocupa. A gente adapta para a nossa versão. Ninguém tá esperando que você vire um André Matos da noite pro dia.

Ela sorriu de canto, soltando uma risadinha tímida, e voltou sua atenção à tela do notebook. Seus olhos deslizavam rapidamente entre a letra traduzida no celular e o vídeo, absorvendo cada palavra da música. À medida que a letra se desenrolava, ela começou a entender a mensagem poderosa por trás daquela melodia.

No refrão, os olhos de Ana começaram a marejar. A emoção foi crescendo como uma onda até que, no clímax da música, ela já estava descontrolada, lágrimas correndo livremente pelo rosto. Sem pensar, encostou a cabeça em meu ombro, buscando algum tipo de amparo. Seu olhar, no entanto, continuava fixo na tela, como se não pudesse desviar, como se cada palavra fosse uma confissão feita diretamente a ela.

Deixei minha mão repousar em seu ombro, um gesto de apoio que não precisava de palavras. Naquele momento, não éramos apenas dois músicos tentando recriar uma canção. Éramos duas almas em busca de cura, permitindo que a música falasse aquilo que talvez não conseguíssemos expressar.

“Mente simplória, por agora você sucumbe

Simple minded brain, for now you succumb

Nada muda o seu caminho

Nothing changes your way

Esse mundo insiste em ser o mesmo

This world insists to be the same

Baseado em nossos erros

Based on our mistakes

As flores desaparecem ao longo da estrada

The flowers fade along the road

Não feche os olhos

Don't blindfold your eyes

Ou a solidão se tornará a lei

So loneliness becomes the law

De uma vida sem significado

Of a senseless life

Siga os seus passos e você descobrirá

Follow your steps and you will find

Os caminhos desconhecidos estão na sua mente

The unknown ways are on your mind

Não precisa de mais nada além de seu orgulho

Need nothing else than just your pride

Para chegar lá, vá!

To get there, go!

Agora você tem que enfrentar um novo dia

Now you'll have to face another day

Você não estará sozinho

You won't be alone

Essa vida está nos forçando a ficar

This life is forcing us to stay

Por quanto tempo?

For how long?

Frio é o vento e o soar do trovão

Cold is the wind and thunder struck

Numa noite de tempestade

On a stormy night

Mas você não vê que eu estou ao seu lado?

But can't you see I'm by your side?

Estamos marchando em frente!

We are marching on!

Siga os seus passos e você descobrirá

Follow your steps and you will find

Os caminhos desconhecidos estão na sua cabeça

The unknown ways are on your mind

Não precisa de mais nada além de seu orgulho

Need nothing else than just your pride

Para chegar lá

To get there

Então, siga em frente, existe um sentido pra vida

So carry on, there's a meaning to life

Que algum dia talvez descubramos

Which someday we may find

Siga em frente, é hora de esquecer

Carry on, it's time to forget

Os restos do passado para seguir em frente

The remains from the past to carry on

Siga os seus passos e você descobrirá

Follow your steps and you will find

Os caminhos desconhecidos estão na sua mente

The unknown ways are on your mind

Não precisa de mais nada além de seu orgulho

Need nothing else than just your pride

Para chegar lá

To get there

Então, siga em frente, existe um sentido pra vida

So carry on, there's a meaning to life

Que algum dia talvez descubramos

Which someday we may find

Siga em frente, é hora de esquecer

Carry on, it's time to forget

Os restos do passado

The remains from the past

Então, siga em frente, existe um sentido pra vida

So carry on, there's a meaning to life

Que algum dia talvez descubramos

Which someday we may find

Siga em frente, é hora de esquecer

Carry on, it's time to forget

Os restos do passado

The remains from the past

Siga em frente, é hora de esquecer

Carry on, it's time to forget

Os restos do passado para seguir em frente

The remains from the past to carry on

Os restos do passado para seguir em frente

Remains of past to carry on

Os restos do passado

Remains of past”

Após o término do vídeo, ficamos ali, imóveis. Ana apoiada no meu ombro, soluçando tanto que parecia impossível se conter, e eu, não muito melhor, sentia o peso das lágrimas que já haviam exaurido meus olhos. A sala estava em silêncio, quebrado apenas pela respiração irregular de ambos. Havia algo de catártico naquele momento, como se uma dor que há muito estava guardada finalmente tivesse encontrado uma forma de se expressar.

