Capítulo 7 - A Rotina de Rafa
Desde que Keila assumira o comando da casa — e, por consequência, da vida de Rafa —as mudanças eram visíveis. As manhãs começavam cedo, com ele em frente ao computador, trabalhando no seu home office. As refeições já estavam prontas quando ele acordava, sempre saudáveis e preparadas por Keila, que o monitorava como uma treinadora impiedosa. Ele aprendeu a comer bem, a distinguir tempeiros e a gostar de frutas e verduras.
À tarde, eles iam juntos para a universidade. Keila, com sua presença imponente e postura impecável, era uma figura de respeito para ela, enquanto que para os outros alunos era a mesma gracinha de sempre. Rafa, por outro lado, havia passado de um aluno medíocre a um queridinho dos professores, graças à mentoria rigorosa de Keila. Ele se destacava em apresentações e entregas de trabalhos, o que era motivo de orgulho para ela.
Keila, no entanto, encontrava maneiras sutis — mas inescapáveis — de reforçar seu domínio. Rafa não podia ir para a faculdade com qualquer roupa de baixo. Toda manhã, antes de saírem, ela entrava no quarto dele segurando uma calcinha, sempre uma que havia usado no dia anterior. O tecido ainda carregava os vestígios dela: o cheiro agridoce e inconfundível da urina, às vezes úmido, outras vezes marcado por manchas mais secas de cocôs que denunciavam sua intimidade sem filtro. Um dia estava até mesmo machado com alguma coisa que ele não soube dizer o que era, mas era melhor nem perguntar.
— Aqui está sua peça do dia, Rafa. Veste e não reclama. — dizia ela, jogando a calcinha em cima da cama, com um sorriso malicioso.
Rafa pegava a peça com mãos hesitantes, o estômago revirando enquanto seus olhos examinavam o tecido. Ele tentava desviar o olhar das marcas visíveis, mas o cheiro era impossível de ignorar. Misturava-se ao ar e parecia se agarrar à sua pele antes mesmo de ele vestir a peça.
A primeira vez que Keila o obrigou a fazer isso, Rafa hesitou, quase protestou, mas a expressão dela deixou claro que não havia escolha. Agora, semanas depois, ele já não tinha forças para discutir. Havia um misto de vergonha e excitação que ele não conseguia explicar, algo que fazia seu corpo reagir contra a própria vontade.
Enquanto vestia a calcinha, a textura diferente do tecido contra a pele o fazia lembrar, a cada passo, que aquela não era uma peça qualquer. Era algo profundamente íntimo dela, impregnado com os traços do corpo dela. Rafa sentia o calor subir pelo rosto toda vez que se olhava no espelho. A calcinha não apenas moldava seu corpo, mas também sua mente, uma lembrança constante de que ele pertencia a Keila, de que estava sob o controle dela.
Durante as aulas na faculdade, ele se mexia desconfortavelmente na cadeira, sentindo o tecido roçar de forma diferente. Era como se cada movimento fosse um lembrete do que ele carregava, do que ela o obrigava a carregar. O cheiro parecia impregnado em sua pele, e ele se perguntava, com uma mistura de pânico e vergonha, se alguém ao seu redor conseguia percebê-lo. E quando a calcinha roçava para dentro do seu rego ele se sentia como uma verdadeira puta escondida sob as saias de uma santa.
Ao mesmo tempo, havia uma excitação latente. Cada vez que ele olhava para Keila durante o dia, sentia o coração disparar, lembrando-se de que aquela peça íntima era dela. Ela havia usado, ela havia escolhido, e agora ele a usava por ordem dela. A humilhação se misturava a um desejo confuso, algo que ele jamais admitiria para si mesmo.
Keila sabia exatamente o que estava fazendo. Sempre que notava Rafa inquieto, ela lançava um olhar discreto e um sorriso que o fazia se encolher ainda mais. Ela não precisava dizer nada; ele já sabia o que aquilo significava.
Rafa odiava admitir, mas cada vez que vestia aquelas calcinhas, cada vez que sentia os vestígios dela tão próximos de si, era como se ela estivesse reafirmando, silenciosamente, que ele era dela — de corpo, mente e vontade.
