Parte 18 – Uma nova traição
Ele me entregou um cordão com um crucifixo que me deixou mais confuso que qualquer outra coisa, o que eu ia fazer com aquilo ?
Eu fui para casa ainda triste pelas decisões que tive que tomar, mas saber que Patrícia me esperava me dava uma grande alegria, eu tinha voltado a ser aquele garoto apaixonado do tempo de escola.
Ao chegar em casa Patrícia me esperava atenciosa para me ouvir, contar para ela era a minha maneira de me esvaziar para conseguir suportar toda aquela insanidade.
Pouco tempo depois soube que Gilberto foi embora e deixou esposa e o filho para trás, o covarde fugiu, ele não sabia que eu não o citei. Mas a esposa tinha se livrado de um crápula.
Eu estava cansado e resolvi ligar para minha filha, estava na hora dela conhecer Patrícia e Cauã, ela era uma das poucas pessoas que sabia onde eu vivia e marquei um almoço, mas não contei de Patrícia, um erro.
Domingo me aparece Larissa e com ela Camila.
- Pai a mãe não podia ficar sozinha e veio junto, não tem problema não é
Eu em um instante de nervoso ri sem saber o que responder, então eis que surge a porta Patrícia.
- Não tem problema pode entrar, eu fiz bastante comida.
Existia uma tensão no ar e o breve silêncio pareceu uma eternidade, resolvi então quebrar o gelo.
- Entrem, por favor, não tem problema nenhum Camila.
Camila percebendo a situação constrangedora tentou desistir
- Eu não devia ter vindo sem avisar, é melhor eu ir embora.
- Já está aqui, pode entrar
Sentamos todos a mesa e não tinha mais porque esconder
- Bom, Larissa eu te chamei aqui para conhecer minha nova companheira, Patrícia e seu filho Cauã, e é bom que Camila também esteja, afinal ela é sua mãe e saberia de qualquer jeito. Eu pretendia ser algo mais alegre, mas não tem jeito.
Passou uns segundos e todos na mesa começaram a rir, era realmente algo extremamente constrangedor, que se tornou engraçado. Sem querer me desse conta Camila e Patrícia trocavam histórias sobre mim e pareciam até amigas, ninguém conhecia mais de mim que Camila.
Larissa brincava com Cauã e eu estava em silêncio apreciando tudo aquilo, a alegria havia voltado para a minha vida, eu achei que Deus tinha me condenado a perder sempre.
Larissa viu o crucifixo na mesa, pegou para ver e me gritou
- Pai, o que tem nesse Pen drive ?
- Que Pen Drive filha ?
- Esse de crucifixo
- Ah! Estava vazio, vou usar para guardar alguns arquivos
Menti, eu não tinha ideia de que aquilo era um Pen Drive, mas agora estava ansioso para saber o que tinha dentro.
Ao nos despedir Camila e Larissa disseram que gostaram muito da Patrícia, e Larissa marcava de sair com Patrícia algumas vezes.
Chamei Patrícia para vermos o que tinha, e eram dados de todos os 12, nomes, famílias, fortunas, amantes e etc.
Estavam em ordem que eu pensei ser uma hierarquia. No top deles era Pedro, Maria, Eugênio, José, Marcos, Mateus, Lucas, Sandra, Rafael, Leandra, Taís e Rafaela.
Pedro era quem tinha uma fortuna maior, os demais se equiparavam e tinha uma pasta escrito 13°, havia apenas um documento em Word.
Era uma carta do meu pai em que ele confessava alguns esquemas que já não importava porque estava morte, mas no final da carta ele diz que se caso morresse, Pedro o teria matado.
- Pedro é um cara sádico e obcecado pelo poder, ele sempre almejou ser o 13°, mas não seria a minha escolha, é um homem instável e perigoso, perigoso o bastante para me matar, então caso esteja lendo está carta e eu esteja morto, Pedro deve ter feito isso, ele deve fazer parecer natural, doença, ataque cardíaco, acidente? Não sei, mas ele o fara.
Eu devia agradecer a Pedro por isso, tirou do mundo um homem horrível, mas não saia da minha cabeça a história dele mandar matar a minha sobrinha, me ocorreu como todos da minha família de alguma maneira foram envolvidos por ele.
Fui até o salão onde estava escondido as cópias dos documentos e fiz exatamente o que Gabriela me disse, eram lista de pagamentos de pessoas, desde a polícia até políticos grandes, com certeza uma coisa dessas na mídia seria uma bomba. Não que todos já não saibam desse envolvimento, só não tinham provas, mas agora eu tenho, apesar de graças, causariam um tumulto.
Eu fui para casa e para a minha surpresa Camila estava lá, conversava com Patrícia como amigas de longa data, era desconfortável aquela cena, mas eu cumprimentei ambas e disse que iria descansar, subi para o quarto e cochilei.
