Guigo está me fazendo carinhos, mas seus beijos estão criando um clima entre nós, ele começou beijando minha testa, depois minha bochecha, ai então sua boca encontrou a minha, primeiro o beijo é gentil e curto, mas no segundo ele chupa meu labio inferior, no terceiro não consigo mais resistir o beijo de lingua.
Nosso beijo é quente e muito gostoso, ele beija muito bem, posso sentir o gosto das caipirinhas ainda em sua boca, o que deixa tudo ainda mais delicioso, nossa pegação é quente, porém a rede está pequena demais para nós dois, Guigo age como se pudesse ler minha mente, saindo da rede e me puxando para ir com ele para o colchão no chão, me deito sobre seu corpo sentindo nossas ereções roçarem uma na outra.
— Você é muito lindo — ele diz enquanto me beija.
Ele normalmente toma a iniciativa quando estamos ficando, mas dessa vez quero dar prazer a ele, quero mostrar que sinto algo por ele também, sem muito cerimônia desço até seu membro, tiro sua bermuda junto com a cueca deixando o completamente nu, a adrenalina a mil, pois Ciço ou Dan pode sair do quarto a qualquer momento para ir no banheiro e vir até a cozinha, mesmo assim tudo em que consigo pensar é no quanto seu pau é bonito e delicioso.
Segurando seu membro pela base uso minha língua para capturar as primeiras gotas de seu pré gozo, para depois introduzi lo em minha boca aos poucos, vou tomando cuidado para não pegar no dente, quero que ele curta cada momento, não consigo engolir seu pau por inteiro, mas vou até onde consigo, depois volto para lamber toda a sua cabecinha rosada de novo, então repito o processo de tentar engolir seu pau por inteiro.
Estou chupando da melhor forma que consigo, na primeira vez em que mamei a rola dele senti um pouco de nojo, um gosto estranho, mas agora estou chupando seu pau como se fosse a coisa mais gostosa do mundo e talvez até seja mesmo, estou viciado no seu gosto, uma das minhas mãos estou usando para segurar suas bolas enquanto e outra uso para masturbar seu pau ao mesmo tempo que em que me concentro na cabecinha rosada do pau dele.
— Porra Ray, vou gozar se continuar assim — ele diz respirando fundo.
— Goza ainda não, eu quero experimentar algo com você — sua respiração quase chega a falhar ao ouvir-me dizer isso.
— Tudo que você quiser — ele diz.
— Quero que você me coma — digo — quero ser passivo com você dessa vez.
— Tem certeza, sabe que não precisa — ele se apressa em dizer.
— Tenho sim, quero saber como é e você é único que me desperta essa vontade — digo.
Guigo me puxa para cima para que possa me beijar, ficamos trocando beijos por um tempo, ele está tão animado que posso jurar que seu pau está maior do que o normal, ele está tão duro que chega a tremer, isso me dá um pouco de medo, mas confio nele, sei que vai doer, porém vou fazer o possível para suportar por ele, quero lhe dar prazer.
— Fica de ladinho — ele diz todo carinhoso comigo, nesse ponto já estamos os dois pelados.
— Vai devagar, essa vai ser minha primeira vez — digo para ativá-lo mais ainda.
— Vou devagarinho pode deixar — suas palavras ditas no pé do meu ouvido me arrepiei por inteiro.
Babei tanto no seu pau enquanto estava mamando ele que é o suficiente para que entre em mim, mesmo assim sem um lubrificante só consigo sentir ele forçando sua entrada, cada tentativa me fazendo gemer baixinho, é preciso morder o travesseiro para não fazer barulho, Guigo é paciente e continuar tentando entrar sem me pressionar, ele está curtindo o momento, mesmo com seu pau só na minha portinha, me cutucando.
— Relaxa — ele diz lembrando minha orelha, nisso fico desarmado e sinto sua rola entrar.
Sabia que ia doer, mas não pensei que seria tanto, ainda bem que estou mordendo o travesseiro, só de pensar que sua cabecinho rosada está dentro de mim me faz querer gozar, ele fica com o início do seu pau dentro de mim fazendo leves movimentos para frente e para trás sem tira-lo de mim, meus olhos estão lacrimejando e sinto um dor forte, estou fazendo o possível para relaxar, ele pergunta se quero que ele tire, mais seguro seu quadril para que não saia ainda.
— Você quer minha rola? — Ele me pergunta bem no ouvido, faço que sim com a cabeça, porque se soltar esse travesseiro vou gritar.
