Assim que acabou, olhei para os lados instantaneamente. Alguém mais viu? Me perguntei logo após verificar aqueles dois gays rindo, cochichando e tentando não reagir de forma tão escandalosa. Matheus se desgrudou de mim com um passo para trás e eu imediatamente tentei ajeitar meus shorts, colocando meu penis para dentro novamente. Só alguns segundos depois, reparei na brisa fria em minha bunda e arrumei as coisas ali atrás também.
A ressaca bateu imediatamente e, impreterivelmente, fiquei muito ansioso pensando se outras pessoas na academia tinham me visto ejacular no meio daquele exercício. Matheus tinha certamente passado de qualquer limite aceitável comigo com aquilo. Tal situação nao era só uma brincadeira inocente, mas poderia me causar sérios problemas caso eu fosse denunciado por tamanha exposição pública. Ele certamente tinha me feito passar por algo assim de propósito, embora, via em sua expressão facial, meu amigo não devia estar esperando que eu chegasse ao orgasmo daquela forma.
Droga. Praguejei mentalmente. Como deixei as coisas chegarem a esse ponto? Me perguntava. Meu amigo, antes tímido e retraído, agora era suficientemente ousado para me expor a tamanha humilhação pública sem sequer se preocupar com as consequências que eu poderia enfrentar em decorrência dessas aventuras dele. Bem, se alguém além dele e daqueles dois caras viram aquela cena, só podia especular a respeito. O mínimo que me aconteceria agora, se fosse o caso, é ter a pecha de tarado da academia aos olhos das pessoas que a frequentavam. Agora eu tinha que sair dali o quanto antes, mesmo que todo sujo com minha própria porra, sabia que deveria correr entre as pessoas se exercitando e desaparecer daquele local.
— Acho que você precisa ir ao vestiário, não é? — Disse ele com um sorriso sarcástico. Eu deveria expressar a ele o quanto aquilo que ele fez comigo era errado, mas sequer conseguia o olhar nos olhos de tanta vergonha, quanto mais contrariá-lo. — Devo admitir, nunca vi algo assim. Você gozou bem rápido, embora nem tenha se tocado. — Disse ele naturalmente e se pôs em movimento a passos largos. Eu o segui, sem sequer parar para desmontar o equipamento de treino, tentando esconder em minha pele as manchas do ocorrido enquanto andava cabisbaixo e humilhado.
No vestiário, minha derrota ainda prosseguiu. Meu amigo foi comigo até a cabine de banho do vestiário que, felizmente, não estava muito povoado. Ele me jogou sua toalha, escorou as costas na porta aberta do cubículo, acertando sua dominância que me impossibilitava de sequer me trancar no local para ter um pouco de privacidade e me ordenou que me despisse e me lavasse na frente dele que sorria e soltava, eventualmente, alguns comentários ora maldosos. Eu senti muita raiva e vontade de brigar com ele, mas também certa gratidão por Matheus ter me emprestado sua toalha.
Eu precisava certamente daquele pedaço enorme de tecido que ele trouxe, uma vez que não tinha trazido nada além da roupa que usava e alguns pertences pessoais. Enquanto me lavava na sua frente, Matheus me disse que preferia que as coisas fossem assim daqui para frente. Segundo meu amigo, era menos dispendioso que apenas ele trouxesse toalha e que eu poderia, a partir de agora, compartilhá-la com ele. Me deixando levar pela oportunidade de ter essa migalha de intimidade com ele e, todos os dias, me esfregar na toalha com a qual Matheus secava seu corpo pelado, acabei acatando. Só horas depois fui perceber que, com isso, tinha entregado em suas mãos também o direito de dizer quando e como tomaria banho, afinal, para isso teria de pedir-lhe permissão na forma de um “por favor, me empreste sua toalha?”.
Além disso, ele ainda disse que não fazia sentido eu trazer uma muda de roupa para a academia também, uma vez que as roupas que usava para malhar eram muito parecidas com as que utilizava no dia a dia. Com certa razão, Matheus ressaltou também que nossas roupas nem se sujavam muito após os exercícios, sendo desnecessário que trocássemos elas depois do banho. Para ele, que usava, para o treino, uma calça tactel e uma camiseta dry-fit, trocando depois para calças jeans e camiseta de algodão, é claro, essa regra não se aplicava. As roupas que meu amigo trazia para fazer seus exercícios eram bem diferentes das utilizadas por ele cotidianamente, embora, ainda assim, irritantemente pouco reveladoras.
