Me leva para casa Final

Um conto erótico de R. Valentim
Categoria: Gay
Contém 4018 palavras
Data: 18/12/2024 19:21:53
Última revisão: 18/12/2024 19:28:09

O tempo passa muito rápido mesmo, já estou comemorando um mês de namoro com Guigo, nosso primeiro mês foi tão turbulento com o divorcio dos pais dele, comigo descobrindo que minha mãe mentiu para mim a vida toda e pra variar com o racha que se deu na nossa turma de faculdade e mesmo assim a única coisa que deu certo para mim foi está com ele.

Guigo torna tudo mais leve, o sexo só melhora, ainda mais depois que descobrimos os lubrificantes que esquentam e que anestesiam, ele me fode como um predador ao mesmo tempo que se entrega para mim como uma puta no cio, é tanto fogo que qualquer dia vamos começar um incêndio — vale lembrar que só transamos na minha casas, desde o dia em que meu sogro revelou ter ouvido nossos momentos de intimidade na casa antiga.

Passei a semana toda esperando por esse dia, nosso aniversário mesmo foi ontem, mas curtir no sábado é mais fácil e minha mãe cismou de vir para casa ontem então não para aproveitar do jeito que estou querendo, Guigo me disse que vai me levar para tomar uma cerveja num barzinho com nossos amigos e depois vamos para casa dele, não vamos ficar cem por cento a vontade, mas na minha casa não vamos conseguir nem trocar uma mamada com minha mãe em casa.

A ideia inicial era fazer uma coisa só a gente, mas dai Dan não entendeu de primeira que era um date e meio que se convidou e de quebra chamou a Bia e como ele nunca anima para fazer nada, fiquei sem jeito de dispensar eles, meu namorado me garantiu que vai ter uma surpresa quando chegarmos em casa e que teremos nosso momento só os dois — ele também não teve coragem de dispensar a galera, pois eles deram uma força muito foda para gente nessas últimas semanas.

— Filho, você vai sair mais tarde? — Minha mãe pergunta enquanto tomo meu café da manhã.

— Vou.

— Para onde? — Ela pergunta de forma inquisitiva.

— Encontrar meus amigos da faculdade e não vou dormir em casa, já estou avisando.

— Vai dormir onde posso saber?

— Na casa do Guilherme — para ela somos bons amigos apenas.

— Você tem passado muito tempo com esse amigo, né? — Ela está estranha.

— Sim, quem nem eu passo tempo com meus outros amigos da faculdade.

— É mais o Daniel mesmo faz tempo que não vem aqui.

— O Dan vai está hoje no rolê também, ele não vem muito aqui porque é ocupado e não sai muito de casa.

— E esse Guilherme não faz nada da vida? — Não gosto do seu tom de voz ao se referir a ele.

— Ele trabalha mãe, só que de casa mesmo — estou me esforçando para manter a calma e não despejar logo toda a verdade em cima dela.

Não vale a pena contar para ela, não agora pelo menos, vou pro quarto estudar — que assim ela me deixa em paz — combinei com Guigo que vou encontrar com ela antes na casa dele e que vamos para o bar de lá, até porque não quero ir pro rolê de mochila — vou dormir lá então vou precisar levar uma roupa extra essas coisas.

Meu dia passou da forma mais chata possível, almocei no quarto com a desculpa de que tinha que continuar estudando, mas na real só quero evitar conversar com minha mãe, quando passa das três da tarde começo a me arrumar e arrumar as coisas que vou levar, Guigo me manda mensagem querendo saber se está tudo certo, mando outra falando que já estou saindo.

“Vou te buscar” — ele se oferece.

“Não precisa, vou de busão”

“Tem certeza?”

“Tenho sim, não quero que você veja seu presente antes do tempo” — combinamos não comprar nada cara, mas é aniversário de um mês de namoro e sou emocionado, acabei comprando uma camisa de botões pra ele que é a cara dele.

“Mas vou ver quando você chegar aqui” — ele tem razão, mas na minha cabeça quero manter o mistério pelo máximo de tempo possível.

