No outro quarto, mais experiente, sendo sempre muito contido, Paul jamais chegava a ficar num estado de embriaguez total. Mari, apesar de um pileque gostoso, era senhora de suas ações. Aos beijos, ardentes e intensos, o tesão descontrolado, as coisas esquentaram rapidamente entre os dois.
Paul expôs os seios dela e passou a chupar e lamber com muito mais ousadia.
— Você é linda demais, Mari. Gostosa demais. Estou louco em você …
— Você também é incrível, Paul. Você está me deixando louca.
Paul levou a mão até a bucetinha, afastando a calcinha para o lado. Mari conteve a mão dele:
— Não sei, Paul … não sei se devíamos, Celo …
Paul partiu para o tudo ou nada. Estava tarado, ensandecido de tesão.
— Devíamos sim, Mari. Queremos … eu quero, você também … Celo mesmo disse …
Paul já massageava com maestria o grelinho, levando Mari a sensações incríveis de prazer.
— Celo disse, mas … não com todas as letras, Paul … eu não sei se …
Paul sugou o seio com mais força, enfiando dois dedos na buceta:
— Celo disse que quer que você seja livre, Mari. Que viva sem medos e receios. Ele mesmo disse que tudo isso está fazendo bem para o casamento de vocês. Esse passo é natural, inevitável pelo jeito …
Mari sentiu todas as suas resistências se quebrando. Argumentos, vontades, desejos … tudo indicava um único caminho …
Continuando:
Parte 11: A realidade é sempre diferente da fantasia.
Paul aumentou a fricção com os dedos, acariciando internamente o ponto “G”. Sua boca sugava os seios com voracidade, enquanto a língua, ágil e macia, brincava nos biquinhos enrijecidos pelo tesão. Mari gemia, entregue:
— Ah, Paul … isso é covardia comigo … assim eu não aguento …
Levando a mão de Mari até seu pau, Paul a encorajou a punhetá-lo.
— Que mãozinha gostosa … meu pau cabe perfeitamente …
Incapaz de continuar resistindo, Mari se abaixou devagar, em transe, incentivada pelas palavras de Paul, achando que ele estava correto sobre ser o que Celo queria: que ela se soltasse, que fosse feliz … sem receios ou medos.
Encorajada pelo tesão, pelo diferente que novamente se apresentava em sua vida, Mari começou a lamber e chupar o saco e o pau de Paul, o deixando ainda mais tarado.
Ela sentia uma emoção diferente, nem melhor, nem pior do que as últimas transas com o marido. Celo foi justo e encorajador durante todo o processo.
Aos poucos, as chupadas e carícias da Mari ganhavam mais intensidade, mais dedicação e ela já conseguia enfiar mais da metade do pau na boca.
— Porra! Que delícia, mulher! Que boquinha incrível …
Paul gemia e, inconscientemente, conhecendo a esposa que tinha, tentava provocar e excitar ainda mais a Mari:
— Anna deve estar fazendo o mesmo nesse momento. Celo deve estar indo a loucura, assim como eu …
Mesmo sem entender o motivo, aquelas palavras excitaram Mari ainda mais. Ela tentava caprichar, surpreender Paul. Os dedos dele, mexendo sem parar dentro de sua buceta, quase faziam com que ela perdesse a concentração.
Paul sabia que era a hora de agir de uma vez, avançar para a base final. Sem se preocupar, ele mergulhou entre as coxas dela, lambendo e chupando sua xoxota com uma enorme lascívia. Mari estava tão pronta, tão entregue, que gozou em menos de dois minutos.
Sem lhe dar tempo para descansar, Paul pincelou a cabeça robusta do pau em sua xoxotinha que já estava melada, com uma lubrificação tão intensa que chegava a escorrer. Sentindo aquilo, Paul disse:
— Como eu queria isso … eu estava louco em você.
Mari já não respondia mais por ela, apenas seguia seus instintos.
— Confesso que eu também já não consigo mais me segurar …
Paul empurrou o pau, penetrando apenas a cabeça.
— Delícia … devagar … — Mari gemeu.
Paul foi empurrando a rola, com calma e cuidado, até que ela se agasalhou perfeitamente dentro da Mari.
— Ahhhh … entrou inteira … como isso é bom, não para … — Mari o encorajou.