Aos poucos, a tempestade emocional deu lugar a um silêncio mais leve, um resquício de paz. Respirei fundo, limpei os olhos com as costas das mãos e, sem dizer nada, peguei meu cavaquinho. O som da afinação ecoou pela sala, arrancando de Ana um olhar curioso, ainda com os olhos avermelhados. Comecei a dedilhar a melodia que havia criado na madrugada, e ela, com um ar cético, arqueou as sobrancelhas.

— Isso é… exótico — comentou, com um sorriso de canto que misturava surpresa e uma pontada de descrença.

Não pude deixar de rir enquanto respondia, brincando:

— "Exótico" é um elogio ou você quer dizer outra coisa? Espera só até ouvir tudo.

Continuei tocando, cada acorde mais confiante, enquanto cantarolava a letra de "Carry On, adaptando-a sem me preocupar com minha gagueira. Estava entregue ao momento, e quando olhei para Ana, percebi que seus olhos brilhavam, como se algo tivesse mudado. Ela estava imersa. Primeiro hesitante, depois mais segura, começou a me acompanhar. Pegou o pandeiro, marcando o ritmo timidamente, ainda tropeçando na letra, mas logo encontrou seu lugar.

Conforme avançávamos, a música começava a ganhar forma. Ana, mais relaxada, se permitiu brincar com o ritmo. Seus sorrisos estavam mais frequentes, e a tensão que parecia consumi-la pela manhã agora se dissolvia. Gravamos a primeira versão com cavaquinho e pandeiro, uma versão rústica, cheia de improvisos. Ela então pediu para ligar o áudio gravado, e ali mesmo, no calor da criação, começou a adicionar outros elementos, como o bumbo e pequenas percussões.

O processo se transformou em uma celebração. Ríamos alto, interrompendo as gravações para brincar com as letras ou ajustar os arranjos. Quando percebemos, já passava das duas da tarde. Sentados no chão, entre cabos e instrumentos, decidimos fazer uma pausa. Pedi uma pizza, enquanto Ana ainda brincava com o bumbo, testando combinações.

— Preciso de um descanso. Dormi muito mal essa noite — confessei, sentindo o peso da exaustão finalmente me alcançar.

Ana me lançou um olhar cúmplice e, sem hesitar, levantou-se.

— Vem, vou te mostrar um dos quartos de hóspedes. Lá você consegue relaxar.

Quando me deitei na cama, senti um alívio imediato, como se o peso dos últimos dias finalmente tivesse diminuído. Antes que ela saísse do quarto, no entanto, algo me veio à mente.

— Ana — chamei, e ela parou na porta, me olhando curiosa.

— Diga.

— Que tal um desafio? — perguntei, já com um sorriso no rosto. — Aproveite esse tempinho enquanto eu durmo e escreva uma letra de pagode. Não precisa ser nada profundo ou poético, só… escreva o que você está sentindo agora. Quando eu acordar, a gente trabalha nela. Que tal?

Ela riu alto, debochada, e respondeu:

— Vou pensar no seu caso. — E saiu do quarto, fechando a porta com suavidade.

Fiquei ali, deitado, rindo sozinho. O peso de tudo o que havíamos vivido até aquele momento do dia ainda estava lá, mas agora parecia mais leve, diluído na leveza daquela interação. Fazia tempo que não me sentia tão em paz, tão conectado. Apesar de toda a carga emocional que carregava, havia um sopro de felicidade e otimismo pairando sobre mim.

Com esses pensamentos, não demorou para que o sono me envolvesse. Eu precisava recuperar as energias, pois algo me dizia que o melhor do dia ainda estava por vir.

….