Passado um tempo Patrícia deita do meu lado me fazendo acordar
- Te acordei amor ? Me desculpa
- Tá tudo bem, eu queria mesmo te ver, uma mulher linda dessas.
- Você ficou incomodado com a presença da Camila ?
- De verdade ? Um pouco, mas nada sério
- Não quer saber do que a gente falava ?
- Nem preciso, sei que o assunto sou eu, espero que pelo menos seja falando bem.
- Sempre, mas ela tava me contando de como você é bom de cama, e comia ela como ninguém – Disse ela mordendo os lábios e passando a mão no pau que ficou duro na hora
- Me mostra, como você comia sua ex
- Eu vou te mostrar como eu como a mulher da minha vida, agora chupa essa pica e deixa ela molhada, que eu vou comer esse cu
- Vai safado? Vai me arromba igual arromba a tua ex ?
- Chupa – abaixei a cabeça dela até meu pau
Patrícia chupava das bolas até a cabeça, e engasgava para deixar ele molhado. Coloquei ela de quatro e forçava a entrada do cu, que escapava, aquilo me dava ainda mais tesão.
- Vai amor, me arregaça que eu tô com tesão
Nessa hora o pau entrou e fui comendo ela enquanto a cama fazia barulho que misturavam aos seus gemidos. Passei a socar cada vez mais forte até ela cair deitada na cama e eu com o corpo por cima dela beijava seu pescoço e comia seu cu até gozar dentro
- Encheu meu cu de porra, vai ser ruim de limpar agora.
- Eu te ajudo, vamos pro banheiro
Tomamos banho e trepamos mais uma vez, até dormimos agarradinhos, era maravilhoso acordar com o cheiro dela.
No dia seguinte Pedro me chamou para mais um serviço, o que iria mudar toda a história. Cheguei a sua mansão e ele estava nervoso.
Xingava todo mundo, bateu em uma das putas de luxo que ele pagava até deixar ela desacordada, atirou em um dos seguranças.
- Caralho bando de incompetente Mestre, bando de incompetentes, deixaram o filho da puta do traficantezinho de merda roubar minha mercadoria.
- Duas toneladas de cocaína e muitas armas de guerra, eu quero a cabeça desse filho da puta em uma bandeja.
Me entregou os papéis e o traficante era 2N, ele queria que eu o matasse. Tentei argumentar que era um erro, mas ele estava irredutível.
A merda já estava jogada no ventilador, não tinha muito o que fazer, subi o morro, passei na velha dona Evandra onde morei durante anos, para matar a saudade e me encontrei com 2N.
- Porra Oz o que foi agora
- Irmão, você roubou do bicho ?
- Eu não sabia que era deles, os caras colocaram os bota (PM) para atravessar a mercadoria. Roubamos achando que era carga apreendida.
- Caralho, agora ele quer sua cabeça e nada vai mudar isso.
Contei tudo o que tava rolando cada detalhe e combinei com ele um plano para matar Pedro, era o certo a se fazer para conseguir me livrar dele e livrar minha família.
O plano seria eu levar 2N até ele supostamente preso, e quando chegasse a hora ele se soltaria e mataria Pedro e eu os seguranças.
Armamos tudo e chamei o Rodrigo por fora para a minha segurança, sem comunicar nada a ninguém. Era o plano perfeito. Marcamos então para daqui a três dias, para o Pedro achar que eu estava armando como matar 2N.
Segui o caminho para casa, mas ao chegar vi vários carros na rua, entrei correndo e lá dentro a cena era Patrícia amarrada sendo segurada por Pedro, Camila ao seu lado. Assim que pisei em casa quatro homens apontaram suas armas para mim, me imobilizaram sentado em uma cadeira olhando para eles.
Pedro deu um beijo na boca da Camila e disse
- Obrigado meu amor
- Porra mestre, você achou mesmo que iria me enganar ? Eu ? – e começou a rir
Pegou os papéis e tudo que eu tinha, colocou em uma balde de metal e atirou fogo.
- Isso é entre você e eu Pedro, deixa a Patrícia ir embora, ela não tem nada a ver com isso
- Eu vou te fazer sentir do, você precisa pagar por me enganar, um preço alto, a morte é muito pouco.
Pedro abraçou Patrícia por trás, ela chorava muito e suplicava pela vida
- Por favor não, eu tenho um filho, não faz isso
- Pedro! Olha pra mim, me mata, mas deixa ela em paz.
- Pedro olha pra mim porra !
Continua ...
É proibida a cópia, reprodução e/ou exibição fora da "Casa dos Contos" sem a devida autorização dos autores, conforme previsto na lei.
Deixarei um e-mail para contato, caso queiram que eu escreva sobre a história de vocês, dar sugestão, mandar fotos e vídeos, trocar ideia e só mandar para: freitascontos@gmail.com