Paul começou a estocar, muito tarado, apertando os seios, beijando a boca … ofegante, ele também gemeu:
— Você é um puta tesão, Mari … Eu sempre soube que seria incrível … Ahhhh …
O pau dele a invadia pouco a pouco, batendo no fundo, entrando e saindo. Mari tremia de tanto prazer.
— Nossa … eu não acredito que estou fazendo isso … — Mari gemia de prazer.
Paul confundiu prazer com receio, achando que Mari estivesse prestes a dar para trás, e tratou de trazê-la de volta.
— Estamos sim, e está incrível. Tenho certeza de que Anna e Celo estão fazendo o mesmo nesse exato momento. Percebeu que nenhum dos dois ainda apareceu?
Mari estava tão extasiada de tesão, em um mundo próprio, só dela, que mal ouviu o que ele disse. Ela estava cansada de ser contida e pudica. Precisava se libertar de vez, deixar sua melhor versão voltar a existir. Mari sempre adorou sexo, aprendeu em casa com a mãe que não há nada de errado ou imoral em ser feliz. O prazer, a liberdade, superavam o trauma naquele momento.
— Mete, safado … não era isso que você queria … Ahhhh … fode essa buceta …
As palavras de Celo, repetidas por Paul para encorajá-la, ecoavam em sua mente: “Eu só quero que sejamos felizes, amor. Que você seja livre para viver sem medo, sem receios. Tudo isso está fazendo muito bem para a gente, para o nosso casamento, não está?”.
Mari se entregou de vez, beijando com mais volúpia a boca de Paul, rebolando para acomodar melhor suas estocadas, apertando a bunda do amante e falando sacanagens em seu ouvido:
— Mete forte, seu puto … fode essa buceta … Ahhhh … a putinha da sua esposa está fazendo o mesmo com o meu marido … Ahhhh … mete, mete forte, caralho …
Mari percebeu que seu maior medo era infundado. Que ela não precisava se castrar emocionalmente para ser feliz. Não existia a mínima possibilidade de envolvimento afetivo. Paul era um amante gostoso e experiente, mas era em Celo que residia todo o seu amor. Ele era a sua pessoa, seu marido e porto seguro. Se era aquele o estilo de vida que ele queria viver, ela estava pronta para ser sua parceira, cúmplice e dedicada.
Paul estocou com mais velocidade, fazendo o pau bater forte no fundo de sua xoxota. Mari tremia, se contorcendo de desejo, sentindo os espasmos tomarem conta de seu corpo:
— Vai, fode, seu puto gostoso … Ahhhh … Que delícia, eu estou gozandoooo!
Paul ainda estava em ponto de bala, longe de terminar. Ele virou Mari e a colocou de bruços, voltando a penetrar.
— Assim você acaba comigo … quer me fazer gozar quantas vezes?
Paul encaixou o pau novamente na entrada da xoxota e passou estocar mais forte, mais rápido, fazendo Mari gemer alto, alucinada pela experiência libertadora.
— Não para … mete que eu vou gozar de novo … Ahhhh … que tesão …
Paul puxou o corpo dela em sincronia com suas estocadas, fazendo com que Mari ficasse de quatro. Enquanto metia, começou a brincar com os dedos no cuzinho dela, puxando o mel da buceta para facilitar suas intenções. Ele percebeu que ela não fez qualquer objeção à sua investida.
Paul estava completamente imerso, socando o pau inteiro, tirando e repetindo, os corpos se batendo, e Mari gemendo alucinadamente:
— Fode … fode essa buceta … pau gostoso …
Mari gozou pela segunda vez, inebriada e livre … o corpo ardendo pela febre do desejo e do prazer.
— Como isso é bom … como é incrível …
Após o segundo orgasmo e sentindo que Mari estava preparada, já na posição, Paul fez sua investida final. Ele queria comer o cuzinho de Mari. Encostou o pau e forçou a entrada.
— Não sei, Paul … não é sempre que Celo e eu fazemos esse tipo de coisa.
— Vou com calma, se você não gostar, paramos ...
De quatro, Mari começava a ter seu cu penetrado por Paul.
— Devagar … bem devagar … deixa eu me acostumar. — Mari pediu.
Paul foi empurrando com calma, carinhosamente, sem forçar, atendendo ao pedido dela.
