– Você é louca!
– Alguns dizem…
– Eu não vou fazer o que você quer!
Olho para ele com os braços para o alto e seus punhos presos pela corrente:
– Tem certeza?!
– O que você quer?
– Me ame…
– Eu nunca vou te amar!
– Claro que vai!
– Você é insana!
– Obrigada!
Olhei para ele e sorri.
– Não tem como te querer…
– Não é isso que pareceu quando me deu aquele beijo…
Nessa hora Cecília entrou no quarto. Me olhou e disse:
– Eu vou começar!
Ele, surpreendido:
– O quê?!
– Nós tiramos no ímpar ou par. Eu ganhei. A primeira sou eu. Diz Cecília.
– Vocês são duas psico…
– É melhor ficar calado ou vai acabar mordendo a língua! Falo.
Saí do quarto e ouvi os estalos do chicote. Ele gritava e Cecília gargalhava. E dessa vez o lobo feroz não podia ser nada além de um gatinho.
…
Certo dia, alguns meses atrás, eram 01:00h da madrugada, saí do meu expediente noturno. Vi uma garota sentada no banco da praça de cabeça baixa chorando. Me aproximei e perguntei:
– Oi, aconteceu algo? Precisa de alguma coisa?
Ela só chorava. Ela levantou a cabeça e olhou para mim. Era Cecília. A moça que me deixava gorjetas todos os dias na cafeteria. Sempre se dirigia a mim com alegria, agradecia e desejava bom dia.
– Vem… Eu moro logo ali no final do quarteirão.
Cecília não pensou duas vezes. Levantou em prantos e me seguiu. Sinceramente eu não tinha nada para falar. Eu só deixava ela colocar para fora todo sofrimento em forma de lágrimas. Chegando no apartamento, Cecília foi para o banheiro. Passou minutos trancada. Me aproximei da porta do banheiro. Ouvido colado à porta. Eu só ouvia o barulho do chuveiro junto aos soluços do choro. E percebi que Cecília estava se escondendo do mundo.
– Tem roupas para você em cima da cama. Primeira porta à esquerda. Disse.
Fui ao quarto sem entender muito, mas estava solicita à dor da menina. Cecília, quando saiu do banheiro, foi ao quarto, enrolada na toalha. Eu estava lá. Vi o silêncio de Cecília e a cabeça baixa. Fui ao banheiro e, como uma boa telespectadora de “Law & Order”, peguei as roupas de Cecília e coloquei dentro de bolsas de plástico. Deixei pendurada no cantinho do box. Voltei ao quarto e vi Cecília sentada na cama:
– Como você está?
– Melhor…
– Quer falar sobre isso?
– Sabe quando você é usada e descartada…?
– Eu posso tentar te ajudar, se você me falar o que aconteceu…
– Pode ser besteira…
– Mas do jeito que você está, não parece ser…!
– Eu vou tentar resumir…
– No seu tempo…
– Jean é o garoto que, enquanto namorava com minha prima, se aproximou de mim e me conquistou. A minha virgindade… Eu me entreguei para ele… Nem uma de nós duas sabíamos. Eu descobri e ele debochou de mim. Disse que eu dei para ele o que ele queria.
– E sua prima?
– Não sabe… Não tive coragem de contar… Talvez ela nem acredite…
– Porque diz isso?
– O ex namorado dela também traiu ela e ela não acreditou.
– Entendi…
– Sou uma boba, não é, Melissa?
– Não… Você gosta dele… É uma decepção. Vou tomar um banho agora. Não demoro.
Quando sai do banho, Cecília já estava adormecida. Eu deixei ela na cama e fui para o Sofá. Logo pela manhã, Cecília foi para casa. Deixou um recado colado na porta da geladeira: “Obrigada pela hospitalidade. Não encontrei a minha roupa. Depois devolvo a sua. A chave deixei por baixo da porta.” O dia inteiro eu fiquei pensando na cena dramática degradante. No dia seguinte Cecília apareceu na Cafeteria.
– Bom dia. Um café…
– Bom dia… Como você está?
– Bem…
– Não teve aula hoje?
– Não…
Vi estampado em Cecília o desgosto e a frustração. Eu não quis deixar a Cecília desamparada nesse momento de fragilidade emocional. Peguei o contato de WhatsApp de Cecília para manter um contato. Cecília é jovem. 19 anos de idade. Imatura. Está no auge do desencanto amoroso. Eu mantive contato com Cecília todos os dias via mensagens. Eu gostei dela. Era uma menina doce, educada.
Dias depois chamei Cecília para sair. Uma ida ao shopping. Durante o passeio, Cecília buscou diálogo e quis saber mais sobre minha vida e minhas experiências.
– Quantos anos você tem?
– 32.
– Faz tempo que trabalha na “Coffee and cafe”?
– Faz uns anos. Comecei a trabalhar lá para ajudar com o custo da Faculdade.
– Você é formada! Cecília fala surpreendida.
– Não. Tranquei a faculdade.
– Mas você tem um padrão de vida bom para quem trabalha apenas no “Coffee and cafe”... Desculpe, eu reparei.
– Sou garota de programa também.
Cecília me olha e vejo uma dúvida pairar no ar. Complemento:
– E não sou porque preciso. Sou porque gosto. Gosto de ganhar dinheiro em cima dos prazeres dos homens. Eles pagam só para deitar comigo então melhor para mim!
Cecília me olha com espanto e uma certa admiração. Fala:
– Então está explicado.
Nós nos despedimos com um “até breve”.
Dias passaram e eu chamei Cecília para uma nova saída. Cecília é uma jovem que só estuda e não curte um tanto da vida.
“Oi, Cecília. Vamos na inauguração da “Dance hot?”
“Melissa, a minha prima, está hospitalizada.”
“O que houve?”
“O Jean, agrediu ela…”
“Filho da puta!”
“Ela não quer prestar queixa.”
“Não tem como obrigar…”
“Depois a gente se fala. ”
Fiquei indignada mas sigo minha rotina entre a cafeteria e os meus amores noturnos. Fico pensando como pode uma mulher parar em cima de uma cama de hospital e não querer uma separação. Eu fico imaginando como essa prima da Cecília pode viver ao ponto de querer de livre e espontânea vontade, permanecer nessa vida. Alguma coisa esse homem deve ter porque Cecília já me falou que Carolina trabalha e ganha muito bem.
