Quem conhece o marido da minha prima Flávia, reconhece que sua característica mais marcante é o jeitão orgulhoso de ser. Mais orgulhoso que Isaías? Ninguém. Tá pra nascer um macho com mais imodéstia que ele. Não é à toa que o cara mandava a mulher botar a comida no prato, falava grosso, sentava de pernas abertas no sofá e se achava o máximo por causa desse comportamento sem vergonha.
Na mente do Isaías, o orgulho se manifestava das mais diversas formas e se transformava em excesso de vaidade, de soberba, presunção e arrogância. O pior de tudo é que a Flávia era evangélica fervorosa e demorou muitos anos pra entender que o que ela vivia dentro de casa não era presente de Deus, mas sim exploração e machismo.
- Isaías, você bem que podia me ajudar a dar um jeito nessa casa, né? Tá tudo bagunçado, homem de Deus. – ela teve que pedir pra ele uma vez.
- Meu negócio é trabalhar, comer e foder, mulher, só isso. – ele coçou o saco e voltou a dar atenção à TV.
- Mas a casa é tua também, varão. Custa dar uma mão?
- Deus fez macho e fêmea, Flávia, lembra? O homem trabalha, a mulher cuida do lar. Tu já sabia que era assim antes do casamento, agora quer mudar a ordem das coisas? – o machão cruzou os pés sobre a mesinha, se acomodou à vontade no sofá e fez uma horinha descansando o almoço, antes de voltar pra obra.
Eu tava na janela da minha casa, no segundo andar, e vi o momento exato em que minha prima Flávia foi bufando pra cozinha, pisando firme no chão e muito puta da vida. Coitada. Aquele traste nunca achava que tava errado, não pedia desculpas, tampouco se arrependia dos desaforos que dizia pra ela.
Era Flávia quem lavava as roupas que o fanfarrão suava e encardia no serviço braçal do canteiro de obras. Também era ela quem preparava diariamente a comida, servia no prato e fazia questão de levar no sofá, só pro pilantra do Isaías não ter o trabalho de levantar. E isso acontecia no meio tempo entre ajudar na congregação do pastor Mariano e trabalhar com as irmãs costureiras da Universal, porque minha prima também ajudava a sustentar a família. Depois, Flávia arrumava a casa, preparava as marmitas do folgado e ainda tinha que encontrar disposição pra ficar de quatro e aguentar as empurradas grosseiras que o maridão imprestável gostava de brocar na buceta dela.
- Vamo no cu, safada, vamo?! Deixa? UUURSSS! – o canalha pedia no pé do ouvido, enquanto socava na portinha da xoxota.
- SSSS! No cu é pecado, homem! No cu é sodomia, não pode! Pede perdão! – Flávia se recusava a ceder a bunda.
- Vamo pecar, vamo!? Deixa eu botar no cuzinho? Prometo que vou com calma, não vou machucar! Mmmm!
- Cu nada, deixe de graça! FFFF! Você nunca tem calma, só sabe trepar acelerado!
- Se não pode cu, então vou rebocar tua buceta! GRRRR! – era aí que ele se empolgava e apressava o quadril pra meter no talo, mas minha prima não era tão sexual e logo pedia pra parar.
É claro que, sendo mulher e não uma boneca inflável, Flávia vira e mexe reagia, entrava em greve de sexo e as coisas esfriavam entre ela e o cretino do Isaías. Quantas vezes a morena não me chamou pra tomar café da tarde lá na casa dela e aproveitou pra desabafar sobre o comportamento relaxado e deitão do marido machista? Perdi as contas. Meus ouvidos viravam fossas com todas as merdas que o malandro aprontava na favela e ela me contava, mas mesmo assim eu dava ombro amigo pra Flávia e, por consequência, ficava sabendo da vida íntima do casal.
- Que cara é essa, prima? Brigou de novo? – perguntei.
- Ah, o de sempre. Isaías tá doente, Nelsinho.
- Doente? Como assim? Hoje mesmo ele tava batendo laje na obra.
- Doente da cabeça. Não bastasse todas as vezes que me traiu, agora entrou numa de bunda, bunda pra lá, bunda pra cá.
- Bunda? – continuei sem entender.
- É, primo. Esse homem tá viciado, tá doente! Já peguei ele vendo pornografia no celular duas vezes, sempre com fetiche de cu. – se Flávia falou palavrão, pode apostar que o assunto era sério.
- Caramba... Ele te traiu de novo, foi isso? – fiquei super curioso.
- Não sei, deve ter traído. Não tem mais corna que eu nessa favela.
- Mas ele não é crente? Não diz que é varão? Eu achei que crente não-
- Ele fala que é, mas eu duvido. Parece que é só da boca pra fora, porque do portão pra dentro...