— Que cuzinho apertado … gostoso demais … você é maravilhosa, Mari.
A fisionomia de Mari era uma mistura de dor e prazer.
— Vai com calma … eu já falei que não tenho o costume de fazer isso … Estou com medo de machucar … Celo é sempre muito carinhoso comigo …
Mari se manteve de quatro e Paul sabia muito bem como continuar. Ele empurrou, centímetro a centímetro, e aos poucos, a cabeça passou inteira. Ele parou para que ela se acostumasse com o volume.
— Relaxa! Eu vou com calma. Esse cuzinho lindo merece ser bem tratado.
Dois quartos ao lado, após um rápido cochilo, Celo acordou assustado. Seu pau mole estava prensado contra o rosto de Anna. Apagada, ela chegava a roncar baixinho.
Ele a ajeitou na cama e a cobriu com o lençol, se levantando em seguida. Celo sempre fora um bebedor experiente, apreciador do álcool e não iria ser derrubado por algumas latas de cervejas e shots de tequila.
Ele olhou novamente para Anna e se deu conta de que quase havia ultrapassado o limite estipulado em comum acordo com Mari. Se Anna não tivesse apagado, sendo vencida pela bebida, talvez ele não conseguisse resistir aos encantos daquela linda loira madura.
“Por falar na Mari, será que eles ainda estão na área da piscina? Ela deve estar se divertindo”. Celo pensou e saiu do quarto, indo ao encontro da esposa e dos amigos no quintal.
No caminho, ainda no corredor, ele ouviu as vozes da Mari e do Paul. Primeiramente, Celo não pensou bobagens, mas seguiu em direção às vozes, curioso com o que encontraria. A porta estava apenas encostada e Celo a abriu devagar.
— Tá começando a ficar gostoso … assim mesmo … Estou começando a curtir ... vai, fode esse cu. — Ele ouviu Mari falando.
— Hummm … que cuzinho gostoso ... Eu tinha certeza de que seria bom para nós dois. Pode deixar que eu vou foder muito este cuzinho ... — A voz do Paul em seguida.
— Vai, caralho, fode com força ... mete tudo que eu quero gozar de novo — Mari falou de forma ensandecida, movimentando seu corpo para trás, potencializando a penetração.
Celo nunca tinha ouvido a esposa falar ou agir daquela forma. Ao ver a cena, sentindo uma forte pontada no peito, uma ânsia que crescia em seu interior, Celo se sentiu traído. Mari e Paul tinham ultrapassado todos os limites estipulados. As palavras da esposa eram como tapas em sua cara, o agredindo, o acordando para a realidade.
“Novamente isso? Mais uma vez eu sou apenas uma segunda opção? Mesmo depois de vinte anos de casados?”. Os pensamentos de Celo se tornavam sombrios. “Devo acabar com essa palhaçada? Derrubar a lona desse circo?”. Sua mente o traía também. “Não! Se é isso que ela quer, se está aproveitando da situação para fazer isso comigo, quero que todos se fodam. Ela não me merece, não merece me ver sofrer. Não darei esse prazer a ela”.
Celo voltou ao quarto em que estava anteriormente, o mesmo que dividira com Mari durante aquele feriado. Pegou apenas sua carteira, uma camiseta, seus chinelos e a chave do carro. Saiu silenciosamente da casa e entrou em seu carro. Em minutos, estava longe dali, na rodovia, voltando para casa.
Sem ter a mínima noção de que tinham sido vistos, Mari e Paul continuavam em sua luxúria, o prazer e as sensações escalando ardorosamente.
— Vou começar a meter um pouco mais rápido, está preparada?
Paul já tinha o pau quase que totalmente atolado dentro dela.
— Sim! Mete.
Começando a estocar de forma mais rápida, Paul ia e voltava com mais intensidade, já socando até o fundo. Os gemidos da Mari, um misto de dor e prazer, mais como um resmungo, ganhavam altura.
— Devagar, seu puto … mete, mas não tão forte … Ahhhh …
Paul achava que era um pouco de dengo, pois a bucetinha, incapaz de mentir, continuava a se encharcar. O mel do prazer escorria pelas pernas da Mari.
Paul seguiu seus instintos e deu uma estocada mais forte, mais profunda, seu pau, agora inteiro, dentro do cuzinho, fazendo Mari urrar de dor.