Dias depois Cecília me deixa mensagem:
“Vamos hoje na “Dance hot”? Quero conhecer…”
“Ahhh, sumida! Vamos sim”
Chegamos na Dance hot e quem Cecília encontrou lá? Jean. Jean tem entre 1,75 e 1,80 de altura, pele cor de canela, cabelo castanho, textura lisa em um corte Old Money, nariz afilado, olhos castanhos, lábios carnudos. Jean vestia um tênis branco, calça do modelo Cargo preta e uma camiseta Oversized bege. Deu para observar bem demais o desenho dos músculos que estavam bem definidos.
– Olha que escroto! Diz Cecília.
– E sua prima?
– Em casa, cuidando dos filhos.
– É o velho conto do moço arrependido.
– Que raiva… Se eu pudesse…
– Matava…
– É… Olha para ele… Não tem um pingo de vergonha na cara! Curtindo a noite como se o que fez com a Carolina tivesse sido correto. O que esse homem tem para Carolina querer tanto ele…?
– Vamos curtir a nossa noite. Não tem ele de ser vivente apenas por aqui.
Nós dançamos, bebemos e não vimos o tempo passar. Gosto de ver Cecília se sentindo leve. Acho que na idade dela temos que curtir a vida. Temos nossas responsabilidades, claro, mas não podemos viver apenas para as responsabilidades, por isso sempre tento tirar Cecília desse mundo caótico de obrigações: Trabalho e faculdade. Uma vez por mês, pelo menos, nós iremos sair e curtir a vida. Esse é meu objetivo para a saúde mental de Cecília.
Semana depois recebi uma mensagem de um número desconhecido:
“Gostei de você… Quero te ver…”
“Quem é você…?”
“Sou seu servo, se você quiser…”
“Estou falando sério. Quem é?”
“Meu nome é Jean.”
O nome Jean já me era tão conhecido que eu fiquei em pausa sem saber o que fazer. Ok. Tem muitos Jean’s por aí. Pensei. Então dei procedimento ao atendimento.
“Então, Jean, como conseguiu meu contato.”
“Um conhecido.”
“O que deseja?”
“Quero uma noite de prazer contigo.”
“Estou livre amanhã.”
“No “Erotic Girls” às 23:00. Quarto número 5.”
“Combinado”
Quando entrei no quarto do Erotic Girls, fui surpreendida com um puxão de cabelo.
– Eu vou te foder sua vadia… Hoje você é minha!
Ele me jogou na cama e de tantos Jean’s o filho da puta era logo o Jean. Eu fiquei muda. Ser justiceira, devolver o dinheiro e dispensar o programa ou ser profissional e ceder prazer para Jean na cama? Uma questão para mim. Jean estava deitado sobre meu corpo, ele farejava meu cheiro, Jean me alisava de cima a baixo…
– Você é gostosa, vadia…
Mas, de quantos outros que eu não sabia de forma direta da má conduta, e eu também nunca procurei saber antes de me envolver?
– Tira, cadela, a roupa para mim!
Eu obedeci e cedi meu corpo a Jean. Eu deitei na cama e Jean enfiou toda sua ereção dentro de mim. Ficou só no chamado papai e mamãe. Jean parecia até contido, bem comportado. Nem parecia aquele bicho feroz de quem Cecília falava tão mal para mim. Eu estranhei mas prossegui assim. Senti Jean um pouco travado. Deve ser a primeira vez com uma garota de programa. Pensei. Para tentar quebrar o gelo, falei:
– Me maltrata, papá…
Jean parou. Olhou na minha cara. Eu vi que a frase de efeito deu uma engrenada. Jean sentou em cima de mim, sobre meus quadris. Deu dois tapas na minha cara:
– Vagabunda!
Eu vi Jean de uma outra forma. Ele saiu de cima de mim. Abriu minhas pernas e ficou no meio. Jean olhou para meu rosto e foi deslizando os olhos até a meu íntimo. Depois Jean segurou minhas pernas e mordeu as minhas coxas.
– Piranha!
Depois Jean deslizou a língua fazendo um caminho do meu ventre até meus seios. Mordeu meu seio esquerdo. Mordeu meu seio direito.
– Cadela!
Apertou meu pescoço enquanto enfiava sua ereção com força no meu íntimo. Eu via uma maldade nos olhos de Jean. Ele socava tão forte que meu corpo dava um impulso.
– Fica de quatro…
Jean deu uma puxada no meu cabelo que eu pensei: Quebrou o meu pescoço! Mas eu permaneci viva. Socou com tanta força lá dentro do meu íntimo que eu senti o impacto no útero.
– Vou te foder até você não aguentar mais de tanto gemer…
Ao mesmo tempo, pressionava meu quadril e puxava para si fazendo força para sua ereção não sair de dentro de mim. Deu uma pausa. Me jogou deitada na cama. Colocou minhas mãos para trás. Segurou com força. Deslizou a língua pelas minha costa:
– Puta gostosa…
Mordeu bem na curvatura do meu quadril.
– Ai, filho da pu… Aí!
Ele mordeu a curvatura do outro quadril e com mais força. Meu corpo se contorceu de dor.
– Aí, caralho! Gritei.
– Meu caralho é na sua buceta.
– Não faz isso, cachorro!
Jean mordeu e mordeu de novo.
– Grita mais que tá é pouco.
– Louco!
-- Sua vadia…
– Me solta…
– Você é minha…
– Para, Jean! Falei.
Ele me puxou de uma forma tão agressiva que eu nem percebi. Quando senti já estava novamente de quatro e me socando todo seu órgão com muita pressão. Parecia um esfomeado vendo um prato de comida.
– Vou parar quando suas pernas não aguentarem mais.
E eu não consigo mais esconder. Os gemidos vem de um enlouquecer. O gozo começa a descer pelas minhas pernas.
– Ai, cacete!
– Eu tenho para te dar…
– Ai, minha buceta!