- E você não vai fazer nada, prima?
- Já tô orando pro Senhor! Ele vai ter o que é dele. Ô, se vai. – ela não fez cara de quem tava triste, mas sim fula da vida.
E eu sabia o porquê. Não eram apenas as puladas de cerca do Isaías e suas taras pornográficas que a corroíam, havia também o fato da Flávia sonhar com o casamento perfeito, tal qual ela achava que era o da nossa prima Marcinha, e ter um marido viciado em sexo anal não cabia nesses sonhos. Como já falei, ela não sabia dos constantes altos e baixos na desgastada relação da Márcia com o Adriano, por isso sentia inveja de algo que sequer existia. Pura “vitrinização”, projeção da cabeça dela.
Eu tinha aversão e repulsa pelo cafajeste do Isaías até então, não só física, mas também comportamentalmente. Na questão do físico, eu sentia nojo da barba ralinha e desgrenhada dele, daqueles grotescos pés 48, do seu jeito de matuto e de como ele babava igual um ogro troglodita quando enchia a cara de cerveja. Às vezes minha prima desabafava que o maridão voltava da obra com um chulé pesado nas botinas e eu chegava a sentir ânsia de vômito só de imaginar, graças ao forte ranço que criei pelo filho da puta.
- “Fala sério! O que ela viu nele? Esse maluco é um fodido...” – eu pensava direto.
O macho da Flávia tinha 50 anos, era alto, acho que uns 1,92m, e possuía a carcaça rústica de um verdadeiro peão da construção civil. Já viu quando o cara é magro, mas ao mesmo tempo super definido e com o abdome trincado? Isaías era assim. Tinha o tanquinho insculpido em mármore, tórax largo, ombros torneados, panturrilhas duras e pelinhos escuros no peitoral malhado. A pele parda, repleta de cicatrizes, estava semanalmente avivada pelo extenso trabalho debaixo do sol quente, o sol que dá moca na nuca.
Na questão da índole e do caráter, eu detestava aquele cuzão dos pés à cabeça. Pra começar, Isaías batia no peito pra dizer que era homem de família, macho de respeito, mas bastava olhar nas entrelinhas e pronto, qualquer um enxergaria o falso moralismo e as hipocrisias.
Só pra tu ter uma ideia, ele usava tornozeleira eletrônica no pé e já tinha sido preso por atrasar pensão alimentícia pra outro filho, um de fora do casamento com minha prima. O safado votava em políticos conservadores, mas escapava do serviço pra comer puta na rua e às vezes fugia de casa de madrugada e ia encher os cornos de cerveja, sem a Flávia saber. Quer saber mais? Várias vezes eu passava a madrugada no boteco com um amigo e me deparava com aquele vacilão do Isaías cheiradaço das ideias.
Até eu, que tentava ao máximo ficar de fora, acabava me estressando com as brigas que o desgraçado arranjava no Acari. Ele constantemente se envolvia com mulheres casadas na comunidade, saía na porrada com algum marido corno querendo vingança e por isso tinha marcas, cicatrizes de guerra no corpo. Só de ameaças de morte, Isaías colecionava mais de dez, isso contando apenas a Zona Norte do Rio.
- Na boa, não entendo o que as mulheres enxergam nesse cara. Tomar no cu! Nunca vou entender. – eu resmungava sozinho toda vez que ouvia uma nova vacilação do pedreiro.
De forma resumida, o que eu mais tinha era motivos pra nunca querer qualquer contato físico com o traste do Isaías. Evitava ao máximo chegar perto dele, acho que o pilantra também procurava manter distância e a gente só falava o básico mesmo, tipo um “boa tarde” ou um “bom dia” quando eu aparecia lá na casa da Flávia. Mas aí, um dia...
- Ficou boa, prima. Um pouco apertada na bunda, mas é porque eu tenho bundão. – me empinei na frente do espelho, admirei o formato da sunga no meu corpo e gostei do resultado.
Eu tinha pedido pra Flávia costurar uma sunga de praia nova pra mim, ela topou e chegou o meu momento de experimentar, pro caso de ter que fazer ajustes. Lauana apertou minha bunda, riu e também aprovou o resultado.
- Não que você precise, Nelsinho, mas essa sunga tá realçando sua raba. E que raba, hein?
- Gostou? – fiz outra pose e me achei.
- Demais. Se você gostasse da fruta, eu te dava um chá. Hahahah!
- Me respeita, viada. Heheheh! Da fruta que você gosta, eu engulo até-
- Tá parecendo um leitãozinho, isso sim. – a prima crente riu sozinha.
