Uma ótima a semana pra todos. Aproveitem os capítulos diários de Sagitário.
Personagens do Signo:
VALESKA (https://postimg.cc/N5rX8QMD)
Outros Personagens:
GEANDRA (https://postimg.cc/NKqHpZ2c)
JONATHAN (https://postimg.cc/4Y6hMwph)
Características Signo: Otimista, Bagunceiro, Aventureiro, Imprudente, Sábio, Espírito Livre, Espontâneo.
Elemento: Fogo (Enérgico)
Continuando ...
[DIANA (POV)]
Diana – Então, Dr. Fábio? Como está o meu marido? Ex-marido ...
Dr. Fabio – Ele agora está sedado e fora de perigo, no entanto, teremos que fazer vários exames e provavelmente ele terá que ser avaliado por um psiquiatra.
Diana – Entendo.
Dr. Fabio – Assim que ele acordar, irei autorizar as visitas. No momento, ele precisa de muito apoio e compreensão.
Eu me sentei um pouco, para poder absorver tudo o que o médico me disse. A situação era muito grave e eu não sabia o que falar para os meus filhos e para os meus sogros.
Fui caminhando, em passos lentos, sentindo todo o peso do mundo nas minhas costas. Eu me sentia responsável por aquela situação e a minha vontade era de sumir e me esconder em algum lugar. Ninguém sabia, na realidade, o que tinha acontecido. Talvez nem o próprio Adolfo, segundo o médico disse. Eu não sabia o que fazer. Tudo estava ficando fora de controle.
Quando cheguei na sala de espera, estavam todos lá, aguardando notícias. Meus sogros, meus filhos, Tati, César com uma outra mulher, Ariano, Flávia e Jordana.
Assim que eu vi todos ali, comecei a chorar e minhas pernas bambearam. Olhei pro Ariano, como que pedindo ajuda, mas o meu sogro estava mais próximo e me amparou. César o ajudou e ambos me levaram até uma cadeira. Todos ali sabiam que o Adolfo tinha quebrado a casa toda, mas ninguém sabia o que o tinha levado a fazer aquilo.
Ariano, pediu pra Flávia verificar a minha pressão e eu aproveitei que deram espaço pra ela chegar perto de mim e falei baixinho para que ela fosse embora e levasse o Ariano e a Jordana.
Ela me perguntou o motivo e eu apenas disse que, naquele momento, estava tudo muito confuso e que a presença deles ali, poderia causar mais problemas. Ela entendeu e ao constatar que eu estava bem, ficou comigo mais alguns minutos e em seguida levou Ariano embora. Ele não queria ir de jeito nenhum.
Vi que Jordana o levou para algum lugar e que, momentos depois, ele retornou e veio até mim, dizendo que se eu precisasse de qualquer coisa, que procurasse por ele. Disse ainda que poderia arrumar os melhores médicos, se eu quisesse, e que dinheiro não era um problema, concluindo que a recuperação do Adolfo era o mais importante.
Minha sogra ouviu o que ele disse e o agradeceu. Ao ir embora, ele olhou pra trás e sorriu pra mim. Ninguém percebeu isso, a não ser Tati, que era minha confidente e sabia, por alto, o que estava acontecendo.
Diana – Gente, eu vou falar o que o médico me disse, mas não fiquem preocupados, porque ele já está fora de perigo.
Sr. Bandeira – O que o médico disse, filha?
Diana – Ele me explicou que o seu filho teve um surto psicótico agressivo ... e que ... talvez ... ele possa ter se cortado intencionalmente.
Sra. Bandeira – Ah, meu filho! Eu quero vê-lo, Diana ... Eu quero ver o meu filho! – Disse a minha ex-sogra chorando.
Diana – Ele está sedado ... Não há muito o que fazer agora, mas ele irá precisar do apoio de todos.
Suzy – Eu não entendo ... Ele estava bem quando falei com ele. Disse que tinha brigado com a senhora novamente, por causa do carro, mas tirando isso, estava bem.
Jonathan – Mãe, eu queria falar com ele ...
Meus olhos se encheram de lágrimas, vendo meus filhos daquele jeito e então os abracei e disse que assim que ele acordasse, nós quatro iríamos conversar. Várias horas se passaram e acabei levando meus filhos pra casa, deixando os meus ex-sogros no hospital. Eu não queria, mas por insistência deles, acabei indo pra minha antiga casa.