À noite, após a academia com Maurício — onde Rafa já mostrava os primeiros resultados da resistência e força que estava ganhando —, ele voltava para casa exausto, mas o dia ainda não terminava. Keila sempre exigia o mesmo ritual: ele precisava dar a ela um orgasmo antes de dormir, o que invariavelmente incluía beijar, lamber e aguentar os "presentes" que ela soltava direto em sua boca, rindo da submissão dele. Apesar de tudo, Rafa secretamente adorava aqueles momentos, embora negasse isso até para si mesmo.
Uma noite, no entanto, Keila não o chamou. Rafa esperou, inquieto, até que o silêncio da casa se tornou insuportável. Ele finalmente tomou coragem e foi até o quarto dela, batendo levemente na porta.
— Entra — disse ela, com a voz tranquila, mas sem se levantar da cama.
Rafa entrou, hesitante, o coração batendo rápido.
— Fiz algo errado? — perguntou ele, a voz baixa, quase infantil.
Keila levantou os olhos do livro que estava lendo, com uma expressão que misturava surpresa e diversão.
— Nada. Por que acha isso? — Ela cruzou as pernas, um sorriso malicioso se formando em seus lábios.
— É que você não... não me... não foi... — falou ele, as palavras sumindo desarticuladas.
— É por que eu não fui pedir na tua boca hoje? É por que eu não fui te usar? Relaxa Rafa. A gente tem dias de luta e dias de glória e hoje foi dia de nem uma coisa e nem outra... Mas, já que veio até aqui, vou ser sincera... eu sinto saudades de comer o cu de alguém. Só que você não está pronto para isso, Rafa.
As palavras dela atingiram Rafa como um soco. Aliás, as palavras de Keila, sozinhas, podiam levar o Rafa a um belo nocaute, se ela quisesse realmente. Ele sentiu o rosto esquentar, o constrangimento e a excitação se misturando de forma confusa.
— E o que eu tenho que fazer... para ver o seu sorriso? — perguntou ele, o tom cheio de hesitação, mas também de entrega. — Não sei explicar, mas não gosto de ter ver assim, triste...
Keila inclinou a cabeça, avaliando-o por um momento, antes de sorrir.
— Deixa eu colocar um plug anal em você. Assim a gente vai se preparando. Depois, eu posso pensar em voltar a sentar na sua cara como faço antes de dormir.
Rafa abriu a boca para protestar, mas a expressão firme de Keila o calou. Ela se levantou lentamente, caminhando até um armário. Quando voltou, segurava um pequeno plug anal em uma das mãos.
— Vira. — disse ela, com um tom de comando que não deixava espaço para discussão.
Rafa obedeceu, mas cada movimento parecia uma batalha interna. Ele ficou de bruços na cama, o rosto enterrado no travesseiro enquanto Keila preparava o plug com calma.
— Relaxa, Rafa. É pequeno. Nem vai doer tanto. — Ela deu uma risadinha, posicionando o plug.
Quando ele sentiu a pressão inicial, seu corpo se enrijeceu automaticamente.
— Keila, eu... eu não sei se consigo... — balbuciou ele, a voz carregada de nervosismo.
— Consegue sim. E vai conseguir sem reclamar, Rafa. Você disse que queria me agradar, não disse? Então me mostra. — O tom dela era firme, mas sem perder aquele toque de provocação que o fazia obedecer.
Rafa respirou fundo, tentando relaxar, mas o plug parecia invadir cada pedaço do seu ser. A sensação era estranha, desconfortável, mas também cheia de um peso psicológico que ele não conseguia explicar. Keila parou. Ficou do lado dele, Lambeu o plug. Voltou para trás de Rafa e lambeu seu cuzinho como incentivo. Depois enfiou o dedo médio. Rafa gemeu, mas não reclamou. Depois ela tirou o dele e levou à boca de Rafa..
— Aí está. Sente o seu gostinho enquanto eu coloco o plug. — disse Keila, dando um leve tapa em sua bunda quando terminou. — Agora senta direitinho e deixa eu ver se ficou bem ajustado.
Ele se sentou com cuidado, o corpo rígido enquanto tentava se adaptar à nova sensação. Keila riu, sentando-se na frente dele e segurando seu queixo com delicadeza.
— Você é tão patético às vezes, Rafa. Mas é por isso que eu gosto de você. E é por isso que vou te transformar em algo melhor. — Ela beijou sua testa, como se selasse um acordo. — Agora vai dormir. E lembra: se isso sair de você sem a minha permissão, amanhã vai ser muito pior.