- Para de graça, mãe. Tá nada, ele tá gostoso. – Lauana me defendeu.
- Gostoso? Com esse coxão? Tem que dar uma emagrecida, Nelson, tô falando pro seu bem. Você me conhece, eu falo a verdade. Se continuar engordando, ninguém vai te querer.
- Não deixa ela falar assim contigo, Nelsinho. Se defende, viado.
- Cala a boca e não me retruca, garota! – Flávia mandou.
Lauana fechou o bico, mas cruzou os braços, fez cara de revoltada e esperou a mãe sair da cozinha pra me consolar.
- Não liga pra ela. Tu sabe como dona Flávia adora dar opinião que ninguém pediu, né? Ainda mais quando é pra chamar alguém de gordo. Inconveniente pra porra.
- Relaxa. Sou muito de boa com meu corpo e meu peso, querida. – engoli a graça, parei de rir e acho que minha cara feia ficou evidente.
O mais engraçado nesse dia foi quando olhei pro Isaías, sentado no sofá da sala, e peguei ele dando aquela manjada cheia na minha lomba empinada na sunga. Pronto, bastou. Senti uma sensação diferenciada, estranha, mas não comentei nada. Guardei esse detalhe da olhada pra mim e fui seguindo os dias normalmente, como se nada tivesse acontecido.
Poucos dias após esse episódio, eu resolvi estrear a sunga nova e fui pra laje de casa pegar um solzinho, na intenção de renovar a marquinha. Preparei um bom copo de vodca com energético pra deixar a mente pronta, liguei a caixinha de som, bolei aquele baseadinho e abri a cadeira de praia no chão de cimento. O próximo passo foi espalhar bronzeador no meu corpo, em seguida deitei de bruços, joguei o rabão pro alto e tô lá bem à vontade pegando sol, de óculo escuros no rosto e torrando igual franguinho assado na brasa.
- Ô, no meu prato. – a voz arrastada veio de trás de mim e me deu um susto.
Virei pra ver quem era e dei de cara com o sem vergonha do Isaías observando meu banho de sol. Ele tava sem blusa, ofegante e muito suado, de marreta na mão, boné na cabeça, botinas nos pés e aparentemente trabalhando na obra da casa ao lado. Nós estávamos basicamente na mesma altura, porém afastados por alguns metros, eu na laje da minha casa e ele na do vizinho, até que o marido da Flávia olhou pros lados, viu que estava sozinho, depois olhou de novo pra mim e beliscou a pica na bermuda surrada.
- Eu jurava que vocês, crentes, não gostavam de viado. – tive que dizer.
- Tudo tem lugar no mundo. – ele retrucou baixo e num tom forçado, como se não quisesse falar.
- Até os viados?
- Até as frutinhas. Tu sabe qual é o teu lugar? – o macho ajeitou o cigarro atrás da orelha.
- Sei não. Qual é?
Isaías tomou impulso, saltou o muro da laje do vizinho e veio pra perto de mim. Ele entrou na frente do sol, com o físico exaltado e extremamente suado, sua sombra cobriu minha visão e eu tive que abaixar o óculos de sol pra olhar por cima da armação.
- A fêmea nasceu pra servir o macho. – ele rosnou e parou com a cintura na altura do meu rosto.
- E eu sou fêmea? – olhei pra cima para encará-lo nos olhos acinzentados.
- Não sei. É? Só sei que eu sou macho. Muito macho, macho com M maiúsculo.
- E se eu for fêmea? Vou ter que te servir, é isso?
- Não sou eu que faço as regas, Nelson. Só cumpro.
- Então, se eu quiser te servir, você... Vai deixar eu cumprir minha função? – minha intenção foi só provocar, juro.
Ele deu de ombros, fez pouco caso. Encheu a pá de pedreiro com cimento e deu uma lapada em cheio no tijolo duro que estava segurando. O homem tava trincado, com o tanquinho inchado e as veias em alto relevo nas mãos e nos antebraços, dado o esforço físico do trabalho pesado. Seus sovacões peludos pegavam fogo e ardiam testosterona bruta sob o sol abrasador do Rio de Janeiro, Isaías exalava macharia escaldante do meu lado e eu senti cada onda de calor que passou do corpo dele pro meu.
- A igreja não vive dizendo que homem com homem é pecado, Isaías?
- Pecado é homem não esvaziar o saco. Tem pecado pior que esse? – o brutamontes apertou o caralhão, deu aquela amassada gostosa e manjou meu rabo na sunga que foi a mulher dele quem costurou pra mim.
- Mas você não é machão? Não gosta só de buceta? Não tô entendendo qual é a sua. – cobrei coerência.