Novamente eu estava lá, naquele ambiente de caos, com tudo quebrado. Ainda havia muito sangue no chão e eu e meus filhos começamos a conversar e a limpar tudo. Eles não conseguiam entender o que havia acontecido, mas eu sabia. Não tive coragem de falar para eles naquele momento. Primeiro, eu queria falar com Adolfo, pra só depois conversar com eles.
Depois de tudo limpo, meus filhos dormiram e eu liguei pra Tati, pra desabafar com ela. Foi duro escutar dela que eu havia feito merda, mas ela tinha razão. Por mais que a gente estivesse separado, e que a fila andasse, o momento não era propício, e nem o local.
Ele errou, ao ficar sozinho com a Sol na festa da nossa filha, me fazendo perder o foco, mas eu errei também em deixar que o Ariano me agarrasse daquele jeito, naquele momento.
Um tempo depois acabei dormindo e acordei assustada, quando o meu celular tocou. Era o meu ex-sogro, dizendo que Adolfo tinha acordado e queria me ver.
Deixei meus filhos dormindo e fui pro hospital. Foi só o tempo de trocar de roupa e em menos de uma hora eu estava lá no quarto com ele. Um olhando para o outro sem falar nada. Eu me senti na obrigação de começar a falar e pedi desculpas, mesmo sabendo que o erro não era só meu, mas tentei deixá-lo mais confortável, vendo que ele ainda estava meio desorientado.
Diana – Adolfo, eu queria te pedir desculp ...
Adolfo – O que aconteceu com a gente, Diana? Eu não estou mais me reconhecendo e nem reconhecendo você. – Disse Adolfo me interrompendo, olhando para a parede, como se estivesse vendo algo.
Diana – Sinto muito, Adolfo, mas ...
Adolfo – Eu não me lembro de muita coisa, depois que vi você beijando aquele ... Parece que alguma coisa tomou conta de mim. Senti muita raiva ... Eu machuquei alguém? – Falou Adolfo, com certa dificuldade e meio confuso.
Diana – Só a si próprio.
Adolfo – Eu me lembro que eu peguei o elevador e você e aquele cara queriam me seguir até em casa. E começamos a brigar, eu acho ... Está tudo meio confuso ...
Diana – Você subiu sozinho.
Adolfo – Tem certeza? Achei que ele tivesse me seguido até o apartamento.
Diana – Adolfo, o médico disse que você teve um surto psicótico. Você quebrou toda a sala! Mesa, cadeiras, vasos, porta-retratos ...
Adolfo – Sério? Eu não lembro direito.
Diana – Você ... por acaso ... se cortou, de propósito?
Ele não entendeu a minha pergunta e eu apontei para o seu pulso, que estava enfaixado. Ele começou a ficar branco e começou a chorar. Não sei se ele se lembrou de alguma coisa, mas imediatamente eu fui até ele e fiz um carinho em sua cabeça.
Adolfo – Eu só queria esquecer que vi vocês dois se beijando ...
Diana – Eu também vi você e a Sol, sozinhos ... – Falei baixinho, com a cabeça baixa.
Adolfo – Eu não tenho nada com ela. Estávamos sozinhos por acaso.
Diana – Não me pareceu só isso, mas uma hora isso iria acontecer ... A vida segue Adolfo ...
Adolfo – Eu entendo ... Não aceito, mas é o jeito né? Eu ainda te amo tanto, mas tanto ... que eu daria um braço ou uma perna, para apagar tudo o que eu fiz.
Diana – Não iria dar certo, Adolfo. Mais cedo ou mais tarde ...
Adolfo – Eu sei o que você vai dizer e não tenho defesas, Diana ... Sabe de uma coisa? Eu estou cansado ... Eu já pedi perdão do fundo do meu coração ... Eu já prometi que não farei mais isso, mas você está irredutível e parece que não tem mais nada que eu possa fazer.
Diana – É complicado, Adolfo ...
Adolfo – Eu vi muito bem a “complicação” lá no aniversário da Suzy. Aquele beijo que vocês deram.
Diana – Não significou nada ... Foi só um beijo. Eu já tinha lhe dito isto. Acredite em mim.
Adolfo – A quem você quer enganar, Diana? A mim ou a você? Eu vi muito bem onde estava a mão dele. Os corpos colados e o beijo ... pelo tempo que vocês ficaram sozinhos, não foi só um beijo.