Impressionantemente, Matheus, embora sempre fingisse não reparar em meu corpo quando para ele me exibia, também comentou que notou como eu tinha vindo hoje para a academia sem cueca. Ele me fez um elogio, falando que minha bermuda ficava melhor assim em mim, ressaltando minha bunda e também meu pacote. Eu corei, mas fiquei muito feliz com o comentário que se seguiu por ele sugerindo que eu deveria deixar as roupas de baixo em casa também a partir de agora. Se eu o conhecia bem, a pontuação aparentemente inocente era, na verdade, uma ordem.
No fundo eu sabia onde todas aquelas novas ordens levariam. Ele estava me preparando e me deixando cada vez mais submisso às suas vontades. Quando eu menos esperar, podia ter certeza, ele irá longe demais com aquilo. Era a segunda vez que Matheus tinha me visto gozar, a primeira no vestiário comigo mais ou menos preservar dos olhares dos caras que lá estavam, a segunda no meio do salão de exercícios da academia, onde todos tinham a possibilidade de me ver e a terceira vez, como será? Era notável que ele estava gradualmente e rapidamente ficando mais extremo e, diante do que tinha acabado de acontecer, sabia, Matheus não tinha qualquer limite.
Nos dois fomos para nossas casas e, em nenhum momento daquele em que estávamos juntos, tive coragem de me impor, permanecendo calado e só conversando quando a mim era dirigida a palavra.
Entretanto, naquela noite que passei sozinho, foi difícil pegar no sono. Eu me sentia totalmente anulado perante meu amigo e sabia, embora totalmente aterrorizado com o fato, ele só prosseguiria com aquilo de forma cada vez mais voraz. Isso ainda assim me excitava, mesmo que eu soubesse que, no rumo que as coisas estavam, embora dessa vez, tenha tido sorte por não ter sido visto por muitas pessoas na academia, ele em breve daria um jeito de me expor de forma muito pior do que aquela. Pela rapidez como estou cedendo as suas vontades, era questão de tempo até que me domine completamente. Assim, de pau duro e me revirando no colchão, quando fechava os olhos tinha a visão excitante e aterrorizante de nós dois andando em uma rua movimentada, enquanto multidões apontavam, riam e comentavam. Em meu sonho acordado, ele vestia suas roupas grossas como sempre e eu estava completamente pelado e de pau duro ao seu lado. Quando, na miragem eu batia punheta para que todos aqueles rostos imaginários me olhassem, me ligava que, na vida real, também acariciava meu penis ereto sozinho em meu quarto e cessava o impulso imediatamente. Droga Matheus! Praguejei.
O monstro que criei precisa ser parado. Meu plano não pode esperar mais. Será amanhã!
Eu me preparei naquele sábado da forma como fui demandado por Matheus. Estava caminhando junto dele com minhas vestes usuais de academia, porém, sem qualquer roupa de baixo ou toalha. Eu me perguntava com medo o que será que ele tinha preparado para mim naquele dia enquanto me controlava para não ter uma ereção portando um short curto tão revelador quanto aquele.
Talvez, pensei, eu não devesse colocar meu plano em ação naquele dia. Cogitei quando chegamos a academia. Sábado era o dia da semana em que aquele lugar ficava mais cheio, tanto na área de treino quanto no vestiário, entretanto. Embora fosse bem mais ousado e arriscado que o normal tentar expô-lo em um dia como aquele, também era bem mais excitante imaginar como seria sua reação diante de bem mais expectadores que o normal.
Minha vingança ainda assim não se comparava com o que ele me fez passar anteriormente. Se tudo desse certo, meu amigo apenas daria uma pequena volta nu no vestiário, mas jamais seria tão exposto e degradado a ponto de chegar a gozar em um local público externo tal qual eu fui. Ainda assim, isso deveria ensiná-lo uma lição, haja vista que Matheus nunca sequer tinha sido deixado ser visto sem camiseta. Para ele, pensava, passar por algo assim o afetaria bem mais do que se ocorresse com uma pessoa normal. A curiosidade de vê-lo daquela forma era imensa e eu, durante o treino, tinha de me segurar para não ficar ainda mais excitado enquanto me exercitava.
