Alguns dias depois, numa sexta-feira à noite, Ricardo estava em seu apartamento, preparado para uma noite de solidão autoimposta. O metal frio entre suas pernas parecia ainda mais pesado em noites assim, quando os pensamentos escuros ameaçavam dominá-lo e cada minuto se arrastava como uma eternidade. A garrafa de whisky na mesa da sala o tentava - um Ballantine's 18 anos que ganhara de um cliente importante - mas ele resistia. Já havia aprendido da pior maneira que, naquelas condições. álcool só tornava tudo mais confuso, mais doloroso, amplificando tanto o desejo quanto a frustração até níveis insuportáveis.
Seu celular vibrou, a tela iluminando o ambiente escuro como um farol. Era Penélope, convidando-o para sair: "Tem um novo restaurante japonês no centro... dizem que o saquê é ótimo 😉!"
"Estou cansado" Foi o que ele respondeu, por áudio, embora a verdade fosse mais complexa que isso. O cansaço era real, mas era mais emocional que físico - um peso que parecia crescer a cada nova provocação de Amanda, a cada novo dia preso naquela situação.
"Sua voz está triste", ela escreveu, e mesmo através da mensagem ele podia sentir sua preocupação genuína, aquele cuidado que só Penélope sabia demonstrar sem parecer condescendente. "Que tal eu ir aí? Só pra fazer companhia. Podemos pedir uma pizza, ver um filme ruim... como nos velhos tempos. Tenho até um vinho natural que você vai odiar 😘"
Meia-hora depois, ela estava em sua porta, vestida casualmente - calça de ginástica grudada em suas coxas como uma segunda pele, um top branco através do qual se podia ver um sutiã esportivo preto. Nos pulsos, além do smartwatch, algumas pulseiras de acrílico colorido balançavam suavemente com seus movimentos, dando a ela uma aparência mais jovial. Seu cabelo estava preso num rabo de cavalo despreocupado, algumas mechas rebeldes pendendo ao lado seu rosto sem maquiagem. Era um visual bem diferente da Penélope do escritório.
Por um tempo, conseguiram fingir normalidade. Conversaram sobre séries - ela insistindo que ele precisava assistir aquela nova série coreana, ele prometendo pela milésima vez que um dia o faria. Riram de piadas internas do escritório, especialmente sobre o novo estagiário que sempre derrubava café quando Ricardo estava por perto ("Ele tem uma queda por você, literalmente", Penélope provocou). O momento de paz, no entanto, foi brutalmente interrompido pelo som do celular de Ricardo, cortando o ar como uma faca afiada, destruindo a bolha de conforto que haviam criado.
"Está com a piranha?" a mensagem de Amanda perguntava, e Ricardo se perguntou, não pela primeira vez, se ela tinha algum tipo de sensor sobrenatural que detectava quando ele estava começando a se sentir bem, quando começava a esquecer momentaneamente sua situação. Era como se ela tivesse um sexto sentido para felicidade alheia, especialmente a dele.
Cansado de tentar apaziguá-la, de tentar manter uma cordialidade que claramente não existia mais, de fingir que ainda havia algum resquício de civilidade entre eles, respondeu simplesmente: "Sim." O dedo tremeu levemente sobre o botão de enviar, mas ele se forçou a pressionar.
"Vou ligar. É melhor atender... senão..." A ameaça ficou suspensa no ar a princípio, mas a foto que seguiu - a chave sobre a privada, as unhas vermelhas de Amanda em destaque contra a porcelana branca - deixava claro o que estava em jogo.
Quando o telefone tocou, Penélope passou a observar cada minúsculo detalhe da reação de Ricardo, seus olhos castanhos registrando tudo. Viu como seus dedos tremeram levemente ao atender a chamada, como sua mandíbula se tensionou, formando uma linha sob sua pele recém barbeada. Notou o modo como ele engoliu em seco quando os primeiros gemidos de Amanda preencheram o ambiente, como suas pupilas se dilataram minimamente - de raiva? De desejo? De humilhação? Talvez uma mistura complexa de tudo isso, uma química emocional que nem ele mesmo compreendia totalmente.