Diana – Eu sei que parece pior do que é, mas eu não tenho nada com o Ariano.
Adolfo – Eu desisto, Diana. Desisto mesmo. Eu agora me conscientizei de que acabou e que eu te perdi. Eu juro ... que não queria isso, mas como você está vendo, olha o meu estado. Se eu continuar a insistir ... pode ser que eu acabe morto.
Diana – Não diga isso!
Adolfo – Estou sendo realista, Diana. Eu te conheço há 20 anos e eu agora vejo que ... acabou. Você nunca vai conseguir me perdoar.
Eu fiquei calada, pois não tive forças pra dizer que talvez eu pudesse, algum dia, perdoar, mas o meu silêncio fez com que ele entendesse o contrário. Quando eu tentei falar alguma coisa, ele me interrompeu, mais uma vez.
Adolfo – Prometo que nunca mais voltarei a tocar nesse assunto, mas eu quero que você saiba, que todos os dias quando eu acordo, eu choro por você não estar ao meu lado e que todos os dias eu sofro e me arrependo por não ter sido forte o bastante.
Vi que ele se emocionou muito e pareceu muito sincero. Fiquei com muita vontade de abraçá-lo e falar para ele o que eu estava sentindo, o que eu estava passando, para que a dor dele diminuísse.
O que eu estava fazendo? Era nítido que nós dois ainda tínhamos sentimentos, um pelo outro, mas o meu orgulho e meu medo não me permitiam chegar até ele.
Novamente fiz um afago em sua cabeça e ele foi parando com o choro e respirou fundo.
Adolfo – Nós podemos combinar o seguinte, pra não haver estresse entre nós. Quando a gente estiver no mesmo ambiente com outra pessoa, a gente não beija e evita ficar de pegação na frente um do outro. O que você acha?
Diana – Parece uma boa ideia.
Adolfo – Na verdade, eu não queria ver ninguém ao seu lado, nem abraçando, mas acho que dessa forma vai minimizar as coisas.
Respirei fundo e disse que iria cumprir isso, mas que isso iria demorar a acontecer comigo, pois agora eu estava focada na minha carreira, sem tempo para as coisas do coração.
Adolfo – E o Ariano?
Diana – Não tem Ariano! Eu não vou perder tempo explicando aquele beijo, mas aquilo não significou nada ... Foi só uma besteira que acabou acontecendo.
Adolfo – E a viagem que vocês fizeram?
Diana – Também não aconteceu nada na viagem. Se tivesse acontecido, eu falaria. Nós não estávamos mais juntos e …
Adolfo – Eu sinto que você está me escondendo algo, porque quer me poupar de mais sofrimento, mas tudo bem. Só toma cuidado com esse cara, Diana. Ele não é o que parece e eu não sei o que fazer pra você enxergar isso.
Eu não queria mais falar sobre o assunto “Ariano”, muito menos sobre o seu sentimento, de que eu estava escondendo algo e tratei logo de mudar o foco da conversa:
Diana – Eu e nossos filhos arrumamos a casa inteira e eu joguei fora todas as bebidas que encontrei lá. Você tem que parar com as bebidas, Adolfo!
Adolfo – Eu sei, eu sei, mas foi só o que me restou.
Diana – A bebida está te fazendo mal ... Olha o seu estado.
Adolfo – Mas não foi a bebida que fez isso ... Foi aquele ... aquele ...
Diana – Suzy e Jonathan querem te ver. Já estão a caminho ... – Disse, interrompendo-o para que ele não começasse tudo novamente.
Adolfo – Ela disse que queria falar alguma coisa comigo depois da festa.
Diana – Deve ser pra falar que quer morar contigo e que também está de namorico com alguém do condomínio, mas está no início ainda ... Vê se pega leve!
Adolfo – Ela quer morar comigo pra ficar perto do paquera?
Diana – Paquera? Quem fala isso hoje em dia? Kkkk.
Adolfo – Ahhhh, você me entendeu ...
Foi muito bom ver um pequeno sorriso em seus lábios, que duraram meio segundo, ou talvez menos, mas mesmo assim foi muito bom de se ver.
Diana – Ela já queria morar contigo um pouco antes de começar essa “paquera”.
