Fogão de lenha

Um conto erótico de Marquesa de Sade
Categoria: Heterossexual
Contém 755 palavras
Data: 11/12/2024 07:00:30

Me chamo Carolina Soares Oliveira, e apesar de ter passado dos trinta e uns quilinhos a mais, ainda me chamam de Carolzinha: “Carolzinha exagerou no baile funk, bagando boquetes para 30 homens”, “Carolzinha é uma bisca: só vive se esfregando nos machos, em qualquer viela que seja” e “Qualquer dia a casa cai, já que Carolzinha não dispensa nem testemunhas de Jeová no domingo de manhã”.

Todos esses boatos a meu respeito são um exagero, a exemplo do baile funk, em que eu não cheguei a chupar 20 cacetes, e sempre que eu fui para a cama com um religioso, foi com o consentimento do Senhor, que eu tô sabendo.

Me casei com um homem 20 anos mais velho, que de careta e antiquado não falta nada: é música caipira na caixa, carros-serenatas para mim como surpresa de aniversário, e umas calças meio quadradas que ele me dá de presente. “Aquilo” ele tem me regulado ultimamente, e nas poucas vezes, tipo eclipse da lua, tem uma ejaculação precoce dos infernos.

Troquei a calça cafona por uma minissaia e o chamei para sair, tudo afim de salvar o nosso casamento. Ele me disse “Que legal!”, e apesar de fazer rusgas para a sainha, concordou dizendo que me levaria num restaurante rústico, mas que o sanfoneiro é bom e tem fogão a lenha. Já fiquei pensando naqueles brucutus desodorados à Rexona, mas tudo bem, que se a coisa apertar, eu mato o velho de infarto depois.

Chegamos, e não era nada de muito ruim. O garçom equilibrou as taças, e serviu o vinho branco mais saboroso que eu já tinha tomado. Por falar no garçom, era de uma sutileza quase elegante, a até por me chamar de madame, começou a virar a mesa na minha aversão pela caipirice. Nada do sanfoneiro que meu marido falou, e tocavam uma música de violino, que achei até legalzinha.

Provei a comida e… “Nossa, que delícia! Só porque é feita no fogo de lenha?”, comentei com o garçom. “A senhora não viu nada!”, disse ele, e levantando-me, pedi licença ao meu marido, e puxei o garçom para o banheiro masculino. Atarraquei no pescoço dele, já beijando no cangote. Ele falou: “Desculpe! Estou cheirando a alho. É que tive que ajudar o cozinheiro no tempero”. Beijei prolongadamente, e depois falei: “Eu adoro esse sabor do campo”.

Ele suspendeu a minha saia, já comprimindo-me contra a parede do banheiro. Deslizou a mão e parou alisando a alça do meu fio-dental, comentando: “Só porque é mulher de homem importante, tem que usar essas finuras?”. “Mas que homem importante você está falando? Aquele traste da mesa?”, e desci para fazer o boquete.

Durante a chupada, entraram dois clientes para fazer o número 1, e para que não dedurassem o garçom, eu chupei os paus deles também, claro que depois das mijadas no vaso.

O gosto da urina na boca me aumentou o tesão, e o garçom teve que me levar para a cozinha. O cozinheiro era desgraçado de feio, mas já tinha me conquistado pelo estômago. O garçom ajudou ele a apagar o meu fogo, que diferente do fogão, não era de lenha. Mas semelhante àquele, recebi umas toras, ali no chão da cozinha. Foram apenas 3: a do cozinheiro, a do garçom, e a do auxiliar de cozinha que chegou atrasado.

Voltei para a mesa, e meu marido disse que o povo tava reclamando da demora do garçom. Eu falei que “Com certeza está comendo alguma puta na cozinha do restaurante, e à moda rústica”. Ele olhou para mim, tirou o pé do sapato e pôs debaixo da minha saia, e disse: “Carolzinha, você tem cada imaginação! Hoje vou te comer de todas as formas… Uai, você está sem calcinha!”.

A frase “Vou te comer de todas as formas” ficou ecoando na minha cabeça, e senti que ficou faltando alguma coisa “naquela comida”. Depois falei: “Não promete o que o senhor não aguenta mais cumprir!… Espere aí, que esqueci meu fio-dental no banheiro”.

Fui buscar a minha calcinha na cozinha, e a frase ainda tava na minha cabeça. Tava só o cozinheiro, e perguntei do auxiliar. Ele me disse que lavou a louça e saiu apressado. “Parece que está de problemas com a mulher dele”. “Hum, interessante!”, falei e tirei o pé da sapatilha, colocando na coxa do cozinheiro barango. Ele ficou alisando a minha perna, quando perguntou: “O que a madame está querendo?”. Olhei fixo nos olhos dele, e mordendo os lábios, respondi: “Quero repetir no cu, o que foi feito na buceta!”

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Foto de perfil de Marqueza de SadeMarqueza de SadeContos: 42Seguidores: 18Seguindo: 0Mensagem Sou de Astorga, e qualquer título com nome de música de Chitãozinho e Xororó não é uma mera coincidência.

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