— Cê vai aguentar o pau do seu macho? — Nunca pensei que conheceria esse seu lado, ele sempre foi meio dominador, mas suas palavras agora me dão um tesão que não consigo explicar, estou jogando minha bunda para trás para sentir ele ainda mais dentro de mim.
— Calma meu putinho, calma que vou te dar o que você está querendo, vou arrombar você todinho na sua primeira vez — ele parece outra pessoa, ainda está sendo cuidadoso comigo, mas esse seu lado mais puto está me dando muito tesao.
Em seus movimentos lentos ele vai colocando mais sua rola para dentro, nossa, a dor está me matando, só que não consigo parar, e quando sinto seus pelos da virilha na minha bunda as lágrimas escapam dos meus olhos sem controle, estou literalmente chorando para rola dele, meu quadril parece se mexer sozinho, se jogando contra seu pau para senti-lo lá no fundo, me falta o ar quando ele encontra na minha próstata.
— Que putinho mais faminto por pica — ele diz — vou te foder, teu macho vai te dar o que você está querendo.
Guigo começa a socar em mim com mais velocidade, agora além de chorar meus olhos estão revirando, a dor ainda está lá, só que sentir ele entrar e sair de mim é inenarrável, você tem que dar para um macho fodedor para saber como é, e por sorte o meu é safado nesse nível, ele mete seu pau inteiro em mim depois tira, só que quando está na cabecinha ele socar de novo, sem deixar que sai por completo de mim.
Seu hálito quente está na minha nuca, seus braços me envolvem em um abraço muito forte, seu abraço é tão apertado que chega a machucar, mesmo assim nada mais importa para mim, além do seu pau entrando e saindo, me deixando arrombado assim como ele disse que faria.
— Me morde — ele diz deixando seu braço perto da minha boca, sem pensar duas vezes faço o que ele me pede, tiro o travesseiro da boca e mordo seu braço, quando faço isso sinto seu pau pulsar dentro de mim, caralho, é com se ele estivesse ficando ainda maior e mais duro, por mais que minha vontade seja de cravar meus dentes nele tenho medo de machucar, então faço um esforço gigante para não morder com toda a força.
— Você é tão apertadinho e quentinho — ele diz enquanto soca sua rola no meu cu com toda sua força.
— Você está comendo meu cuzinho virgem no pelo seu safado — digo com a voz chorosa, porra ele não resiste vira meu rosto e me beija despertando uma corrente eletrica por todo meu corpo.
— Deixa esse cuzinho ser só meu — ele suplica durante nosso beijo, meu pau está babando como nunca.
— Cê quer, ele para você — digo da forma mais puta possível.
— Quero, deixa eu ser seu macho — ele está implorando enquanto me arromba — quero te comer sempre e quero te dar em todos os lugares de toda forma — ele agarra meu pau e começa a me masturbar.
— Guigo vamos namorar — as palavras saem da minha boca ao mesmo tempo em ele suja sua mão com minha porra.
— Quero, é o que eu mais quero — ele soca mais de vaga, porém ainda com força, até que sinto algo quente me preenchendo, o safado leito meu cuzinho virgem.
Ele me beija tão intensamente, enquanto o sinto inchar e despejar seu prazer dentro de mim, ele está quase urrando de prazer, estou morrendo de medo de que nossos amigos tenham escutado algo ao mesmo tempo em que penso que só ele é capaz de me dar prazer dessa forma, o dia em que comi ele pela primeira vez foi o melhor sexo da minha vida, ou pelo menos tinha sido, agora não consigo mais saber qual gosto mais.
Guigo sai de dentro de mim e a dor me acerta em cheio estou dolorido pra caralho, ao mesmo tempo em que sinto um vazio dentro de mim, deixado pela ausência da sua rola, caralho, estamos exaustos, só que ainda estou com tesão, agarrei seu pau que ainda está meia bomba e volto a masturba-lo e ele faz o mesmo com o meu, tudo isso com nossas bocas coladas uma na outra, ficamos assim por um tempo, mas aí escutamos um barulho vindo do quarto dos nossos amigos.
— Acho melhor a gente parar, vai que o pessoal sai do quarto — digo.
— Tá bom, vai tomar banho primeiro — ele diz e obedeço, não sem antes lhe dar um último beijo.
Depois de tomar meu banho visto só minha cueca, estou meio dolorido ainda, mas valeu muito a pena, Guigo tomou o banho dele e deitou comigo no colchão de novo, combino com ele de voltar para rede antes que amanheça para que os caras não vejam que dormimos os dois de cueca na mesma cama de solteiro, mas estou tão relaxado que pego no sono enquanto estou com a cabeça em seu peito.