Eu quase sorri novamente, quando ele olhou, parecendo que estava se segurando pra não sorrir.
Adolfo – Tudo bem ... Esse dia iria chegar mais cedo ou mais tarde ... Eu só esperava que, quando acontecesse, ela já estivesse formada e com mais de 30 anos.
Dessa vez, não consegui me segurar e eu tive que rir da bobeira dele, que também ficou rindo um pouco, mas em seguida ficou sério e me encarando.
Adolfo – Diana, eu não sei o que você está pensando, mas eu juro que não tentei tirar a minha vida. Eu ainda estou tentando entender o que aconteceu, mas eu jamais faria isso.
Diana – Assim espero, porque todo mundo ficou preocupado contigo. Estamos até pensando em te internar numa clínica.
Adolfo – Tudo, menos isso ... Eu não sou um lunático, Diana.
Diana – Então prometa que você vai se cuidar.
Adolfo – Eu vou tentar.
Eu estava já saindo, em direção à porta, quando ele me chamou.
Adolfo – Diana!
Diana – O que? – Falei olhando pra trás, esperando que ele me falasse algo que talvez ... aquilo, nunca mais se repetiria.
Adolfo – Boa sorte nesse novo cargo. Sei que você é mais do que capaz e se dedicou anos pra subir na carreira, mas tome cuidado ... principalmente com o seu Chefe.
Agradeci e me despedi dele, saindo do quarto, dizendo que Suzy e Jonathan já estavam chegando e, já fora do quarto, eu tenho certeza de que pude ouvi-lo murmurar que não estava louco e isso me cortou o coração, fazendo com que eu derramasse algumas lágrimas.
Assim que cheguei na sala de espera, encontrei Jonathan e Suzy ao lado dos avós. Eles vieram me abraçar, reclamando que eu não os esperei.
Jonathan – Podemos ir lá? Ele está bem?
Diana – Está sim ... Só não demorem muito, porque ele ainda necessita de repouso.
Suzy – Pode deixar!
Diana – Eu tenho algumas coisas pra resolver e volto mais tarde.
Vi meus filhos sumirem pelo corredor e falei rapidamente com meus ex-sogros, explicando que Adolfo precisava ser internado, mas eles foram terminantemente contra, dizendo que foi o término do casamento que causou esse estresse e as coisas iriam voltar ao normal com uma nova rotina.
Tentei argumentar, mas vi que não conseguiria dissuadi-los. Nós sempre tivemos uma boa relação e eu os adorava, até mais que os meus próprios pais, mas naquele momento, eu senti, pela primeira vez, que eu não fazia mais parte daquela família.
Sr. Bandeira – Eu não sei o que está acontecendo, mas você está diferente, filha. Você mudou muito!
Sra. Bandeira – Eu quase não te reconheço mais, Diana. Se quiser conversar com a gente sobre alguma coisa, iremos te ouvir, como se você fosse nossa filha.
Sr. Bandeira – Se abre com a gente ...
Não sei se foi o olhar ou o jeito como falaram, mas algo estava diferente e eu senti. Doeu muito.
Eu quis falar com eles, mas a minha voz ficou engasgada. Como se a minha garganta estivesse fechada.
Eu precisava “tomar um ar” e saí um pouco do hospital. Precisava também conversar com alguém e Tati era a minha amiga de todas as horas, mas assim que eu peguei o celular pra ligar, me deu um certo receio de ser julgada.
Será que o que eu estava fazendo era um erro?
Tomei coragem de ligar, mas antes disso, Valeska ligou pra mim, querendo saber como as coisas estavam e eu expliquei todo o ocorrido. Não me surpreendi, quando ela disse que eu não tinha feito nada demais, mas então por que a minha consciência estava gritando o contrário?
Valeska – Diana, eu já sei o que você tem que fazer? Você tem que matar o Adolfo!
Diana – Você está doida? Eu vou desligar.
Valeska – Calma, Diana! Você entendeu errado ... Não quis dizer literalmente, mas você viveu com ele durante muitos anos e tenho certeza de que fez várias escolhas baseadas numa vida conjunta com ele. Você agora está sozinha, entendeu? Está livre!
Diana – E como seria isso? “Matar o Adolfo”?
Valeska – É simples! Tudo o que você já teve vontade de fazer e não fez por causa dele, seja porque ele não gostava, ou porque iria desagradá-lo ... Tudo que você abdicou por ele, agora, você tem que fazer.
