Ana e Gabriel compartilhavam uma amizade que resistia ao tempo. As saídas à praia, as conversas sobre a vida e as noites regadas a vinho fortaleciam o laço entre eles. Ultimamente, porém, algo parecia diferente. Os olhares demoravam mais, os toques, antes inocentes, carregavam uma eletricidade difícil de ignorar.
Ana sabia que sua recente transformação física não passava despercebida. Desde que colocou silicone, sentia-se mais confiante, mais poderosa. Vestia-se com ousadia, seus mamilos delineados sob os tecidos leves tornavam-se um convite sutil para olhares curiosos. Gabriel, por outro lado, era dono de um corpo invejável e, sem muito esforço, despertava atenção. Sua sunga ajustada revelava discretamente sua virilidade, mas nunca de forma vulgar.
Numa noite de sábado, Ana foi até o apartamento de Gabriel para uma das suas sessões de conversa e vinho. O ambiente estava acolhedor, iluminado pela luz suave de abajures e velas. Ana usava um vestido preto curto, com alças finas que pareciam brincar de cair pelos ombros. Gabriel, de bermuda e camiseta, estava descontraído, mas seu olhar era intenso.
— Você está diferente, sabia? — disse ele, enquanto servia o vinho.
— Diferente como? — Ana respondeu, inclinando-se para frente, os olhos brilhando com curiosidade.
Gabriel apoiou-se no balcão, observando-a.
— Mais... confiante. Parece que você sabe exatamente o efeito que causa.
Ela riu, inclinando a cabeça de lado.
— Talvez eu saiba. E você? Tem noção do que causa?
Ele arqueou uma sobrancelha, intrigado.
— Eu?
— Sim. Acha que ninguém repara quando você aparece na praia com aquela sunga? — Ana tomou um gole de vinho, seus olhos presos aos dele.
— Você repara? — ele perguntou, aproximando-se lentamente.
Ana sentiu o ar ao seu redor mudar, ficando mais denso, mais carregado.
— Talvez... — respondeu, sua voz mais baixa, quase um sussurro. — Não sou de ferro, Gabriel.
Ele riu, mas havia algo de nervoso naquele riso. Aproximou-se ainda mais, até estar tão perto que Ana podia sentir o calor que emanava dele.
— E se eu disser que também reparo?
Ana ergueu o olhar, desafiando-o.
— Reparar é uma coisa... Querer é outra.
Aquela provocação foi a última peça do jogo que Gabriel precisava. Ele estendeu a mão, tocando levemente a alça do vestido dela, que deslizou pelo ombro.
— Você não faz ideia, Ana.
Ela sentiu a respiração prender-se no peito quando ele deixou os dedos deslizarem pelo ombro exposto, parando na curva do braço.
— E você? — ele perguntou, a voz rouca, carregada de promessas.
Ana sorriu, inclinando-se para sussurrar em seu ouvido.
— Talvez eu saiba mais do que você imagina.
Sem esperar, Gabriel a puxou pela cintura, prendendo-a contra si. Seus corpos se alinharam perfeitamente, e ela pôde sentir a firmeza que ele tentava controlar. O beijo foi inevitável, mas não apressado. Era cheio de uma luxúria que crescia devagar, como um fogo que se espalhava.
As mãos dele subiram pelas costas nuas de Ana, enquanto os dedos dela cravaram-se em seus ombros. Quando Gabriel puxou-a no colo, ambos já estavam entregues. Ele a levou para o sofá, deitando-a cuidadosamente, os lábios nunca se separando.
Deitando-se sobre ela, Gabriel deslizou as mãos pelo vestido, revelando seus seios. Ele parou por um instante, admirando-os.
— Você é inacreditável... — murmurou, antes de abocanhá-los com fervor.
Ana gemeu baixinho, jogando a cabeça para trás enquanto os lábios dele se moviam de um lado para o outro, alternando entre beijos, mordidas suaves e a sucção que fazia seus sentidos se embaralharem. A língua dele circulava os mamilos rijos, e cada movimento fazia o calor entre suas pernas se intensificar.
— Gabi... você vai me deixar louca... — ela arfou, sentindo a umidade aumentar.
Gabriel ergueu o olhar, um sorriso travesso nos lábios.
— É a ideia.
Antes que ele pudesse retomar o controle, Ana o empurrou de leve, ficando de joelhos no sofá. Sem desviar o olhar, deslizou as mãos pelo abdômen dele até a bermuda. Gabriel ofegou quando sentiu os dedos dela tocarem o volume rígido. Com movimentos firmes, Ana o libertou da roupa, e sua expressão mudou para surpresa e admiração.
— Uau... — ela sussurrou, os dedos acariciando a base antes de envolvê-lo com firmeza. — Isso é... impressionante.
Gabriel não respondeu. Estava imóvel, respirando pesado, enquanto observava Ana inclinar-se lentamente. Ela deixou os lábios roçarem a glande, depositando um beijo molhado que o fez soltar um gemido rouco. Sua língua passeou pela ponta antes de encará-lo novamente.
— Não é só você que sabe provocar.
Ele segurou-a pelo queixo, trazendo-a para cima novamente.
— E eu vou provar isso agora.
O que seguiu foi uma noite de exploração, onde ambos se descobriram por inteiro, sem pressa. Ana e Gabriel deixaram de ser apenas amigos, entregando-se ao prazer e à intimidade que haviam reprimido por tanto tempo.
Deitados juntos depois de tudo, ela traçou círculos no peito dele com os dedos enquanto ele brincava com os fios de seu cabelo.
— Estragamos a amizade? — Ana perguntou, sorrindo.
Gabriel riu, puxando-a para mais perto.
— Se isso é "estragar", que venha mais caos.
E, naquela noite, eles continuaram mergulhando em um desejo sem fim.