Fazia muito tempo que não dormia assim tão bem, o sol entra pela porta da varanda que ficou aberta, Guigo está de frente comigo com seu braço sobre mim assim como o meu sobre ele, seu rosto tão perto, é impossível não beija-lo, mas aí escuto um barulho vindo do quarto, Dan e Ciço devem ter acordado, então levanto de uma vez, só que acaba acordando o Guigo no susto.
— Eu te falei que pra você voltar para rede — digo meio nervoso.
— Calma, eles não viram nada, ainda estão no quarto ele diz — ainda acordando.
— Desculpa — digo.
— Certo, não tem com o que se desculpa, agora vem aqui me dá um beijo de bom dia — ele diz me puxando, mas a porta do quarto é aberta então no puro susto o empurro me afastando, aproveito para procurar meu calção para que eles não nos vejam só de cueca, Guigo também se veste antes do pessoal chegar na sala.
— Bom dia pessoa — Ciço diz, fico aliviado de ver que ele acabou de acordar.
— Bom dia — digo indo direto para banheiro, para que Dan pare de olhar para gente com ar inquisidor.
Depois de deixar o quarto vamos acertar nossa conta da recepção, agora não vejo saída, vou ter que mandar mensagem para casa pedindo dinheiro, afinal me comprometi a pagar minha parte do hotel, se tivesse ido para casa, não teria falado com Guigo e talvez esse tivesse sido nosso fim, não quero pensar nisso, o importante é que depois de ontem, está claro para mim que não posso sair da vida dele e nem quero que ele saia da minha, vou ter que encontrar um jeito de fazer isso dar certo de alguma forma.
Ciço pagou a parte dele e do Dan, enquanto estou digitando uma mensagem para meu pai, mas Guigo toma a frente e acerto o restante a conta em seu cartão, não gosto da forma que Dan está nos olhando, mas sei que não posso ficar brigando com Guigo por qualquer coisa, ou isso vai nos desgastar bem mais rápido fazendo com que ele se canse de mim, então apenas digo que vou pagá-lo depois.
— Sabe que não precisa — ele diz me provocando, mas não vou brigar, sei que ele está me testando, então só deixo ele falando sozinho e vou indo em direção ao carro.
No carro Dan tem a ideia de irmos na padaria que ele conheceu para comer lá, não estou muito afim de voltar para casa ainda então aceito, não vou pedir nada, só quero ficar o máximo de tempo longe da Tati mesmo, depois de ter transado com Guigo ontem meu ciúmes dele deu uma leve triplicada, ainda mais que suas palavras me pedindo para ser meu macho ainda ecoam dentro de mim, me fazendo tremer só de lembrar.
— Gente agora que estamos mais calmos e descansados podem me dizer que porra foi aquela ontem? — Ciço fala assim que entramos no carro.
— Foi culpa minha — digo, pois ainda me sinto mal por ter colocado meus amigos naquela briga.
— Não, não foi, para com isso, eles é quem começaram — Guigo diz, tenho medo de que ele conte a verdade.
— Tá, mas o que rolou mesmo? — Dan cobra uma explicação.
— Cara o pessoal com quem o César estava também estava com a mulher que o Raylan ficou ontem — Guigo mente e isso me parte o peito, ao mesmo tempo que me sinto aliviado — um dos caras quis puxar briga por causa disso.
— E como as coisas escalaram para aquele pandemônio? — Dan continua querendo saber dos detalhes.
— O idiota quebrou uma garrafa na minha cabeça do nada — Digo, homitindo a parte de que foi uma arma, não quero gerar mais preocupação com algo que já passou.
— Então parti para cima dele e começou a briga, quando os amigos vieram se meter o César ficou do nosso lado e tirou o cara de cima de mim — Guigo continua — foi quando Mario viu e chamou o André e o Caio.
— E foi quando a confusão chegou onde a gente estava — Ciço concluiu.
— Exatamente, vendo que estavam em menor número, o carinha que estava com César puxou a arma — completo, pois não tem como omitir a parte da arma, Guigo fica com um olhar distante de repente, acho que assim como eu ele teve muito medo que aqueles tiros pegassem na gente..
— Dan, pega meu celular e liga pro César, por favor — Ciço pede.
— Oi Cicinho? — César atende no primeiro toque.
— Viado onde você está? Porra só agora fiquei sabendo que o cara que estava contigo foi quem atirou — Ciço diz bastante preocupado com seu amigo.
— Imaginei, do jeito que tu é já ia está preso por estrangular o cara — César ri do outro lado da linha — calma mano fui pra casa, depois que tudo acabou sai fora e voltei pra casa antes de todo mundo, agora vim pegar minhas coisas que estão na pousada deles.