Diana – Acho que não entendi muito bem ...
Valeska – Quando eu saí de casa, eu tinha medo de fazer alguma coisa que desagradasse meus pais, mas eu não estava mais com eles e a primeira coisa que eu fiz foi fumar. Eles detestavam o cheiro, assim como, o simples ato de ver alguém com um cigarro na boca.
Diana – E o que você sentiu, quando fumou?
Valeska – Eu acendi o cigarro e juro pra você que olhei pros lados, achando que eles iriam aparecer pra me dar um esporro. Sabe aquele medo de fazer algo, que eles dizem ser errado e que quando você faz escondido, parece que eles sabem? Mas quando eu botei na boca, eu entendi que ninguém iria me censurar e foda-se ... Era a minha vida ... Foi libertador!
Diana – Entendi ...
Valeska – Fumei, bebi e usei drogas, só pra provar que eu podia. Fiz isso durante uma semana e hoje não fumo e nem uso drogas. Foi só aquela semana.
Diana – O Adolfo sempre foi muito parceiro ... Na verdade, acho que era ele que deixava de fazer algumas coisas por minha causa.
Valeska – Então, primeiro, você tem que matar seus pais. Por isso você é tão certinha.
Diana – Não estou com cabeça pra isso agora. Vamos conversar outra hora.
Valeska – Quando você vai estar “com cabeça”? Você nunca se prioriza ... Enfim, daqui dois dias a gente vai viajar e não aceito “o não” como resposta.
Diana – Impossível agora ... Você viu o que aconteceu.
Valeska – É justamente agora que você precisa. Sua família vai ficar bem e você precisa de um respiro ... Qualquer coisa, diz que é viagem a trabalho.
Diana – Não acho isso certo ... Todos irão me crucificar por deixar o Adolfo nesse estado.
Valeska – E o estado que ele te deixou? A humilhação, a traição, as mentiras ... Ele não se preocupou contigo, Diana. Pare de bancar a escoteira, que isso no mundo dos negócios é visto como uma fraqueza.
Sabia que o que ela acabara de dizer era uma forma de me fazer ver os fatos por uma outra ótica. Uma ótica bem específica. Mesmo assim, eu não tirava a sua razão. Não só por conta do que eu havia passado, como também, pela conversa que tinha acabado de ter com o Adolfo. Se ele estava, e me disse de forma clara, desistindo, porque eu não poderia “desistir” também ... concluí que esta viagem seria boa para as minhas pretensões e eu acabei dizendo que iria. Ela me disse que montou um roteiro que eu iria amar e que depois disso, eu seria uma nova pessoa.
Não sei se foi uma boa decisão, mas eu realmente precisava de um descanso, além de precisar entender melhor onde eu estava me metendo. Falei com a Tati e ela não gostou nenhum pouco quando eu falei que iria viajar, mas eu expliquei a ela as minhas necessidades e no final das contas, ela me deu um pouco de razão, contudo disse que o momento não era dos melhores e eu disse que se eu fosse esperar um momento perfeito, talvez esse momento nunca chegasse.
Dei a notícia pros meus filhos que ficaram “bolados” … Foi assim que eles falaram e eu tive que explicar que assim seria melhor para todos. Eu pensava uma coisa e os avós deles pensavam outra. Ou seja, estávamos em divergência
Eu senti minha filha meio agitada e olhando pra mim de um jeito estranho. Num primeiro momento, eu deixei pra lá, mas antes de ir embora pra minha casa, deixando-os na minha antiga casa, Suzy falou uma gracinha pra mim, que era definitivamente uma provocação.
Diana – Suzy, quero falar um assunto contigo, no seu quarto. É sobre o garoto que você está ficando.
Ela veio, mesmo contrariada e assim que ela entrou, eu fechei a porta do quarto.
Diana – Muito bem! Vamos esclarecer as coisas! Eu sou sua mãe e nós sempre tivemos uma boa relação. O que está acontecendo?
Suzy – Você quer mesmo saber?
Me sentei em sua cama e chamei-a pra sentar-se comigo e ela começou a falar.
Suzy – Mãe, qual o seu problema?