— Para caralho! Assim não … tá doendo …
Paul percebeu que julgou mal a situação e passou a ser mais carinhoso, se deitando sobre Mari e beijando sua nuca e ombros, se desculpando com carinho. O peso do corpo dele fez com ela voltasse a se deitar e as estocadas, mais calmas e ritmadas, já traziam prazer e satisfação.
— Agora sim … Ahhhh … que delícia …
Sendo honesta consigo mesma, Mari sentia prazer, mas nunca fora uma profunda apreciadora de sexo anal. Quando o fazia, no passado, era para agradar o ex-noivo, e atualmente, apenas em raríssimas ocasiões, quando via e sentia Celo muito chateado com a situação da vida sexual dos dois.
Ela foi honesta com Paul:
— Sua vez … goza pra mim …
Paul também já estava no seu limite, pois a noite tinha sido muito melhor do que ele poderia ter imaginado.
— Então tá, sua gostosa … que delícia de cuzinho …
Paul tirou o pau de dentro, ejaculando nas costas da Mari. Jatos fortes e seguidos, escorrendo pela bunda e pela lateral do corpo dela.
Paul beijou sua boca, indo se deitar ao seu lado.
— É muito bom ter você e o Celo com a gente. Espero que ele e Anna tenham se divertido tanto quanto nós.
Mari retribuiu o beijo, mas já estava ansiosa novamente. Sua vontade era sair dali imediatamente, mas estava com medo, envergonhada de encarar o marido. “Eu não sei se consigo, não agora, ver Celo e Anna juntos. Acho que seria demais para o meu coração”. Ela pensou e se levantou.
— Preciso de uma ducha. — Ela disse para o Paul.
— Quer companhia? — Ele se ofereceu.
Mari precisava continuar a ser honesta, proteger seus sentimentos.
— Desculpa, Paul. Eu prefiro ir sozinha. Tudo isso é muito novo, muito complicado … eu preciso de um momento só para mim.
Paul entendeu, mas antes que ele pudesse falar qualquer coisa, Mari pediu:
— Posso dormir aqui? Eu não quero atrapalhar o Celo e a Anna. Quero deixá-los aproveitarem.
Paul concordou e entregou a ela uma toalha limpa e também um roupão. Mari, sorrindo para ele, entrou rapidamente no banheiro da suíte.
O banho foi demorado, mas convencida de que não tinha feito nada de errado, e mesmo que seus traumas começassem novamente a tentar lhe atormentar, Mari saiu do banheiro pensando em Celo, e no que falaria para ele no dia seguinte. Uma pontinha de dúvida começava a se infiltrar em sua determinação enquanto ela se preparava para dormir.
“Será mesmo que era isso que ele queria? Será que ele está satisfeito agora? A única coisa que posso fazer amanhã, é ser completamente franca e transparente e exigir que Celo haja da mesma forma”. Mari pensou, enquanto se virava para o lado, sentindo as pálpebras pesadas, se entregando ao sono inevitável.
Duas horas depois, há muitos quilômetros da casa de praia, imerso em seus próprios pensamentos, Celo chegava em casa. A viagem foi amarga, inquietante, as cenas que vira, não saiam de sua mente, o assombrando.
“De novo? O problema sou eu? Eu não sou macho o suficiente para satisfazer minha mulher? Por que Mari? Por que tanta rejeição para mim e tudo o que eu sempre quis, você entregou com muita facilidade para outro?”.
Celo estacionou sem conseguir domar seus pensamentos. Foi direto tomar um banho, pois estava suando frio, quase chegando a passar mal. Se deitou na cama, mas foi incapaz de dormir, sabia que ficar deitado seria pior.
Um pensamento cruel, mas que parecia certo naquele momento, passou por sua cabeça. “Por que não me afastar? Mari não merece nada de mim? Meus filhos estão criados, vivendo a própria a vida e Mari, assim que teve um mínimo de liberdade, me mostrou, que na realidade, é uma outra pessoa? O que me prende aqui? O que me segura? Nada”.
