Marc ainda estava ajoelhado no chão, soluçando como uma criança perdida. Era uma visão surreal. O homem que me aterrorizava, que comandava tudo ao seu redor com uma mão de ferro, estava agora aos meus pés, quebrado.
Eu precisava aproveitar isso.
Caminhei lentamente pelo escritório, deixando o silêncio pairar no ar. Cada passo era um jogo de controle. Eu sabia que, nesse momento, Marc faria qualquer coisa para recuperar o que achava que tinha perdido.
— Você quer me provar que me ama, Marc? — perguntei, a voz suave, mas carregada de significado.
Ele levantou o rosto, as lágrimas ainda escorrendo pelas bochechas. Assentiu freneticamente, como se minha aprovação fosse o único ar que o mantinha vivo.
— Eu faço qualquer coisa, Yago. Qualquer coisa. Só me diz o que quer.
Me aproximei dele, ajoelhando-me para ficar na mesma altura. Toquei seu rosto com delicadeza, como se ele fosse feito de vidro.
— Primeiro, quero que você confie em mim. Confie que eu estou do seu lado, que eu sempre estive.
— Eu confio, eu confio... — ele balbuciou, tentando me segurar como se eu pudesse desaparecer a qualquer momento.
— Então você precisa parar de me machucar. — Toquei o pescoço, onde a marca ainda estava visível. — Porque quando você faz isso, Marc, você me perde um pouco mais.
Ele balançou a cabeça rapidamente, como se estivesse tentando apagar a culpa que o consumia.
— Nunca mais, eu prometo. Eu juro por tudo, Yago. Nunca mais.
Me levantei lentamente, observando como ele olhava para mim com uma mistura de desespero e adoração. Era quase patético.
— Marc... — comecei, com a voz baixa, quase hesitante. — Tem algo que você precisa saber.
Ele levantou o olhar, os olhos cor de mel estreitando-se em curiosidade.
— O que foi, amor? — perguntou, um tom de cuidado aparente, mas a tensão em sua voz era inegável.
Engoli em seco, tentando manter o controle. Cada palavra precisava ser calculada.
— É sobre a Bia. — Fiz uma pausa, observando sua reação. Seus olhos ficaram mais atentos, e ele inclinou-se para frente. — Ela tem um plano para tomar tudo de você, Marc. Toda a empresa, todos os bens... Ela está manipulando os acionistas para te tirar do controle.
O silêncio que se seguiu foi ensurdecedor, em um movimento rápido, ele se levantou e jogou a mesa quentinha canto de sua sala contra a parede. O som do vidro se estilhaçando ecoou pelo cômodo, e eu dei um passo para trás instintivamente, o coração disparando.
— Desgraçada! — ele gritou. Sua expressão era um misto de raiva e traição. Ele começou a andar de um lado para o outro, como um predador enjaulado.
— É disso que eu tenho medo! — exclamei, a voz saindo mais alta do que eu pretendia.
Ele parou no mesmo instante, voltando o olhar para mim. Seus olhos estavam cheios de fúria, mas ao mesmo tempo, havia um brilho de vulnerabilidade.
— Do que você está falando?
Levantei a mão, tocando a marca no meu pescoço.
— Dessas explosões suas, Marc. É isso que me assusta. Eu nunca sei o que vai acontecer quando você fica assim.
A expressão dele mudou imediatamente. Toda a raiva deu lugar a algo próximo ao arrependimento. Ele se aproximou de mim devagar, as mãos levantadas como se quisesse mostrar que não era uma ameaça.
— Yago, me escuta... Eu nunca mais vou te machucar. Nunca. — Ele parou na minha frente, o olhar fixo no meu. — Eu perdi o controle, mas isso nunca vai acontecer de novo.
Fiz que sim com a cabeça, mas mantive uma expressão hesitante. Precisava que ele acreditasse no meu medo, que sentisse a culpa corroê-lo.
— Eu quero acreditar, Marc. Mas você precisa me dar espaço.
Ele piscou, confuso.
— Espaço?
Suspirei, dando um passo para trás.
— Eu não posso simplesmente terminar tudo com o Kadu de uma hora pra outra. Ele é... Ele é importante pra mim também.
O nome de Kadu fez Marc cerrar os punhos, mas ele se controlou.
— Yago, eu quero você só pra mim. Não quero dividir você com ninguém.