Diana – Não estou entendendo, filha …
Suzy – Eu é que não estou entendendo ... Quer dizer, eu até entendo ... Agora que comecei a namorar e a beijar, sinto tesão em fazer algumas coisas e sei que a senhora deve estar sentindo falta de fazer algumas coisas com o papai, mas dar “um amasso” no marido da Jordana? E fazer isso na minha festa?
Diana – Como você soube?
Suzy – Da mesma forma que eu te pressionei e você me contou sobre a traição dele, eu o pressionei e ele me contou. Ele não queria me falar o que havia acontecido, mas eu insisti e descobri que sou muito boa em “pressionar” as pessoas.
Diana – Filha, não é o que você está pensando ... Eu tenho uma explicação pra dar, mas sei que você não entenderia ...
Suzy – Mãe, eu sei que o papai errou feio contigo, mas essa história está muito esquisita e eu não vou mais ficar com aquele carro. Não quero nada que venha daquele pessoal.
Diana – Filha, devolver um presente não é de bom tom.
Suzy – Eu não quero aquele carro! Aquilo não é presente que se dê pra uma pessoa que você mal conhece, a não ser que você esteja me escondendo alguma coisa. Quer falar sobre isso? – Perguntou minha filha, olhando pra mim, de forma séria, sem piscar uma única vez, e eu entendi muito bem essa história de “pressionar”.
Diana – O que você está insinuando? Que eu tenho um caso com o Ariano? É isso o que está pensando de mim?
Suzy – Mãe ... você viajou com ele pra Itália ... eu escutei você falando com a Tati que ele é o seu novo chefe e pra completar, ele me dá um carro que quase ninguém tem aqui no Brasil. Eu pesquisei o carro. Sabe quanto ele custa? É bem caro, mãe ... O que você quer que eu pense?
Diana – Filha, eu posso explic ...
Suzy – Não minta pra mim, mãe ... o papai disse que viu vocês se beijando. Você está dormindo com ele? – Interrompeu minha filha, se levantando da cama, como se estivéssemos trocando o papel de mãe e filha.
Diana – Filha, eu juro que não tenho nada com ele … e …
Suzy – Duvido! Eu já sou quase adulta. Eu posso entender sobre desejo, tesão, prazer. Posso entender tudo isso, mas não minta pra mim.
Diana – Ele quer se casar comigo.
Suzy – Era só o que faltava ... e eu, por um momento, achei que o papai estava ficando louco. – Disse Suzy, sentando-se novamente na cama, colocando as mãos na cabeça, e esta, entre os joelhos.
Diana – Filha, me desculpe, mas eu não estou fazendo nada de errado. Seu pai fez ... Eu estou livre e desimpedida pra beijar e dormir com quem eu quiser, entendeu?
Suzy – Quem é você? E o que fez com a minha mamãe?
Diana – Filha, antes de ser sua mãe, eu sou mulher ... e o Ariano ... ele é muito sedutor ...
Suzy – Mãe, eu não quero saber disso não ... Como você mesmo disse, você é livre pra fazer o que quiser, só não espere que eu concorde. Quer saber? Acho que você deve viajar, sim ... viaja com ele ... dorme com ele, se é que ainda não está, mas fica longe do papai, pelo amor de Deus.
E assim ela saiu do quarto, sem nem se despedir de mim, sem nem olhar pra trás, me deixando sozinha no quarto com todo o meu pesar. Por conta do que eu estava fazendo, senti que a minha relação com a minha filha, também estava saindo do controle. Minha vontade era de chorar, mas engoli o choro e me despedi do meu filho. Dei um “tchau” pra ela, dizendo que se precisasse de qualquer coisa, era só me chamar.
Suzy – Não sei pra que? Você, viajando ... até você chegar aqui, já resolvemos qualquer situação. Se cuida mãe ... ah, e usa camisinha, que eu não quero parente daquele cara. – Falou minha filha, de um jeito bem sarcástico, passando ao meu lado, quase me dando uma ombrada.
Meu filho olhou pra mim assustado e eu fiquei vermelha. Ela se retirou pro quarto e eu quase fui atrás dela, pra mostrar quem é a mãe e quem é a filha, mas achei melhor sair pela tangente e dei um beijo na testa do meu filho, que estava visivelmente “bolado”.
Passei o dia me decidindo se realmente valia a pena viajar e deixar tudo de lado. Era a primeira vez que eu iria viajar de férias “sozinha” e isso me assustava um pouco.