— Já estou indo mãe, tchau.

— Já? Não era só a noite? — Ele parece especialmente desconfiado hoje.

— Vou encontrar com meus amigos na casa do Guilherme antes — minto.

— Eu vou trabalhar amanhã no final da tarde, esteja aqui antes de eu sair.

— Certo — dou um beijo em sua bochecha e saio.

Chego na casa do Guigo e já sou recebido com um beijo maravilhoso na porta mesmo, ele está todo feliz e nem sei porque, mas aproveito a felicidade dele um pouco também, afinal o pobre só teve estresse o mês passado inteiro praticamente, ele me enche de beijos até chegarmos no quarto, seu pai está na diálise então aproveito nossa privacidade para retribuir cada beijo apaixonado dele.

No quarto Guigo tira minha camisa com pressa, ele está mesmo feliz pelo jeito, sua boca encontra o bico do meu peito, meus olhos reviram com sua voracidade, só que ele para por aí, Guigo me joga na cama e com muita habilidade tira minha bermuda junto da cueca me deixando peladinho em sua cama.

— Eita que fogo é esse? — Estou com um sorriso largo.

— Meu pai não está em casa, temos que aproveitar — ele arqueia as sobrancelhas de forma provocativa e engraçada ao mesmo tempo.

Guigo toma meu pau com uma pegada firme e começa a chupar, porra a mamada do meu namorado é surreal, eu tento fazer que nem ele quando estou mamando ele, mas como o Guigo não existe, sua boca é quentinha e deliciosa, seus movimentos são ágeis e precisos, ele sabe quando usar a língua.

Estou perdendo o juízo com a boca dele no meu pau e uma vontade imensa de chupar ele também cresce dentro de mim, então não perco tempo e mudo nossa posição para um meia nove onde consigo me deliciar com seu pau já todo babado também, adoro chupar ele principalmente quando estou fodendo sua boca.

Não consigo segurar muito e despejo minha porra em sua boca, ele por sua vez engole tudo e deixe meu pau bem limpinho, tudo isso enquanto soca sua rola bem fundo na minha boca, Guigo aumenta o ritmo e acaba gozando na minha boca também e assim como ele me esforço para engolir tudo.

— Cara isso é bom demais — ele diz depois de me beijar.

— Essa felicidade toda era por que a gente ia transar? — Pergunto.

— Também, mas é que fechei um trabalho com a prefeitura, vou fazer parte de uns projetos aí que vão me render uma grana muito boa — ele é design.

— Amor isso é incrível — agora também estou muito animado.

— Só que vamos ter que passar um tempo sendo caseiros porque vou ficar muito ocupado pelos próximos dois meses.

— Relaxa, já estou acostumado a ficar na sua casa contigo, a gente meio que já está em uma rotina desses mesmo.

— Te amo — ele está com um sorriso ainda maior.

— Idem — digo antes de começarmos a nos pegar de novo.

Aproveitamos mais um pouco que meu sogro não está para transar ate a hora de começar a nos arrumarmos para sair, ele está no banho enquanto estou terminando de me vestir, coloquei uma calça jeans e uma blusa lisa preta mesmo, ele pegou uma bermuda branca e uma camisa de botões para vestir depois de sair do banho, então tenho a ideia de trocar a blusa que ele escolheu pela que comprei para ele, ela é azul escuro vai combinar com a bermuda, passei umas duas semanas juntando grana secretamente para comprar essa camisa — aparentemente os botões são peças raras em vestuário que é a única justificativa para uma camisa assim ser o dobro do valor de uma camisa normal.

— O que é isso, não, você? — ele me encara segurando a camisa.

— Gostou?

— É linda amor, vem aqui — Guigo me puxa para um beijo muito gostoso, tão gostoso que percebo o volume na toalha.

— Dá para ver que tu gostou mesmo — segurou seu membro duro por cima da toalha.

— Você me deixa assim — ele me beija de novo — vou usar ela hoje.