Já se passavam das cinco da tarde quando acordei, um tanto confuso. Era estranho, porque os pesadelos que sempre me atormentavam — ou costumavam atormentar — durante o sono não vieram dessa vez. Sentei na cama por alguns instantes, deixando o silêncio preencher o quarto, até que um aroma delicioso de café fresco chegou até mim, convidativo e nostálgico.

Fui até a cozinha, guiado pelo cheiro, e lá estava Ana. De costas, ela preparava sanduíches de pão de forma recheados com queijo e mortadela, colocando-os cuidadosamente no forno. O cenário era simples, mas a cena carregava uma leveza que há tempos eu não sentia. Meus olhos então pousaram em algo sobre a mesa: uma folha rabiscada, com marcas de caneta por toda parte. Minha curiosidade se acendeu. Ela havia aceitado o desafio. Tentou escrever a letra.

Sem perceber, fiquei parado na entrada da cozinha, observando-a. Ela, notando minha presença, virou-se com um sorriso irônico e despretensioso.

— Vai ficar aí plantado? — disse, com um tom que misturava leveza e provocação. — Fiz café pra te acordar de verdade. E esses sanduíches… bem, são meu clássico: mortadela e queijo.

Antes que eu pudesse responder, ela caminhou até a mesa, pegou a folha rabiscada, deu uma risada curta e olhou para mim com um olhar fingidamente sério.

— Para de bisbilhotar, vai! — brincou, protegendo os rabiscos com o corpo. — Primeiro café, depois eu mostro. Agora senta aqui e aproveita, ou vai embora!

Seu humor era contagiante. Sem discutir, sentei e aceitei o café que ela havia preparado. O calor da bebida deslizava pela garganta, e os sanduíches, apesar de simples, pareciam perfeitos naquele momento. Enquanto comíamos, o ambiente se encheu de um silêncio confortável, quebrado apenas pelos sons do forno e o murmúrio do vento lá fora.

Quando terminamos, Ana, sem esconder a ansiedade, me puxou pela mão até a sala de música. Sentamos lado a lado, e ela finalmente entregou a folha que eu tanto queria ver.

Peguei o papel e comecei a ler. As palavras, escritas com uma honestidade brutal, me pegaram de surpresa. A simplicidade da letra era poderosa, cada frase carregava um pedaço de sua alma, uma luta interna que ela ainda estava travando. Minhas mãos começaram a tremer, e antes que eu percebesse, lágrimas silenciosas desciam pelo meu rosto.

A letra que ela escreveu não era apenas uma tentativa de se expressar. Era um grito silencioso, uma manifestação de sua dor e de uma perda quase irreparável. Percebi, naquele momento, que ela estava perto de perder a vontade de viver, de desistir de tudo que ainda podia parecer importante. Eu a conhecia o suficiente para sentir isso, para ver nos olhos dela a falta de um propósito claro, a sombra de algo mais profundo que ela não conseguia ou não queria enfrentar. Eu sabia que aquelas palavras não eram só sobre a música, mas sobre o quanto ela já tinha se sentido perdida, sobre a luta interna para não se afundar completamente no vazio. Com certeza acredito que nosso encontro naquela semana não foi por acaso. Havia uma missão divina por trás, pelo menos é o que eu sempre acreditei.

Vontade de Viver

(Samba)

Verso 1

A vida é como um samba, nunca deve acabar,

Nossa vontade de viver, é o que nos faz cantar.

Já enfrentei a tristeza, mas voltei a sorrir,

Agora sou mais forte, só me resta seguir.

Refrão

Com vontade de viver, deixei o medo pra trás,

O que passou, passou, agora eu só quero paz,

Com o samba no peito, vou celebrar,

A vida é pra viver, não vou mais esperar.

Eu quero paz, eu quero amor

Quero viver, seja como for

Com o samba no pé sou mais feliz

Sem medo do passado, voltarei a sorrir.

Verso 2

Já enfrentei a dor, mas ela não ficou,

A chuva passou e o arco-íris chegou,

A vida é meu samba, é minha canção,

Com amor e esperança, vou no meu coração.

Refrão Final

Com Vontade de viver, deixei o medo pra trás,

O que passou, passou, só quero paz,

Com o samba no peito, cantando sem cansar,

A vida é pra viver, o que nos resta é sambar.