Celo desceu até a garagem e encontrou um jogo de malas antigo. As novas estavam na casa de praia. Com olhos marejados, ele pegou o que achou essencial para algumas semanas: Calças, bermudas, camisas, cuecas, meias, sapatos, um par de tênis … pegou também documentos importantes, como o passaporte e só então se lembrou que, na correria, por ter saído sem pensar direito, seu melhor violão, e também o celular, ficaram para trás.
O dia começava a amanhecer e Celo jogou a mala arrumada no porta-malas do carro. Pegou também seu outro violão, um aparelho de celular antigo, mas que ainda funcionava, fechou a casa e saiu sem rumo. No caminho, decidiria o destino, já que não tinha a menor ideia de para onde ir.
{…}
Vinte e poucos anos atrás:
Celo estava no primeiro ano da faculdade, ainda se adaptando à nova rotina. Deixar o ensino médio para trás não foi fácil, especialmente porque significou se afastar de Camila, sua namorada há um ano e meio. A transferência dela para a mesma universidade, no semestre seguinte, aliviou sua saudade.
Camila era linda, loira, olhos verdes brilhantes, corpo de ninfeta e jeito de mulher. Provocadora, mas reservada. Sempre deixou claro que se guardava para o casamento. Celo respeitava sua decisão, mas seus hormônios em ebulição o torturavam.
Nas férias de final de ano, Camila viajou com a família para uma cidade no interior, onde residia sua avó. Foram cinco semanas de uma separação dolorosa. Sem internet ou smartphones, apenas silêncio.
Ao se reencontrarem, Celo notou uma mudança:
— O que aconteceu? Você está diferente. — Ele perguntou, preocupado.
— Nada não. Foi um tédio aquele lugar. Detestei. — Respondeu Camila, evitando olhar nos olhos.
Semanas se passaram, e o clima entre eles ficou tenso. Até que Camila não conseguiu segurar mais:
— Eu não aguento mais a culpa ... Me perdoa, Celo. Eu fui fraca … durante as férias, acabei ficando com um carinha.
Celo sentiu uma dor cortante:
— Quem é ele? — Celo perguntou, tentando controlar a raiva.
— Não importa. Foi só um beijo ... Uma vez ... Não significou nada. — Justificou Camila, com lágrimas nos olhos.
Se sentindo traído, Celo estava perdido:
— Como você pôde, Camila? Eu te amo.
Celo sentiu seu mundo começar a ruir. Ele lembrava de cada momento juntos, cada juramento de amor, cada promessa de fidelidade. Ele se afastou, procurando ar. Seus olhos cheios de lágrimas contidas.
— Como você pode fazer isso? — Ele sussurrou, não conseguindo segurar o pranto.
Camila chorava, desesperada:
— Eu errei, Celo! Eu amo você, mas fui fraca.
Celo caminhou pela sala, tentando processar seus sentimentos. Raiva, tristeza, decepção. Mas, ao olhar para Camila, via apenas arrependimento e amor.
— Por que você não me contou antes? — Celo tentava controlar sua emoção.
— Eu tinha medo de perder você. — Respondeu Camila.
Ele sentou-se ao lado dela:
— Eu te amo, Camila. Mas preciso saber: você realmente se arrependeu?
Camila assentiu, desesperada:
— Sim, amor. Eu faria qualquer coisa para consertar isso.
Celo olhou fundo nos olhos dela e viu que ela estava sendo sincera. Ele sabia que perdoar não seria fácil, mas não podia imaginar uma vida sem Camila.
— Eu preciso de tempo. — Disse Celo. — Mas não quero perder você.
Camila sorriu, esperançosa.
Após o período de reflexão, Celo e Camila decidiram dar uma segunda chance ao amor. A universidade voltou a ser o palco de sua paixão.
Eles começaram a frequentar as aulas juntos novamente, compartilhando notas e risadas. Celo se destacava em exatas, enquanto Camila brilhava em Letras. Seus estudos eram intercalados por encontros na cafeteria, passeios pelo campus e debates sobre filosofia.
À noite, caminhavam de mãos dadas pelo campus iluminado, discutindo sonhos e projetos. Seus encontros íntimos eram de carinho e desculpas mútuas.
Celo e Camila se juntaram ao grupo de teatro da universidade, onde conheceram Lucas, um ator carismático e Marina, uma atriz talentosa. Juntos, exploravam a cidade, visitando exposições de arte e assistindo a shows musicais. Celo era um músico amador que já despontava, sendo muito elogiado com seu violão, a cada participação em eventos e festas.