Guigo está muito gato porra, nem quero mais sair, por mim a gente podia ficar aqui no quarto mesmo pelo resto da noite, mas já temos esse compromisso marcado e estamos breves a entrar uma quarentena de rolês por um bom tempo, então melhor aproveitar, vamos ter tempo de ficar a sos nos próximos dias.

— Guigo você vai usar o carro? — Pedro pergunta da cozinha.

— Não pai, a gente vai de carro de aplicativo mesmo, provavelmente vamos beber hoje.

— Juízo, vocês vão voltar para cá, ou você vai dormir no Ray hoje? — ele pergunta quando chegamos na sala.

— Vamos dormir aqui mesmo, seu Pedro, minha mãe está em casa — Digo.

— Tá certo.

— Vê se não enche a casa de quenga pai, valeu até mais tarde — isso virou uma bizarra piada interna de pai e filho que eles gostam de fazer toda vez que o pai vai ficar só em casa por muito tempo.

O bar é até meio chic, é de rock e já tem um certo movimento mesmo sendo cedo, assim que entramos já vejo de cara Bia sentada numa mesa sozinha, ela está tomando uma caipirinha aproveitando a música, quando nos ver abre um sorriso largo e simpático, Guigo segura na minha mão e vamos juntos até a mesa.

— Chegou cedo amiga? — Digo.

— Nada acabei de chegar.

— Cadê o Caio? — Guigo pergunta.

— Não tem mais Caio gente — ela toma outro gole generoso da sua bebida.

— Tá falando sério? — Por essa não estava esperando.

— Sim, chutei ele — ela parece magoada, mas está levando numa boa — quero até agradecer a vocês pelo convite, estava precisando sair de casa.

— Vamos curtir e esquecer essa trouxa — já faço um gesto para o garçom e peço uma cerveja para a gente.

Depois de um tempo Ciço e Dan chegam, ai pronto o rolê está formado, com Ciço é sempre loucura, ele bebe muito, não sei como consegue, durante esse tempo em que nosso grupo deu uma diminuída nos aproximamos bastante e sempre que nos juntamos é muito engraçado, Ciço é um palhaço e quando se junta com Guigo os dois não tem vergonha de nada, ao mesmo tempo que Dan só falta virar um tomate de tão vermelho que fica com as brincadeiras dele.

Agora mesmo eles estão discutindo para saber quem passou pelo maior constrangimento, mas duvido que eles ou Bia já tenham sido flagrados pelo sogro, assim que Guigo lança essa carta na mesa Bia quase engasga com sua bebida, Ciço passou uns cinco minutos sem conseguir parar de rir e Dan sentiu toda a vergonha alheia que senti na hora.

— Fica pior, outro dia ele mandou a gente transar mais baixo — me entrego ao constrangimento e compartilhar mais esse detalhe com eles que riem ainda mais.

— O Caio só falta gritar quando goza, já passei tanta vergonha por causa disso nos motéis, tipo fico achando que as pessoas fora do quarto vão ouvir era uma merda — Bia compartilha, mas lembrar não parece ter feito bem.

— A gente fica quietinho, né amor? — Ciço pede a confirmação do Dan que fica ainda mais vermelho.

— Bia, o que aconteceu, sabe que pode falar com a gente, né? — Dan muda o assunto.

— Caio me traiu com a Ka, ele comeu ela no carnaval enquanto eu estava apagada dormindo no quarto e depois eles continuaram com o caso depois que a gente voltou — ela revela de forma seca e com uma dor aparente.

— Não acredito nisso, esse cara merece uma boa surra — Dan é o primeiro a ficar exaltado.

— Como você descobriu? — Guigo Pergunta.

— Eles estavam trocando mensagens por DM, eu tava vendo umas fotos nossas no celular dele quando a notificação chegou, ele tentou desconversar, mas eu tinha a senha do Ig dele, assim que cheguei em casa entrei e vi.

— Ele não apagou? — Dan parece perplexo.

— Ele não sabia que eu tinha a senha, já faz tempo que descobri, só que nunca tinha usado, só deixei guardado para o caso de precisar usar um dia.