- Gosto de buraco. Tendo buraco... – jogou no ar.
Minha prima já tinha dito que o marido tava viciado em sexo anal, foi aí que eu empinei cadeira de praia e senti ele me devorar com os olhos. Se, por um lado, Flávia era complexada com gordura e tinha problemas com pessoas gordas, por outro, o traste do macho dela parecia gostar de ter o que apertar, de ter onde bater e o que comer, fosse na mesa ou na cama, na cozinha ou no quarto. Na casa dela ou na minha laje, tanto faz.
- Você é ou não é varão, Isaías? – manjei a mãozada que ele deu na peça.
- Sou mesmo. E tenho. – o puto apertou o cacete de novo, daí pegou o copo da minha mão, matou minha vodca com energético e só depois ralou da laje.
Ele voltou pro trabalho e me deixou com uma luxúria descomunal presa no corpo. Ver aquele infeliz olhar pro meu cu me causou comichão, um fulgor, um frenesi fogoso, sabe? Foi como juntar o útil ao agradável, a fome com a vontade de comer. Entrei numa espiral inédita de sensações, misturei desejo e vingança com tesão e, de repente, comecei a sentir uma vontade enorme de experimentar o macho da minha prima, nem que fosse pela tentação de ver o imprestável do Isaías me devorando, me montando e cruzando na raça. Nem que fosse pra dar troco na Flávia e em toda essa baboseira dela contra os gordinhos.
Minha prima era boa varoa, mas, pelo visto, o macho dela não era nem um pouco varão. Ou melhor, Isaías até tinha alguma coisa de varão no corpo, a julgar pelo volumão que amontoava no calção sempre que o coroa sentava largado no sofá. Pra piorar, ele nunca usava cueca.
O dia que mudou de vez minha percepção a respeito do marido da Flávia foi quando precisei de um favor da Lauana, apareci lá na casa dela, chamei, mas ninguém atendeu. Era uma tarde chuvosa de quinta-feira, eu não quis esperar no portão e, de enxerido, acabei entrando e indo pra sala. Escutei um ronco alto, cheguei no sofá e me deparei com aquele pedreiro cafução dormindo de boca aberta, babando de cansado.
- “É... Ninguém em casa. Melhor voltar outra hora.” – pensei.
Virei as costas pra ir embora, mas o ronco avassalador do Isaías chamou minha atenção, meu corpo parou e dei uma última checada no sono dele antes de sair. Pra quê? Foi minha pior decisão. As mãos atrás da cabeça deixaram os sovacões cabeludos do ogrão à mostra, as solas dos pés graúdos ficaram à disposição, mas o mais impressionante foi a montanha de piroca torta armando barraca no calção, bem como a mancha de babão transparecendo no tecido, as pulsadas do membro cabeçudo e o volume dos culhões estampado na parte mais baixa do pano.
- Entendi... Então é isso que as mulheres veem nele. Tá certo, faz todo sentido. – nunca me senti tão convicto de uma ideia.
A pica tava tão de pé que levantou a roupa, puxou a saída da perna do short e deu pra ver nitidamente o sacão pesado, cabeludo e pelancudo tomando um ar fresco durante o cochilo do machão. Sério, que visão espetacular! Parecia que o taco tinha vida própria e mexia sozinho, latejando devagar conforme o Isaías roncava.
- Caralho... – cheguei a gaguejar de emoção.
Mesmo se tratando de um machista escroto, minha boca lotou de baba quente e eu quase babei na coxa dele. Com um culhão mais bojudo e caído que o outro, aquele sim era um saco de respeito. Uma verdadeira cisterna de leite, os bagos de um macho feito e experiente pelo corpo todo. A tromba de um pai de família fazedor de filhos, pois foi daqueles culhões lotados e monstruosos que saíram meu primo Dhonata e... Bom, acho que só o Dhonata mesmo.
- Esse cara... Puta que pariu! – meus olhos não saíram da marreta.
E o que dizer da uretra cabulosa de grossa? Todo o visual rústico e veiúdo entregou que se tratava de uma vara bem vivida, do tipo que com certeza já tinha entrado em muita buceta por aí, a julgar pelo aspecto dos pentelhos começando a agrisalhar. Quando achei que não dava pra melhorar, eis que a tora pulsou, dobrou de tamanho diante dos meus olhos, o couro espesso arregaçou sozinho e o piruzão do marido da minha prima se transformou numa espingarda pontuda, graças à pressão da ereção cavalar.
- O que eu tô fazendo aqui? Que merda... – me fiz essa pergunta duas vezes enquanto estive ali, na sala da Flávia.