Seus olhos treinados em ler pessoas durante negociações captavam cada micro expressão que cruzava o rosto dele: o leve tremor em seu lábio inferior quando Amanda começou a gemer mais alto, a forma como sua respiração ficava irregular cada vez que a voz do outro homem soava mais dominante e possessiva. Penélope registrou como os dedos de Ricardo se fechavam e abriam inconscientemente, como se quisessem agarrar algo - ou alguém.
"Ele é muito maior que você", Amanda gemeu entre arquejos de prazer, e Penélope viu uma veia pulsar na têmpora de Ricardo, um sinal de tensão que ela conhecia bem de reuniões particularmente estressantes. "E muito melhor... mais forte... sabe exatamente como me foder..." A cada palavra cruel, ela notava o pomo de adão dele subir e descer em movimentos quase hipnóticos, gotas de suor começarem a se formar em sua testa, brilhando sob a luz suave do abajur.
"Diz pra ele como eu sou melhor", a voz grave do homem ordenou, e Penélope observou fascinada como Ricardo inconscientemente se ajeitou na cadeira, o metal entre suas pernas claramente causando desconforto - ou algo mais. "Como eu te faço gozar como ele nunca conseguiu..." Suas mãos agarraram os braços da poltrona com força suficiente para deixar marcas na madeira.
"Me bate", Amanda pediu repentinamente, e Penélope notou o choque nos olhos de Ricardo - aparentemente, isso era algo novo com Amanda, uma faceta que ele não conhecia de seus três anos juntos. O som do tapa fez Ricardo piscar rapidamente, um músculo em sua bochecha se contraindo involuntariamente como se ele mesmo tivesse sentido o impacto. "Mais... mais forte... Dá na minha cara..." Os gemidos que se seguiram, uma mistura de dor e prazer que soava quase pornográfica, fizeram as mãos dele se fecharem em punhos tão apertados que os nós dos dedos ficaram brancos como mármore. O metal da gaiola era visível através do tecido fino de sua calça de moletom, pulsando levemente com sua excitação involuntária, uma prisão que parecia ainda mais cruel à luz dos sons que preenchiam o ambiente.
"Vou gozar", o homem anunciou, e Penélope viu Ricardo fechar os olhos por um momento, como se não quisesse - mas precisasse - imaginar a cena que se desenrolava do outro lado da linha. Sua imaginação, ela sabia, provavelmente estava criando imagens mais torturantes que qualquer realidade.
"No meu rosto", Amanda ordenou, ofegante. "Quero sentir seu gosto... ah..." Durante o momento de silêncio que se seguiu, preenchido apenas por respirações pesadas e sons úmidos, Penélope observou uma gota de suor escorrer pela nuca de Ricardo, desaparecendo sob sua camiseta. "Sua porra é uma delícia... a melhor que já provei." A risada cruel de Amanda fez Ricardo encolher quase imperceptivelmente, um movimento tão sutil que apenas alguém observando tão atentamente quanto Penélope poderia notar - mas ela notou, como notava tudo sobre ele ultimamente.
Quando finalmente ele olhou para ela, Penélope permitiu que todas as emoções que estava contendo - raiva por Amanda, preocupação por ele, e algo mais, algo mais profundo e possessivo que vinha crescendo desde que toda essa situação começou - transparecessem em seu rosto. Levantou-se, o barulho de suas pulseiras quebrando o silêncio opressivo, e aproximou-se dele. Abraçou a cabeça dele contra seu corpo, seus dedos se entrelaçando nos cabelos dele num carinho protetor que dizia mais que palavras poderiam expressar. Sentiu-o tremer levemente ao seu toque, sua respiração irregular contra seu abdômen, suas mãos hesitaram antes de abraçarem sua cintura - como se ele não tivesse certeza se merecia aquele conforto. Suas respirações eram os únicos sons no apartamento agora silencioso, um contraponto gentil para a tempestade de emoções que ela podia sentir rugindo dentro dele. Ela lhe deu um beijo na cabeça, um lembrete de que, independente do que Amanda fizesse, ele não estava sozinho nessa batalha.
