Distância

Da série Amizade do peito
Um conto erótico de Alberto Sousa
Categoria: Heterossexual
Contém 410 palavras
Data: 19/12/2024 20:12:38

A distância entre Salvador e Dublin era difícil para Luís, mas o contato constante com Júlia ajudava a aliviar um pouco o peso da saudade. Ainda assim, havia algo que ele não conseguia tirar da cabeça: os seios dela. Luís sempre os considerou uma das coisas mais lindas que já havia tocado, beijado e admirado. E mesmo com a distância, eles continuavam presentes em seus pensamentos e desejos.

Certa noite, durante uma chamada de vídeo, Júlia percebeu o olhar fixo de Luís na tela. Ela estava de pijama, mas a leve transparência da roupa deixava pouco para a imaginação.

— Você tá me encarando com essa cara de bobo por quê? — perguntou, rindo.

— Porque eu tô com saudade deles — ele respondeu, sem rodeios.

Ela arqueou uma sobrancelha, fingindo não entender.

— Deles? Quem?

— Dos seus peitos, Júlia. Sério, eu não consigo parar de pensar neles. É a pior saudade que eu tô sentindo.

Ela riu, mas sentiu o rosto esquentar. Era algo que ela adorava em Luís: a sinceridade desarmante, sempre dita com um tom que a fazia se sentir desejada.

— Ah, é? — ela provocou, ajeitando o decote de propósito. — E o que você sente tanta falta?

— De tudo. De como eles cabem perfeitamente nas minhas mãos, do peso deles, do toque, do gosto... do jeito que você ficava arrepiada quando eu beijava devagar.

Júlia mordeu o lábio, segurando o riso, mas claramente gostando de ouvir aquilo. Ela sabia exatamente o poder que tinha sobre ele.

— Você é um bobo. Mas, como eu tô longe, acho que vou ter que te ajudar com essa saudade, né?

Ela ajustou a câmera e deixou o pijama escorregar pelos ombros, revelando os seios com aquele mesmo sorriso confiante que ele tanto amava. Luís respirou fundo, os olhos fixos na tela, absorvendo cada detalhe.

— Perfeitos... — ele murmurou, quase em reverência.

Enquanto eles continuavam a conversa, Júlia o guiou com palavras e gestos, ajudando-o a transformar a saudade em um momento de pura conexão, mesmo a milhares de quilômetros de distância.

— Quando a gente se encontrar de novo — prometeu Luís, ofegante —, eu vou passar horas só aproveitando isso.

Júlia riu, satisfeita.

— E eu vou deixar. Não tem nada que eu ame mais do que ver você feliz por minha causa.

A distância era grande, mas naquele momento parecia inexistente. As palavras e imagens eram suficientes para manter vivo o desejo e a promessa de que, quando estivessem juntos novamente, fariam de tudo para compensar o tempo perdido.

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