Ele soltou meu quadril. E puxou meu cabelo com duas mãos. E eu me vi como um cavalinho em quem ele galopava. Ele não perdia o ritmo. Soltou meu cabelo com a mão direita e deu tapas tão fortes na minha bunda que eu queria fugir. Ele não deixou. Ele muito ágil já segurou os meus quadris. E socou com força:
– Tá pensando que vai fugir?
– Ai… Jean…
– Com puta a gente faz assim…
O corpo tremia; a respiração ofegante; as unhas cravadas no lençol; os braços sem força; minha área íntima inundada; as pernas já estavam cambaleando.
– Você gosta, safada, de levar pica, ordinária.
– Para, Jean. Gritei.
– Todo mundo vai saber que quem está te comendo sou eu…
Meu corpo cedeu mas Jean não. Jean me deixou deitada. E continuou as estocadas. Senti um alívio quando Jean parou. Mas aí ele me virou, me viu já meio desorientada. Colocou minhas pernas uma no leste e outra no oeste apoiadas em travesseiros. Se encaixou entre elas e retornou aos movimentos com firmeza. Puxou meu cabelo enquanto falou no meu ouvido:
– Eu ainda não acabei!
Eu me arrepiei! Meu corpo tremia ao nível de parecer que eu estava em um frio de zero graus.
– Caralho… Para, Jean!
– Eu vou gozar é na sua buceta…
– Não, Jean…
Ele segurou firme no meu cabelo, olhou nos meus olhos:
– Eu quero gozar lá dentro do seu útero!
Eu tentei me desvencilhar de Jean mas aí ele procurou meus seios e mordeu, mordeu, mordeu… deslizou a língua nos meus mamilos… mordeu, mordeu e mordeu… enquanto segurava meu quadril. Senti Jean ir tão profundo dentro de mim:
– Ah!
Jean deitou sobre mim por alguns minutos sem conseguir falar. Depois levantou e foi ao banheiro tomar banho. Eu estava me sentindo morta. Ele voltou. Me viu nua jogada na cama, jogou uma nota de R$20,00 e falou com um sorriso maléfico:
– Essa é para a Pílula do dia Seguinte. Eu sei que você é limpa. Sempre usou preservativo. Eu sei o que você faz e deixa de fazer. Não se preocupa. Sou limpo também. E na próxima você desmaia!
Eu achei que ele estava blefando mas nenhum dos outros nunca tinham feito tão gostoso como ele. Agora entendo porque a prima da Cecília foi parar no Hospital. Aquilo ali é fora do normal. E eu pensando que foi uma agressão de espancamento. Sobre isso eu não contei nada para a Cecília. Tratei como um caso profissional. Em razão da qualidade, Jean tinha sido o cara da arte. E eu lembrava vez e outra daquela foda e já ficava molhada. Atendia os outros clientes mas nenhum outro, igual Jean, me deixava acabada. E eu ainda escutava as queixas de Cecília sobre as reclamações de sua prima criticando o jeito agressivo de Jean.
– Carolina disse que Jean é muito agressivo.
– Ele bate nela com frequência? Porque não denunciar?
– Ela diz que ele não sabe fazer sexo com ela sem machucar. Ela diz que não aguenta mais. Que homens assim são difíceis de se acostumar. Ela fala como se ele fosse um animal feroz. Às vezes ela sangra. Ainda bem que eu não conheci essa parte dele. Foi só uma vez e para nunca mais!
– Mais um sexo selvagem é bom, às vezes, Cecília.
– Mas para sair toda roxa não. Minha prima diz que ele gosta de ouvir “me bate” e depois que bate diz “me ame”.
– Isso se chama Sadismo, Cecília.
– Me explica mais sobre isso…
– O sadismo são práticas onde existe um dominador e um submisso. Geralmente mulheres são submissas. No entanto, ao contrário acontece também. E quando os dois assumem o papel de uma forma ou outra se chama sadomasoquismo. Ou seja, uma relação onde existe a troca de lugar. Ora é sádico, ora é masoquista. Sendo que sádico é o dominador e masoquista é o submisso.
– E se não for consentido?
– É violência. A pessoa tem que gostar. Isso se chama fetiche.
– Então no caso da Carolina ela não aceita.
Mas enquanto isso eu lembrava da foda boa que Jean tinha me proporcionado. Foi a primeira vez que tive um orgasmo. Se Jean me procurar de novo, eu não vou criar caso.
Dias depois Jean me envia mensagem:
“Oi, cadela, sei que será São João mas me faça um extra no dia 23. Eu prometo que vou acender e apagar a sua fogueira”.
Eu não faço programas em Feriados. Meus Feriados são para eu passear, viajar ou fazer qualquer outra programação que seja só minha ou com minhas amigas.
“Onde? Horário?”
Jean, eu não desperdicei. Foi a surra de pau mais gostosa que eu já levei. E pasme que são uns anos como garota de programa mas Jean me colocou a buceta numa tremenda chama.
“Hotel Afrodite, 10° andar, quarto 58 às 23:00. Diga que é convidada do Jean. Pegue a chave da recepção. Deixarei algo para você.”
Fiquei curiosa. E enquanto os dias passavam, eu só pensava o que de fato poderia ser. Chegou dia 23 enquanto as pessoas se arrumavam para a celebração, eu me produzi para encontrar Jean. Chegando lá, fiz como foi orientado e vejo em cima da cama uma caixa tinha um bilhete em cima escrito: “abra e vai saber o que fazer.” Era uma lingerie vermelha de renda, modelo meia taça e fio dental por baixo da lingerie, tinha uma camisa social masculina branca e no fundo um batom vermelho cintilante. Vesti o look e o perfume de Jean estava forte dentro do quarto. Fico vendo a vista da cidade pela janela. Ouço o abrir da porta e os passos de Jean em minha direção.
– Hoje você vai me servir, sua puta.
Permaneço de costas para Jean admirando a paisagem vista pela janela. Ele segura meu pescoço e faz uma pressão no meu queixo me forçando a olhar para ele.
– Me olha no rosto, vadia!
– Você está me machucando…
– Eu não quero machucar seu rosto. Eu quero trucidar sua buceta. Agora fica de joelhos!
