Sextooouuuu com mais um capítulo e após teremos somente na segunda o próximo capítulo que será especial. O capítulo de Câncer ficou um pouco maior e foi dividido em três partes, diferente de Áries e Touro, que foram divididos em duas partes.
Boa leitura e um ótimo fim de semana a todos.
Personagens do Signo: ALBA (https://postimg.cc/3khdSSj5)
Características Signo: Comunicativo, Fofoqueiro, Versátil, Inteligente, Curioso, Ansioso
Elemento Ar: (Mental)
Continuando ...
[DIANA (POV)]
Eu sabia que meu marido fazia umas coisas meio malucas de vez em quando, mas isso me pegou totalmente desprevenida. Apareci na varanda pra ver o idiota lá embaixo, olhando pra cima e me procurando. Fiquei bem escondida vendo a bagunça que ele causou na frente do prédio.
A minha sorte era que ninguém do prédio me conhecia, mas logo algumas pessoas sacaram que deveria ser a moradora nova e começaram a olhar pra minha varanda e meu marido, percebendo essa movimentação, conseguiu me achar alguns segundos depois.
Logo a situação descambou pra uma espécie de jogo de futebol, com gritaria, torcida e eu até achei que eu fosse uma artilheira, pois várias pessoas gritavam o meu nome. Achei melhor ligar pro danado e pedir que ele parasse com aquilo, mas acabei convidando-o a subir, com promessas dele de que iria parar com a algazarra.
Pensei em me arrumar, pra mostrar que eu estava muito bem sem ele, mas não daria tempo e resolvi tocar o foda-se. Minutos depois, ouvi a campainha e quando abri a porta pra ele, vejo aquele homem bonito e charmoso, que ... ainda amo. Ele estava cheiroso e trazia um buquê de rosas vermelhas, que eu recebi e cheirei.
O cheirinho das rosas e o dele, invadiram o meu ambiente, me trazendo várias memórias boas e rapidamente fui colocar as flores num vaso, que acabei encontrando com uma rápida procura.
Diana – Gostei das rosas ... Obrigada!
Adolfo – De nada, meu amor. – Disse ele bem sorridente e demonstrando muita confiança em si.
Olhei de cara feia pra ele e só então percebi que ele estava mais magro. Provavelmente não estava se alimentando direito e nem se exercitando. Me senti mal com isso, mas eu tinha que ser forte. Se, por acaso eu voltasse pra ele, não poderia ser assim tão simples.
Adolfo – Diana, eu quero te pedir desculpas pelo transtorno de agora! Sei que foi um pouco constrangedor, mas sem você, eu fico sem chão. Eu não sabia mais o que fazer e me lembrando de um antigo filme da década de 80, que o cara segura um rádio na frente da casa da namorada, imaginei que ...
Diana – Você quer comparar um rádio, com um carro de som? – Interrompi o que ele dizia e mostrei a ele que eu não estava satisfeita com aquela algazarra.
Adolfo – Exagerei, né? – Disse o cara de pau coçando a cabeça e dando um leve sorriso.
Tratei logo de fechar a minha cara e mostrar que isso não tinha graça.
Diana – Bastante ... Eu vou ser bem sincera contigo ... Eu ainda estou muito magoada.
Adolfo – Eu sei que está, porque eu mesmo estou puto comigo, por ter feito aquilo. Até hoje, eu não entendo como as coisas aconteceram de forma tão rápida. Eu estava conversando com aquela diaba e bebendo meu whisky e de repente foi me dando uma quentura, uma vontade doida e comecei até a suar ...
Diana – Me poupe dos detalhes, porque eu já vi tudo que eu tinha que ver.
Adolfo – Fiquei um pouco surpreso por você ter mostrado o vídeo pra Suzy, mas ela me disse que insistiu muito.
Diana – Eu não queria, mas ela não estava acreditando e eu não queria esconder isso dela. Pedi a ela que não contasse ao Jonathan, mas quando ele for mais velho, irei contar.
Adolfo – Eu entendo ... Agradeço também por não ter contado a mais ninguém das nossas famílias.