— Você está com esse cara agora? — Ciço ergue o tom de voz.
— Estou, mas ele não vai atirar em mim relaxa, até porque já estou de saída, ele é policial, está super arrependido e até prestou esclarecimentos depois lá para soltar seu amigo que foi preso no meio da confusão.
— César onde você está, vou te buscar agora — é a primeira vez que vejo Ciço possesso de raiva assim.
— Vou te mandar minha localização pelo aplicativo — César deve conhecê-lo bem, pois nem contestou.
Quando chegamos César já está nos esperando sozinho na calçada, provavelmente querendo evitar uma confusão maior, e assim partimos os cinco para padaria, no caminho o clima no carro vai ficando mais de boas, acho que Ciço ficou aliviado quando viu seu amigo são e salvo, agora posso voltar a me concentrar no meu problema de dinheiro, ainda é domingo e vamos ficar aqui até quarta, não sei mais por quanto tempo vou conseguir me manter nesse lugar, já gastei muito mais do deveria mesmo que ainda tendo a sorte do Ciço bancar minhas bebidas nos últimos rolês.
Estou pensando seriamente em ligar para meu pai ou pra minha mãe e pedir uma grana para a passagem de volta, mas tenho receio de deixar o Guigo sozinho aqui e Tati se aproveitar da situação, ao mesmo tempo em que não posso simplesmente estragar a viagem dele o fazendo voltar antes comigo, ainda mais com ele querendo ficar longe de casa e da mãe.
A padaria parece simples quando entramos, o que é bom, não deve ser tão cara, mas o valor das coisas aqui não faz diferença, não tenho um centavo no bolso mesmo, então apenas acompanho o Guigo até o balcão, com Dan vindo logo atrás, deixando Ciço conversa a sós com seu amigo por último.
— A coxinha aqui é muito boa — diz o Dan nos fazendo sua recomendação.
— A Tati comentou comigo que é boa mesmo — Guigo diz com um sorriso sínico.
— A que ótimo, por que você não compra uma pra ela então — não consigo controlar é mais forte do que eu.
— Bem, tem muitas opções boas, talvez seja melhor experimentar algo novo — Dan diz tentando desfazer o clima que ficou.
Dan escolhe o que quer e vai para um mesa encontrar com Ciço, Cesar está vindo para escolher o que vai querer comer, Guigo ainda está sorrindo, isso me acalma um pouco, não saberia lidar com ele se estivesse chateado comigo.
— O que você vai querer comer? — ele diz.
— Nada, estou sem fome — respondo com um tom de voz bem mais calma, não quero mesmo brigar, ou melhor continuar brigando com ele.
— Ray, meu namorado é você, se for comprar algo para alguém vai ser para você, não precisa ter ciúmes da Tati.
— Não estou com ciúmes — digo de cara emburrada.
— Ah, não? — Ele parece está se divertindo com meu ciume besta.
— Talvez um pouco — digo admitindo.
— Se for por isso, tem uma coisa que está me incomodando — ele diz.
— O que?
— Ouvi Bia dizer que Giovana e você ficaram — arregalou os olhos do susto que tomei.
— Não, isso nunca aconteceu — me apresso em dizer — tipo somos amigos e ela meio que tentou me dar um beijo, mas eu disse a ela que estava gostando de outra pessoa.
— E está? — Guigo tem um ouvido meio seletivo às vezes e isso é irritante.
— Estou o que? — Digo me passando.
— Gostando de alguém.
— Você ainda me pergunta, meu rado está dolorido desde ontem por causa da sua pica, acha que eu ia deixar sua rola entrar no meu cu se eu não estivesse apaixonado por você? — Digo completamente sem classe e etiqueta.
— Essa foi a declaração mais romântica e inapropriada que já recebi na vida, quero muito te beijar agora — ele diz com seus olhos brilhando, mas não existe a possibilidade de beijar ele com César e os outros tão perto assim.
— Talvez depois — digo voltando à mesa sem ter pedido nada mesmo, para variar Dan e Ciço estão se comendo na mesa — procurem um quarto.
— Não precisamos de quarto desde que descobrimos que dá para fazer isso dentro do carro — Ciço simplesmente joga essa informação na mesa, me fazendo engasgar com minha própria saliva.
— Que depravados — Cesar diz.
— A gente andou nesse carro — digo, chocado com o Dan que é todo certinho fazendo essas coisas.
— Imagina se tu souber que fizemos justo no banco de trás — Ciço continua nos torturando com os detalhes sórdidos.
— Podemos mudar de assunto, antes que eu perca meu apetite? — Digo..
— Você é muito palhaço Ciço — diz Guigo, que é o único rindo além dele.
