A noite finalmente caiu, mas parecia que o dia havia se arrastado eternamente para Luana. Ela estava inquieta, diferente. Quando a vi se arrumando no espelho do bangalô, algo em mim mudou. Ela nunca tinha se produzido daquele jeito, com tamanha dedicação. O vestido justo, o perfume que preenchia o ar... Eu sabia que ela estava linda, mais radiante do que nunca. Mas não era só para mim. Não podia ser só para mim. Diego estava no fundo da mente dela, assim como Raquel ocupava a minha.
Eu sabia que aquela noite ia marcar nossas vidas. Não sabia se seria um momento de redenção ou o fim definitivo, mas seria inesquecível. Enquanto ela se arrumava, tomei meu primeiro comprimido de tadalafila, 20 mg, a dose especial para uma noite como aquela. O que quer que acontecesse, eu precisava estar preparado. Desde que começamos nossas brincadeiras com Luiza e Pedro, passei a me cuidar mais, a me preparar para o inesperado. Mas essa noite tinha um gosto diferente. Era o passado voltando, a mansão nos assombrando, mas também nos seduzindo.
Fui para o banho. A água quente corria pelo meu corpo enquanto eu tentava controlar meus pensamentos. Não demorou muito para Luana aparecer e entrar no box comigo. Ela tinha aquele olhar de provocação que me enlouquecia, uma mistura de desejo e domínio. Sem dizer uma palavra, ajoelhou-se e começou um boquete de tirar o fôlego. Cada movimento, cada olhar dela, me fazia esquecer tudo ao redor. Quando ela terminou, engolindo tudo sem hesitar, me senti mais excitado do que nunca.
Ela percebeu que eu não tinha perdido o ritmo e, virando-se para mim, ofereceu o que sabia que seria impossível de recusar: seu cuzinho. Eu hesitei por um segundo, não porque não queria, mas porque sabia que aquilo era um jogo. Um jogo onde ela tentava me controlar, me manter preso. Mas não resisti. Penetrei com força, com uma mistura de raiva e desejo, marcando aquele momento de uma forma que ela não esqueceria. Quando terminei, deixei meu gozo dentro dela, como um símbolo de posse, mesmo sabendo que, no fundo, ela já não era minha.
Saí do banho e deixei ela lá, se depilando, enquanto eu ia para a cozinha. Preparei um misto quente rápido, com queijo e salame, e finalizei com o suco que estava no frigobar. Precisava me recompor, me preparar mentalmente para o que estava por vir. Enquanto mastigava, refletia sobre Luana. Ela não era mais a mulher que conheci, não depois da mansão. O que tínhamos agora era uma sombra do passado, uma relação sustentada por um fio, e eu sabia disso. Mas, naquela noite, isso pouco importava. Meu foco era outro: Raquel.
Por volta das 21h, Pedro ligou. Ele perguntou se íamos ao restaurante, mas eu disse que queria uma noite a sós com Luana, para tentar "colocar as coisas no lugar". Ele achou uma boa ideia e garantiu que manteria Luiza ocupada. Também comentou sobre a ideia de alugar uma lancha no dia seguinte para explorar o litoral. Achei ótimo, uma distração perfeita para o dia seguinte, e aceitei.
Quando Luana finalmente saiu do banheiro, fiquei sem palavras. Ela estava deslumbrante. O vestido justo destacava cada curva, e aquele sorriso... Era quase impossível resistir. Ela perguntou como estava, e eu respondi com sinceridade:
— "Você nunca esteve tão linda."
Ela riu, um riso que misturava inocência e malícia, e quis saber quem estava no telefone. Expliquei sobre o convite de Pedro, e ela pareceu animada com a ideia. Mas o entusiasmo dela naquela noite não era só pela lancha. Tinha algo mais.
Saímos às 21h45, e a caminhada até o bangalô de Diego e Raquel foi silenciosa, mas carregada de tensão. A cada passo, eu sentia o desejo dela pulsar. Não era por mim, eu sabia disso. O jeito como ela se mexia, o brilho nos olhos... ela estava ansiosa, quase desesperada. E, de certa forma, isso me excitava também. Meu ciúme, que antes queimava como uma ferida aberta, agora parecia um combustível. Eu não sentia mais raiva. Sentia vontade.
Quando avistamos o bangalô, a respiração dela estava ofegante, e eu podia jurar que ela estava tendo pequenos orgasmos enquanto caminhávamos. Eu a conhecia bem, sabia o efeito que Diego ainda tinha sobre ela. Mas eu também tinha minhas motivações. Raquel era meu objetivo. Dessa vez, eu não iria perder a oportunidade de tê-la completamente, de experimentar tudo o que não aproveitei naquela noite da mansão.
Olhei para Luana e, pela primeira vez, vi nela não uma parceira, mas uma moeda de troca. Ela era o ingresso para o que eu realmente queria. E, ao ver o brilho nos olhos dela ao se aproximar da porta, percebi que, no fundo, ela também pensava o mesmo. Aquela noite seria nossa rendição final ao desejo. E, pela primeira vez, eu estava completamente preparado para isso.
Batemos na porta do bangalô com expectativa, mas o silêncio foi a única resposta. Tentamos mais uma vez, mas nada. A decepção de Luana era visível, estampada em seu rosto de uma forma que me pegou de surpresa. E, por mais estranho que pareça, aquilo me deu um prazer quase perverso. Vê-la frustrada, sem encontrar o que esperava, me trouxe uma satisfação interna que fiz questão de esconder. Mas a verdade é que eu também estava decepcionado. A ansiedade por rever Raquel estava me consumindo, e a ideia de voltar para o bangalô sem nada acontecer era frustrante.
Para não dar a noite por perdida, decidimos caminhar pelo local e aproveitar a tranquilidade da noite. O som das ondas ao longe e o brilho suave das estrelas criavam uma atmosfera mágica. Passamos por uma área com redes de descanso ao ar livre, cercada por coqueiros, onde o cheiro de maresia parecia mais forte. Sentamos em uma das redes, e Luana se deitou, olhando para o céu, como se tentasse encontrar respostas entre as estrelas.
Enquanto ela observava em silêncio, senti uma mão suave deslizar pelas minhas costas, me tirando dos meus pensamentos. Uma voz feminina, baixa e envolvente, soprou no meu ouvido:
— "Oi, Jonas! Procurando por nós?"
Meu corpo inteiro arrepiou. Ao me virar, vi aquele rosto perfeito, aquele olhar que me tirava o chão. Raquel estava ali, com aquele sorriso irresistível, e sem hesitar passou a mão pela minha cintura, me puxando para um leve selinho. O tempo parecia ter parado, mas a tensão dentro de mim crescia a cada segundo. Com receio, olhei rapidamente para Luana, temendo sua reação.
Mas não precisei me preocupar. Quando virei, Luana já estava nos braços de Diego, os dois envolvidos em um beijo tão intenso que parecia não haver mais nada ao redor deles. A cena me libertou de qualquer hesitação. Se ela estava completamente entregue, por que eu deveria me conter?
Segurei Raquel pela cintura e a puxei para mais perto. Encostei-a delicadamente no coqueiro, e nossos corpos se fundiram em um beijo ardente, carregado de desejo reprimido. Suas mãos deslizaram por meu pescoço enquanto as minhas exploravam cada curva dela. O cheiro dela, o calor de sua pele... tudo me consumia. Eu não estava mais pensando, apenas agindo, movido por um desejo que não podia ser contido.
A noite havia mudado completamente, e agora estávamos exatamente onde queríamos estar.