No sábado à noite, Ricardo não teve como resistir ao convite de Penélope para sair. Ela apareceu em seu apartamento vestida num meio termo entre a formalidade do escritório e a casualidade do dia anterior - o smartwatch fora substituído por um Guess prata, sua pulseira prateada ocasionalmente visível sob a manga da jaqueta de couro preta que cobria um top elegante de seda. A calça de ginástica fora substituída por um jeans escuro sóbrio e confortável. A maquiagem era sutil, apenas o suficiente para realçar seus traços - um toque de rímel nos cílios longos, um batom nude nos lábios cheios, um leve blush que dava vida às suas bochechas naturalmente angulosas.
No barzinho, a cerveja artesanal gelada e a música ao vivo criavam uma atmosfera descontraída, quase mágica. O lugar estava cheio, mas não lotado - aquele equilíbrio perfeito que permite tanto conversas íntimas quanto observação casual dos outros frequentadores. O aroma de lúpulo se misturava com perfumes diversos e o som das conversas animadas, criando aquela atmosfera única de sábado à noite. Quando começou a tocar uma música mais lenta - uma versão acústica de "Wicked Game" que parecia ter sido feita especialmente para o momento - Penélope puxou Ricardo para dançar, seus dedos entrelaçando-se nos dele com uma familiaridade que fez seu coração acelerar.
Colados, seus corpos se moviam em sincronia perfeita, o perfume dela invadindo seus sentidos, provocando reações que a gaiola cruelmente sufocava. A gaiola parecia ainda mais pesada contra sua carne quando ela pressionava seu corpo contra o dele, seus seios firmes contra seu peito, suas coxas roçando nas dele em um ritmo torturante. Penélope sorriu ao sentir o metal pressionando contra sua coxa, seu sorriso uma mistura de provocação e genuína afeição que fazia algo dentro dele se contorcer de desejo e frustração.
De volta à mesa, Penélope bebericava uma caipivodca. Ricardo, já sentido os efeitos do álcool, pousou a mão sobre a dela. Seus olhos se encontraram. "Pê, eu-", dizia, ao ser interrompido pelo dedo de Penélope que pousou em seus lábios. "Você está bêbado.", ela disse, sorrindo.
Já estavam de volta ao apartemento de Penélope quando o celular dele tocou. Era mensagem de Amanda. "Não é justo que eu tenha dado um show ontem sem receber nada em troca..."
Ricardo levou um susto quando Penélope pegou o celular de sua mão. "O que é que você quer, Amanda?", ela disse, antes de soltar o botão de gravação e enviar o áudio.
Em sua resposta, Amanda abria o áudio com uma risada: "Já que o nosso amiguinho eunuco não pode te comer, então me enviem um vídeo dele te chupando, piranha..." Ricardo bufou.
Após um breve debate - durante o qual Penélope tentou, sem muito sucesso, esconder sua excitação com a ideia, seus olhos brilhando com uma mistura de desejo e desafio, suas coxas se apertando inconscientemente - eles decidiram gravar. Tomaram cuidado para manter seus rostos fora de quadro. "Minha vida já está complicada o suficiente sem meu rosto aparecendo no XVideos", Ricardo gracejou.
Penélope, que ficou responsável pela gravação, posicionou o celular bem próximo, garantindo que cada detalhe fosse captado em alta definição - sua boceta encharcada, os lábios inchados de excitação, a língua habilidosa de Ricardo dançando em seu clitóris, os sons molhados, os gemidos que ela não tentava conter...
"Tá gostando, tá", ela perguntou. " Ah, é claro que está... Essa é a melhor boceta que ele já chupou", ela gemeu para a câmera, sua voz rouca de desejo. "Um homem que chupa assim... não precisa de pau pra ter qualquer mulher que quiser... ah... mais forte... assim... olha como eu tô molhada pra ele..."