No entanto, sombras do passado ainda pairavam sobre eles. Celo ocasionalmente sentia ciúme, enquanto Camila lutava contra a culpa. Mas ambos estavam determinados a superar as adversidades.
Um ano após a reconciliação, Celo começou a perceber mudanças sutis no comportamento de Camila. Ela não respondia mais imediatamente os seus contatos, preferindo estudar sozinha e evitando conversas profundas. Os olhares distantes e sorrisos forçados substituíram o carinho e afeto de antes.
Um dia, Camila cancelou um encontro para estudar para uma prova importante. Celo sentiu uma pontada de preocupação, uma premonição estranha.
— Está tudo bem? — Ele perguntou com preocupação.
No fundo, Celo já conhecia aquele estranho sentimento, mas preferiu ser otimista, dar a ela o benefício da dúvida.
— Sim, apenas estou muito ocupada. — Respondeu Camila, sem olhar para ele.
O aniversário do amigo Lucas chegou, e Camila não compareceu, o deixando esperando por horas, sem nenhum contato ou justificativa. No dia seguinte, após procurá-la por metade do dia, Celo a questionou:
— Senti falta de você ontem. Aconteceu alguma coisa?
Outra vez , a mesma resposta simples.
— Desculpa, estava muito ocupada. — Repetiu Camila.
Celo começou a se sentir isolado e magoado. Desconfianças surgiram novamente. E como gato escaldado tem medo de água fria, seria um outro alguém na vida dela?
O futuro do casal ficou incerto mais uma vez e Celo não conseguiria passar por tudo aquilo novamente. Após uma semana de desencontros, das mesmas desculpas, Celo estava decidido a resolver a situação de uma vez por todas.
— Camila, o que está acontecendo? — Celo perguntou, ansioso.
— Não há nada, só estou ocupada, já disse. Por que você fica pegando no meu pé?
Ele buscou respostas nos olhos de Camila, mas encontrou apenas silêncio. O amor que os unia começava a se desgastar.
Celo decidiu que era hora de mudar a abordagem. Cobrar uma postura de Camila não estava funcionando e as desculpas começavam a se acumular.
— Tudo bem, Camila. Me desculpe, não vou mais ficar pegando no seu pé. Faça o que quiser de agora em diante.
Camila se assustou:
— O que você quer dizer com isso? Não estou entendendo.
Celo se afastou, resmungando:
— Quem não entende mais nada sou eu … preciso ir, me deixa.
Celo e Camila moravam em dormitórios diferentes, em extremos opostos do campus. Cansado de exigir uma resposta, Celo resolveu não ir mais atrás de Camila, deixando-a livre.
Foram quase dez dias de pouquíssimo contato, se vendo esporadicamente em encontros aleatórios pelo campus, entre aulas, ou em conversas com amigos diferentes.
Camila mandava mensagens por amigos, mas Celo estava no limite, certo de que merecia mais respeito e cortesia. Mesmo assim, cansado daquela situação, ele resolveu agir. Era hora de resolver a situação de uma vez ou deixar para lá, recomeçar a vida e partir para outra.
Conhecedor da rotina de Camila, Celo se preparou para surpreendê-la. Comprou um buquê de rosas, seus petiscos e doces preferidos e esperou até o horário que ela costumava voltar para o dormitório. Para encurtar a viagem, decidiu pegar um atalho, passando por trás dos prédios da instituição, local famoso pelos encontros românticos entre estudantes.
Celo ainda estava na metade do caminho, quando, ao dobrar a esquina de um dos prédios, viu Camila subindo a rua, vindo em sua direção. Ele se escondeu, esperando fazer uma surpresa para ela. Entretanto, Camila não terminou de subir a rua e quando Celo olhou novamente, ele a viu entrando em um carro. Ele conhecia bem aquele carro, pois era o veículo de um amigo em comum do casal, Carlos.
Chateado, mas ainda sem entender o que acontecia, Celo se aproximou furtivamente e procurou um lugar onde pudesse ter uma visão melhor. Atrás de uma placa de publicidade, mesmo com a pouca luz, ele via com nitidez os dois e sabia que não podia ser visto.