Olhei bem em seus olhos e vi que ele realmente parecia estar chateado e arrependido, mas eu precisava de mais tempo.
Diana – Eu sei que seus pais iriam se decepcionar muito e sua mãe não está bem de saúde. Foi mais por isso que eu não contei, mas aos meus pais eu pretendo contar num futuro próximo.
Adolfo – Eu contei somente ao César, porque eu precisava desabafar com alguém.
Diana – Eu contei somente pra Tati e pra uma psicóloga.
Adolfo – Psicóloga? Desde quando? – Perguntou Adolfo surpreso, franzindo a testa.
Diana – Desde a cagada que você fez! Eu precisava de uma orientação profissional pra lidar com o assunto. Alguém que não fizesse juízo de caráter e fosse imparcial.
Adolfo – Diana, eu faço o que você quiser! Eu estou disposto a subir a escadaria da igreja da Penha de joelhos, se você voltar pra casa e pra mim.
Diana – Adolfo, eu ... eu não sei ... Quem trai uma vez, trai duas, três, quatro ...
Adolfo – Eu nunca mais nem olhei pra outra mulher. Foi só aquela vez. Eu juro!
Diana – Adolfo, foi com duas mulheres. Isso, se não teve outras vezes ...
Adolfo – Eu juro que não teve! Aquilo tudo foi armado. Eu conheci um bilionário megalomaníaco que tem a pretensão de ter 12 esposas ... – Disse o meu marido, tentando se explicar.
Diana – 12?
Adolfo – Isso! Ele quer uma esposa de cada signo e adivinha só ... Falta somente uma capricorniana pra ele completar a coleção dele.
Meu marido sempre foi uma pessoa com ótimo humor e que fazia piada com várias coisas ... Até em situações difíceis, ele conseguia tirar humor e me fazer rir. E novamente, ele conseguiu tirar um riso de mim.
Diana – Hahahaha, Adolfo ... Era mais fácil você falar que a Helena te seduziu ou que ela botou alguma coisa na sua bebida ... Eu acho que até poderia levar isso em conta, mas essa história ...
Adolfo – Ele quer você, meu amor! Uma capricorniana! – Disse sério, olhando nos meus olhos e segurando as minhas mãos.
Senti aquelas mãos quentes nas minhas e uma série de lembranças invadiram a minha mente, mas eu logo me soltei, cobrando de mim mesma a racionalidade que eu precisava naquele momento. Era muita loucura! Meu marido realmente não estava bem e comecei a ficar preocupada.
Diana – Então, você me traiu por causa de um bilionário? Quer dizer, que se não existisse esse cara, você não iria me trair ...
Ele sentiu a invertida que eu dei nele e baixou a cabeça, com vergonha de me olhar nos olhos.
Adolfo – Bem, eu não sei dizer, porque a Helena sempre teve interesse em mim, mas ela fez isso a mando dele. Esse bilionário desgraçado ...
Diana – E a Keyla?
Adolfo – Mesma coisa ...
Diana – Então, deixa eu ver se eu entendi. Daqui pra frente, se a gente voltar e se alguma mulher der em cima de você e se por acaso você voltar a me trair, é a mando desse bilionário?
Ele ficou me olhando sem saber o que responder, simplesmente porque não havia justificativa.
Diana – Me poupe, Adolfo!
Adolfo – Sei que parece maluquice, mas com certeza deve ser ...
Diana – Adolfo, Adolfo ... Você é um homem bonito, charmoso, inteligente, dono do próprio negócio e ainda é bem-dotado ... Normal uma mulher se interessar por você e não é porque alguém mandou.
Adolfo – Mas nesse caso ...
Não o deixei continuar e pedi pra ficar calado, enquanto eu completava o meu raciocínio.
Diana – Adolfo, admita! Você cedeu! Você fez a única coisa que não podia e ainda fez com alguém da minha família e na nossa casa. Cara, que ódio!!! Eu não tenho como perdoar isso!!!
Adolfo – Eu só peço uma chance, Diana. Eu nunca fiz isso antes. Você sabe que eu te amo e te valorizo pra caralho ... – Disse meu marido novamente, segurando as minhas mãos.