Ver aquele pedaço de carne estalar, tinir de tesão e soltar um babão grudento mexeu com meus instintos mais selvagens, os mais íntimos e animalescos possíveis. Ser exposto àquela bomba de testosterona que era Isaías me atiçou demais e apenas meus feromônios responderam. Se antes eu sentia aversão e repulsa extrema pelo macho da Flávia, a partir desse dia, as coisas mudaram totalmente de rumo.
- “Esse cara não sai da minha mente. Tô fodido.”
Depois de tudo, eu queria aquela barba rala e desgrenhada roçando no meu cangote, enquanto ele me montava. Meu cuzinho piscava só de imaginar o pezão 48 suando na minha cara durante a debruçada possessiva do Isaías em cima de mim. Até o chulé dele, que antes me causava náusea, virou sonho de consumo, ao ponto de, certa vez, eu quase roubar uma botina do putão pra cheirar, depois que ele voltou exausto e suado da obra.
Minha inversão pelo Isaías foi tão forte que eu queria trazer aquele homem pra morar dentro de mim, caso pudesse. Abrir minhas costelas pra deixar ele se esconder nas minhas entranhas. Eu não queria apenas o sexo, queria também os defeitos, seus erros e pecados. Precisava daquele macho por inteiro e me senti disposto a engolir o orgulho dele até o talo, se fosse preciso.
Teve uma noite de sábado que eu fui pro Amarelinho beber, chamei o Kaique pra ir comigo e a gente encheu a cara num boteco com karaokê, saímos de lá bem tarde. Eram mais ou menos 2h da manhã quando me despedi dele, comecei a andar de uma comunidade pra outra e passei em frente a outro botequim com música ao vivo. Tinha um sujeito de costas pra rua, sentado no balcão e bebendo na dele, aí eu caminhei na calçada, esse homem virou pra me ver passar e nós fizemos um contato visual inesperado. Seu jeito torto de falar chamou minha atenção e eu imediatamente reconheci o safado.
- Indo pra casa, Nelson?
- Isaías? Ué, o que cê tá fazendo aqui?
Ele levantou o copo cheio, matou a cerveja e riu pra mim, exibindo os dentões alinhados. Havia resto de pó branco no nariz, o pedreirão tava com a blusa jogada no ombro nu, tanquinho de fora, a calça jeans surrada caindo na cintura e a trilha de pelos aparecendo sob o umbigo. Tentei não dar muita atenção às botinas imundas de cimento e fiz que ia continuar andando, mas o marido da minha prima apertou meu braço e entrou na frente.
- Tu não respondeu minha pergunta. Vai pra casa?
- Vou mesmo. Tá tarde. E você, não vai? A Flávia sabe que cê tá na rua uma hora dessas? – cobrei.
- Tua prima viajou com o povo da igreja, Nelsinho, dá um tempo.
- Mas você também não é da igreja? Pensei que fosse.
- Eu que sei. Tenho hora pra voltar não. – ele tirou o cigarro de trás da orelha, acendeu, depois ajeitou o boné na cabeça e levantou do banco do bar.
Isaías soltou a fumaça contra a luz piscante do poste, em seguida ajeitou a rola com a mão, veio pra perto e simplesmente passou o braço ao redor do meu pescoço, andando lado a lado comigo. Esse contato físico fez subir aquele frio gostosinho pela espinha, o cheiro forte de macho que passou o dia trabalhando me cobriu e eu delirei quando senti os pelos do sovaco dele pentearem de leve minha pele. Que tentação do caralho!
- O que você tá fazendo? – tive que perguntar.
- Vou contigo até ali pra tu não voltar sozinho. Vai que alguém resolve mexer contigo. – ele me puxou.
- Boa ideia. Melhor mesmo. Agradeço. – me fiz de sonso.
O marmanjo deu outra pegada em cheio na caceta, me bateu a maior vontade de pedir pra cheirar sua mão, mas me controlei e nós fomos subindo a rua, rumo ao beco onde morávamos. Só que, no meio do caminho, quando era pra pegar a ruela da pracinha e virar à direita, eis que o cinquentão apertou a mão calejada na minha nuca, me guiou pra direita e fomos andando numa direção que eu ainda não conhecia na favela.
- Posso saber pra onde você tá me levando? – deu uma mistura de nervoso com tesão.
- Pergunta nada não. Vamo ali, quero mostrar uma parada.
- Mas é uma parada boa?
- Uma parada que tu vai se amarrar. – ele amassou a mão na piroca, apertou a calça incessantemente e não conseguiu mais soltar o piru.
