Parte 16 – O 13°
Aquela foto me trouxe mais perguntas que respostas, era antiga, não sei exatamente quanto tempo tinha, mas estavam nela Pedro, Maria, dez pessoas desconhecidas envolta de um homem sentado em uma cadeira. Meu pai.
Levei a foto para casa sem entender bem do que se tratava, mas pus ela na parede em cima da foto de Pedro, e só pensava em uma pessoa para me dar as respostas que eu procurava. Minha mãe.
Iria aproveitar para apresentar Patrícia e Cauã para minha velha, com certeza ela iria gostar deles, dirigi então para o interior do estado para minha velha casa, e só no caminho me lembrei de Renata. Como eu iria apresentar Patrícia para ela ? Agora era tarde para inventar uma desculpa para que elas não se vissem.
Depois de horas de viagem cheguei a velha casa e bati a porta, a mãe de Laura abriu.
- Olá senhor, o que o trás aqui?
- Minha mãe, ela está ?
- Claro, claro, entrem, vou preparar um café para vocês.
- Am... senhora, o João está aqui, seu filho veio de ver
Eu e Patrícia nos olhamos sem dizer nada rimos, ela teria errado ou estávamos perdendo alguma coisa? Minha mãe logo desceu as escadas e veio me abraçar e me chamar atenção
- Como você esquece da sua velha mãe ? Como está Jéssica e Jaqueline ?
- Estão bem mãe, e eu não esqueci da senhora, está bem acompanhada, ah e Laura está bem, tá morando com a Jéssica.
- Que bom, quando vou até lá, vejo que elas são muito amigas.
- Mãe, essa é Patrícia, minha namorada e seu filho Cauã
Percebi naquele momento que nunca tive essa conversa com Patrícia, mas simplesmente saiu, quando olhei para o lado ela parecia em choque, mas não me desmentiu.
- Seja bem vinda minha filha, Lucia traga uns doces para o menino, espero que João esteja te tratando bem, ele sempre foi um bom rapaz, mas é meio complicado
- Comigo ele tem sido maravilhoso, a senhora não precisa se preocupar
- Se ele fizer alguma coisa, você pode me contar que ele pode estar grande assim, mas eu ainda bato nele
- Tá bom, agora eu posso conversar com a senhora? A sós
Subimos para o quarto dela, e quando olhei a cabeceira da cama no lugar onde tinha fotos do papai, agora tinha uma foto dela com a Lúcia, e algumas nossas. Nem esperei ela se ajeitar.
- Mãe, você e Lucia estão ? Sabe ?
- Estamos e você não tem nada a ver com isso
- Não tenho mesmo, mas nunca achei que a senhora ia gostar da coisa que nem eu. – Dei uma gargalhada
- Eu também não sabia, até conhecer Lucia, que foi tomando um espaço na minha vida que achei que havia perdido. Mas você não veio aqui falar sobre isso.
- Não, mão vim, vim falar sobre o papai.
Mostrei a ela a foto para saber se ela sabia de alguma coisa.
- Eu não conheço ninguém nessa foto, mas seu pai sempre recebia pessoas estranhas e ligavam muito pra ele, eu guardei algumas coisas, vou pegar para ver se te ajuda.
Minha mãe me trouxe uma caixa velha fechada, ao abrir tinha um 38 que parecia mais para colecionar, algumas notas e escritos que eu não decifrei, mas guardei todos, havia alguns nomes que eu desconhecia e nenhum deles era de Pedro. No fundo havia um triângulo bordado com o número 13. Guardei aquilo na carteira e levei a arma comigo.
Minha mãe nos convidou para dormir lá esse dia, e passamos a tarde fofocando, um erro que eu não devia ter cometido. Logo a tarde alguém bate a porta.
- Oi, eu vi o carro do João na porta, ele está?
Lucia sem saber do meu passado com Renata permitiu que ela entrasse. Assim que ela me viu com Patrícia pude ver seu rosto mudar.
- Oi – disse ela envergonhada
- Oi Renata
- Vi seu carro parado na porta e quis saber como está.
- Eu estou bem, e você ?
- As coisas vão indo e não vai me apresentar ela?
- Claro essa é a...
- Namorada dele – me interrompeu Patrícia apertando a mão de Renata
O clima tenso estava instaurado e eu não sabia mais o que dizer, eu nunca falei de Renata, mas Patrícia entendeu tudo, mulher sente essas coisas.
Não demorou muito Renata se despediu e estava com semblante triste, então fui arrumar nossas coisas no quarto para dormirmos.
- O que ela era sua?
- Namorada de infância, ela me ajudou muito com a separação e a morte do meu pai.
- Entendi, então você gosta dela ?
- Gosto, mas não igual a você, não se preocupa, ela não é uma ameaça. – nesse momento eu ri
- É mesmo, então você tá me dizendo que se ela ficasse pelada na sua frente, você não ia comer ela ?
- Ela não vai fazer isso
- Não foi o que eu perguntei
- Não comeria
- Homem é tudo mentiroso mesmo
Ela montou no meu colo e passou a me beijar, meu pau já esfregava na bucetinha quente dela.