Eu ajoelhei. Eu vi ainda coberto pela calça que o órgão de Jean estava rígido. Ele abriu o zíper da calça, abaixou a cueca:
– Vamos, vagabunda…
Eu fui descobrindo o comprimento de Jean em cada chupada, cada deslize de língua, cada sugada na cabecinha e cada forçada que ele me submetia a uma garganta profunda. De repente, Jean segura forte meu cabelo, tira o órgão da minha boca, me força a olhar para ele e dá dois tapas na minha cara. Eu perco o equilíbrio e quase caiu, mas a força que Jean faz no meu cabelo me apara.
– Gosto de você, puta. Você não chora.
Jean me levanta violentamente me puxando pelo cabelo.
– Vamos… Eu vou te foder lá na piscina.
Percebi que Jean realizaria comigo seus fetiches. Descemos. Não tinha muito movimento nos andares. Apenas algumas pessoas que me olhavam, olhavam para Jean e seguiam. Alguns calados e outros em murmúrios.
Na beira da piscina Jean senta numa das cadeiras da área e expõe seu órgão sem cerimônia. Olha para mim:
– De joelhos, vagabunda!
Eu continuo chupando Jean. Ele segura meu cabelo para não tapar a visão do ato. Eu deslizo a língua em movimentos circulares na cabeça do pau, eu tiro o pau da boca e deslizo a língua da base até a cabecinha, eu coloco o pau na minha boca ele novamente me mete em uma garganta profunda, subo até a cabecinha e dou uma sugadinhas.
– Isso mesmo, cadela… Cê chupa gostoso.
De repente Jean segura meu cabelo e sai me puxando para perto da piscina. E sinaliza para eu descer. Eu vou tirar a camisa. Ele segura minhas mãos e diz:
– Molhadinha fica mais sexy.
Entro na piscina e deixo meu corpo todo submerso. Fico ali olhando para Jean que não desvia seus olhos de mim. Depois de um tempo ele sinaliza com um “vem”. Eu estava subindo as escadinhas quando Jean entrou em minha frente, tirou a camisa, tirou a calça e ficou só de cueca. Sentou em um dos degraus que estavam submersos na água e tirou minha calcinha sem desviar o olhar da minha cara. Expôs o órgão para fora e fez questão de me mostrar a ereção segurando com as mãos e disse:
– Todo seu, piranha…
Eu sentei e encaixei olhando nos olhos de Jean. Quero esse macho para mim de verdade. Pensei. Eu ia e voltava, eu fazia pompoarismo, lá dentro eu prendia, na volta eu soltava, eu rebolava. Jean desviava o olhar entre meu rosto demonstrando prazer, supervisionava o sutiã à mostra por causa da transparência da camisa molhada e parava no movimentar dos meus quadris. Ele segurou meu cabelo e olhou nos meus olhos:
– Final de semana você será só minha, prostituta.
– Já quer me ver no próximo final de semana…?!
– Todos os finais de semana.
– Eu não tenho exclusividade…
– Agora vai ter…
– Está querendo demais…
– Se eu ver você com outro no final de semana, ele vai levar um soco. Te garanto. Depois eu vou te arrastar pelos cabelos gritando que você é a minha puta. Vou te jogar no banco de praça. Tirar sua calcinha e te comer na praça pública. Eu sei que você não gosta de exposição ao público. É melhor começar a fechar a agenda. Entendeu, vadia?
Eu ouvi e apenas consegui esboçar um sorriso safado enquanto mordia os lábios.
– Ah, cadela!
Jean me obrigou a parar meus movimentos. Me segurou firmemente pela cintura e eu só consegui sentir minhas costas no chão e vi Jean arreganhando minhas pernas e me penetrando. Jean segurou meu quadril com a mão direita enquanto se apoiou no braço esquerdo só pra garantir ver minha cara de prazer e também impulsionar a socada agressiva.
– Todo final de semana eu vou te comer, vadia.
E meus gemidos tomaram conta da madrugada. Jean não ficou satisfeito. Levantou. Pegou as roupas dele, jogou pelo chão. Apontou a direção e disse:
– De quatro, cadela…
E assim Jean novamente me penetrou. Eu senti a fúria de Jean na minha buceta que não parava de descer água de tão lubrificada. Jean segurou as rédeas e o pau no meio de tanta lubrificação não perdeu o encaixe. E eu fiquei doida por Jean! Todos os outros em qualquer molhadinha já deslizam o pau para fora da buceta e perdiam o ritmo.
– Aí, Jean!
– Hum… safada…
– Para, para, para…
– Eu só paro quando eu quiser!
Jean segurou meu cabelo com a mão esquerda como quem segura uma cela. Levei tapas violentas na minha bunda. E gozou lá no fundo.
Dias passados, um cliente me procurou em pleno final de semana. Marcamos no Hot nights. É uma casa noturna com danceteria. Esse cliente sempre fazia isso no Hot nights, bebíamos algo, conversávamos e de lá o destino era um motel.
– Quem é você?
Sou surpreendida com a voz em tom grave de Jean. Estremeceu -me por inteira. Ele não abre espaço para diálogo. Puxa meu cliente pela gola da camisa. Dar-lhe dois socos.
– Você é louco! Falo.
– Eu avisei! Jean responde
– Desculpe… ele é louco! Falo para meu cliente.
– Não sou mais posso ficar! Diz Jean olhando com fúria nos olhos.
Meu cliente sai logo da confusão. E Jean me segura pelos braços com muita força. E fala no meu ouvido:
– Se não sair por bem. Vai sair por mal. Eu sou conhecido aqui. Ninguém vai intervir.
Eu não tenho reação. Saiu. E Jean vai aliviando o aperto de meu braço. Ele me leva em direção ao banco de praça. Senta. Me puxa para cima dele e eu me sento no colo dele. Ele desliza as mãos pelo meu corpo enquanto olha meu decote. Abaixa as alças do meu vestido e expõe meus seios. Põe a mão entre minhas pernas por baixo do vestido, afasta minha calcinha para o lado, desliza um dedinho da entrada da buceta até o clitóris. Ainda bem que vim de vestido soltinho. Penso. Ele expõe o órgão, puxa meus quadris e enfia na minha buceta. Vi no meu relógio enquanto segurei firme o encosto do banco, eram 23h e 30min. Nas ruas só tem bêbados, drogados e pervertidos. Ninguém observa. Ninguém se importa. Ninguém faz alarde. Ele puxa meu cabelo e fala no meu pé de ouvido:
– Rebola, safada!
