Eu cursava o fundamental em uma escola antiga, dessas construídas em sítio, com muitas árvores. Meu corpo tava começando a mudar. Tinha esse professor quarentão que dava aula pra gente e era brincalhão com os alunos. Eu sempre fui o tipo de aluna quietinha, que não dá trabalho. Se o professor fosse bravo, então, eu fazia de tudo para ser o mais invisível possível, sempre me esquivando pelos cantos da escola e desviando do seu olhar. Esse professor em particular, porém, começou a me perseguir. Sempre me incluía nas suas piadinhas em sala, ou me usava de exemplo para explicar a matéria, sempre dando um jeito de mencionar o meu nome. Às vezes, fazia perguntas sobre mim. No início, eu não via nada demais, já que ele sempre jogava conversa fora uns minutos antes de começar a aula. De vez em quando também via ele conversando com outros alunos nos corredores durante o intervalo. Outros alunos perceberam o tratamento diferente que ele direcionava à mim. Comentavam que eu era a aluna favorita. Eu, muito tímida, negava e evitava o assunto. Gostava, sim, de ser a queridinha do professor, de ser a favorita. Na minha inocência e ingenuidade, não via qualquer maldade no seu comportamento. Não tinha malícia.
Um dia, porém, me encurralou na saída após o sinal do intervalo. Quando o sino tocou, todos saíram correndo. Ao levantar da minha carteira e me dirigir à porta, ele me impediu de sair, pondo o pé na frente para que eu não passasse. Trancou a porta atrás de si. Usou como pretexto uma atividade que havia sido entregue na semana anterior e que eu não tinha feito. Hoje, vejo que era desculpa perfeita para ficar a sós comigo.
Enquanto falava, começou a me encurralar em um canto da sala. Eu senti medo, muito medo. Tentei sair, mas ele me segurou. Com uma mão só, prendeu meus pulsos com força contra a parede, acima da minha cabeça.
— Onde você pensa que vai?
Eu me debatia em vão e ele ria do meu desespero. Pelo menos não estava bravo, pensei. Eu morria de medo irritar os adultos, de haver algum adulto bravo comigo. Medo de apanhar, medo de gritarem comigo. O professor, pelo menos, estava rindo, mesmo que fosse às minhas custas. Senti alívio ao perceber que ele estava calmo, mas ainda sentia uma pontinha de medo, pois não sabia o que ele queria de mim ou o que ia fazer comigo. Desisti de me debater, já estava cansada e ofegante. Eu não tinha a menor chance. Eram meus 148cm de altura contra os quase dois metros dele.
— Por favor, me solta. Tá machucando.
Ele afrouxou um pouco o aperto nos meus braços, mas não me deixou ir. Me olhou de cima a baixo.
— Você tá crescendo.
Enquanto uma mão me imobilizava contra a parede, a outra começou a desabotoar os primeiros botões da camisa do meu uniforme, apenas o suficiente para expor meus pequenos seios. Ainda não usava sutiã.
— Olha, já tem peitinho.
Eu tremia de medo enquanto ele me tocava. Fechei os olhos e virei o rosto. Ele me apalpava, viu que eu não reagia. Apertou minha tetinha em desenvolvimento com força, me fazendo ganir de dor. Riu do meu grito dolorido. Voltou a me apalpar. Encontrou meu brotinho mamário, atrás do biquinho.
— Tem um carocinho crescendo aqui, ó — e apertou com a ponta dos dedos, me causando mais dor. Pedi pra parar. Implorei. Ele enfiou a mão embaixo da minha saia, tocou minha barriguinha e deslizou a mão para dentro da minha calcinha. Gemi de medo, tava muito assustada, apavorada.
— Calma, vou só fazer carinho.
Senti os dedos dele deslizando entre as asinhas da minha borboletinha. Começou a acariciar meu botãozinho. Cobriu minha florzinha com a mão, aquela mão grande de homem na minha vulvinha pequena. Tateou meu buraquinho, encontrou meu hímen e forçou um dedo, devargazinho. Comecei a chorar. Tava doendo muito. O dedo dele era grande demais pra mim, não cabia no meu corpinho.
— Tá doendo, para, por favor
Tentava fechar as pernas, juntando os joelhos, colando as coxinhas.
— Se fechar as perninhas vai ser pior. Quanto mais você resistir, mais vai doer.
Eventualmente, conseguiu deslizar todo o dedo dentro de mim. Pôs a boca nas minhas tetinhas de mocinha, lambendo e chupando meus carocinhos doloridos. Ficou me penetrando devagarinho enquanto eu chorava baixinho. Sentia meu corpinho contraindo e retraindo na mão dele. Eu não entendia porque ele tava machucando a minha florzinha. Senti que estava sangrando. Ele finalmente me soltou e eu pude ter certeza. Um filete vermelho descia da minha coxa até o tornozelo, manchando minha meia branca. Mesmo tendo me soltado, continuei no mesmo lugar. Senti medo de me mexer, de tentar fugir e de ele me prender de novo. Estava paralisada. Senti que ele me olhou com pena. Tirou um lenço do bolso da calça e limpou o sangue na minha perninha com delicadeza, como se eu fosse uma boneca de porcelana e ele estivesse com medo de me quebrar.
Abotoou minha camisa, arrumou minha calcinha no lugar. Remorso.
— Pode voltar pra sua carteira — disse com a voz trêmula, desconcertado.
Ele destrancou a porta. O sinal havia tocado e os alunos já iam subir do pátio para a sala. Cambaleei de volta para minha mesa, mancando, sentindo dor.