Embora eu tenha prometido que o ensinaria o leg press 90, hoje não era dia de treinar perna infelizmente, logo, após alguns exercícios de costas e peito, terminamos nossos afazeres naquele local e nos dirigimos ao vestiário. Eu estranhei que nada fora do comum veio dele para mim até o momento. Depois de ter sido tão provocado no dia anterior, malhei durante todo o momento sob muita tensão esperando que algo semelhante ou pior me ocorresse.
Está chegando o momento. Pensei ansioso e aflito e, devo admitir, comecei a reconsiderar o que faria em um lapso de falta de coragem. Ainda assim, tentava esconder com as mãos a forte ereção em minha bermuda. Devido ao meu estado que parecia não se esvair, certamente pretendia me trancar em uma cabine antes de tirar as roupas para tomar banho. Todavia, ao adentrar o vestiário com ele, enquanto pensava nisso, fui surpreendido.
— Tome seu banho primeiro. Eu vou depois. — Disse Matheus.
— Por que? — Questionei ansioso. Eu estava com medo de que ele não se banharia hoje, o que arruinaria completamente minhas intenções.
— Só eu trouxe a toalha hoje, como combinado. — Respondeu ele com tranquilidade. Matheus então começou a mexer em sua sacola. — Vamos, eu vou guardar suas roupas aqui e já te levo ela na cabine. — Ordenou em seguida.
O que? Me questionei. Ele tinha a mão estendida para mim. Matheus estava me pedindo para tirar a roupa ali e agora! Concluí. Mas eu não podia fazer isso! Pensei em seguida sentindo meu pau ainda extremamente duro e olhando para os lados naquele vestiário cheio de outros caras se trocando e conversando.
— Mas porque? — O questionei e Matheus me olhou diretamente nos olhos em seguida.
— Algum problema? — Ele rebateu com calma na voz. — Você já fez isso várias vezes antes. — Argumentou em seguida.
— Não! — Respondi rapidamente com nítido nervosismo. Droga! Pensei. Eu certamente já tinha transitado por aquele local pelado, mas nunca excitado como estava. Será que ele sabia disso? Me questionava. — Pode me entregar a toalha antes então? — Perguntei com cautela.
— Eu já disse que te entregarei ela depois Carlos. — Respondeu secamente. — Não entendo porque está demorando tanto e nos atrasando. — Reclamou em seguida.
— Ok. Tudo bem. — Falei assustado e comecei a tirar minha camiseta.
Porque eu estou obedecendo ele? Me perguntava no ato. Sem minha camisa que lhe entreguei, agora era nítido em meu short o claro e evidente volume. Matheus olhou com indiferença, ainda parecendo impaciente e eu, tal qual ordenado, tirei a bermuda, deixando totalmente a mostra meus 20cm de carne dura e latejante. Ele pegou todas as minhas roupas, dobrou elas com cuidado e guardou elas em sua sacola.
— Anda. Vai tomar seu banho. — Mandou ele após me conferir dos pés à cabeça e entregar em minha mão uma barra de sabonete. Eu me virei e assim o fiz.
No longo caminho até a cabine, sentia minha pica ereta balançando, com a cabeça molhada e exposta melando minhas coxas à medida que com elas se chocava. Percebi também, pelos espelhos, muitos olhares curiosos disfarçados de outros caras, incluindo Matheus que, de longe, me observava. A maioria dos rapazes, sabia, caso tivessem sequer um princípio de ereção em um vestiário, tentariam, no mínimo, se cobrir com uma toalha, mas nem isso eu tinha, andando do jeito que estava naquele lugar. Certamente isso chamava atenção por onde passava e notei, ouvia até alguns comentários sussurrados. Apesar de com muito tesão, meu rosto devia estar muito vermelho naquele momento e eu só queria me esconder logo em uma das cabines de banho.
Todavia, quando cheguei na região com portas que davam para os chuveiros, senti um calafrio. Aquele local estava lotado de caras! Nenhuma cabine estava desocupada, muitas, inclusive, com filas. Nenhum dos outros homens naquele local estava totalmente nú como eu ou sequer apenas de cueca. Eu pensei em dar meia volta e pegar pelo menos a toalha com meu amigo, mas sabia, ele não me daria aquele luxo. Tudo aquilo só podia ser proposital. Ele queria que eu ficasse lá esperando daquela forma que tanto me constrangia.