– Você não tem escrúpulos!
– Você não tem decência.
– Você não vale nada!
– Não é isso que diz quando sua buceta goza no meu pau…
– Cachorro…
– Cadela…
O único trabalho dele é pressionar meus quadris. Eu vou e volto. Eu deixo o pau lá no fundo da minha buceta. Eu brinco em meio aos movimentos do pompoarismo. Quando eu aperto o pau dele, ele aperta meu quadril mais forte. Nós gozamos. Ele fala:
– No próximo encontro, você não sai andando…
E me deu um beijo na boca. A língua dele girava por volta da minha. A língua dele ia até meu céu da boca. Eu chupava a língua dele. Ele chupava a minha.
E depois de alguns dias, eu acordo com uma mensagem de atualização de vida de Carolina e Jean através de Cecília:
“Você não acredita! Jean separou de Carolina.”
“Sério…?!”
“E disse que está com uma tal de Letícia.”
“Trocou a mulher pela amante…?!”
“Sim…”
Eu tive tanta raiva. Me vi com um desejo de posse. Não vou perder meu macho para essa piranha. Pensei. O que eu ia fazer exatamente ainda não sabia. Mas melhor que uma mulher com raiva, são duas. Eu ia me utilizar de Cecília!
“Eu tive uma ideia maluca, Cecília.”
“Que ideia? Sobre o quê?”
“Passa amanhã aqui em casa, você vai ver…”
No dia seguinte, logo pela manhã, mandei uma mensagem para Jean, era final de semana.
“Minha buceta tá doida para te receber…”
“Hoje às 23:00”
“No Erotic Girls. Quarto 16.”
“Vou ter surpresinha…?”
“Vai…”
Cecília chegou lá em casa por volta das 21:00 horas.
– De qual ideia estava falando?
– Tive uma ideia de como se vingar do Jean!
– Matar?!
– Lembra que falei sobre o Sadismo?
– Lembro.
– Você sabe que sou garota de programa… Eu vou atrair o Jean… Ele é mulherengo… Eu vou atrair ele… Uma emboscada… É nós faremos uma sessão com ele.
– Eu nunca fiz algo desse tipo, Melissa.
– Sempre tem uma primeira vez, Cecília. É só pegar um chicote e bater nele. Mas só nas costas, ok?! E temos que revezar. E isso vai ser apenas um dia. Fica no quarto quem for castigar o moço. Ele te usou, traiu a sua prima, deixou ela no hospital. Nós temos que castiga-lo de alguma forma…
– Eu topo!
Disse Cecília depois de ter sua mágoa e sua raiva despertada.
– Vamos tirar ímpar ou par para saber quem vai primeiro.
– Vá se arrumar, Cecília. Espero você hoje no Erotics Girls.
Eu vi o poder nos olhos de Cecília e sorri por dentro. Cecília nem sequer me perguntou. Ela sabia das minhas artimanhas. “Homens são fáceis de enganar.” Eu sempre dizia.
Liguei para Guga, o zelador do Erotics. Lhe dei um aviso: “Hoje teremos gritos”. Guga já sabia que era para deixar o quarto 16 organizado. Eu comprei um chicote novo. Fazia tempo que não fazia uma sessão de Sadismo. Coloquei na bolsa. Fui com uma blusa social branca, uma saia de zíper na traseira vermelha e por baixo uma lingerie preta.
22:40. Estamos eu e Cecília no Erotics.
– Bata forte.. Não tenha pena!
– Porque tanto ódio, Melissa?
– Porque homens assim merecem seus momentos de aflição e dor. Mulheres sofrem no sentimento então ele sofre na pele, no corpo.
Enviei a Cecília para um outro quarto e disse para ela só entrar depois de 23:30. Às 22:55 Jean entra no quarto e vê as correntes. Me olha com curiosidade.
– Nunca entrei nesse quarto.
– Entrou hoje…
– O que você quer fazer…
– Você gosta de brincadeiras ousadas…?
– Hum, cadela… Safada!
– Me deixa te mostrar uma nova sensação… Só um pouquinho…
– Para você eu digo sim…
Jean me olha de cima a baixo como quem está a imaginar um maltrato e morde os lábios na sua excitação.
– Tira a camisa…
Eu levei ele até as correntes.
– Levante os braços.
Prendi Jean pelos punhos e tornozelos. A corrente não tinha espaço para outros movimentos. Apenas pernas abertas e braços erguidos. Jean estava preso e vulnerável.
– Sabia que eu tenho uma amiga?
– Deve ter…
– Ela parece com a Denise Fraga.
– Quem é Denise Fraga?
– Aquela atriz que faz a Dora no Auto da Compadecida.
– Eu não curto cinema Nacional mas você é minha Scarlett Johansson…
– O nome dela é Cecília.
Ele me olha contrariado. Eu continuo:
– Cecília me falou de uma tal de Letícia.
– É a minha nova namorada.
– Quem disse que você tem uma nova namorada?
– Você é uma prostituta…
– Não quero essa piranha entre nós!
– Você não está falando sério…
– Se eu ver você com essa vadia, eu vou sumir com você… vou te sequestrar, colocar em um porão qualquer, acorrentado do jeito que você está agora… Você vai gritar e ninguém vai te ouvir…
Ele fica sério. Ele sabe que conheço muitas pessoas da gangue do Trevo. Que tenho meus contatos com criminosos. Que meu pedido é uma ordem no meio dos cara do tráfico.
– Louca!
– Se eu fosse você não duvidava… Eu conheço cada buraco desse lugar aqui!
…
Depois que Cecília faz sua sessão de Sadismo. Sai do quarto renovada. Ela colocou para fora toda a raiva acumulada.
– Obrigada, Melissa. Para mim já chega. Eu vou embora. É todo seu!
Eu entro no quarto. Jean está todo suado. Me olha com ódio.
– Seja bonzinho… Falo.