Diana – Não foi isso que eu vi, Adolfo! Foi humilhante.
Retirei as minhas mãos novamente, começando a chorar e fiquei reclamando do que ele fez e joguei na cara dele tudo que estava preso e entalado na garganta. Ele também chorou e ficou de joelhos me pedindo perdão. Disse que eu estava certa e que ele merecia todos os xingamentos.
Ele estava tão doido, que chegou a me pedir que eu batesse nele e descontasse toda a raiva que eu sentia, mas eu não queria mais nada. Eu fui até ele e o ergui do chão e nos olhamos nos olhos. A respiração tensa e eu sentindo aquele perfume inebriante, penetrando nas minhas narinas, até que ele avançou e um beijo aconteceu.
Eu fui fraca, confesso. Eu estava com saudades e também estava muito carente de um contato humano masculino. O beijo deve ter durado uma eternidade e então senti suas mãos pegando em minha bunda, apertando-a com força. Fiquei sem fôlego e tive que parar o beijo pra respirar, mas imediatamente ele tornou a beijar a minha boca, me deixando sem ar novamente. Suas mãos ágeis, agora estavam tentando tirar a minha roupa e eu também as dele.
Que loucura! O que eu estou fazendo? É isso mesmo o que eu quero? Será que eu posso confiar nele novamente? Sua boca agora estava chupando meus seios e meus mamilos estavam durinhos. Os pelinhos do meu braço e da minha nuca estavam arrepiados. Minha buceta estava úmida e o seu pau estava duro. Todo o meu corpo respondia aos sinais. Meu corpo queria, mas a imagem dele com Helena me desconcentrava. Meu cérebro não queria deixar o meu corpo ceder àqueles impulsos sexuais.
Adolfo – Eu te amo, Diana! Te amo mais do que tudo! Como eu estava com saudades de você.
Diana – Eu também! Vamos logo ... Vamos logo ... – Terminei de tirar a minha roupa e ele a dele. Voltamos a nos beijar e dessa vez pude sentir o calor do seu corpo.
Ah, Adolfo! Por que você fez isso comigo? Por quê? Eu segurei em sua piroca, que estava dura e quente e me abaixei pra chupá-lo, mas então tive um flash da cena em que Keyla e Helena o estavam chupando. Acabei perdendo o tesão e ele percebeu.
Adolfo – Amor, o que houve?
Diana – Eu me lembrei de você com elas ...
Adolfo – Elas não significaram nada pra mim, meu amor. Nada!
Diana – Não dá ... Não consigo ... Eu preciso de mais tempo ...
Adolfo – Por favor, Diana! Eu preciso de você! Vamos continuar.
Diana – Eu não quero!
Adolfo – Você ainda me ama? – Perguntou meu marido, me olhando nos olhos.
Era muito injusto responder isso agora. Ambos pelados e cheios de tesão. Fiquei calada e sem saber o que dizer. É lógico que eu sabia a resposta da pergunta, mas não sabia se deveria falar naquele momento.
Adolfo – Ainda me ama? – Perguntou ele, novamente.
Diana – Eu amo. Eu ainda te amo, seu idiota!
Comecei a chorar e ele me abraçou. Eu me deitei no chão e ele também se deitou ao meu lado, abraçando o meu corpo e fazendo carinho na minha cabeça.
Diana – Vai embora, Adolfo! Por favor, vá embora!
Adolfo – Me perdoa ... Eu também te amo.
Diana – Não.
Ele tentou me beijar novamente e eu virei o rosto, mas ele então beijou o meu pescoço e aí eu não consegui mais resistir.
Diana – Seu cachorro!!!
Sua boca estava em meu pescoço e migrou para o meu seio esquerdo, dando uma leve mordida no meu mamilo. Eu não queria, mas o meu corpo queria e num movimento rápido, eu o botei deitado no chão e subi em cima dele, posicionando sua piroca em minha buceta.
Diana – Ahhhhh!!! Essa piroca grossa ... Que saudade disso ...