— Sinto muito — digo.

— Sabe que foi melhor assim, claro fiquei mal, mas já não era uma boa relação mesmo desde o começo então foi melhor assim — ela aparenta ter noção sobre a relação, espero que seja forte para se manter resiliente, até porque ele vai vir atrás dela mais cedo ou mais tarde, conheço bem esse tipo, tenho muitos amigos “Caios” da época da escola.

— Um brinde aos livramentos da vida — Dan puxa o brinde fazendo Bia voltar a sorrir.

— Gente a Ka só não pegou o A gente mesmo ali da sala né — Guigo pensou alto.

— Sim, amor, não fiquei com ela — lhe dou um beijo rápido e nossos amigos começam a rir.

— Nem eu — Ciço levanta as mão quando o namorado o encara.

Mudamos de assunto mais uma vez, Ciço revela que já fizeram o pedido do passaporte do Dan, ele está uma pilha sobre a viagem, não coloca fé de que vai conseguir o visto, mas seu namorado continua confiante de que tudo dará certo e que no meio do ano eles vão para o Estados Unidos, ficamos na torcida de que dê tudo certo afinal eles merecem curti um pouco por lá, Ciço é americano pelo que entendi, ele nasceu lá e ficou por uns anos garantindo sua dupla cidadania, então só o visto do Dan que eles precisam providenciar mesmo.

— Podia ser pior, se o Ciço já não tivesse o visto dele, como é só o seu é mais fácil de resolver Dan — Ciço abre um sorriso ao perceber que achou um membro pro seu clube dos otimistas.

A noite foi maravilhosa, até que não foi ruim nos reunirmos com nossos amigos, voltamos para casa cedo até, nem são duas da madrugada ainda quando entramos em casa, Guigo entra tentando não fazer barulho para não acordar seu pai e vou seguindo ele igualmente furtivo, nesses momentos que eu vejo o quanto meu sogro foi um príncipe por ter nos dado a suíte, assim que entro no quarto já vou tirando a roupa para tomar um banho.

— Eita porra amor, faz isso comigo não — Guigo não tira os olhos do meu corpo.

— Estou indo banhar, você vem?

— Na hora — ele tira sua roupa com pressa e me segue para o banheiro.

É complicado fazer uma pegação silenciosa no banheiro, ainda mais com os dois altinhos, porém é divertido também, depois de trocar beijos e uma mão amiga finalmente terminamos nosso banho, o tesão pelo Guigo não passa nunca, quando mais gozo, mas quero fazer coisas com ele, nosso encaixe é muito gostoso.

— Não se veste não, vamos dormir assim pelado — seu sorriso safado e meio alcoolizado me mata.

— Amor a gente não sabe trepar calado — ele ri do meu jeitinho especial de falar.

— Eu mordo o travesseiro enquanto você me pega — como dizer não para esse homem, é impossível.

Nos deitamos de ladinho, ele pega o lubrificante que esquenta, não diz que não quer o usar o anestésico porque quer me sentir no pelo, quando usamos o anestésico temos que usar camisinha se não atrapalha mais do ajuda, meu pau está duro feito pedra, mas quero uma coisa mais quente ainda para gente agora então pego um massageado de próstata na gaveta do criado mudo — é onde guardamos nossos brinquedos.

Lubrifico bem o brinquedo enquanto Guigo segura meu pau para guiar até seu cuzinho apertadinho, mordo o lábio quando sinto ele me apertando, estou socando no meu namorado enquanto me estimulo com a pressão que o massageado faz para entrar em mim, o ápice do meu tesão acontece quando consigo enfiar o massageado até tocar minha prostra ao mesmo tempo em que consigo tocar a dele com meu membro rígido feito uma barra de ferro, porra, ser penetrado enquanto estou penetrando é minha parte favorita e ele também adora porque me senti com minha potencia máxima.