Eu quero paz, eu quero amor

Quero viver, seja como for

Com o samba no pé sou mais feliz

Sem medo do passado, voltarei a sorrir.

— Você conseguiu — murmurei, sem levantar os olhos do papel. — Você realmente conseguiu colocar tudo aqui.

Ela apenas me olhou, sem dizer nada, e me entregou o cavaquinho enquanto pegava o pandeiro. Havia uma cumplicidade tácita entre nós naquele momento, como se palavras fossem desnecessárias. Comecei a tocar suavemente, criando um campo harmônico para a letra que Ana havia escrito. Cada nota parecia buscar a profundidade das palavras dela, tentando dar vida ao que estava no papel.

Os primeiros minutos foram desafiadores. Transformar emoções tão pesadas em melodia não era algo simples, especialmente em um ritmo tão leve quanto o pagode. Mas conforme avançávamos, tudo começou a se alinhar. Ana me acompanhava com o pandeiro, às vezes improvisando com pequenos toques que davam um charme único à música. Sua voz, ainda insegura, logo começou a preencher o ambiente. Era como se ela estivesse redescobrindo algo perdido, algo essencial.

Em pouco mais de duas horas, finalizamos a música. Não era apenas uma canção. Era um pedaço de nós, uma síntese das dores e esperanças que compartilhávamos. A letra, apesar de direta, carregava um significado profundo. Qualquer um que a ouvisse entenderia a mensagem, mas para Ana, o peso emocional era incomparável. Era a expressão de sua luta silenciosa, de seu desejo de se reconectar com a vida.

Olhei para ela, que segurava o pandeiro com as mãos trêmulas e os olhos úmidos. Eu sabia que estava no caminho certo, mas também sabia que não podia exigir mais nada. Não naquele momento.

— Ana… — comecei, a voz um pouco embargada. — Eu preciso te contar algo.

Ela me encarou, curiosa, mas sem a leveza de antes.

— Meus pais têm um plano — continuei, escolhendo as palavras com cuidado. — Um plano que pode mudar tudo, para que finalmente o Pedrão pague por tudo, tudo mesmo…mas você é fundamental para que ele funcione.

Expliquei a ideia, minhas mãos inquietas tentando segurar o nervosismo. Para minha surpresa, ela ouviu tudo sem interromper, apenas assentindo vez ou outra. Quando terminei, ela respirou fundo, desviando o olhar por um instante.

— Eu preciso pensar — respondeu, sem rodeios.

Ter que ir para aquela luta sem uma resposta concreta, foi duro, mas não tinha mais volta. Porém, como vocês devem imaginar, no dia da luta, no intervalo entre o quarto e o quinto rounds, foi Ana quem apareceu. E ela não estava sozinha. Trouxe junto toda a companhia que seria a peça final para acabar com Pedrão de uma vez.

Mas isso e muito mais, contarei em meu próximo relato…

Continua…

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Comentários

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Espero que vc não suma novamente

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Tô sofrendo de uma baita depressão amigo!!!

Tô lidando com limitações físicas que um homem de 42 anos não deveria lidar, e a hipótese diagnóstica inicial assustou um pouco...não é tão ruim, mas é ruim...kkk

Obrigado pelo comentário.

Abraço

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Ótimo Manfi. Tb gostei de constar a tradução das músicas, pra mim ficou bem melhor

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Obrigado...

Tá vendo!!! Se vcs fazem críticas construtivas eu, humildemente, consigo rever algumas falhas!!!

Eu vou aproveitar que estou de bom humor para explicar uma coisa...eu me preocupo com a construção da história, com a construção e aprofundamento dos personagens...a pergunta que faço é como fazer uma quase adolescente rever o fato de denunciar um caso de violência sexual sem ter a mínima conexão com ela...se fosse algo fácil e rápido não seria real...a construção da conexão entre eles, o modo como se entendem e vislumbram um futuro é essencial para que Ana ceda, e, mesmo assim, ela pareceu hesitar.