Eu comecei a cavalgar aquela piroca como se não houvesse o amanhã. Eu não sabia o porquê, mas eu queria gozar logo. Acho que eu estava com vergonha de me entregar a ele, depois do que ele aprontou e ansiava pra satisfazer o meu prazer carnal e acabar logo com esse tormento.
Ele estava entrando fundo em mim e eu não queria nem saber se iria me machucar ou não ... Eu queria gozar ... Eu precisava gozar ... As mãos dele seguraram em meus peitos e foram descendo até o meu quadril, onde ele segurou com força, ajudando nos movimentos de cavalgada.
Diana – Isso, cachorro! Me fode! Não era isso o que você queria? Me fode, cachorro!
Adolfo – Diana, eu te amo!
Diana – Cala a boca e me fode, caralho! Me fode com força!
Adolfo – Ahhhh, meu amor! Eu preciso tanto de você...
Diana – Quase lá ... Quase lá ... Estou quase lá ...
Adolfo – Eu também ... Estou quase ...
E em meio a gemidos e gritos, gozamos quase que juntos ... A sensação era maravilhosa e eu só relaxei o meu corpo, caindo por sobre o dele. Senti seus braços me envolverem e me apertarem, enquanto nossas respirações disputavam o ar que estava no ambiente.
Eu respirava com força e inalava o ar com aquele cheiro de sexo, causando-me uma sensação de torpor. A piroca dele ainda estava dentro de mim e eu sentia o esperma dele escorrendo para fora. Foi quando eu olhei pra ele e vi que ele estava sorrindo. Imediatamente senti uma dor na consciência.
Foi um erro! Eu não deveria ter transado com ele. Me levantei e comecei a me vestir e Adolfo ficou me olhando sem entender.
Diana – Adolfo, ponha a sua roupa e vá embora, por favor.
Adolfo – Não faz isso com a gente, Diana! Eu te amo! Me perdoa!
Diana – Não, Adolfo! Acho que acabou mesmo. A gente transou, mas acho que foi só uma despedida.
Adolfo – Não diga isso, meu amor! Eu juro nunca mais olhar pra outra mulher!
Diana – Eu só quero ficar sozinha e não volte mais aqui. Até o fim de semana eu vou entregar este apartamento e vou procurar outro. Por favor, não me siga e me dê um pouco de privacidade.
Deixei bem claro, pelo tom de voz que eu usei e ele se levantou pegando as roupas e com lágrimas nos olhos, foi se arrumando.
Adolfo – Eu sei que isso não é um término ... Nós ainda teremos muitas alegrias e muito amor pra dar um ao outro. – Disse o meu marido, com a voz embargada e enxugando o rosto.
Diana – Por favor, vai embora ...
Ele me deu um beijo na testa e disse que não desistiria da gente. Assim que ele bateu a porta, eu me sentei no sofá e desabei num choro interminável.
[ADOLFO (POV)]
Alguns dias se passaram após o meu encontro com Diana e eu não estava bem. Eu até tentei procurá-la, mas ela não queria me ver novamente por enquanto. Resolvi respeitar, dando lhe um tempo e espaço. Tentei seguir a minha rotina, mas era foda me concentrar.
Eu estava na minha empresa de vigilância, trabalhando em mais um projeto e pensando em como resolver o meu casamento com Diana. Minha secretária então me interfonou e disse que uma moça queria falar comigo. Falei com ela pra deixá-la entrar e quando vi quem era, tomei um susto.
Alba – Olá, Sr. Bandeira! Se lembra de mim? – Perguntou aquela moça de cabelos castanhos escuros e pele clara levemente bronzeada.
Adolfo – Claro! É, Alba, né? O que você quer? Ou melhor, o que o seu marido quer?
Alba – Meu marido não sabe que eu estou aqui, Sr. Bandeira. Acho que temos interesses em comum e talvez possamos nos ajudar. – Disse aquela linda jovem, me encarando com aqueles olhos verdes enigmáticos.
Ela era linda, e me lembrava a atriz Aline Morais em alguns traços, principalmente na boca bem generosa. Não sabia o que esta mulher queria de mim, mas provavelmente era mais uma artimanha do Ariano.
Adolfo – Eu não sei como podemos nos ajudar, mas como eu posso confiar em você? Eu mal te conheço!