Pronto, meu cuzinho começou a chapiscar com as apertadas do cafução na marreta e também na minha nuca. Deixei ele ditar o percurso que queria, meu corpo entrou em chamas antes mesmo de chegar lá e nós caminhamos por cerca de 2min até uma parte onde havia apenas casas em construção, mais pra perto do rio. Só dava pra ouvir o barulho do baile comendo solto no fundo do ambiente, foi ficando cada vez mais deserto e a picareta do Isaías não parou de crescer enquanto isso, com o sem vergonha patolando toda hora.
- Por que cê me trouxe aqui? – deixei ele pedir o que queria.
- Tu sabe o que eu quero, moleque.
- Não sei, não. Sei que você bebeu pra caralho e tá todo torto aí, isso sim. – tentei dar esporro e me fazer de santo.
- Sabe, claro que sabe. Eu quero o que tua prima não me dá. Já tô tortão mesmo. Vem me servir, viadinho.
Sua ordem causou uma reação espontânea de obediência no meu corpo. Ver aquele filho da puta cansado, suado e implorando por atenção após um longo dia pegando pesado no canteiro de obras foi uma ideia que devastou minha mente, minha noite, meu sábado. Quando eu vi, já tava ajoelhado no chão de cimento da casa em construção, escondido no breu de um muro de tijolos e frente a frente com a cintura orgulhosa do marido da Flávia.
- Abre a boca. – ele segurou meu crânio.
- Tem certeza? Gula é pecado, Isaías. – debochei e fiz cara de puta.
- Só obedece, viado. Vou realizar teu desejo, tu vai me servir. Não queria?
Fiz que sim com a cabeça, abri o bocão e passei mal com as mãozadas aterradoras que ele deu na piroca empenada na calça. Estar ali, olhando aquele putão de baixo pra cima, deixou bem clara qual era minha posição em relação ao sem vergonha do Isaías. Ele chegou a cintura pra perto do meu rosto, apertou a jeba na mão e brincou de esfregar o volumão na minha boca durante um tempo, temperando minha cara com o odor suculento de suor.
- Tá vendo como esse pau tá duro?
- Demais, macho! Porra, que delícia!
- Tu gosta de pica, gosta?
- Gosto muito. Já não é de hoje que eu tô de olho em você. – confessei.
- Bom saber. É tchola? – o pedreirão balançou a ferramenta nos meus beiços e forçou pra dentro da minha boca, mas sem tirar a calça, tudo através do volume na roupa.
- Mmmm! Sou tchola demais pra você, cara! Tomar no cu, que tesão! – meus mamilos endureceram na hora.
- Ah, é? Então morde a cabeça, vai. Só a cabecinha, dá uma mordida.
- Assim?
- Isso, SSSS! O dia todo querendo uma boca e nada. Ainda bem que tu apareceu, seu moleque.
- Tava precisando de uma mamada? Deixa comigo, me amarro.
- Segura meu caralho. Viu como essa pica tá estalando, Nelsinho? – ele me botou pra segurar com força e latejou nos meus dedos.
Aquela trolha parecia um martelo, uma marreta, uma bigorna grossa, cujo formato já estava mais do que montanhoso na calça surrada do trabalho. Um dos auges dessa noite foi esconder meu nariz no meio da virilha do ogrão e inalar o ar quente que exalou do meio delas. Minhas narinas incendiaram, senti um turbilhão de sensações nesse momento, a madeira do Isaías inchou na minha língua e nada do meu cuzinho parar de piscar, ainda mais depois de saber que ele só me levou ali porque era um sodomita incorrigível e precisava sanar o fetiche de torar um cu.
- Abre bem o bocão e deixa eu brincar, vai. Isso, viado, mostra que sabe. FFFFF! – ele usou as duas mãos pra comandar meu crânio e apenas a cintura pra brincar de foder minha boca com o pacotão.
- Gghmmm! – eu ameacei engasgar só com o início da brincadeira no jeans, imagina no ao vivo.
Às vezes o ordinário dava atenção pra mim, às vezes prestava atenção no ambiente ao redor e foi precisamente essa sensação de adrenalina que me deixou cada vez mais faminto pra ser dominado pelo macho da minha prima naquele terreno baldio do Acari. Ninguém por perto, os gemidos atravessando meus ouvidos e a tromba tremendo sem parar na minha boca.
- SSSS! Para não, continua. Morde essa pica.
- Cê gosta? Hmmm!
- Gosto pra caralho, pena que tua prima não faz.
- Aquela lá nem tem cara de que gosta. – segurei o riso.
- Gosta nada. Faz teu papel, morde a cabeça do meu pau. Só a cabeça, isso! AAARFFF! – o coroa se perdeu no meu paladar apurado de bom boqueteiro.