Eu já deixei de me preocupar com o conteúdo esperado aqui neste site. É muito lenta a progressão?? É muito longo os contos?? Posso até concordar, mas essa é a história que eu quero contar.

Agradeço quem está interessado. Aos que não consegui atingir, não digo nada, apenas desculpa.

É isso!!! Acho que ficará claro para todos que ainda posssam ler e comentar. Fiquem a vontade!!!

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Manfi, vou usar as palavras da Ida, mais ou menos isso:

os autores aqui postam para se divertir, pelo menos a maioria. Vc deve postar a SUA história como vc quiser e do seu jeito. Quem gostar, ótimo, continua lendo. Quem não gostar, é só parar de ler e procurar outra história. A Cdc tem história pra todo gosto. Pra mim é simples. Eu mesmo, tem alguns conteúdos que não me agradam, até de autores que gosto, simples, para de ler. Não porque a história é mal contada ou sem qualidade, para porque não gostei do enredo. Isso é demérito do autor? Não, apenas não é o tipo de conteúdo que eu curto. Ninguém compra um livro pra ler mesmo não gostando do estilo do autor. Ou seja, continue escrevendo do seu jeito, há muitos que apreciam.

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Obrigado amigo!!! De coração!!

Eu acho que falta uma ida para melhorar meus textos...kkkk...

Eu falei com o Leon, mas as dicas que ele deu iria no sentido de tirar muitas coisas que fazem minhas histórias, as minhas histórias...acho que entendeu!!! Kkk

E está série em si, realmente não foi curtida para ser algo rápido, ou apenas divertido para os leitores. A oscilação de sentimentos é que faz uma história, uma novela ou romance, interessantes...senão acaba cansando e no final sendo apenas uma história reta, sem nuances, tirando pequenos mistérios, mas sem a profundade que um livro tem que ter para ficar interessante.

A a outra...eu me impressiono pq eu criei do nada, por puro prazer e para escalar do sono do plantão noturno...kkk...e parece tersks aceitação. Vai entender

..mas com ctz é pelo local em que está sendo postado...e o público alvo...então não tem o que fazer, apenas continuar e curtir o que estou escrevendo...nem pensei em postar, só o fiz por conselho do pessoal do grupo dos colegas do curso de escrita criativa.

Mas... é isso...escrevi demais...kkkk

Obrigado pelo comentário...ajuda com novas críticas construtivas... abraço

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Chegando nos finalmente amigo adorei agirá só um pouco mais de expectativa para finalizar nota mil parabéns

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Obrigado meu amigo!!!

Não vai demorar muito mais não...fica tranquilo

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Manfi82, não me conformo de ter demorado tanto a descobrir seus contos! Impecáveis! Aproveitando uns dias de folga, li direito Uma grande mudança..e depois voltei pra dar as devidas estrelas. Nisso me deparei com alguns comentários sobre falta de erotismo na série. Mas em 74.534 palavras, acho que teve sim momentos de erotismo, momentos mais pesados e ligeiras passagens sobre algumas transas. Mesmo pq tem várias outras situações que o autor tem que nos passar pra não perdermos o fio da meada.

Sensacional, intrigas,traições, suspense, personagens psicologicamente abalados, tramas ótimas (uma pergunta só, que fim deu a ex namorada do Fernando/Zeca que morava no mesmo condomínio? Ele disse que ela o procurou mas é depois? Podia ser outra aliada contra o canalha do Pedrão)

Parabéns!!

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Obrigado pelo comentário!!

Fico feliz que tenha gostado!!! Seja bem vindo...kkk

Eu sinceramente não pensei em usar ela, apenas como algo a mais p aprofundar todo a parte psicológica do Zeca. Desculpa a confusão dos nomes. Eu posso e devi editar, mas dá uma preguiça!! Kkk

Talvez amanhã poste outra parte!!!

Obrigado realmente!!

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até porque é revelações e queda do Pedrão e não evolui a queda

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Eu te entendo!!!

Agradeço sua opinião e o comentário!!!

Obrigado

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è legal o conto, só acho que está demorando para chegar nas partes finais

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