Quando o orgasmo a atingiu, foi avassalador - suas coxas tremiam incontrolavelmente, seus dedos agarravam os cabelos de Ricardo com força suficiente para arrancar um gemido dele, seu corpo inteiro convulsionando em espasmos de prazer puro. Seus fluidos escorriam pelo queixo dele, marcando território, provando um ponto que Amanda precisava entender. Ainda ofegante, suor brilhando em sua pele bronzeada, ela assistiu ao vídeo, um sorriso satisfeito em seus lábios. "Sua vez", ela digitou como legenda, e enviou.
Não houve nenhuma reação imediata ao vídeo. As marquinhas azuis do WhatsApp atestavam que ela havia visualizado, mas o silêncio que se seguiu era quase palpável. Quando finalmente veio a resposta, não foram palavras, mas uma imagem: um close-up extremo de sua vagina, os lábios rosados brilhando com umidade, acompanhada da legenda "Piranha, ESSA é a melhor boceta que ele já provou".
Penélope riu. "Galvão..."
Os dias que se seguiram trouxeram um sossego relativo, pontuado apenas por mensagens provocadoras de Amanda que oscilavam entre a crueldade e a sedução. Essa calmaria foi quebrada na quarta-feira, quando chegou uma mensagem curta e direta: o nome de um motel (o mesmo onde costumava encontrar Ricardo quando ainda namoravam), um horário e uma única instrução - ele deveria ir sozinho.
Durante o almoço, Ricardo mostrou a mensagem para Penélope. "O que você vai fazer?", ela perguntou, sua voz traindo mais preocupação do que gostaria de demonstrar.
Ricardo abriu um sorriso sôfrego, o tipo de sorriso que carrega toda a resignação do mundo. "Que escolha eu tenho?"
"Eu posso esperar por você do lado de fora", ofereceu Penélope, seus dedos inconscientemente brincando com o relógio em seu pulso. "Só por precaução."
"Não precisa. A Amanda não é nenhuma Hannibal Lecter."
"Tem certeza?", Penélope retrucou, meio brincando, meio séria.
Mais tarde, ao se despedir, Penélope o beijou com uma intensidade diferente, como se quisesse marcar território. "Me avisa assim que acabar, ok? Seja lá o que acontecer."
O motel era exatamente como Ricardo lembrava: aquela mistura peculiar de luxúria barata e romance de segunda categoria que caracteriza esse tipo de estabelecimento. O quarto, com seus espelhos estrategicamente posicionados e iluminação calculadamente reduzida, parecia uma página arrancada de suas memórias com Amanda.
Ela estava lá, deitada na cama em pose de calendário. O vestido vermelho mal chegava às coxas. A maquiagem era perfeita - olhos esfumados, lábios num tom de vermelho que ecoava o vestido. No pulso esquerdo, o relógio Michael Kors que ele havia dado de presente, coisa que agora parecia ter ocorrido décadas atrás.
Ricardo olhou em volta.
"Se está procurando meu 'namorado'," ela disse, e Ricardo podia jurar que ouviu as aspas em sua voz, "ele não está aqui." Amanda se levantou e caminhou até ele. O som de seus saltos no piso era como uma contagem regressiva para algo inevitável. Alta como era, os saltos a colocavam quase na altura dele, seus olhos azuis perfeitamente alinhados com os seus, como costumavam ficar durante suas discussões mais acaloradas. "Hoje somos só nós dois.", ela disse, sussurrando. "Como nos velhos tempos."
Estavam tão próximos que Ricardo podia sentir o calor emanando dela, seu perfume assaltava seus sentidos, trazendo uma cascata de lembranças. Uma torrente de sensações contraditórias o assaltou: desejo, raiva, saudade, medo, tudo misturado num coquetel emocional que o deixava tonto.
"Tire a roupa", ela ordenou, sua voz carregando aquele tom de comando que sempre o deixava sem chão.