- E se você pudesse comer nós duas ? Aguentaria ?
- Com o tesão que eu estou, comeria as duas sem pensar duas vezes
- É safado ? E o que você faria com a gente?
- Primeiro ia agarrar uma pelas cabelos assim – segurei no cabelo dela
- E botaria ela para me chupar olha para mim – coloquei o pau na boca dela
- E a outra? O que você faria ?
- Eu beijaria ela enquanto você me chupa, depois ia botar as duas para me chupar, uma de cada lado.
- É safado ? Me conta mais – Patrícia falava e voltava a me chupar
- Ia fazer as duas se engasgar na pica, ia fazer a boca de vocês de buceta – Nesse momento de tanto meter na boca dela eu gozei e ela sugou tudo.
- Gozou no boquete, acho que não aguenta as duas não.
Levantei ela e joguei na cama
- Enquanto como uma de quatro ela iria te chupar – Eu chupei aquela buceta molhada até meu pau ficar pronto para outra.
- Depois ia colocar as duas de quatro com o rabo virado para mim, e ia revezar metendo nas duas, que uma delas me pedir rola no cu.
- Vai meu macho gostoso, come esse cu, come.
Meti rola nela com carinho e cadência.
- Aiii safado, Renata você precisa experimentar essa rola no cu.
Quando ela disse isso eu fui mais rápido e mais fundo até gozar tudo dentro, deitamos na cama
- Caralho, que transa gostosa?
- Você quer comer nós duas né ?
- Só se você quiser, se não, eu nunca faria isso
- Vou pensar no teu caso, mas não com a Renata, ela gosta de você e pode te tomar de mim.
- Ninguém vai me tomar de você – Mais tarde eu descobriria que existia sim algo que me tomaria dela.
Dormimos aquela noite e partimos para casa, eu mal cheguei e Pedro mandou me chamar na sua mansão.
O terceiro serviço era para José um dos doze, ele fazia o tipo caipira com chapéu e tudo mais, eu o reconheci da foto com meu pai, ambos me receberam com sorriso no rosto .
- Entre, entre, deixa eu te apresentar José, um velho amigo
Nós cumprimentamos e fiquei esperando pelo detalhe dos serviços
- Vou direto ao ponto, minha filha vem do interior, da nossa fazenda e preciso que você seja seu segurança nesse final de semana, eu não confio em ninguém, mas Pedro me disse que posso confiar em você.
- Certo, e onde está sua filha ?
- Catarina, venha por favor.
Catarina era uma mulher branca como a neve, cabelos pretos e olhos verdes, baixinha e muito linda. Vestia roupas brancas e cumpridas que mostravam nem seus pés.
- Oi Papai
- Quero que conheça João, ele vai te ajudar nesse final de semana a conhecer o Rio de Janeiro
Cumprimentei ela de longe e sai para leva-la até o apartamento onde ela estava hospedada, esperei por horas até ela descer totalmente vestida, sentou no banco de trás do carro.
- Vamos para onde senhorita ?
- Buscar uma amiga – me passou endereço
- Esse carro tem câmeras ?
- Não, não tem
- Meu pai está te rastreando ?
- Não, eu confiro o carro sempre, mas ele com certeza está sabendo dos teus passos
- Então vamos despista-lo
Catarina começou a se despir e por baixo daquele monte de roupa ela usava um vestido preto curtinho, calcinha branca, começou a passar maquiagem e em menos de uma hora era outra mulher, muito gostosa.
Sua amiga entrou no carro, uma loira gordinha muito gostosa e deu a ela um salto alto prata e uma bolsa.
- Vamos para esse endereço
Segui caminha sem dizer nada, chegando lá era uma festa em uma mansão com piscina e tudo mais. Fiquei do lado de fora esperando elas. Quando deu altas horas da noite ela sai com sua amiga e mais dois caras.
Ficaram se beijando os casais, eles passavam a mão na bunda delas que estavam visivelmente bêbadas. Catarina tentou sair e ir pro carro, mas os caras não deixavam.
- Me solta porra, vamos amigas
- Camila gatinha a noite é uma crianças
Ficaram nisso até um deles agarrar ela por trás e tentar forçar penetração. Eu tive que sair do carro apontando a arma para a cabeça dele
- Solta a garota e volta para a festa
- Calma irmão, a gente só estava curtindo as putinhas ai
Guardei a arma na cintura e fui até ele, desferi um soco no rosto que ele caiu sentado. O amigo tentou me bater e eu esquivei e nem precisei fazer nada, ele estava muito bêbado
- Eu devia arrancar teu saco por tratar mulheres tão mal
- Não por favor, não vai se repetir
- Se eu arrancar teu saco, não vai se repetir mesmo – Apertei com força o saco dele fazendo gritar de dor
Tampei sua boca enquanto ele se contorcia de dor e eu apertava cada vez mais forte.
Soltei e deixei ele respirar
- Por hoje fica de aviso, quando alguma mulher dizer não, é não, entendido ?
