Então as semanas passaram mais um pouco, já fazia uns três meses que o processo corria, em casa só Bárbara que ainda conversava mais comigo, mas eu estava dando o espaço que meus outros filhos precisavam, o trabalho exigia cada vez mais de mim, meu corpo estava exausto e minhas energias se esgotando pela aquela briga judicial, até que o juiz deu a sentença final, tive que dar metade do valor da casa para minha ex-mulher, mesmo recorrendo depois, perdi todas as possibilidades existentes de mudança, sem alternativas.
Coloquei a casa a venda e reuni meus filhos para dizer que teríamos que sair daquela casa, expliquei a briga na justiça e tal, a Bárbara me compreendeu, já Lucas e Raquel ficaram de cara fechada, não concordavam muito com minhas ações, mas eu quem cuidava deles, então tinham que fazer o que eu achava melhor para todos, procurei uma casa menor para comprar, encontrei mais distante de aonde morávamos, era uma casa mais modesta com 3 quartos, sala, cozinha, banheiro e um pequeno quintal, conseguiria quitar ela depois com a venda de nossa casa atual.
Arrumamos nossa mudança e em um sábado nós mudamos, a Bárbara sempre me entusiasmava de alguma forma, para mim também não era fácil desprender de aonde moramos e vivemos tudo na vida, mas era só o que poderia ser feito naquele momento, Lucas e Raquel foram matriculados em uma escola perto da nova residência, era uma nova vida, a nossa casa antiga meses depois foi vendida por o preço avaliado, com a metade que me restou eu quitei a nossa nova casa e tudo bem, a Bárbara conseguiu um emprego em um salão de beleza como recepcionista perto de casa mesmo e começou a fazer faculdade de administração.
E assim o tempo foi passando, a vida melhorava um pouco a cada dia, tanto Lucas, quanto a Raquel conversavam agora um pouco comigo, somente o mínimo, eles tinham mais diálogo com minha filha Bárbara, depois me contava tudo em detalhes, ela se tornava mais que uma filha, me ajudava a cuidar de seus irmãos de alguma forma.
Nessa vida sossegada em partes que fomos levando, se passaram dois anos, a Bárbara já estava com 20 anos, a Raquel com 19 e Lucas com 18, todos maiores de idade, eu estava mais tranquilo que eles já haviam chego a maior idade, Bárbara sempre trabalhando e estudando muito, me ajudava a cuidar da casa de algum jeito, eu acabei me desleixando mais, não era um homem tão bem cuidado, mas assim seguia vida.
Foi então em uma sexta-feira no final da tarde, fui chamado pelo dono da empresa em sua sala, e para a minha surpresa, fui demitido por corte de pessoal, meu mundo caiu de novo, não era possível, fui para casa desanimado, querendo saber o que faria de minha vida e de meus filhos agora, como seria nossa vida dali para frente sem meu emprego, meu corpo sentia dores fortes vindas de meses e meses de exaustão em muitos sentidos, eu não me cuidava mais tão bem, isso me afetou demais.
Assim que entrei pela porta da sala, olhei no sofá que Lucas e Raquel estavam jogando vídeo game, me sentei ao lado de Raquel e eu só olhava para a TV desolado de tudo, minha cabeça não sabia o que pensar, quando olhei melhor e vendo como meus filhos haviam crescido, eu acabei prestando mais atenção em Bárbara que estava ali comigo o tempo todo, quando a minha filha Raquel se levantou daquele sofá, só me deu uma olhada e um pequeno sorriso simpático, foi até o vídeo game pegar um cabo para conectar em seu controle, então eu a olhei como uma mulher adulta já, e não uma menina mais.
Raquel, 19 anos, pele branca, um corpo magro, seios médios, uma cintura fina, uma bunda pequena, olhos castanhos, cabelo castanho na altura do ombro, 1.70 de altura, usava óculos de grau, ela era menos favorecida de corpo em relação a irmã dela, usava uma blusinha de alcinha e um short curto bem largo.
Aonde que estava que não via muito minha filha crescer, após o divórcio, a nossa vida virou de ponta cabeça, os dois nem ligavam de eu estar ali naquele sofá, estavam vidrados na TV e gesticulando muito com o jogo que ali jogavam, logo fui percebendo o Lucas, que fez o mesmo que a irmã ao buscar o cabo para seu controle, caramba meu filho era um homem, era uma mistura boa minha e da mãe dele.