A espera em uma das filas parecia interminável. Notoriamente o cara na minha frente estava bem mais afastado de mim que o normal, o que me fazia sentir bem mais autoconsciente de meu estado. Eu podia entendê-lo. Ninguém, imaginava, ia querer um tarado estranho pelado e de pau duro perto de si naquela posição. De vez em quando, ele me jogava um olhar de poucos amigos, como se me alertasse que se me aproximasse demais a coisa ia ficar feia.
Ao final da espera, foi minha vez de entrar na cabine. Meu penis não desceu nem por um minuto daquilo e, ao me trancar naquele lugar, sentia meu coração mais acelerado que nunca. Ele fez de novo! Pensei indignado. Matheus havia me humilhado publicamente mais uma vez e, pelo que já vivenciei, ele não teria limites naquilo. O que aprontaria na próxima vez? Me perguntei com medo e liguei o chuveiro.
Eu queria muito me masturbar. Estava com tanto tesão por ter deixado tantos caras olharem para meu membro duro que, enquanto tomava banho, era impossível me segurar e não dar mais atenção que o normal para minha pica, mas, tentei me manter focado e, com uma força que não sabia possuir, foquei no plano e não gozei. Agora, eu estava ainda mais motivado. Ele tinha que aprender a lição dele!
Mas espera, e minha toalha? Me questionei ao desligar o chuveiro. Matheus disse que traria o pedaço de tecido para mim, mas já estava demorando muito. Eu não podia ficar mais tempo ali dentro, não com uma fila do lado de fora esperando que saísse logo. Como todos já tinham me visto ir para o banho de pau duro, achariam, do lado de fora, que eu estava me masturbando lá dentro se não fosse para fora agora.
E se ele simplesmente foi embora? O questionamento veio à minha cabeça sem qualquer permissão. Matheus tinha em sua posse todas as minhas roupas e a única toalha de banho que trouxemos percebi. Ele tinha, naquele momento, todo o poder para simplesmente me abandonar nú e de pau duro naquele lugar. Eu fui tomado pelo desespero na hora e, imediatamente, sai do jeito que estava da cabine.
Esse vestiário só parece ficar mais cheio. Percebi enquanto olhava assustado para os lados, procurando-o. Mais caras me olhavam e comentavam, tentando ser discretos sobre mim que andava vasculhando todo aquele lugar. Ele não está aqui! Tive de admitir para mim mesmo. O que eu vou fazer agora? Eu sequer tinha mais como me esconder na cabine do chuveiro que já tinha sido ocupada por outro rapaz. Instantaneamente me arrependi de não ter ejaculado no banho que acabei de tomar. Se assim o tivesse feito, meu penis talvez não estivesse mais tão duro e chamativo. Agora era tarde para bater uma.
Matheus finalmente tinha feito o que temia durante todos aqueles dias. Ele me faria ir para casa a pé todo molhado e sem nenhuma peça de roupa para me cobrir. Do jeito que a cidade estava movimentada naquele dia, eu certamente seria visto, provavelmente fotografado e, talvez, até preso por atentado ao pudor. Meus olhos começaram a se encher de lágrimas quando me aproximei da porta do vestiário que dava para o lado de fora do local.
Entretanto, antes que pudesse sair do recinto, vi a porta de metal se abrir e Matheus entrar no vestiário.
— Matheus! — Exclamei, um pouco mais alto do que gostaria assim que o vi.
— O que foi? — Ele me perguntou com naturalidade.
— Onde você estava? — Perguntei imediatamente.
— Você estava demorando muito, então fui pegar um ar. — Respondeu com calma. — Algum problema? — Me questionou em seguida. Eu fiquei atordoado por sua reação natural e estoica. Aquilo, sabia, era uma mentira. Ele propositalmente tinha me feito passar por um momento de terror como aquele por puro sadismo.
— Não… — Respondi constrangido. — Eu achei… — Tentei explicar, mas as palavras entalaram em minha garganta.
— Que eu tinha te esquecido aqui? — Ele completou. Não era exatamente isso que me poupei de dizer, mas não consegui responder ao seu questionamento com nada além do silêncio. — Eu estava lá fora o tempo todo. Você ia me procurar lá? — Ele perguntou após me dar duas longas encaradas, primeiro em minhas partes íntimas e depois em meus olhos.
— Bem… sim, eu acho. — Falei com cautela. Uma parte de mim sentia um pouco de culpa agora por achar que ele tinha ido embora.
— Então está tudo certo, não acha? — Ele disse após sorrir. — Eu não fui muito longe. Passei pela área de treino, recepção e fui lá na rua tomar um Sol. Se você andasse um pouco, certamente me encontraria. — Explicou uma alegre calma.