Eu sabia que precisava viver essa “experiência”, mas será que esse é o momento certo de fazer isso? Deixar Adolfo aos cuidados de Suzy e Jonathan ... Tudo bem que os pais dele estarão por perto, mas a gente esteve junto por quase 20 anos. O que as pessoas irão pensar de mim?
Fiquei o dia inteiro nesse questionamento, mas não deixei de fazer as malas. A princípio seria uma mala, mas pensei melhor e com 10 dias de viagem, seria mais prudente viajar com duas malas.
No dia seguinte, eu já estava mais decidida. Fazer as malas serviu pra sedimentar isso na minha mente. Fiz algumas ligações para alguns diretores da empresa e comecei a fazer um plano estratégico para os novos colaboradores. Eu queria deixar a empresa com a minha cara e iria organizar um plano de crescimento, visando sempre aperfeiçoar o aspecto profissional.
Estranhamente, a única pessoa que me mandou mensagem nesse dia foi Suzy e ninguém mais me ligou. Ela disse que o pai estava bem e quando ela me perguntou se eu realmente iria viajar, eu disse que sim.
Ela reclamou durante 10 minutos, mas viu que a batalha estava perdida. Fui dormir um pouco apreensiva e quando acordei no dia seguinte, já havia uma mensagem de Valeska no meu celular.
Valeska – Pronta pra conhecer a Rota das Emoções?
Foi assim que começou a minha quarta-feira, era a véspera da viagem pelo Nordeste, que pelo que eu entendi, seria de grandes aventuras e que mudaria definitivamente a minha vida.
Conversei com Tati, sobre a viagem e disse que iria eu e Valeska e ela duvidou de mim, dizendo que Ariano iria acabar indo, ou aparecendo durante a mesma. Expliquei que esse não era o combinado e iríamos só eu e ela. Falamos um pouco sobre trabalho e que ela se preparasse porque iria precisar muito dela.
Falei com meus filhos e senti que Jonathan não estava nada bem. Talvez deixá-lo com o Adolfo não tenha sido uma boa ideia e quase cancelei a viagem, mas eu estava determinada a mostrar pra todo mundo que eu poderia agir diferente. Ser uma pessoa diferente. Mais preparada.
(Quinta Feira)
Me levantei bem cedo e fui para o aeroporto. O voo era pra São Paulo e rapidamente cheguei ao primeiro destino. Acabei levando só uma mala mesmo e decidi comprar roupas, caso eu precisasse.
Do aeroporto de Guarulhos, fui até a cidade de São Caetano, onde encontrei Valeska, que já me aguardava na praça principal da cidade. Ela estava de bermuda jeans e camisa comum e me perguntou por que eu estava tão arrumada e com essa mala grande.
Diana – Vamos ficar 10 dias fora ...
Valeska – Você nunca viajou de mochilão?
Diana – Nunca.
Valeska – Temos que mudar isso.
Pegamos um Uber e fomos até um hangar, onde um jatinho nos aguardava. Eu esperava me encontrar e conversar com o Caíque, mas foi uma desilusão. Tive que me contentar com mandar uma mensagem para ele.
Mascarenhas – Bom dia, senhoras. Assim que estiverem prontas, iremos decolar para São Luís, no Maranhão.
Valeska – Vamos, que ela deve estar impaciente com a nossa demora.
Diana – Ela, quem?
Entramos no jatinho e vejo Olga sentada, bebendo um espumante. Eu olhei pra Valeska sem entender o que estava acontecendo e ela tratou logo de explicar que Olga tinha um trabalho pra realizar no Ceará e estava pegando uma carona conosco.
Olga – Não quero atrapalhar a viagem de vocês, mas eu não podia perder a oportunidade.
Diana – Tudo bem ... É que ...
Olga – Relaxa, amiga ... Faz de conta que eu nem estou aqui. Tenho certeza de que você vai adorar a companhia da Valeska. Ela adora aventuras e se mete em cada roubada, mas sempre se sai bem. São tantas histórias ...
Valeska – E todas verídicas. Eu não invento, só aumento um pouquinho. – Falou aquela moleca, rindo com uma gargalhada gostosa, que contagiava todo mundo.
Diana – Contanto que eu não vá para a cadeia e nem machuque alguém.
Valeska – Aaah, mas aí não tem graça.