Lucas, 18 anos, pele branca, cabelo loiro bem curto, olhos castanhos, o sorriso da mãe dele, o seu corpo em forma, um peitoral bem definido, poucos pelinhos, estava quase se minha altura já com 1.83 de altura, eu estava impressionado como meu filho havia crescido, seu corpo era de academia, estava todo forte, coxas definidas, olhando-o só de shorts de surfista.
Eu me deparava com um filme passando em minha mente, vendo como eu perdi uma boa fase deles, mas ainda dava tempo de ter meus filhos em uma nova fase, mas não seria naquele momento.
Eu logo me levantei e fui tomar um banho para refrescar a cabeça e levar toda aquela angústia, medo, decepção de ter sido demitido, eu não tinha ideia de como seriam as coisas daqui para frente, terminei meu banho, entrei em meu quarto, só vesti uma cueca e um short preto largo e me deitei na cama, meu rosto no travesseiro, cai em lágrimas, o que seria de minha vida agora, eu só queria chorar e esquecer aquele dia horrível, que péssimo provedor eu era, que péssimo pai me tornei, estava infeliz com meu corpo, o que eu fiz de minha vida, não agi quando deveria, agora estou perdido, acabei pegando no sono depois de muito chorar e lamentar sobre minha vida e meus atos cheios de consequências.
Na manhã seguinte, acordei mais calmo, era dia de sábado, teria o final de semana para pensar em todas as coisas, me levantei e fui ao banheiro, fiz minha higiene pessoal, meu olho estava inchado de tanto chorar, então fui para a cozinha e tinha um bilhete por cima da mesa, era de Lucas e Raquel dizendo que tinham ido passar o final de semana com a mãe deles, já eram maiores de idade mesmo, pelo menos me avisaram menos mal, tomei meu café da manhã solitário como muitas vezes, sabia que minha filha Bárbara trabalhava de manhã no dia de sábado, então aproveitei o momento sozinho, limpei a casa, dei uma boa ajeitada na casa, a manhã passou, me deu uma animada, logo era hora do almoço, fui preparando nossa refeição e logo ela chegava, toda sorridente e linda em seu uniforme.
Foi direto para seu quarto e só voltou trocada, ela estava diferente, usava uma camiseta branca até o meio das coxas meio larga, com os ombros caídos um pouco, aparecendo as alças de seu sutiã branco e um chinelo, seus cabelos presos em um rabo de cavalo, aquele dia estava um calor tremendo mesmo, entendia a escolha de roupa leve de minha amada filha, eu estava nesse momento fazendo uma salada no balcão da pia, quando ela chegou e me abraçou por trás, cruzando seus braços em minha barriga, seu corpo se pressionando sobre o meu, seu queixo estava apoiado em meu ombro, quando ela sussurrou em meu ouvido.
- Bárbara: humm que cheiro delicioso dessa comida papai, estou morrendo de fome, deixa eu te ajudar.
Ela saiu de trás de mim e ficou ao meu lado, como ela era mais baixa, eu a olhava um pouco de cima, mas até aí tudo bem, preparamos tudo certinho e nos sentamos a mesa, um de frente ao outro, ela falava das coisas dela do serviço e da faculdade, eu a ouvia interessado, a gente comia enquanto conversava, assim que terminamos de almoçar, o assunto foi.
- Bárbara: pai, desde que minha mãe saiu de casa, você não se relacionou com mais ninguém, porque, medo de reprovação da gente, de não aceitar;
- Jorge: então filha, eu não tinha cabeça para relacionamento sabe, depois do que aconteceu, fiquei machucado, difícil dar voto de confiança de novo sabe, reprovação de vocês acredito que não, mas mais uma insegurança por minha parte mesmo;
- Bárbara: entendo pai, depois do que aconteceu é tenso mesmo dar uma nova chance, insegurança bate mesmo, mas... sabe... tipo;
- Jorge: o que foi filha, o que está rolando que você não terminou sua frase, tem algo te incomodando;
- Bárbara: ah pai, sabe eu fico triste em te ver assim todo para baixo, um homem tão lindo, charmoso apesar da idade, tem um corpo tão bonito, mesmo com essa barriga, uma imagem de homem com pegada, que sabe levar uma mulher ao delírio, não devia falar isso desculpe pai;
- Jorge: tudo bem filha, não precisa ficar assim triste, estou bem, só não me relaciono com mais ninguém por escolha, uau obrigado filha pelos elogios, eu não esperava ouvir algo assim, mas agradeço por todas essas palavras fofas e motivadoras, tudo bem filha, não precisa pedir desculpas não, eu fiquei feliz com sua atitude e seu jeito de dizer as coisas.