— Acho que sim. — Respondi de forma comedida, mas, por dentro, estava mortificado. Como ele podia falar algo assim com tamanha naturalidade? Me questionei. Para mim, aquilo ia muito além de um comentário inocente, mas me dava um indício do que meu amigo era capaz. Ele provavelmente só disse algo assim para demonstrar para mim que não via problema algum não só em me submeter a caminhar pelado pelo vestiário, mas que também assim me faria andar em outras instalações da academia altamente frequentadas por outros e até mesmo na rua. O pior, percebi, eu estava, a minutos atrás, prestes a fazer tudo isso o que ele descreveu.
Em seguida, ele pegou o sabonete de minha mão e, na outra, entregou-me meus pertences e sua toalha grande. Meu corpo já estava praticamente todo seco, mas usei aquele item para me cobrir mesmo assim.
— Viu? Minha toalha é suficiente para secar a nós dois. — Ele comentou com um sorriso após tocar meu ombro nú. Eu sabia que, com aquilo, ele estava me dizendo indiretamente que essa nova forma de irmos ao vestiário seria rotineira a partir de agora. Todos os dias eu tomaria banho sem qualquer poder sobre minhas coisas e, em breve, talvez até da próxima vez que fossemos à academia, ele me faria realmente deixar aquele local e procurá-lo do lado de fora pelado. Era só questão de tempo.
Finalmente me vesti e senti um alívio tremendo, embora ainda excitado, estava tão indignado que quase chegava a tremer. Matheus não deve ter reparado em minha raiva quando pegou sua toalha praticamente seca de minhas mãos ainda ostentando um sorriso arrogante em seu rosto. Ele em seguida me deu as costas e levou suas roupas junto com ela para a área das cabines. Eu faria aquele sorriso sumir em breve.
Como planejado, Matheus escolheu a mesma cabine que sempre frequentava para se banhar. Ele esperou um pouco na fila em que, observei de longe, ele conversou um pouco com os caras esperando suas vezes e, após a saída de um rapaz de dentro da cabine dela, meu amigo adentrou no local, sumindo do meu campo de visão. Sua toalha e roupas apareceram na mureta entre sua cabine de banho e o banco de alvenaria vazio ao lado. Em seguida, ouvi o barulho do chuveiro.
É minha chance! Pensei ansioso, mas tomado pelo ódio e andei a passos largos em direção a aquele local. Eu, em seguida, olhei para ver se os outros rapazes do vestiário não tinham os olhos em mim. Aparentemente não. Esses caras só parecem ter interesse em me encarar quando estava nú. Pensei com divertimento e parei um pouco para refletir diante daquela chance perfeita.
Eu devo realmente fazer isso? Me questionei em um lapso de consciência. Meu coração batia com alta frequência. E então me lembrei de tudo o que tinha passado nas mãos de Matheus, além de imaginar tudo o que estaria por vir caso não tomasse controle daquela situação. Seu sorriso arrogante me vinha à mente a todo instante. Arrancarei ele da sua cara, moleque. Disse a mim mesmo com raiva.
Assim, com um discreto e brusco movimento, alcancei sua toalha com a mão, onde repousavam todos os seus outros pertences e a puxei rapidamente, me afastando em seguida do local com agilidade antes que alguém visse o que fiz. Quando olhei para trás, percebi: Eu tinha sido bem sucedido.
Ali no banco de azulejos brancos repousavam todas as suas coisas: Toalha, roupas limpas, calça, calçados, camiseta e cueca, além de, é claro, nos bolsos, sua carteira, celular e chaves. Eu peguei bastante distância e me virei de costas para onde ele estava, escolhendo um local em que também teria uma visão privilegiada do que aconteceria através dos espelhos. Assim, se ele me chamasse, simplesmente o ignoraria, fingindo não o ver ou ouvir. Disse a mim mesmo e me sentei.
Podia parecer pouco elaborado, simples e até mesquinho o que preparei para ele, mas era o melhor que consegui pensar até aquele momento e, creio, me satisfaria. Eu nunca poderia pensar, até aquele momento, que minha vingança, assim como Matheus, passaria muito dos limites, indo muito além do que jamais planejei.
Quando o banho dele acabar, Matheus vai ter que sair dali, na frente de todos. Eu finalmente vou vê-lo! Pensei ansioso e senti meu pau começar a endurecer novamente.
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