Inicialmente, eles estavam apenas conversando, mas, pouco tempo depois, começaram a trocar beijos e se acariciar. Celo ficou naquela posição, derrotado, por uns trinta, quarenta minutos. Estava estático, apático, incapaz de se mover.
Camila, sua doce e inocente namorada, aquela que queria se guardar para o casamento, subia e descia na pica de Carlos, gemendo de forma alucinada, sem se importar com mais nada. O local era conhecido por aquilo e ninguém se importava.
Depois de um tempo, com o coração destroçado, Celo resolveu sair dali. Jogou as flores e os petiscos na primeira lata de lixo que encontrou e voltou para o próprio dormitório. A dor era gigantesca. Camila foi sua primeira e única namorada e ele achava que aquele amor duraria para sempre.
Ver a garota que ele amava, se entregando para um outro qualquer daquela forma, o destruiu de uma maneira que ele jamais imaginaria ser possível. A dor chegava a ser física. Seu coração estava em pedaços.
Celo não conseguiu dormir, estudar e muito menos cumprir a jornada de trabalho de meio período que o ajudava nas contas, aliviando o peso financeiro para sua família.
Nos dias seguintes, além de evitar falar com Camila, pois não sabia o que iria dizer, ele também evitou frequentar as aulas. Nem ao menos andava pelo campus, evitando se encontrar com ela.
Decidido, após dias de uma dor sem fim, no sábado seguinte, Celo foi até o dormitório dela e rompeu o namoro sem dar grandes explicações.
— Eu não aguento mais o que está acontecendo. Isso não é uma relação saudável. Me esqueça.
Ele não deu chances para Camila exigir uma explicação, a tratando com extrema frieza. Saiu sem olhar para trás, a deixando confusa e incrédula.
Cinco dias depois, Camila finalmente o emboscou, assim que ele saía do prédio de seu dormitório.
— Você pode me explicar por que tomou a atitude de romper com o nosso relacionamento? Eu queria entender o que aconteceu. Eu mereço, ao menos isso.
Celo se acalmou, sabendo que não tinha para onde correr e decidido a terminar de vez com qualquer vínculo entre eles.
— O que aconteceu foi que, na terça-feira da semana passada, eu fui te fazer uma surpresa e você não estava ...
O interrompendo, Camila se exaltou:
— Você terminou o nosso namoro por que eu não estava em casa? Eu tinha ido na casa de uma amiga. Eu não sabia …
Celo também a interrompeu, de forma rude:
– Eu não cheguei a ir à sua casa, pois eu encontrei você, antes disto.
Camila estava confusa:
– Não entendi? Você me encontrou onde? Quando?
Respirando fundo, tentando conter a raiva, Celo respondeu:
– Na verdade, quando eu estava virando a esquina do prédio da piscina, eu vi você com o Carlos, no carro dele.
Camila acusou o golpe:
– É ... que ... quando eu estava indo na casa da minha amiga, eu encontrei com ele … ele me pediu para conversar …
Celo cansou da conversa fiada:
– Eu fiquei lá, assistindo vocês, por mais de trinta minutos. Realmente, foi uma ótima conversa.
Ele, mais triste, revoltado, do que furioso, queria entender:
— Por quê? O que eu fiz para merecer? Por que não comigo?
Vendo que não tinha como manter qualquer mentira, continuar sendo desonesta, Camila resolver ser verdadeira:
– Você, Celo, é homem pra “casar” e não para curtir … você é muito cordato, respeitoso, certinho. Me desculpe, eu não o queria machucar … mas eu quero curtir meu tempo na faculdade, me divertir …
Celo sentiu um golpe duro ao ouvir as palavras de Camila. A verdade era cruel, mas necessária. Ele olhou para ela com tristeza e desilusão.
— Entendi. — Disse ele, baixinho, a interrompendo. — Você queria liberdade, aventuras. Eu não era suficiente.
Camila baixou os olhos, envergonhada.
— Peço desculpas, Celo. Eu não queria magoá-lo. Não queria que nossa história acabasse assim.
Ele suspirou, aceitando o fim:
— Não precisa se desculpar. Pelo menos agora, você foi honesta, finalmente. Só não sei se eu merecia isso.
Celo deu as costas e se afastou, deixando Camila sozinha com suas lágrimas. O capítulo de sua vida junto com ela havia se encerrado.
Continua …
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