– Prostituta!
– Elogio…
– Vai me bater?
Eu deslizo minhas mãos pelo abdômen de Jean. Eu admiro cada músculo frontal. Eu verifico o estrago que Cecília fez. Não foi de todo mal.
– Está vermelho mas não arrancou a pele.
– Vagabunda!
– Eu quero te chupar…
– Você manda sua amiga me machucar e …
– Eu vou te chupar… Você quer…? Ah, você não pode dizer que não quer… não é…
– Quando você me soltar eu vou te fazer sangrar, cadela!
Eu ajoelho, abaixo a calça de Jean. Seu órgão está ereto.
– Olho nos olhos de Jean e digo:
– Gosto assim…
– Não é por causa de você…
– Não é por causa da Cecília…
– Você é doidona…
Olho para ele, ajoelhada, enquanto deslizo a língua na cabecinha em movimentos circulares:
– Você quer minha língua na sua pica…?
– Chupa minha pica, vadia.
Jean não esboça reação alguma que faça parecer que ele ainda lembra dos açoites. Todas as horas que busco olhar para o rosto de Jean, ele está fixo em mim e nos meus movimentos. Jean goza na minha boca.
– É disso que você gosta… Ordinário.
Eu deixo ele em pé acorrentado por mais uns 15 minutos. Ele só me olha.
– Quando você me soltar, prostituta, é melhor você correr.
– O que você vai fazer…?
De propósito eu deslizo as mãos nas costas dele. Ele sente meus dedos reacendendo a ardência da pele agitada pelas chicotadas de Cecília. Eu volto e fico em frente a ele. Olho nos olhos dele. Ele não se intimida. Tenta reagir mas as correntes o contém.
– Essas chicotadas eu vou cobrar de você…
Eu solto as correntes dos pés de Jean. Eu solto as mãos de Jean. Ele verifica os punhos. Ele pega o celular no bolso da calça. Ele digita algo. Ele vai pegar a camisa e eu sinto um puxão de cabelo muito forte. Jean me segurou firme. Eu não tenho como contê-lo. Jean me empurra contra a parede, aperta meu pescoço com a mão esquerda e me dá dois tapas com a mão direita. Me suspende tão rápido pela cintura que eu me assusto com a força de Jean. Só consigo colocar minhas pernas em volta do quadril de Jean e por um momento eu estou gelada. Ele só me olha fixamente e sério:
– Você pode ser amiguinha da boca mas eu sou o chefe da Máfia.
Tem dois homens encapuzados entrando no quarto…
– Seja obediente.
Eu estou paralisada e receosa. Não consigo tentar fugir ou gritar. Só vou obedecer. Jean colocou um capuz sobre minha cabeça. Estou sentindo uma picada de injeção…
Agora estou em um carro. Ele está em movimento. Não ouço barulhos de outros carros. Estou vendada e minhas mãos estão amarradas. Não sei onde estou. E agora o que faço? Vou tentar tirar as amarras das mãos.
– Fica tranquila… É só uma viagem… Você vai gostar…
Falou Jean. E eu não consigo ver nenhuma possibilidade de acontecimentos. O carro parou. Ouço o barulho da porta abrindo. Estou apreensiva. Outra vez barulho de porta abrindo. As amarras estão sendo soltas. Agora estou solta. Eu vou tirar o capuz. Estou em um racho. Não tem nada aqui além de vegetação, barulho de animais e o sol preparando para surgir. Eu tento correr. Jean me puxa pelos cabelos e me joga no chão. Eu caí de bruços de cara na terra. Jean está deitado em cima de mim. Sinto todo seu peso sobre meu corpo.
– Onde estamos? O que vai fazer comigo?
Agora Jean está abrindo o zíper de minha saia. Eu não reajo. Jean tirou minha saia e agora está tirando minha calcinha. Estou sobre o chão e minha calcinha está na altura do joelho. Jean brinca com minha área íntima, desliza o dedo, faz movimentos circulares, eu sinto a lubrificação. Ele põe os dedos dentro de mim. Sente meu ambiente externo e sua umidade. Me penetra. Jean está tirando e colocando o pau dentro de mim. E mesmo em meio a esta situação, eu não consiga dizer que não estou gostando. Estou cada vez mais lubrificada.
– Você achou que sua brincadeira ia ficar por isso mesmo? Eu vou te cobrar essas chicotadas todos os dias. Não adianta gritar, correr, chorar… Essa é sua nova casa… Prostitita!
– Você está louco!
– Eu sou louco…
Jean me obriga a ficar de quatro puxando meu quadril de forma agressiva. Meu corpo cede ao impulso. Ele me penetra mais forte enquanto puxa meu cabelo com a mão esquerda e dá palmadas fortes na minha bunda com a mão direita. E meu instinto me faz gemer ora de dor e ora de prazer.
– Para, Jean… Para!
– É melhor se acostumar…
Jean goza. Me puxa pelo braço agressivamente.
– Onde estamos?
Eu quero saber um espaço de fuga.
– Não vai saber nunca… já disse: Aqui será sua nova casa.
Entramos na casa e é aconchegante mas estamos no meio do nada.
– Você está louco… o que eu vou vestir, comer, minha higiene… você vai me matar?!
– Você me renderia mais se eu te colocasse em algum esquema de prostituição… Você sabe disso!
– Você não vai conseguir me fazer sumir do mundo…
Jean veio em minha direção, me segurou pela nuca e está olhando nos meus olhos.
– Não adianta tentar fugir… Não perca tempo planejando uma fuga… E também não tem nada que você possa utilizar como armas dentro dessa casa. Se comporte… E só para garantir, eu fico com a chave.