Quando olhei em volta a festa toda olhava aquela cena, de repente começaram a aplaudir, assobiar e gravaram tudo, viralizei na internet, e algumas pessoas me paravam nas ruas para me cumprimentar.
Levei as meninas para a minha casa e pedi para Patrícia dar banho nelas e vestir alguma coisa, coloquei colchão no chão da sala para elas dormirem.
Pela manhã elas acordaram misturando dor, cansaço e dúvidas. Demoraram para se lembrar onde estavam. Patrícia as serviu café forte e remédios.
- Onde nós estamos?
- Na minha casa – eu respondi
- E de quem são essas roupas?
- São minhas – disse Patrícia
- E você quem é?
- São muitas perguntas, ela é minha namorada, vocês beberam demais, e me pediu para não te levar para o hotel porque seu pai iria descobrir, te trouxe para cá, minha esposa (saiu sem querer) deu banho em vocês e estão usando roupas dela, suas roupas estão sendo lavadas para tirar o cheiro de vômito e bebida, tem aí um café forte e remédios para dor de cabeça. Tudo respondido ?
Elas balançaram a cabeça positivamente e Patrícia sorria segurando a caneca de café com as duas mãos e disfarçando a timidez que as minhas palavras trouxeram misturadas com uma alegria de que pela primeira vez na vida se sentia amada e protegida.
- Estou me lembrando de tudo, que loucura, você de uma dura naquele cara, parecia filme - As duas riam
O telefone toca e era José perguntando da filha.
- Ela está com uma amiga, eu estou esperando ela caso precise se mim – respondi ao telefone
- Que amiga é essa ?
- Eu não conheço, não faço perguntas, só trouxe ela, mas posso garantir que ela esta bem e segura
Ele desligou o telefone e levei Catarina e a amiga até seu apartamento, ambas trocaram de roupa e me entregaram as de Patrícia. Levei elas para uma cachoeira distante do centro do Rio
As duas vendiam biquínis pequenos e Catarina começou a beijar sua amiga na água, de longe pude ver que ela gemia entre os beijos, certamente sendo tocada por baixo. Já no fim da tarde quando levei elas no carro começaram a se pegar na parte de trás do carro.
Elas se beijavam e começaram baixar os biquínis uma beijando e mordendo os seios da outra, a amiga afastou o biquíni e lambia a buceta de Catarina enquanto enfiava dois dedos, Catarina se contorcia atrás do carro, eu fiquei de pau duro com a cena, mas me mantive em silêncio. O carro fedia a sexo e o banco estava molhado com o gozo dela.
A amiga me chamou para participar
- Vem tio, sempre cabe mais um
- Obrigado meninas, mas eu tenho a Patrícia
Eu estava com muito tesão, mas traição é uma escolha, e eu não faria isso com Patrícia, não depois de fazerem comigo.
Elas insistiram se mostrando já peladas.
- Por favor meninas, ao menos isso eu peço respeito
Parece que se tocaram e se encolheram, perderam até o tesão começaram a se vestir, levei elas para o apartamento e me ofereceram janta, comida eu não neguei.
Durante o jantar elas me fizeram muitas perguntas e uma delas era se eu era gay, porque nunca viram homens negar duas mulheres.
Eu contei a história da minha traição e da morte de Jonas, elas estavam vidradas, pareciam incrédulas.
- Meninas, ouçam bem, vocês podem sair com quem quiser, transar com quem quiser, a vida é de vocês, mas se um dia assumirem algo sério, não traiam, terminem antes se não amarem mais, ou faça seus acordos e tenham responsabilidade afetiva. Nunca, de maneira nenhuma aceitem algo diferente disso, homem nenhum vale uma gota de lágrima de vocês. Eu amei demais Camila, e ainda amo, porém nunca poderia ficar ao lado dela, traição é uma escolha, não somos animais irracionais que agem por impulso. Essa dor não te abandona nunca.
Elas refletiam tudo e começaram a contar suas aventuras sexuais, e como ela precisava enganar seu pai para ser livre.
- Catarina, um dia vai precisar enfrentar seu pai, mas tenha independência financeira, ele pode querer te deixar sem nada, é um homem velho e certamente machista.
Meu serviço terminava aquela noite, e eu fui deixar a amiga da Catarina em casa.
No outro dia quando fui prestar contas a Pedro e José, ele estava incrédulo.
- Meu caro, não sei o que fez a Catarina, mas ela está falando em estudar, se formar, eu sempre lutei para que ela fizesse isso, mas ela só queria saber de farra, ela acha que eu não sei da vida dupla dela – Ele deu uma forte gargalhada.
- Mas pela primeira vez minha filha decidiu estudar, decidiu ser alguém, te devo uma e espero um dia poder pagar.
Na saída afastado de Jonas eu pedi o favor.
- Conheceu meu pai ? – Mostrei uma foto dele
Vi seu rosto emburrar e ele respirar fundo
- Não posso te dizer muito
Apertou minha mãos deixando um papel com algo escrito.
Continua...
Continua...
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