Diante de sua hesitação, ela apertou seu membro enjaulado por sobre a calça. "Agora."
Sob seu olhar predatório, ele obedeceu. Amanda examinou a gaiola com interesse clínico, como um cientista estudando uma nova espécie.
"Tem feito a higiene direito?", ela perguntou, e ele não conseguiu identificar se era preocupação genuína ou provocação.
"Todo dia. Uso uma escova de dentes."
"Deve estar louco depois de tanto tempo sem gozar..."
"Na verdade..." ele começou, mas se interrompeu, tarde demais.
Os olhos dela brilharam. "Você gozou? Como?"
"A Penélope... ela usou um vibrador..."
Um lampejo de irritação cruzou o rosto de Amanda, rapidamente substituído por curiosidade. "E como foi?", ela perguntou, controlando a respiração.
"Estranho", ele admitiu, vendo o prazer dançar nos olhos dela. "Intenso. Incômodo."
"Senta na cama", ela ordenou.
Em seguida, começou a se despir com a precisão de uma dançarina, cada movimento calculado para máximo impacto. Ficou apenas com o relógio dourado, que reluzia contra sua pele clara.
Sentou-se em seu colo, sua boceta roçando contra o metal frio da gaiola, prefeitamente encaixados. Mesmo através da prisão, ele podia sentir o calor dela, convidativo e inalcançável como uma miragem no deserto.
Começou a se mover, primeiro com a cabeça jogada para trás, os cabelos loiros esvoaçando numa cortina dourada. Depois, num movimento que o pegou desprevenido, o abraçou e o beijou - não como fizera na noite da gaiola, mas como antigamente, antes das brigas e do ressentimento. O beijo que o fizera se apaixonar por ela anos atrás.
A combinação era devastadora: sua boceta molhada roçando na gaiola, o beijo carregado de memórias, o perfume que o transportava para momentos mais felizes. Ricardo tentou resistir, pensou em Penélope, em seu sorriso sincero, em seu cuidado genuíno... mas era impossível. O orgasmo o atingiu com força brutal, seu corpo tremendo em espasmos violentos.
Em sua orelha, a risada baixa e satisfeita de Amanda, carregada de veneno.
O som de passos no corredor fez Ricardo congelar. Amanda sorriu, aquele sorriso predatório que ele conhecia tão bem dos tempos em que namoravam, quando ela estava prestes a fazer algo particularmente perverso. Seus olhos azuis brilhavam com uma malícia quase palpável na penumbra do quarto.
A porta se abriu com um rangido suave. O homem musculoso que ele já conhecia do restaurante - e das transas telefônicas - entrou com a confiança de quem possui o território. Vestia uma camiseta branca que mal continha seus músculos definidos e uma calça jeans que deixava pouco para a imaginação.
"De joelhos", Amanda ordenou a Ricardo, sua voz carregando aquele tom de comando que costumava usar em suas brigas mais intensas. "Ali, do lado da cama. E não desvie o olhar. Se eu te pegar olhando para outro lugar..." Ela tirou a chave de algum lugar e a segurou sobre um copo d'água na mesa de cabeceira, o metal brilhando ameaçadoramente sob a meia-luz. "Entendeu?"
Ricardo assentiu, sua garganta seca demais para formar palavras coerentes, cada nervo de seu corpo gritando em protesto contra a situação. O metal entre suas pernas parecia pulsar com cada batida de seu coração acelerado, a gaiola simultaneamente pesada e apertada demais.
Amanda puxou seu novo amante para a cama com uma urgência animal. O beijo que trocaram foi violento, faminto, completamente diferente do beijo nostálgico que ela havia dado em Ricardo minutos antes - aquele havia sido calculado para manipular, este era pura luxúria desenfreada, sem pretensões ou subterfúgios.
"Vem", ela gemeu, puxando-o sobre si, suas pernas se abrindo num convite explícito. "Mostra pra ele como um homem de verdade fode. Mostra pra ele o que ele perdeu... o que ele nunca mais vai ter..."