Jean virou as costas. Está saindo da casa. Ele deu partida no carro. Foi embora. Estou sentindo uma raiva que me faz gritar as entranhas… E estou perdida… Estou andando pelos vãos da casa e pensando o que farei pela minha sobrevivência. Na verdade, não sei nesse momento o que Jean pretende de fato. Estou à espera de qualquer ocorrência. Enquanto estou andando pela casa e fazendo reconhecimento de território, notei que a dispensa está cheia e o guarda roupa tem roupas limpas e com um bom aroma. Espere! Tem um bilhete em cima da cama…: “Quero você limpa e cheirosa e à minha espera. Ao anoitecer, você será minha escrava do prazer. Apenas minha! Esteja pronta para me receber às 22:00 sempre. E não adianta pôr fogo na casa, hahahaha, tenho sistema de sprinkler instalado.” Podemos perceber que Jean tem uma face obscura. Isso me preocupa! Mas mesmo assim, mediante tal situação não consigo negar meu tesão por Jean. Estou passando as horas em um alto nível de ociosidade. Não posso sair, fazer nada. E enquanto isso fico imaginando se alguém de fato deu por minha falta na cidade.
Entre idas e vindas pela casa, me assusto com o toque do relógio. Jean programou o relógio para alarme às 21:00h. É um relógio digital para mesa. Vou desativar essa barulheira. Vi agora que tem escrito no lembrete: “Se não começou a se organizar, estou prestes a chegar… O jantar é por minha conta. Não provoque minha ira!” Melhor não confrontar. Vou fazer o que me foi ordenado. Entre as roupas disponíveis, estou vendo algo para vestir. Enquanto estou no banho tento manter meus pensamentos alinhados para perceber e descobrir um modo perspicaz de me libertar desse cárcere. Não posso negar que Jean é bastante artículoso. E já são 21:50. Ouço o barulho do carro… a chave… a maçaneta da porta… Estou em pé, apreensiva, com os olhos atentos à entrada da casa.
– Muito bem…
Jean fala enquanto analisa cada detalhe da minha vestimenta e da minha maquiagem… vestido vermelho de cetim ao comprimento de um palmo acima do joelho de alcinha, um salto preto, cabelos soltos, um batom vermelho… Ele está se aproximando lentamente me olhando com um olhar intenso de desejo… Ele está girando em torno de mim… Parou… Sua mão direita está percorrendo minhas costas que estão a amostra por causa do modelo costa nua do vestido. Ele deslizou as mãos até o meu quadril… Sinto seu corpo próximo ao meu… A sua mão direita está subindo pelas minhas costas… Agora sinto a pressão que ele faz enquanto puxa meu cabelo…
– Boa garota…
Jean fala bem no meu pé do ouvido.
– Que bom que gostou…
– Pegue… Vá jantar…
Certamente Jean já jantou. Provavelmente com a Letícia. A namorada dele. É óbvio! Mas não vou questioná-lo sobre isso. Além de não alterar nada sobre a minha situação, posso aborrecê-lo. Peguei a marmita e fui para a mesa. O silêncio reinou no ambiente. Enquanto isso, Jean está sentado no sofá concentrado lendo um livro. Consigo ver daqui da mesa.
Jantei. Agora vou em direção à Jean mas não posso sentar afastada porque Jean, estrategicamente, se colocou bem no espaço do meio do sofá. Jean fechou o livro.
– Você não precisa ter medo… Se agir como deve, como eu quero, vai ficar tudo bem…
– Estou em cárcere privado…?
– Você está viajando e vai precisar ficar um bom tempo fora…
– Não que eu saiba.
– Mas é isso que você vai dizer para Cecília.
– Cecília…?!
– Sua amiguinha… Não deixe sua amiga preocupada com sua viagem repentina…
– Meu celular! Cadê meu celular?...
– Está aqui comigo… Eu vou colocar na sua mão… Deixe uma mensagem para Cecília…
– Então posso ficar com meu celular?
– Você só vai poder falar com Cecília… E mais ninguém!
– Como vai saber que só estou a falar com Cecília?
– Seu raciocínio está lento… É claro que você não vai ter acesso à Internet. Eu vou rotear para você. Vou ficar aqui do seu lado enquanto fala com a Cecília.
– Você é um psico…
– Melhor ficar calada ou então vai morder a língua! Ao contrário de você que é cordeira em pele de loba, eu sou lobo em pele de cordeiro… Não me subestime. Eu mando e você obedece. Agora cale-se. Me beije!
Eu não tenho reação. Estou paralisada. Olho para Jean que permanece me olhando como um Supremo Senhor. Sinto a mão de Jean me apertar o braço. Sinto um puxão agressivo enquanto a outra mão de Jean segura minha nuca e me força em um beijo frio.
Jean não se importa se minha resposta ao seu beijo não é empolgante. Fica nítido que o que ele quer é apenas exercer sua autoridade diante do uso do meu corpo. Ele se afastou. Levantou do sofá e me puxou com muita força pelo braço. Pressionou meu quadril e eu sinto sua ereção. Eu só quero me desvencilhar, pela primeira vez, do corpo de Jean. Então tento afastar nossos corpos com as duas mãos. Mas ele não permite. Com muita agressividade ele me vira de costas, me joga no sofá e eu caí de joelhos me apoiando com as mãos no assento. Sinto as mãos de Jean e o levantar do meu vestido. Jean segura meu cabelo, me puxa em direção ao seu corpo. Eu estou inclinada e vejo a mão direita de Jean deslizar no meio de minhas pernas. E os toques das mãos de Jean vão fazendo meu corpo esquentar. As memórias de nossas fodas vêm à tona e eu começo a ceder aos instintos. A lubrificação fica visível.
– Prostituta…
Jean coloca a mão por dentro da minha calcinha e desliza os dedos na minha buceta molhadinha. Ora de cima a baixo, ora faz movimentos circulares. E eu não controlo a excitação. E Jean passeia os dedos entre a minha buceta sem pressa. Eu sinto o retorno do tesão.
– Você quer que eu te foda, vadia…?
Eu queria falar “não” mas o corpo pede um “sim” que me escorre através de palavras na boca com um tom de gemido.
– Do jeito que eu gosto…
– Me fode… Jean…
– Assim que você gosta.
– Maltrata a minha buceta, cachorro…
– Vou socar tão fundo na sua buceta, cadela, que você não vai aguentar meu pau batendo no seu útero… Eu vou te machucar até você gritar… Ou desmaiar…
Jean está levantando… Ele agora me puxou pelos cabelos… Está me levando em direção ao quarto… me jogou na cama de bruços, levantou meu vestido, tirou minha calcinha e me puxou pelos quadris, estou de quatro e ele me penetrando com tanta força que, a cada entrada do pau na minha buceta, meu corpo quer fugir.