Alba – Sr. Bandeira ...
Adolfo – Me chame de Adolfo. Sr. Bandeira é o meu pai.
Alba – Adolfo, eu sou de uma família muito tradicional na Argentina, mas que ao longo dos anos foi perdendo o patrimônio, até que meus pais vieram para o Brasil tentar a sorte aqui.
Percebi uma certa raiva em seus olhos e vi que a emoção emanava de sua fala.
Adolfo – Sinto muito, mas em que podemos nos ajudar?
Alba – Eu tenho um interesse particular no Ariano. Eu o amo muito e o quero só pra mim.
Adolfo – Achei que todas as esposas viviam em harmonia ...
Alba – Se num casamento comum, já é difícil ter harmonia ... Imagine um “casamento” com várias mulheres! – Disse Alba, colocando sua bolsa em cima da minha mesa.
Adolfo – Do jeito que ele fala, parece que tudo funciona como um relógio suíço.
Alba – Só se for no conto de fadas dele. São muitas personalidades fortes vivendo num mesmo ambiente.
Adolfo – Nem quero imaginar como é quando várias ficam com TPM ao mesmo tempo.
Ela riu com o meu comentário e continuou a pontuar.
Alba – A maioria de nós tem algum trabalho ou ocupação e não ficamos o tempo inteiro na mansão. Às vezes ficamos em outras propriedades também, porém uma vez por mês, nós fazemos aquela reunião com todo mundo presente, durante um fim de semana. Ariano é bem rígido com isso.
Adolfo – E cada uma de vocês tem um quarto, pelo que eu entendi.
Alba – Temos o nosso próprio espaço. Ariano é um homem incrível e muito generoso, carinhoso e disposto a tudo pra nos satisfazer.
Adolfo – E o que vocês fazem depois dessa reunião por mês?
Alba – Temos uma escala, que Ariano não abre mão, a não ser por conta de algum evento especial. Quem organiza isso é a Letícia.
Adolfo – Que tipo de escala?
Alba – Durante o mês daquele signo, a esposa correspondente fica na mansão em tempo integral. As esposas que trabalham, costumam tirar férias nesse período pra poder agradar ao Ariano e durante esse mês, essa esposa se torna a “principal”.
Adolfo – Como assim?
Alba – Geralmente se senta, ao lado dele na mesa, dorme no quarto dele algumas noites, quando ele quer, e qualquer evento que tenha naquele mês, essa esposa o acompanha. – Explicou Alba de forma bem clara, inclusive dando o exemplo que neste momento a esposa “principal” era Flávia, do signo de Câncer.
Adolfo – E as outras?
Alba – As outras participam de quase tudo. Isso depende muito do que o Ariano quer no momento.
Adolfo – E o que vocês fazem nessas reuniões?
Alba – Sexo! Muito sexo! Lógico que também fazemos outras coisas, como assistir filmes, séries, jogos, enfim ... Tem muita coisa pra se fazer naquela mansão.
Adolfo – E o Ariano dá conta de todas vocês?
Alba – Dá sim! Ele é insaciável, mas às vezes, a Olga o ajuda.
Adolfo – A travesti de escorpião?
Alba – Sim, ela mesmo. – Respondeu Alba, com um pouco de desgosto.
Perguntei o porquê daquela cara e ela me disse que Olga detestava ser chamada de travesti e que era melhor eu evitar qualquer interação com ela.
Adolfo – E você é do signo de gêmeos?
Alba – Vejo que você tem boa memória ...
Adolfo – Pelo contrário, minha memória é péssima, mas algumas características de algumas de vocês me marcaram muito.
Alba – Ah, é? Interessante ... O que te fez se lembrar de mim?
Adolfo – Apesar da sua pele levemente bronzeada, você tem uma pele muito branquinha, pelo que pude observar das suas marquinhas de biquíni naquele dia e o seu nome é Alba, que significa branca. Isso sem falar que você me lembra e muito aquela atriz Aline Morais.
Alba – Todos dizem isso!
Adolfo – Me lembro também da sua tattoo com as duas máscaras do teatro.
