Era uma manhã ensolarada na Fazenda São Jorge, onde as árvores se balançavam suavemente ao vento, e o canto dos pássaros ecoava entre as plantações.
O aroma do café fresco se espalhava pela casa grande, onde Clara, a belissima e cruel senhora da fazenda, se preparava para mais um dia de manipulações.
Seus cabelos loiros caíam em ondas delicadas sobre os ombros, e seu olhar azulado estava repleto de um brilho maliciosoSua face perfeita e delicada, sua beleza exterior estonteante contratava com seu o interior maligno.
Cornélio, seu marido, era tudo o que ela desprezava e ao mesmo tempo, tudo o que ela precisava. Ele era gentil, tolo e rico.
Sempre preocupado em agradá-la, com presentes e atendendo a todos seus caprichos. Bastava um olhar de clara, uma mudança no tom de voz ou um pequeno gesto e Cornélio prontamente fazia exatamente o que ela desejava.
Mas ter um marido rico capacho já não bastava a Clara. Clara tinha uma libido muito alta, sua necessidade de sexo era incompatível com impotência sexual de Cornélio, que agora se tornara um fardo insuportável para Clara. Ela frequentemente se queixava a suas escravas, que a escutavam com temor e compaixão.
— Ele é tão fraco — dizia Clara, com um sorriso que não chegava aos olhos.
— Não sei como suportar mais essa situação. Um homem que não pode satisfazer a mulher que ama... É um fraco, mereço mais do que isso! Clara continuava o desabafo para suas serviçais.
— Vocês não têm ideia do quanto eu estou cansada — desabafou Clara, olhando para as escravas que a cercavam.
— Cornélio é um homem tão… impotente. Ele não consegue, não dá!
A escrava Rose, mais antiga da casa, a indagou:
— Senhora, aquele chá que te passei não ajudou?
Clara de imediato responde:
— Rose, nem chá, nem remédios, já fomos a médicos, curandeiros, já tentei de tudo. Mas ele não levanta. O último médico que nos atendeu disse que não tem jeito.
As escravas trocaram olhares nervosos, cientes de que qualquer palavra errada poderia custar-lhes a vida.
A escrava Ana lamenta:
— O Sr. Cornélio é um homem tão bom né, é uma pena que isso aconteça com ele, homem generoso e de respeito.
Mas é imediatamente rebatida por Clara
— Respeito e generosidade não preenchem cama. Preciso de um macho, um homem que me satisfaça. Que me coma, só isso. Não quero respeito. Não precisa ser bonzinho, minha necessidade agora é primitiva, precisa ter um pau duro e me penetrar. Entendem?!
- As escravas ficaram assustadas ao ouvirem de sua senhora palavras tão diretas e chulas, mas não era o primeiro desabafo de Clara sobre as dificuldades sexuais com Cornélio.
A verdade é que elas mesmo já apostavam que Clara não aguentaria a falta de sexo por muito tempo.
Vendo o clamor de sua senhora, trocaram olhares cúmplices e nervosos, começaram a pensar numa solução, mas temiam falar naquele nome.
Clara prosseguia com o desabafo, evidenciando a gravidade da situação.
As palavras de Clara, carregadas de raiva, demonstravam que as suas constantes frustrações se transformaram em um verdadeiro ódio ao marido.
— Eu odeio ele! Me sinto presa! Em uma jaula de ouro, mas ainda assim uma jaula. Fazem anos que eu não gozo em uma pica! Faz mais de um ano que a gente não transa porque aquele traste não consegue ter a porra de uma ereção!
— Eu quero foder, quero ficar de quatro, tomar tapa na bunda e gemer alto.
— Sinto inveja das minhas amigas e em matéria de sexo sinto inveja até de vocês! Porque sei que vocês, mesmo sendo escravas tem direito ao prazer sexual. Isso sempre foi liberado aqui na fazenda. Eu hoje não tenho! Lara, escrava conhecida pela língua solta, não se aguentou e falou no nome que todas escravas já estavam pensando
—Senhora, talvez você devesse considerar o Lucas. — sugeriu Iara, com um sorriso travesso.
— Ele é forte, viril e já provou ser… muito capaz...
O coração de Clara disparou ao ouvir o nome de Lucas, um jovem escravo que se destacava não apenas pela força física, mas também pela audácia. Ele era conhecido na região por seus feitos, já havia engravidado várias mulheres, inclusive brancas, sua reputação era imbatível e a fama é de que somente se envolvia com mulheres comprometidas.
Dotado de um porte físico imponente, olhar sedutor, abdômen definido e uma arrogância rara na sua condição de escravo.
Clara se lembrou das histórias que ouviu sobre o jovem escravo, havia dormido com algumas sinhazinhas da região e se envolvido com outras escravas da sua fazenda.
Se lembrava de que todas as histórias pintavam Lucas como um amante que satisfaz sexualmente às mulheres.
Sabia de uma sinhazinha da vizinhança que teria relacionado com Lucas e gabava-se de dizer a uma amiga comum que ele "acabou com ela".
Movida pelo tesão das histórias que envolviam o jovem escravo e pela ideia do proíbido, Clara estava tomada pela adrenalina e o friozinho que sentia na barriga naquele momento fez ela manifestar seu desejo.
- Lucas! Eu quero ele, eu quero o Lucas. Vocês conseguem fazer isso acontecer? Eu não quero envolvimento emocional. Quero continuar com o Cornélio e o Lucas pode ser meu amante secreto. Mas ninguém mais pode saber!
Rose então tratou de tentar segurar um pouco o ímpeto da sinhá
— Nada que envolva o Lucas é as secreto, ele pode até começar de forma discreta, mas mais cedo ou mais tarde vai bradar pelos cantos que conquistou a senhora e exibi-la como um troféu. Depois que a senhora se entregar para ele a primeira vez, continuará sendo dele enquanto ele quiser. E.... As mulheres que se envolvem com ele largam marido, família, se entregam a luxúria. Quando ele se cansa delas entram em depressão, sofrem e não são mais as mesmas.
Ainda absorta pela ideia de satisfazer suas necessidades sexuais, Clara não se preocupava com o perigo ressaltado por Rose, achava que era exagero da escrava. E só pensava em se satisfazer com o potencial do escravo e respondeu:
— Nossa ele deve ser muito bom no sexo então.
-- Sim, ele é muito bom. Vai trepar com a senhora dia e noite. Vai fazê-la gozar de todas as formas. Enquanto estiver com ele prazer sexual não lhe faltará. A virilidade dele é invencível.
Clara, inebriada pelas palavras de Rose, mordeu o lábio inferior e de modo suave disse:
- Aí Rose, eu quero! É isso que estou precisando! Um amante viril que acabe comigo!
Rose então lança um alerta.
— Sua vida sexual será resolvida, mas tudo tem um preço.
- E qual preço? Indagou Clara.
- Lucas é diabólico. O poder dele vem de uma maldição, quanto mais a senhora se saciar do poder sexual dele, mais seu marido sofrerá, quanto mais felicidade a senhora sentir, mais Lucas ficará poderoso e seu marido impotente. Prazer e felicidade não faltará a senhora, mas dores e humilhações para sempre serão seu marido terá.
- A escolha é da Senhora! Disse Rose.
- Ainda deslumbrada com as histórias sexuais de Lucas, sem muito pensar no pobre Cornélio, Clara sentencia:
— Que assim seja, me tragam o Lucas.