— E eu quero que isso funcione entre a gente, Marc. Mas precisa ser no tempo certo. Não posso simplesmente explodir minha vida de uma vez. Eu já provei que estou do seu lado, o que mais tenho que fazer para confiar em mim?
Ele ficou em silêncio, analisando minhas palavras. Finalmente, assentiu lentamente.
— Certo. Vou te dar o tempo que precisa. Mas me promete, Yago. Me promete que vai acabar com ele.
Eu olhei para ele, fingindo vulnerabilidade.
— Eu prometo, Marc. Só... confia em mim.
Ele suspirou, passando as mãos pelo rosto.
— Tudo bem. Eu vou confiar.
Enquanto ele se afastava para se sentar novamente, eu me virei, indo para a porta. Por dentro, eu sentia uma mistura de alívio e inquietação. Sabia que estava jogando sujo, manipulando Marc para ter algum controle sobre a situação. Mas não tinha outra escolha.
Era ele ou eu. E eu estava decidido a sobreviver.
Saí da sala com o Marc sentindo um peso enorme nos ombros. A explosão dele ainda reverberava na minha mente. Por mais que tivesse conseguido manipular a situação e contorná-la a meu favor, o medo ainda estava lá, pulsando como um eco distante.
Caminhei pelo corredor em direção ao quarto do Kadu. A casa estava silenciosa, mas o ar parecia carregado, como se as paredes soubessem de todos os segredos que eu estava escondendo. Quando entrei no quarto, um alívio imediato me atingiu. O cheiro dele estava por toda parte, uma mistura de perfume cítrico e algo mais doce, aconchegante, que sempre me fazia sentir seguro.
A cama estava arrumada, e o ambiente tinha aquele toque desleixado do Kadu — um casaco jogado na cadeira, um par de tênis no canto. Me sentei na beirada da cama, encarando o vazio. Minha cabeça era uma bagunça de pensamentos. Tudo o que aconteceu com o Marc, as palavras dele, a maneira como ele reagiu... Eu não sabia mais onde isso ia dar.
Peguei o celular, hesitei por alguns segundos, e então digitei a mensagem para o tenente Erick.
"A gente precisa conversar. Houve uma mudança de planos. Marc ficou agressivo, mas eu contornei a situação. Não comenta com mais ninguém. A informação vazou, e não sei mais em quem confiar."
Enviei a mensagem e deixei o aparelho de lado, me jogando para trás na cama. O teto branco parecia me observar, como se também estivesse julgando as escolhas que eu estava fazendo.
Eu estava tão cansado, tanto mental quanto fisicamente, que nem percebi quando o sono começou a me puxar. Meus olhos se fecharam, e por alguns momentos, a tensão se dissolveu em escuridão.
Um toque suave nos meus lábios me fez abrir os olhos lentamente. Kadu estava inclinado sobre mim, com aquele sorriso despreocupado que sempre parecia iluminar qualquer ambiente.
— Acorda, preguiçoso — ele disse, com a voz rouca, enquanto me dava outro beijo, dessa vez no canto da boca.
Eu pisquei, tentando afastar a confusão do sono.
— Já voltou? — perguntei, sentando-me devagar.
Ele riu, sentando ao meu lado na cama.
— Já, mas você estava tão bonitinho dormindo que quase não quis te acordar.
Eu forcei um sorriso, tentando afastar o peso que ainda pairava sobre mim.
— Tava cansado, só isso.
— Cansado de quê? — ele perguntou, inclinando a cabeça de lado. — Você tem andado tão distante ultimamente... Tá tudo bem?
Senti meu coração apertar. A preocupação nos olhos do Kadu era genuína, e isso só fazia minha culpa crescer.
— Tá tudo bem, só... trabalho, sabe? Coisas demais na cabeça.
Ele colocou a mão no meu ombro, apertando levemente.
— Você sabe que pode falar comigo, né? Seja o que for.
Assenti, desviando o olhar.
— Eu sei.
Mas, por dentro, eu sabia que não podia. Não agora. Não ainda.
Kadu me puxou para mais perto, o calor do corpo dele era reconfortante contra o meu. Seus dedos deslizaram pelo meu rosto com uma delicadeza quase reverente, como se ele quisesse decorar cada curva, cada detalhe. Ele sorriu de um jeito que fazia meu coração acelerar, mas não de nervosismo, e sim de uma espécie de paz que eu nem sabia que podia existir.