Alba – Eu estudo e faço teatro. Quem sabe um dia eu contraceno com a Aline, hahaha. – Falou Alba, rindo e piscando o olho pra mim.
Adolfo – Quem escolheu o seu nome?
Alba – Minha mãe que escolheu o meu nome e os das minhas irmãs também.
Adolfo – Você tem irmãs? Como elas se chamam?
Alba – A mais velha se chama Blanca e a mais nova se chama Bianca.
Adolfo – Ou seja, o nome de todas vocês significam “branca”.
Alba – Maluquice da minha mãe ... – Disse a branquinha, colocando a mão na testa e um pouco envergonhada.
Adolfo – Mas o seu pai é mais maluco ainda porque concordou.
Ela riu muito do meu comentário, dizendo que eu tinha razão.
Alba – Bem que o Ariano disse ... Você é muito divertido.
Adolfo – Então, Alba ... Como exatamente você pode me ajudar?
Alba – Fazendo com que você saiba de todos os movimentos do Ariano com antecedência. Serei sua espiã infiltrada.
Não sei se posso confiar nela, mas ter uma aliada poderia ser uma enorme vantagem.
Adolfo – Caso eu aceite, o que eu tenho que te dar em troca?
Alba – Nada! Só em ter menos uma esposa pra me atrapalhar, já me ajuda e muito.
Adolfo – Eu vou pensar ... Não sei se posso confiar em você. Espero que você me entenda.
Alba – Eu entendo, mas já vou avisando que quando o Ariano quer uma coisa, ele consegue. – Frisou Alba, piscando pra mim e sorrindo com aquela boca volumosa.
Adolfo – Dessa vez, não ...
Alba – Daqui a alguns dias vai acontecer um evento em que ele irá se apresentar. Sua esposa irá e o Ariano vai fazer de tudo pra ter algum momento marcante com ela.
Adoro – Acho difícil ... Minha esposa e eu nos amamos. Eu vacilei feio, mas eu estive com ela, dias atrás, e sei que ela ainda me ama muito.
Alba – Espero que sim, porque o Ariano está empolgadíssimo. Pra ser sincera contigo, faz tempo que eu não o vejo assim. Parece até que ele está obcecado com isso.
Adolfo – E como vocês se conheceram?
Alba – Não foi uma coisa romântica ... Ele apenas foi na casa de meus pais, conversou um pouco com eles e aí eles me disseram que eu teria que me casar com ele.
Adolfo – Tá parecendo até casamento arranjado?
Alba – Parece que meus pais já conheciam o Ariano faz tempo. Tentei conversar com meus pais, dizendo que não aceitaria isso, mas eles me convenceram. Minha família estava na pior ... e o Ariano prometeu nos ajudar.
Adolfo – Ele acha que todo mundo tem que fazer o que ele quer. Aquele filho da puta!
Alba – Anote o meu número de telefone e assim manteremos contato.
Adolfo – Ele não vai desconfiar?
Alba – Ele não dá conta de vigiar todas nós, ainda mais agora que está focado em conquistar a sua esposa.
Adolfo – Só não entendi por que você está fazendo isso. São muitas esposas pra você tirar do seu caminho.
Alba – Aos poucos eu vou fazendo uma intriga aqui, outra ali ... Tentando causar uma confusão entre as esposas. Depois de um tempo de convivência, a gente acaba aprendendo as fraquezas de cada uma.
Fiquei meio chocado com o que ela disse, imaginando o que ela estaria tramando, mas naquele momento eu estava aceitando qualquer ajuda contra aquele desgraçado.
Adolfo – Obrigado, Alba. Eu estou tentando me acertar com a Diana, mas ela está muito magoada e com razão. Já tentei de tudo, mas ela não quer voltar pra casa e a cada dia que passa, eu sinto mais falta dela.
Alba – Não desista, pois você tem que ser mais focado que o Ariano. Meu marido joga pesado e não mede esforços.
Adolfo – Como assim?
Alba – A empresa que a sua esposa trabalha está sendo comprada por ele.
Adolfo – Putz! Ele me disse que era só um “sócio minoritário oculto” da empresa.