O homem a penetrou com força, sem preliminares ou gentilezas, arrancando dela um gemido alto e teatral que ecoou pelas paredes espelhadas do quarto. "Isso... assim... um pau de verdade..." Seus olhos azuis encontraram os de Ricardo através do espelho, gelados e cruéis. "Não essa coisinha patética presa numa gaiola. Sabia que ele gozou só de eu roçar nele? Paus de verdade não fazem isso. Homens de verdade não fazem isso. Mas ele nunca foi um homem de verdade, foi?"
Cada palavra era como uma punhalada em seu orgulho, mas Ricardo não podia desviar o olhar. Observou, impotente, enquanto o homem a fodia com força crescente, o som de pele contra pele preenchendo o quarto como uma música obscena. Amanda pediu um tapa, depois outro, seus gemidos ficando mais altos a cada impacto, a marca vermelha dos dedos dele florescendo em sua pele clara.
Quando ela ficou de quatro, suas nádegas empinadas praticamente na altura do rosto de Ricardo, pediu mais tapas. O som da mão dele encontrando sua carne ecoava pelo quarto como tiros, misturado com seus gemidos e palavras cada vez mais depreciativas sobre Ricardo. "Você nunca me fodeu assim... nunca teve força pra isso... agora olha só... um homem de verdade... alguém que sabe me dar o que eu preciso..."
"Vou gozar", o homem anunciou, sua voz rouca de desejo e esforço, gotas de suor escorrendo por seu corpo musculoso como rios prateados sob a luz difusa.
"Na minha boca", Amanda ordenou, virando-se rapidamente com uma agilidade felina que Ricardo conhecia tão bem. "Quero que ele veja... quero que ele saiba..." Seus olhos encontraram os de Ricardo enquanto ela se posicionava, um brilho malicioso dançando em suas íris azuis como chamas frias.
Ricardo observou, os dentes cerrados com tanta força que sua mandíbula doía, enquanto Amanda engolia cada gota com aparente deleite, alguns fios brancos escorrendo por seu queixo como pinceladas obscenas em uma tela de porcelana. O homem se levantou logo depois, rumando para o banheiro sem dizer uma palavra, seu papel na performance claramente encerrado, deixando apenas o eco de sua presença no ar pesado do quarto.
"Sabe", Amanda disse, limpando o queixo com um dedo num gesto deliberadamente sensual, "eu não gozei ainda." Ela abriu as pernas num movimento estudado, sua intimidade rosada brilhando com umidade sob a luz difusa como uma joia proibida. "Que tal mostrar pra gente aquela língua talentosa que vi no vídeo? Aquela que fez a piranha gozar tanto? Vamos ver se você serve ao menos pra isso... se tem alguma utilidade além de ser meu brinquedinho pessoal..."
Ele foi até a cama. Sua respiração estava ofegante. A gaiola parecia mastigar seu membro. Ele começou a chupar Amanda. O gosto... O cheiro... Explodiram lembranças em sua mente. Lembrou da primeira vez que a chupou, antes de transarem pela primeira vez... Na casa dos pais dela. Amanda tirou a roupa, e ele, quando viu sua boceta, depilada, linda, brilhante... Mergulhou entre as pernas dela e a chupou até o orgasmo. Na ocasião, Amanda gracejou que tinha tirado a sorte grande.
Perdido em pensamentos e lembranças como estava, Ricardo mal registrou o som característico de uma gravação sendo iniciada - aquele pequeno 'bip' que em outras circunstâncias teria sido um alerta vermelho. Quando olhou para cima, viu Amanda sorrindo aquele sorriso que sempre prenunciava problemas, o celular apontado para ele numa mão, enquanto a outra segurava seus cabelos com força controladora, guiando-o exatamente onde ela queria.
"Continua", ela ordenou, sua voz agora carregando uma nota de triunfo. "E capricha... Quero que aquela piranha veja como você faz quando tem uma boceta de primeira pra chupar... Quando tem uma mulher de verdade te controlando..."