Ele inclinou a cabeça, encostando nossas testas, os olhos dele encontrando os meus. Era como se naquele momento, tudo ao nosso redor tivesse parado, e a única coisa que importava fosse o que estávamos sentindo um pelo outro.
– Você sabe o quanto eu te amo, né? – Kadu murmurou, a voz baixa, mas cheia de emoção.
– Sei – respondi, minha voz saindo quase como um sussurro. – Mas pode dizer de novo.
Ele riu baixinho, aquele som rouco que sempre fazia meu peito aquecer. E então ele disse, de novo, mas dessa vez não só com palavras. Seus lábios tocaram os meus em um beijo lento, que não tinha pressa. Era um beijo que falava de carinho, de desejo, mas acima de tudo, de amor. Um amor que parecia transbordar entre nós.
Seus dedos entrelaçaram-se aos meus enquanto ele me deitava na cama, o olhar nunca deixando o meu. Não era só desejo no que via nos olhos de Kadu; era devoção, era promessa. Ele me tocava como se eu fosse algo precioso, algo que ele jamais permitiria que fosse ferido.
O toque dele era gentil, mas determinado. Ele acariciava meu rosto, traçando linhas invisíveis com a ponta dos dedos, como se quisesse gravar cada detalhe de mim. A sensação era tão intensa que lágrimas quase brotaram dos meus olhos, mas eu me segurei, não queria que aquele momento fosse interrompido nem por um segundo.
– Eu sempre vou te amar, Yago – ele sussurrou, inclinando-se para beijar minha testa, depois meu nariz, e finalmente meus lábios novamente, dessa vez mais firme, mais profundo.
Meu coração parecia prestes a explodir, não só pelo desejo que crescia entre nós, mas pelo amor que estava estampado em cada gesto, em cada olhar. Naquele momento, eu soube que, não importa o que o futuro trouxesse, o amor de Kadu seria minha força, meu refúgio. E eu estava pronto para me entregar a isso completamente.
Senti ele tirar minha blusa e beijar meu pescoço, entre beijos e mordidas eu sentia minha pele se arrepiar, meu corpo pedia cada vez mais daquilo e minha cabeça não sabia em que pensar. Eu estava ali, entregue, sentindo seus lábios descer do meu pescoço até meus mamilos e minha cabeça gritava para mim contar toda verdade.
Kadu mordia meu ombro, arranhava minhas costas e descia sua mão até minha bunda me fazendo me entregar e delirar de prazer, mas a culpa também me consumia por dentro, até quando eu ia deixar tudo aquilo acontecer?
Ele se afastou de mim e puxou meu short pra baixo, me deixando totalmente pelado e fazendo sua língua ir de encontro com meu saco e logo depois descer até minha bunda, que ele imediatamente começou a dar mordidas e enfiar toda sua língua nela, me fazendo delirar de prazer.
Enquanto ele passava sua língua em mim e ia tirando a própria roupa, meus olhos se voltaram para porta entre aberta do quarto dele, e lá estava ele, Marc.
Marc se encontrava parado na porta olhando toda aquela cena, enquanto sua mão estava dentro da calça, se masturbando.
-Me fode - falei sentindo o tesão me consumir.
Kadu se aproximou agora para um beijo e cuspiu na sua mão, passando aquele cuspe por todo seu pau, o deixando lubrificado o suficiente para entrar em mim, e ali, enquanto ele entrava em mim, por cima de seu ombro eu podia ver Marc se tocando vendo toda aquela cena.
Dessa vez beijei Kadu com mais força e levantei nossos corpos fazendo com que ele se sentasse na cama, assim, pude sentar em todo seu pau e sentir ele ir até o fundo. De costas para porta, Kadu estava sentando na cama, e eu de frente pra ele e Marc, sentindo todo aquele tesão me consumir.
-Eu vou gozar - disse Kadu segurando meu pau e tocando uma pra mim enquanto eu sentava nele.
O clima sexual ficava cada vez mais intenso, foi quando todos chegamos ao nosso ápice. Senti Kadu deixar todo seu esperma em mim, enquanto eu gozava na barriga dele e pude ver Marc soltar todo seu leite no chão enquanto me encarava.
-Eu te amo - falei pra Kadu enquanto sentia nossas forças indo embora, e juntos, caímos na cama abraçados e suados.