— Certo, galera Dan e eu estamos indo embora, se quiserem ficar vão ter que voltar de ônibus — Ciço muda o assunto bruscamente.
— Vou com vocês essa viagem já deu para mim — diz César.
— Vim com vocês e por mais terrível que seja entrar naquele carro agora, vou voltar com vocês — digo dando graças a deus que não vou precisar ficar, mas vou precisar confiar no Guigo e ficar surtando em casa até quarta.
— Posso ir com vocês? — Guigo me pega totalmente de surpresa agora.
— Vai deixar a Tati sozinha Guigo? — Digo, só para não perder a chance de provocá-lo.
— Tati e eu não temos nada, também não tenho mais motivos para ficar — Guigo diz me encarando diretamente.
Bia é quem mais ficou triste com nossa partida, quer dizer Tati está devastada, mas só pelo Guigo mesmo, então não conta, Bia até tenta nos convencer, mas todos nós temos motivos fortes para querer ir embora, se eu continuar nessa viagem vou surtar, tenho plena consciência disso.
Estou aliviado por poder ir embora e mais ainda por Raylan está indo comigo, vou poder finalmente ter um momento a sós com ele, sem o Dan nos vigiando e nem Tati atrapalhando, assim podemos finalmente nos entender, estou tão empolgado em ir embora que sou um dos primeiros a arrumar minha mala, já até mandei mensagem para minha mãe avisando que vou voltar antes, ela bem que rogou uma praga nessa viagem desde o começo mesmo, foda vai ser explicar os pontos na minha testa para ela.
Tati e Caio são os únicos que não se despediram, mas é até melhor puta moleque chato, e ela só tá fazendo doce, acho que está no quarto esperando que o Guigo vá até ela para se despedir, mas nem que eu precise arrastar ele pra dentro desse carro ele não vai — pra sorte dele nem é preciso, ele mesmo entrou no carro sem precisar ser forçado, mas César entra logo em seguida ficando no meio, quero pedir para trocar de lugar com ele, mas não tem como fazer isso sem ter que explicar porque.
A volta me pareceu mais rápida do que a ida, acho que o fato de não ter trânsito também ajudou, Ciço nos levou até o restaurante do seu pai, como viajamos pela manhã chegamos já quase na hora do almoço e o pai do Ciço é super gente boa, nos disse para aproveitar o self service e comer à vontade.
César no lugar de comer calado foi fazer piada com Dan e Ciço, mas levou uma resposta que não gostou, ele simplesmente diz está sem fome e vai embora, mas até que é bom mesmo que ele vá, depois do que aconteceu nessa viagem, não quero muito contato com esse cara também não, fora que reparei que ele dá maior valor irritar o Dan e som quem pode irritar esse otario sou eu, não quero ninguém de fora mexendo com ele.
Depois do que pode ser classificado fácil como melhor almoço da minha vida tenho que voltar para minha realidade, voltar para casa e enfrentar minha mãe querendo que eu saí com meu pai e o marido dele, já que ainda é carnaval, esse é ponto ruim de ter voltado antes, mas sabia que teria que passar por isso cedo ou tarde.
Guigo está pedindo seu carro de aplicativo e está colocando meu endereço como uma parada extra, ele não quer dar mais trabalho para o Ciço, e sendo sincero quero passar um tempinho com ele, então não vou reclamar de ir no mesmo carro.
— Eu posso deixar ele — Ciço diz sem entender que Guigo quer me levar sendo caminho totalmente contrário ao seu.
— Você já veio dirigindo, deve está cansado, eu posso deixar ele sem problema.
— Tudo bem por ti Raylan? — Ciço pergunta.
— Sim, não tem problema — digo.
Nos despedimos deles, agradeço mais uma vez ao pai do Ciço, e assim que nosso carro chega ficamos sozinhos, Guigo também parece bem mais aliviado, por estamos de volta, acho que ele não está chateado de ter voltado antes, mesmo assim sei que ele ainda não quer ir para casa, então faço algo que nunca pensei que faria, o que pelo menos não pretendia fazer tão cedo.
— Pode ficar lá em casa, mas nada de sexo, beijo ou abraço pois minha mãe está em casa — digo e ele abre um sorriso imenso.
— Certo, mas posso ganhar um beijo agora pelo menos? — Ele diz feito um menino pidão.
— Pode — digo dando um beijo nele, mesmo estando na frente do motorista, não posso ser tão neurótico se quiser manter o que temos, vou ter que ceder algumas vezes e escolher bem minhas batalhas — é Rick, seu amigo está crescendo e amadurecendo, finalmente.