Ele morde o travesseiro com força, mas no meu caso mordo suas costas mesmo, abraço ele com força e medo devagar mesmo para não fazer barulho, essa é a uma das poucas posições que dá certo fazer quando a vontade supera a preocupação de ser ouvido, quando sinto que vou gozar aumento um pouco a velocidade, o travesseiro amordaça seus gemidos, mesmo assim ouvi-lo sofrer na minha pica me deixa fora de si, não consigo segurar mais e depois de passar um tempo metendo dele de ladinho gozo dentro mesmo.

— Porra — sussurro.

Acabei gozando, mas meu namorado ainda não então ele conta em cima de mim deixando seu pau no encaixe da minha boca para mama-lo enquanto ele me mama, mas a melhor parte é ele começar a me foder com o massageado — o nosso modelo vibra, mas quando ele usa para me fuder é ainda melhor, quase me engasgo quando ele enche minha boca com sua porra e ainda gozo uma segunda veze sentindo o massageado entrar e sair de mim, melhor que isso só quando é o pau dele entrando e saindo.

Foi preciso outro banho depois disso para enfim nos deitarmos para dormir, estou feliz e leve como não me sentia a muito tempo, está com Guigo é como estar em casa, me sinto livre com ele, sinto que posso ser eu mesmo e acho que é recíproco, espero que Rick tenha algo assim na vida dele, Dan e eu estamos nos arranjando não seria justo só ele não ter um lar, um refúgio, um amor.

— No está pensando? — Guigo deita no meu peito.

— Que tenho sorte por te ter — ele se ilumina com um sorriso.

— Olha que foi difícil te domar viu.

— Seu palhaço, mas sério valeu por ter sido tão paciente — ele teve muitas chances de desistir de mim.

— Com esse pau não tive escolha e essa bunda durinha então, só sendo maluco para desistir.

— Você é um tarado Guigo — estou rindo da cara de ofendido que ele fez.

— Olha quem fala, semana passada tu me acordou com o pau na minha boca.

— Eu queria uma mamada — digo de forma natural como se fosse a coisa mais normal do mundo.

— Você é maluquinho Ray — ele levanta e vai até o guarda roupa depois volta com uma caixinha embrulhada para presente.

— Você me julgando por ter comprado algo para você e agora na maior cara lisa me dando presente.

— Esse aqui é pra gente — penso que seja algum brinquedinho safado, mas quando abro vejo duas alianças de prata.

— Vai me pedir em casamento? — Brinco, pois estou um pouco nervoso.

— Vou, mas hoje não, por enquanto é só anel de compromisso mesmo, mas se você não quiser usar de boas.

— Para de ser besta, é claro que eu quero — pegou as alianças de dentro da caixa e percebo que tem algo gravado nelas.

“Idem”

— Você superou meu presente seu otário — estou muito feliz puta que pariu.

— Não é uma competição, até porque se fosse eu teria te amassado — Guigo é o cara mais palhaço que conheço.

— Coloca a minha e eu coloca a sua — ele me olha com malícia.

Troco aliança de compromisso com meu namorado, que por acaso é um cara, o mundo é um lugar muito curioso mesmo, passei muito tempo fugindo desses desejos e hoje transo com outro cara usando um consolo enfiado no meu rabo, bicho se a dois meses me dissesse que isso aconteceria com toda certeza te daria um soco, a vida tem dessa mesmo, talvez foi isso que meu pai sentiu quando deitou a cabeça no peito do Paulo pela primeira vez como um homem vivendo sua sexualidade plenamente, claro que sou bi diferente dele é gay e também não estou deixando ninguém para trás, mas consigo entender sua decisão um pouco melhor agora — de viver seu amor, não de ter me abandonado, essa nunca vou entender.

Um dia posso perdoar meus pais por terem sido uns babacas comigo, por terem se prendido dentro de seu próprio egoísmo, mas não vou esquecer, nunca vou esquecer que minha vida poderia ter sido um pouco mais fácil se meus pais tivessem separado as coisas, eu sei que sou uma pessoa complicada e cheia de complexos, mas espero nunca passar por isso com Guigo, mesmo se um dia nossos caminhos não se encontrem mais e cada um tiver que seguir por um lado, espero ainda poder amá-lo e deixar ele ir numa boa, amo tanto esse moleque que tenho medo do quão amargurado seria se esse amor todo virasse ódio.