Diante do meu empenho e fome, foi questão de tempo até o gosto salgado do corpo do Isaías transpassar a calça e alcançar minha boca, aí sim as mordidas ficaram mais quentes, babadas, e eu passei a querer mamar o pirocão a todo custo por cima do jeans.
- Esse pau não para de crescer? Tá cada vez maior na roupa, porra!
- É vontade de fuder, moleque. Tô doido pra experimentar um viadinho. Dizem que cu de viado não tem fundo, é verdade?
- Você só vai descobrir quando entrar. – fiz charme, dei uma rebolada no chão e ele não se aguentou, estalou o primeiro tapão no meu lombo.
Deu pra sentir cada calo, cada imperfeição presente na palma da mão do homem da minha prima. Só eu sei o quanto pisquei por desfrutar do toque bruto e dominador daquele machão enorme, um pedreirão troglodita e cheio de fome de curra. Ver ele abrir o zíper da calça e botar apenas o sacão preto e pentelhudo pra fora também foi outra cena da qual nunca vou me esquecer, porque o traste soube me instigar antes de ir direto ao ponto.
- Dá uma cheirada no meu saco, Nelsinho. – ordenou.
E eu obedeci com o maior prazer, lógico. Inalei o mais bruto dos cheiros de escroto que existe num peão da construção civil, coloquei pra dentro dos pulmões toda a primazia olfativa que circundava a aura de macharia do desgraçado do Isaías e olhei no fundo dos olhos dele, enquanto respirava fundo pra guardar seu cheiro em mim.
- Mmmmm! Misericórdia, cara! – meus olhos pegaram fogo, eu chorei de emoção com aquela bomba de testosterona e senti como se meu cérebro fosse derreter, deu até uma aflição gostosinha na testa.
- Agora cai de boca. Vê se tá do jeito que tu gosta.
Outro pedido que atendi com satisfação e muita sede, muita vontade.
- Ghhmmm! Tá demais, puta que pariu!
- SSSSS! ISSO, VIADINHO! CARALHO, FFFF! – ele sentiu tanto tesão que ficou na ponta das botinas nessa hora, fez até biquinho pra gemer e ainda fechou os olhos.
Abocanhei os dois bagos ao mesmo tempo, absorvi o gosto salino pras minhas papilas, senti a textura enrugada da pele grossa e fiz questão de estica-la com o poder da minha língua. Linguei gostosinho na costura do saco, cheirei pra caralho a pentelhada suada do cafução e delirei quando percebi suas sobrancelhas quase se encontrando, de tão franzida a testa, Isaías com semblante de quem estava em êxtase.
- CHUPA MINHAS BOLA, NELSON, ISSO! OOORSSS!
- Gosta de atenção no saco, macho?
- Porra, perco tudo! AAARFFF! Para não, isso! Hmmm! – ele arrepiou.
Nessa altura da sacanagem, a tora já tava mais do que envergada dentro da calça, havia uma puta mancha de babão evidente no tecido e a marreta não parava de pulsar um minuto sequer, graças ao gostoso bola-saco que paguei pro pai do meu primo na casa inacabada. E, como se tudo isso já não fosse bom o suficiente, chegou o momento no qual Isaías botou a piroca pra fora através da braguilha e não precisou tirar o jeans pra me dar de mamar. Eu perdi as palavras quando vi aquela espingarda ao vivo novamente.
- CARALHO, ISAÍAS!
- Teheheh! Perde tempo não, viado, só mama. Vem cá. – ele escorou uma mão atrás da minha cabeça, arregaçou a peça com a outra e não me deu tempo pra elogiar muito, já jogou na minha boca e socou pras amídalas. – SSSSS! Isso, Nelson, mama ele todinho! Deixa meu caralho bem babado pra tu socar ele no cu, vai!
O falso varão me botou pra engasgar no grau, arrancou lágrimas dos meus olhos já nos primeiros segundos de garganta profunda, em seguida abaixou e explodiu a segunda mãozada prepotente no meu traseiro, muito mais mandão do que no primeiro tapa.
- Abre a boca e deixa ir na garganta.
- Assim? GHHHRRR! – quase tossi, mas não me dei por vencido, pus o linguão pra fora e fui até o final na piroca monstruosa.
- UUURFFF! Aí sim, porra, aí eu vi vantagem! Mama tudo, isso! FFFF!
Pisquei à beça, é claro, e acho que ele percebeu minhas vibrações anais, porque o grandalhão deixou o dedo escorregar na direção do meu cuzinho de propósito, enquanto vasculhava minha goela com a vara cabeçuda.
- GRRRR! Para não, continua mamando!
- Tô tentando, mas é grossa demais. Ghmmm!
