Na hora do almoço

Da série Cristina & Beto
Um conto erótico de Alberto Sousa
Categoria: Heterossexual
Contém 535 palavras
Data: 20/12/2024 07:18:04

Dois dias após a chegada a Goiânia, o sol parecia mais impiedoso do que nunca. No céu limpo de setembro, o calor abrasador de 43 graus escorria em gotas pelo corpo de Beto enquanto ele percorria a curta distância até Trindade. A paisagem do cerrado, com seus campos secos e árvores retorcidas, era pontuada pela beleza vibrante dos ipês amarelos em plena floração. As copas douradas, espalhadas pelo horizonte, pareciam salpicar de cor o caminho que o conduzia ao coração do mundo de Cristina.

Ao chegar à casa dela, foi recebido calorosamente por Angélica, a mãe de Cristina. Seu sorriso genuíno e a leveza com que o acolheu dissiparam o nervosismo de Beto. A casa exalava simplicidade e aconchego, com cheiros de bolo recém-assado e plantas ao redor do quintal.

"Fique à vontade, Beto. Vou ao mercado buscar umas coisas para o almoço. Cristina está lá dentro," disse Angélica, pegando sua bolsa e saindo com passos rápidos.

Na sala, Beto mal teve tempo de se acomodar no sofá antes que Cristina surgisse, descalça, com um vestido leve que flutuava ao sabor de seus movimentos. O sorriso que ela trazia nos lábios era uma combinação de travessura e desejo, algo que ele começava a reconhecer como marca dela.

Ela aproximou-se sem pressa, sentando-se ao lado dele com um olhar que misturava doçura e provocação. Suas mãos repousaram sobre o peito de Beto, sentindo o ritmo acelerado do coração dele.

"Está quente aqui ou sou só eu?" ela provocou, deixando escapar um riso abafado.

"Cris... e se sua mãe voltar de repente?" sussurrou Beto, ainda tentando ignorar o arrepio que a proximidade dela lhe causava.

"Relaxa, ela demora," respondeu ela, com firmeza.

Antes que ele pudesse insistir, Cristina o puxou para si, seus lábios tocando os dele com intensidade. Suas mãos, rápidas e decididas, deslizaram pela barra da camisa e logo partiram para desabotoar a bermuda. Num movimento ágil, ela deslizou a peça, junto com a cueca, revelando a virilidade do amado.

Ela o encarou por um momento, os olhos brilhando de admiração e desejo. "Você é ainda mais lindo do que nas minhas fantasias, Beto," murmurou, antes de inclinar-se, deixando seus lábios explorarem cada centímetro dele com dedicação e curiosidade.

"Cris..." Ele tentou dizer algo, mas a intensidade do momento roubava suas palavras. O calor do cerrado parecia ter se multiplicado ali, dentro daquela sala, onde a ousadia dela o fazia esquecer qualquer receio.

Apesar do receio inicial, ambos mergulharam naquele instante como se o mundo lá fora não existisse. Cristina entregava-se ao momento com uma devoção que deixava Beto sem fôlego, cada gesto dela demonstrando o quanto desejava agradá-lo.

Quando o clímax chegou, ela afastou-se apenas o suficiente para olhar para ele com um sorriso satisfeito e cúmplice. "Agora vou lavar o rosto. Agorinha o almoço fica pronto," disse com naturalidade, antes de desaparecer no corredor.

No instante seguinte, Angélica entrou pela porta, carregando sacolas do mercado. Beto, ainda tentando recuperar-se, ajeitou-se no sofá, disfarçando o calor que ainda parecia emanar dele. Cristina retornou à sala minutos depois, o rosto lavado, e trocou um olhar discreto com ele.

O que havia acontecido entre eles agora era um segredo partilhado, algo que os conectava ainda mais.

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