Natal do Oliver - BNWO
PARTE 01
Mais um dia começando, na mesma rotina de todos os dias, e como sempre: um tédio. Já fazem dois anos que me formei no ensino médio, e agora adulto precisava ir atrás de um emprego, e agora final do ano deve ser mais fácil de encontrar algo.
- Filhooooo! - Gritava minha mãe. - Vem almoçar! A comida ta esfriando…
- Já vou descer mãe.
Minha mãe era uma mulher comum, baixinha, pele clara como a neve, olhos azuis, cabelo castanho, na casa dos 35 anos. Foi dela de quem eu herdei muitas das minhas características, como a cor do olho e do cabelo. Ela ta um pouco desanimada a um tempo, desde que meu pai se divorciou dela, ainda mais porque eles foram os únicos namorados que ambos tiveram em toda a vida. Foram as primeiras experiências em praticamente tudo…
- Mãe, tô pensando em sair amanhã pra procurar um emprego..
- Sério filho? Que bom! Vou te dar um empurrãozinho, me entregaram esse panfleto hoje de manhã, dá uma olhada.
O panfleto dizia “Estamos contratando atendentes para nossa loja. Shopping Albuquerque Norte. VIVA O BNWO!”. Não sei o que esperar disso, mas é um bom começo, e como não tenho nada pra fazer, vou ir atrás dessa loja.
NO DIA SEGUINTE
Não dormi nada essa noite, e como sempre, acabei acordando exatamente às 2:45h da manhã e quase não consegui voltar a dormir. Não sei por que acontece isso, mas pelo menos descansei mais do que ontem. Já vou começar a me preparar, vou tomar café, tomar um banho, me arrumar e ir voando pra loja e ser o primeiro a me apresentar pra vaga, quem sabe eu já posso começar hoje mesmo!
Me aprontei rapidamente, dei um beijo na minha mãe, peguei as chaves do carro e fui correndo pro shopping, não posso perder essa oportunidade.
Chegando lá, já comecei a ficar nervoso, sempre fui um cara mais tímido e envergonhado, mas eu tava decidido, hoje eu vou conseguir um emprego. Levei o panfleto junto comigo e assim que cheguei na loja já fui me apresentando pra vaga.
- Bom dia… tudo bem? Meu nome é Oliver… Eu vim pela vaga… de atendente…
- Eai moleque, tá querendo trampar aqui?
No momento que percebi, tinha um homem negro, com aproximadamente 1,96m de altura, ombros largos e bem musculoso, parecia um aspirante a fisiculturista. Fiquei envergonhado e até mesmo um pouco tímido na hora, mas mesmo assim continuei.
- S-Sim… eu vi esse panfleto aqui… e vim pela vaga…
- Aaaahh… entendi… Deram esse panfleto pra você?
- N-Não, foi pra minha mãe, ela que me mostrou…
- Entendi… bom, a vaga é bem simples, acho que não precisamos de muita conversa, tudo que você precisa fazer é atender os clientes e anotar os horários de entrada e saída de cada um, consegue fazer isso?
- Sim, eu vivo no computador, então pra mim é moleza! Quer dizer que eu consegui a vaga?
- É, acho que sim. Pode começar amanhã? - Disse ele com uma voz de desinteresse.
- Claro! Mal posso esperar! - Respondi empolgado.
Demos um aperto de mão e imediatamente liguei pra minha mãe contando como que foi. Ela ficou surpresa com a velocidade que eu consegui, mas ela também sabia que eu sempre fui muito sortudo! E assim que eu desliguei e guardei o celular eu consegui sentir minha mão com uma leve dormência, acho que aquele cara apertou forte demais… ou eu que to fraquinho…
PRIMEIRO DIA DE TRABALHO
Mais um dia começando e parece até que eu consegui descansar melhor, vou me arrumar e sair pro trabalho, mal posso esperar. Chegando lá, já me encontrei com o homem que eu tinha falado ontem, era o dono do lugar, Marcos.
- Fala branquinho, chegou cedo hein. Tá pronto pra começar?
- Sempre! Pode contar comigo! - Respondi agitado.
- Ok, mas relaxa ai. Tú vai ficar aí no balcão esperando os clientes, enquanto isso pode mexer no computador.
Fiquei um bom tempo esperando alguém aparecer, mas durante a manhã não apareceu ninguém. Pelo menos vou ser pago e podia continuar assistindo minhas séries enquanto esperava.
- Ô muleque, empresta teu celular? - Disse o Marcos.
- Ué, por que? - Perguntei confuso.
- O meu descarregou, preciso ligar pro eletricista arrumar a luz aqui dos fundos..
- Ah.. ok… pega aí… - Respondi meio relutante porque não gosto de emprestar meu celular.
- Valeu branquinho. Vou falar com o cara aqui, já te devolvo. - Me avisou enquanto ia pra sala dos fundos.