- É nada, vou botar ela toda no teu furico. Tu vai ver. – ele chupou o dedo, deu uma dedada no meu lombo e só sossegou quando viu o indicador penetrar na imensidão quente do meu ânus.
- AAAHNSSS! Você é um fanfarrão, isso sim! Seu filho da puta!
- Tô acostumado a ser chamado desse jeito. Foda-se, quero é cu. Vai dar o cuzinho pra eu jogar gala dentro, viado?
- Dou tudo que você quiser, macho desgraçado! Cretino! Vigarista!
- Vou encher teu cu de leite. Tu vai virar mocinha na minha pica, quero ver. – deu com a lapa de cacete na minha língua, entrou outra vez e tornou a cabecear minha garganta sem pena.
Outro detalhe que me encheu de prazer foi o cheiro que a calça dele tava exalando perto de mim. Os ovões obesos espancaram meu queixo, sua flora masculina entorpeceu meu nariz e a garganta não pediu arrego pras espadadas afiadas e possessivas que o garanhão disparou dentro, portanto, posso dizer que fui saciado em vários sentidos físicos e não me arrependi de ter deixado ele manusear meu crânio como bem quis.
- Vou fazer bem assim no teu buraco, ó. GRRRR! – ele pegou velocidade no quadril, socou tudo na minha goela outra vez e não sobrou nada da pica fora da boca.
- GGGHRRRR! – minhas narinas entupiram, perdi o norte com as pulsadas grosseiras, mas nem assim eu quis me soltar do aperto agressivo daquele pedreiro matuto e invocado.
- DELÍCIA DE MAMADA! AAARSSS! Esse é bicha de verdade, tô gostando de ver! Heheheh! – deu a risada mais devassa e malandra que eu já vi, e foi mais ou menos nesse momento que eu me senti uma das várias piranhas que o Isaías comia no morro.
Fanfarrão e folgado de um jeito que só ele sabia ser, o salafrário conduziu o ritmo das engasgadas ao seu bel prazer, se apossou da profundidade da mamada e jogou até cuspida na minha língua pra mostrar quem manda, por isso que eu ignorei qualquer possibilidade de tomar flagrante e me entreguei aos comandos do macho alfa da minha prima sem pensar duas vezes.
- GLOGH, GLOGH, GLOGH, GLOGH... – o barulho do Isaías marretando vara na minha garganta chegou longe na madrugada.
- SSSSS! AGUENTA, VIADINHO! TU QUE PEDIU PRA SERVIR, CUMPRE TUA JORNADA! HEHEHE! NÃO QUERIA VARÃO!? TCHOLA DO CARALHO! BAITOLA! – ele perdeu a calma, prostou na ponta dos pés, engatou o quadril na minha cara e entrou em velocidade extrema pra arrancar de vez as lágrimas dos meus olhos, porém nem assim eu desisti.
O cheirão de suor subiu, a floresta de pentelhos cresceu no meu nariz, ele fincou o espeto até o talo na faringe, grudou o ventre nos meus lábios e pulsou como se fosse entrar em erupção a qualquer instante, mas isso não aconteceu. Meus joelhos também arderam no chão áspero de cimento, eu me segurei nas coxas do cinquentão e senti como ele tava com o corpo envergado pra demolir minha boca. Foi, definitivamente, o tipo de boquete do qual eu saí com os lábios esgarçados, parecendo caçapa de mesa de sinuca.
- Caralho! Tô até suando! AAARFFF! – ele suspirou, enxugou a testa com o antebraço e exibiu os sovacões lotados de pelos.
- Posso te cheirar? – pedi.
- Tu gosta?
- Sou viciado. É que nem pó pra mim. Hahaha! – debochei e o putão riu.
Dei uma boa arfada debaixo dos braços definidos, ele me dopou em suor e eu cheguei a ficar de pernas bambas, pois nenhum macho nunca me deixou fazer nada disso antes.
- Boqueteiro do caralho. Quero fazer assim no teu cu. Cadê? Fica de quatro aqui pra mim, vem.
- Tem certeza? Não sei se aguento essa rola, não. Vou acabar arregando, viu? – menti.
- Vai nada. Eu faço caber. Bom que tu é gordinho, aguenta tranco que é uma beleza.
- Cê curte um gordinho? – tirei meu short, empinei de quatro numa escadinha de cimento no canto do muro e ganhei ângulo pro sem vergonha penetrar à vontade.
- É bom que tem onde segurar, onde bater. Vou pegar aqui assim, ó. – ele entrelaçou os dedos no meu cabelo, me arrebitou pra trás e me encarou com o par de olhos cinzentos. – É num cu que eu me solto, tu vai ver.
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