– Aí, caralho… Jean…
– Você gosta piranha…
– Assim… nã… não…
Jean então me joga na cama e eu sinto o alívio da pausa das estocadas.
Ele segura meus pés pelos calcanhares e me gira tão rápido que eu só consigo enxergar o teto já em meu campo de visão. Jean tira todo meu vestido. Ele olha todo meu corpo exposto. Olha nos meus olhos e desce até a minha buceta.
– Prostituta gostosa…
Então Jean vem com toda firmeza nas mãos e afasta minhas pernas deixando elas abertas. Jean olha minha buceta molhada. Ele desliza os dedos do critóris até o meu cóccix e quando sua mão alcança meu cóccix, ele pressiona toda minha região íntima e eu me estremeço.
– Ah, filho da puta…
Jean brinca assim por uns minutos. Agora ele enfiou dois dedos na minha buceta. E está me fodendo com os dedos. Enquanto isso ele usa o polegar da mão esquerda para massagear as áreas próximas ao meu clitoris. E eu vou à loucura. Jean para de me enfiar os dedos. Eu puxo sua mão e chupo os seus dedos molhados pela minha lubrificação.
– Safada…
Jean então fica ajoelhado entre minhas pernas, pega travesseiros para me pôr sobre eles e eu fico com meus quadris suspensos. E desse jeito Jean me penetra. Ele vai e vem ora devagarinho, ora com rapidez. Ora com força, ora com calma. Nesse ritmo ele se satisfaz. Restam o som de sua respiração ofegante e o suor que lhe escorre pelo corpo. Foi ao banheiro. Tomou banho. Saiu. Trancou a porta. Foi embora.
E as horas passam enquanto eu fico sobrevivendo diante da minha impotência na situação que estou. Vejo o amanhecer do dia em minha falta de sono. E fico me questionando sobre Jean e esse meu cenário de submissão. O único barulho que ouço fora da casa são do vento batendo nas folhagens e dos animais que por ali habitam. O dia fica entregue ao silêncio de buzinas e vozerios. Sem poder sair, percebo apenas o anoitecer.
Anoitece e amanhece. Despertador sempre ativado para me relembrar do meu perigo noturno. Jean sempre vem aqui. Só quando não pode mesmo que não aparece. E não deixa a guarda baixa. Instalou câmeras por todo exterior da casa e pelos cômodos. Me supervisiona atentamente. Relógio despertando… Vou me organizar para receber Jean. Ele chega com uma caixa de presente. Abra. Diz. Percebi que Jean não podia conter seu ímpeto fervoroso... Surgiu-lhe uma ideia fixa cuja origem vem de uma obsessão devastadora de ter toda a minha atenção voltada para si.
– Não lhe bastou apenas me trazer de presente uma singela caixa com correntes?
– Tive, também, de lembrá-la que nesse jogo você se torna escrava dos meus prazeres nestes tais dias que a nós são e serão comuns.
– Hoje, a sua paixão louca e insensata me permite o furor de sua presença constantemente. A sua tara caótica e deprimente lhe permite gastar todas as suas façanhas e habilidades para lhe fazer, piradamente, a realização dos seus fetiches sádico-debochados.
Jean gargalha.
– Belas palavras minha Mel.
– Desde quando me chama de Mel?
– Seu apelido carinhoso. Não gostou?
– O que planeja?
– O de sempre: Te foder…
Jean me abraça com selvageria a tal ponto que me restringe os movimentos e minhas forças para me livrar de seu corpo é em vão. E eu ora sinto um desejo, ora sinto uma repulsa. Sempre me senti completamente dona de mim mas após Jean, eu me declino diante de mim. Já não tenho mais aquela satisfação em dizer que deito e me deleito com homens para minha própria satisfação.
– Vem, gostosa. Você gosta… Não negue…
– Até quando pretende me manter sua prisioneira? Falo enquanto olho bem no fundo dos olhos de Jean.
– Será apenas um tempinho…
– Eu tenho uma vida lá fora.
– Agora você é só minha!
– Seu pensamento é bem equivocado.
Jean me beija com autoridade sobre mim e eu admito a minha entrega ao meu cativeiro.
– Seu estresse eu sei como resolver… Jean diz em um meio sorriso sem vergonha.
– Estou aqui para ser sua…
Jean tira minha camisola de seda preta e me deixa apenas com uma lingerie preta de renda. Ele adora aquele modelo de sutiã meia taça e calcinha fio dental. Segura minha mão e me faz dar um giradinha para avaliar em uma panorâmica. Seus olhos de fera me atiçam e me deixam pronta para o abate. Ele desliza suas mais pelo meu corpo e verifica as minhas curvas. Passeia com as mãos do meu quadril, até meu sutiã. Coloca a mão direita entre meus cabelos. Puxa meu corpo para si olha nos meus olhos e diz:
– Gosto assim…. Dócil, gatinha…
Vai na caixa e pega as correntes.
– Vem, cadela, eu vou te foder!
Me levou para fora da casa. Deixou- me acorrentada junto à grade da entrada da casa com meus braços o mais alto que pode. Deixou-me com as pernas um pouco abertas e acorrentadas também. Nessa hora o frio e a ventania já dominava o ambiente. Me viu exposta ao seu modo. Seus olhos percorrem meu corpo.de cima abaixo. Com a mão esquerda, segura meu queixo e me obriga a olhar para ele enquanto sua mão direita desliza em minha calcinha. Meu corpo sentia todas as sensações calorosas em meio aos arrepios. Ele se ajoelha, abaixa minha calcinha:
– Deixa eu ver como está molhadinha…
Ele passa os indicador e o médio sentindo a humildade e logo após me enfia profundamente. E brinca assim por algum tempo.Tira os dedos molhados pela minha lubrificação e chupa.
– Gostosa…
Me tira as correntes dos pés. Se desfaz de sua calça Sarja azul marinho, da sua camiseta Oversized branca e da sua cueca box preta. Me tira as correntes das mãos. Me põe sentada na meia parede da varanda e me abre as pernas…
– Vadia…