Alba – Não, querido ... Quando ele decidiu que seria a sua esposa, imediatamente começou a cercá-la de muitas formas. Ele vai se infiltrando aos poucos, até tomar conta de tudo. Ele é muito controlador...
Adolfo – Então aquele desgraçado comprou a empresa em que ela trabalha?
Alba – Ele tinha comprado uma pequena parte, mas agora está comprando tudo. E não foi só isso! Ele se tornou sócio benemérito do clube que vocês frequentam, comprou a escola que seus filhos frequentam e passou a privilegiar a sua esposa na empresa.
Adolfo – A escola dos meus filhos também? Que cara louco!
Alba – Ele não dá ponto sem nó. Está sempre bem-informado e um passo à frente de todos.
Adolfo – Como assim?
Alba – Ele fez uma pesquisa profunda de vocês e da sua família. Estou te dizendo, eu nunca vi o Ariano tão focado e obcecado assim, mas é justamente isso que me dá uma pequena vantagem, pois ele está deixando de ver o panorama geral, focando somente na Diana.
Adolfo – Entendi, mas isso é assustador ...
Alba – Ele não é um cara malvado e nem um psicopata. – Disse Alba de um jeitinho bem meigo.
Adolfo – Imagina então se ele fosse ...
Alba – Ele é uma boa pessoa, mas não mede esforços pra realizar os sonhos dele.
Adolfo – Por conta disso, eu passei um pente fino na minha casa e aqui no meu trabalho.
Alba – Você fez bem, mas ele já tinha limpado todo o rastro dele. Ariano é muito metódico e sabe exatamente o que fazer, porque geralmente planeja tudo com antecedência. Quando ele parte pro ataque, a estratégia já está toda montada na cabeça dele e dificilmente ele erra.
Adolfo – Pois dessa vez, ele vai errar e perder.
Alba – É o que eu espero! Bem, é melhor eu ir ... Não é bom abusarmos da sorte. – Disse Alba, preocupada com a hora, olhando o relógio caríssimo em seu pulso.
Adolfo – Obrigado pela ajuda.
Alba – Não precisa me agradecer. Na verdade, você é quem vai me ajudar e eu só estou fazendo isso, porque pela primeira vez, eu vejo chances reais disso dar certo.
Adolfo – Eu espero que você esteja certa.
Alba – Com certeza estou. Normalmente, Ariano consegue o que quer, pois ninguém tem coragem de enfrentá-lo, mas você o fez ter um certo receio.
Adolfo – Sério que ele ficou com receio de mim?
Alba – Por que você acha que ele resolveu mostrar os vídeos pra Diana?
Adolfo – Achei que era só sadismo da parte dele.
Alba – Ah, não ... O motivo foi a Babi.
Não entendi muito bem o que a Babi tinha a ver com a história e perguntei a ela.
Adolfo – Babi? Não faz sentido.
Alba – Lógico que faz! Bastou que você passasse uma tarde com a Babi e o Caíque, para que ela ficasse com dúvidas em relação ao relacionamento dela com o Ariano.
Adolfo – O que aconteceu?
Alba – Ela disse que não estava mais certa do relacionamento deles e que iria passar um tempo a mais com o marido.
Adolfo – Estou feliz por ela. Tomara que ela fique com o Caíque.
Alba – Mas o Ariano acha que você a influenciou de alguma forma e por isso te sacaneou mudando o prazo.
Adolfo – Então ele se sentiu mesmo ameaçado ...
Ela pensou um pouco no que eu falei e ponderou.
Alba – Não sei se ele se sentiu realmente ameaçado, mas ele viu que você poderia ser um incômodo e isso está deixando o Ariano mais cauteloso, mas também mais focado do que nunca.
Adolfo – Agora eu fiquei até mais confiante e com mais esperança.
Alba – Assim que eu tiver mais informações, eu te aviso. Não faça nenhuma besteira. – Disse Alba apontando o dedo na minha cara, como se eu fosse uma criança.
Ela se despediu de mim, dando-me um beijo na bochecha e eu a acompanhei até a porta.
Finalmente eu começava a ver uma luz no fim do túnel.
Continua ...