Ela ficou só me olhando com um sorriso meio envergonhado, suas bochechas estavam vermelhas, ao contrário de mim, que seus elogios me causaram um frio na barriga, uma certa ereção que não sentia a muito tempo, mas era minha filha, se pensasse em qualquer coisa safada ou impura com ela, eu estaria sendo um cafajeste, ainda mais um péssimo pai, fui jogando longe esses pensamentos e voltando ao meu normal, tudo isso sem desgrudar meus olhares do dela, assim eu a via pegando seu copo de refrigerante e tomando como se estivesse como uma sede insuportável, até que disse.
- Bárbara: que bom que gostou pai, vou te dizer como uma mulher, e não como filha, a mamãe foi idiota no que fez, um macho gostoso desse em casa, um desperdício não aproveitar.
Eu só sorri, minha filha era uma mulher linda e perfeita mesmo, elevou minha autoestima nas alturas, mas suas palavras me deixaram encucado, tentando entender o porquê dessas suas palavras, ela rapidamente se levantou, levou os pratos na pia e correu para o sofá, eu só me levantei e fui até ela, parado em sua frente eu lhe disse.
- Jorge: filha você é meu alicerce, eu quero saber tudo que se passa nesse seu coração, vem aqui me dá um abraço apertado nesse velho pai.
Ela com uma cara de menina doce e sapeca, se levantou e me deu um abraço tão forte na cintura, sua cabeça no meu peito, era aconchegante, ficamos assim por um bom tempo, eu a abraçava também e beijava a sua cabeça, acima de tudo éramos bem amigos nesses momentos, quando saímos daquele abraço, ela se sentou no sofá e me puxou para se sentar ao seu lado, ficando meio de lado e colocando suas pernas sobre o sofá, encostou sua mão em meu peito e a cabeça e ficamos assim em silêncio assistindo o que se passava na televisão, era um momento de doçura de filha e um pai.
Eu passava a mão em seu cabelo levemente que ainda estava preso naquele rabo de cavalo, até que percebi que ela tinha dormido ali encostada em meu peitoral, levemente e com delicadeza a coloquei deitada de vez no sofá, com uma almofada embaixo de sua cabeça e fui lavar a louça do almoço, as horas foram passando e quando percebi já era fim de tarde, o sol se pondo e dando lugar a lua, fui tomar então um banho refrescante, quando abri a porta do banheiro, levei um pequeno susto ao ver minha filha ali parada com sua toalha na mão esperando para entrar, seus olhos me olharam diretamente na toalha enrolada em meu corpo ainda molhado, quando dei uma pequena fresta e ela passou por mim deixando a sua toalha sobre o box, eu fiquei parado como se estivesse em choque, quando ouvi a voz dela.
- Bárbara: pai, pai.
Eu me virei para ver o porquê ela me chamava, assim que estava virado para ela, veio em minha direção rápido e me deu mais um abraço bem forte e longo, suas mãos passando por meio pescoço, eu sentia seu corpo se esfregando levemente sobre o meu, quando eu a ouvia.
- Bárbara: eu te amo papai, eu te amo muito, sou uma sortuda de ter um homem assim em minha vida.
Seguida dessas palavras, ela me deu um beijo no rosto bem doce, quando seu corpo se afastava do meu, de algum jeito o nó de minha toalha se soltou caindo rápido no chão, tentei pegá-la no ar, mas foi em vão, meu pau estava amostra para minha filha naquele banheiro, ela ficou olhando-o mole, e mesmo assim era bem grande, olhava em seu rosto um leve sorrisinho de canto de boca e uma leve mordida no lábio inferior, eu estava sem ação e morrendo de vergonha, peguei a toalha e me cobri, saindo rápido daquele banheiro em direção ao meu quarto, fechando a porta e me sentando na cama pensativo com a situação que acabou de acontecer ali.
Continua.....