Já tava começando a ficar nervoso, porque ele tinha ficado com meu celular por uns 15 minutos, e como era meu primeiro dia não queria ficar reclamando ou atrapalhando ele. Por sorte, pouco tempo depois, ele voltou e me devolveu o celular.
- Oliver né? Aqui ó, pode pegar de novo.
- Deu certo lá? - Perguntei.
- O quê?
- O eletricista, do problema que você disse, deu certo?
- Ah… sim, deu certo… tranquilo…
- Ok… que bom…
Isso foi muito estranho, ele me respondeu como se não soubesse do que a gente tava falando. Mas deve ser só o jeito dele mesmo, nada que eu tenha que me preocupar. Vou terminar o dia e ir pra casa finalmente descansar.
Chegando em casa, peguei meu celular que tava quase sem bateria e fui mexer no instagram um pouco, até ver que tinha uma notificação de uma ligação perdida. Não era nada demais, só uma ligação da operadora, mas tinha mais uma ligação pra minha mãe feita hoje… mas eu não liguei pra ela em nenhum momento… chamada de vídeo?!
Será que eu liguei sem querer? Mas aqui consta que ela atendeu… uma chamada de 20 minutos? A gente nunca fica tanto tempo assim conversando, ainda mais ligação de vídeo… Ela tá dormindo agora, mas amanhã cedo acho que vou conversar com ela sobre isso.
Continuei mexendo no celular até cair no sono, nisso eu achei um wallpaper lindo e resolvi trocar o fundo do meu celular, mas no momento que eu abro a minha galeria, eu vejo um pênis negro enorme na primeira foto da câmera… eu fiquei estático na hora, super nervoso e confuso… COMO QUE ISSO FOI PARAR ALI?!?!?!?!?!
Aos poucos eu fui começando a perceber… QUE FOI O MARCOS!!! É óbvio, foi ele! Mas por que? Será que ele acha que eu sou gay? MEU DEUS!!! Vou ter que sair daquele lugar urgente, não tem como ficar lá. E justo agora que eu consegui tão fácil aquele emprego.
NA MANHÃ SEGUINTE
Que porre, dormi extremamente mal hoje, sinto que um trator passou por cima de mim. Mas preciso ter foco, nem pra lá eu vou, só vou ligar dizendo que não posso mais ir lá. Peguei o celular e a primeira coisa que eu fiz foi mandar uma mensagem pra ele. Mas o que eu não contava é que ele me responderia tão rápido. E assim que eu fui ver, ele só tinha mandado uma foto de visualização única… EU NÃO VOU ABRIR ESSA MERDA…. Mas e se for algo importante né? … Foda-se vou abrir..
A imagem era: um print de uma conversa de vídeo, onde tem uma rola preta enorme na tela pequena, e a MINHA MÃE na tela maior com os peitos de fora… cara… isso é real…???
Não consegui processar direito o que eu tava vendo, mas nem consegui printar, foi tão rápido e eu tava em choque que nem pensei no que fazer. Mas agora eu tinha uma certeza, eu precisava ir lá tirar satisfação com ele.
- Mãe, vou sair mais cedo, ok? Tenho que ir lá pro trabalho.
- Tá bom filho, se cuida tá? Qualquer coisa me liga, mamãe te ama!
Peguei o carro e fui correndo pra loja, e dessa vez eu tava ficando puto da vida! Não importa que ele seja maior e mais forte, ele não pode fazer esse tipo de merda!
Chegando lá, já fui logo tirar satisfação com ele. Mas no momento que eu chego lá, a loja ta fechada, sendo que eu nunca tinha visto essa loja fechar antes. Fui na loja do lado e perguntei se sabiam o que tinha acontecido, e aí me avisaram de que o dono tinha saído rapidamente pra resolver algum problema. E justo nessa hora, minha mãe me mandou mensagem dizendo: “Filho, vai demorar muito aí? Precisava da tua ajuda..”
Bom, eu tentei fazer as coisas do jeito certo, agora ELE QUE SE FODAAAAA. Vou ir pra casa que eu ganho mais mesmo, azar o dele. Peguei meu carro e voltei pra casa, de certo modo até aliviado.
EM CASA
- Mãe, cheguei. Acho que não vou mais voltar lá! - Gritei pra ela da porta da entrada.
- Mãe…? - Gritei denovo.
- Ué, cadê ela?
- Filhooooo… Ain… To aqui… Ainn… No teu quarto… - Respondeu com uma voz abafada.
Fui indo em direção ao meu quarto e conforme ia me aproximando ia sentindo um cheiro de perfume forte, será que ela me comprou um perfume novo? Nem ideia, mas continuei indo até ver que a porta do meu quarto tava quase fechada, só com uma frestinha aberta.
- Mãe? - Perguntei mais uma vez antes de abrir a porta.
Assim que eu abri a porta, eu vi minha mãe em cima da minha cama, com a cabeça na almofada, a bunda empinada e com o Marcos afundando a piroca nela enquanto pisava na cabeça.
- Qual foi moleque, tá chamando minha putinha de mãe agora?!