— Te amo Guigo.

— Idem Ray.

O mês de abril passou voando, eu estou vivendo uma rotina de casado quase, meu namorado só trabalha, fode e estuda — não necessariamente nessa ordem — ficamos boa parte do mês na casa dele e poucas noites na minha, na faculdade depois que começamos a estudar com Dan minhas notas melhoraram bastante ele é um excelente professor e estou descobrindo que posso ter uma vocação para ensinar também, a briga na sala quase voltou quando Tati nos viu usando nossas alianças de compromisso, mas depois da Ka ter pego o Caio — ex namroado da Bia — elas meio que perderam a moral com o restante da sala, então não foi grande coisas.

André e Mário só se afastaram mesmo e Giovanna segue tentando contato comigo, Guigo diz que seu traço tóxico não me quer conversando com ela e resolvi atender ao seu pedido me afastando totalmente, assim a vida foi seguindo, em casa seu pai virou quase um pai pra mim já, minha sogra já deu seu barraco épico na porta do prédio, mas não conseguiu subir — graças a deus.

Já na minha casa minha mãe já sabe sobre Guigo eu, mas não conversamos sobre isso, acredito que ela saiba pois vive me mandando indiretas e despertou um ódio profundo por ele sem motivo algum, tanto que ele só dorme na minha casa quando ela não está, não sei se meu pai contou para ela ou se ela somou os pontos, enfim enquanto ela ficar na dela não dou a mínima para isso, meu pai está mandando uma grana desde o mês passado, Guigo e minha psicóloga me convenceram a aceitar, afinal sou pobre caralho, e pobre orgulhoso só se fode.

O tempo voa hoje faço dois meses de namoro, como somos boiolinhas comprei presente para ele e ele vai me levar no cinema, é nosso primeiro encontro desde o mês passado, para não dizer que não saímos mais, fomos jantar em um espetinho numa praça perto do prédio dele, agora sair mesmo não saímos desde do nosso último aniversário, ele anda tão ocupado e não vou mentir seu caseiro com ele é muito bom.

Queria ir numa bar ou algo assim, mas é quinta e amanhã ainda temos aula então vamos nos contentar com um cinema mesmo e no sábado quem sabe se ele terminar um trabalho que pegou para fazer até lá a gente sai de novo, estou terminando de me arrumar, essa noite não vamos dormir juntos infelizmente, ele tem que trabalhar, só está saindo por que é nosso aniversário de dois meses e ele disse que dessa data não abre mão — até o Dan que é muito boiola com seu namorado julga a gente por comemorar mêsversário, mas é só inveja dele que não teve a ideia primeiro com Ciço.

— Amor a gente vai se atrasar, você já saiu de casa? — Guigo ligou para me avisar que está chegando no shopping.

— Estou na porta de casa já meu amor, se acalme, qualquer coisa vai comprando logo os ingressos ai.

— Vai de carro de aplicativo, coloca no meu cartão para tu não se atrasar — ele cadastrou o cartão dele no meu aplicativo para essas ocasiões.

— Tá certo, já vou pedir aqui, te amo.

— certo, idem — ele encerra a chamada.

Não menti totalmente, já estou mesmo pronto, passo perfume, pego o presente dele — que é um chocolate caro para cacete que ele gosta — e vou saindo de casa ao mesmo tempo em que peço o carro, tranco o portão logo e quando me viro vejo um carro com adesivo do aplicativo parando, mas não é o meu, quando a pessoa desce do carro com uma mochila nas costas e uma mala na mão fico paralisado.

— Rick!

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Comentários

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Como assim??? Vai nos matar do coração??? Faz isso não que sou ansioso...

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A nao,isso não se faz com um leitor fiel e ancioso. Mancada mano, vou precisar de terapia.

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Como assim você terminou com a volta do Rick na cara dura? 🤩🤩🤩🤩🤩🤩🙂🙂🙂🙂😀😀😀👏

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