Todas rimos e o jatinho decolou. Foi uma viagem agradável e Valeska tomou um remedinho, que em pouco tempo fez ela apagar.
Olga – Ela toma Zolpidem pra dormir melhor e controlar a ansiedade.
Diana – Ainda bem que você está aqui, senão eu ficaria sozinha a viagem inteira.
Olga – Verdade. Como você está? Soube que a sua vida está um pouco agitada.
Diana – Esta viagem é justamente pra eu descansar um pouco, relaxar ...
Olga – Transar bem gostoso com um homem sarado que você vai encontrar na viagem ... – Interrompeu Olga de forma debochada.
Diana – Hahahaha, não sei de nada sobre essa parte, mas se acontecer uma paquerinha, vai ser bom beijar na boca.
Olga – Beijar na boca é sempre bom, né? Olhando pra sua boca tá me dando uma vontade ...
Diana – Você é muito safada!
Olga – Sabe aquele dia?
Diana – Que dia?
Olga – Deixa de ser sonsa ... você sabe muito bem o dia.
Diana – Que eu fui à mansão?
Olga levantou-se e sentou-se ao meu lado, colocando sua mão por cima da minha coxa.
Olga – Nunca tive tanta vontade de foder com alguém igual naquele dia.
Diana – Olga ... calma aí ...
Olga – Me dá um beijinho ... Igual naquele dia.
Diana – Não, Olga ... A Valeska está ali do lado.
Olga – Ela só vai acordar daqui umas 3 horas.
Diana – Eu não curto mulh ...
Olga nem me deixou terminar a frase e colou a sua boca na minha, me segurando num abraço apertado. Tentei sair, mas ela era muito mais forte do que eu e sua língua foi invadindo a minha boca, procurando a minha língua. Dei uma mordida de leve em seus lábios, fazendo com que ela tomasse um susto, parando o beijo e me soltando.
Olga – Cadelinha safada! Me mordeu.
Diana – Eu não tenho ferrão, mas eu tenho dentes. Você já me desrespeitou na mansão, e agora fez novamente. Estou começando a achar que a nossa amizade não vai durar muito.
Olga se levantou e ficou na minha frente. Em seguida, me olhando nos olhos, pediu desculpas. Dizendo que aquilo, nunca mais iria acontecer. A não ser quando eu quisesse e tomasse a iniciativa.
Mesmo assim, esta atitude não a impediu de me mostrar como ela estava. Seu ferrão, já estava duro, armando não uma barraca, mas uma lona de circo. Ela estava usando uma bermuda com elástico e com um movimento rápido, tirou aquela pica pra fora e ficou balançando na minha frente.
Olga – Olha como você me deixa ...
Ver aquela pica é algo assustador e me lembrei de como que a Tati aguentou aquilo tudo.
Diana – Guarda isso, Olga! Meu Deus ...
Ela mordeu os lábios e disse que estava doida pra cravar o ferrão no meu rabo, mas, como prometido, iria esperar eu pedir. Cheguei a suar frio nessa hora e acabei fugindo pro banheiro, dizendo que eu estava apertada.
Será que eu aguento aquele ferrão no cu? Deve doer muito ... Nem sei por que estou pensando nessa hipótese. Dei descarga pra justificar a minha ida ao banheiro e lavei o meu rosto.
Quando voltei, Olga estava se masturbando e era hipnotizante ver aquilo. Tossi discretamente, fazendo com que olhasse pra mim, mas ela não interrompeu a punheta.
Olga – Desculpa, Diana, mas eu tenho que me aliviar um pouquinho.
Diana – Vou me sentar longe de você ... Tenho medo desse ferrão, kkkk.
Olga – Vou fingir que acredito ... Aposto minha bolsa Louis Vuitton, que você já imaginou como seria sentir a picada do meu ferrão.
Ela me encarava, sem parar a masturbação e eu fiquei calada, pois realmente já havia pensado se eu seria capaz de aguentar aquilo tudo.
Olga – Hahahaha, seu silêncio já me respondeu o que eu precisava saber.
Diana – Imaginar ou fantasiar é uma coisa, mas fazer é totalmente diferente.
Olga – Diana, faz um favor pra mim e pega alguns lenços umedecidos ... Estou quase lá.
Fui pegar em sua bolsa LV e dei a ela vários.
Olga – Você bem que podia me ajudar.
Fiz “não” com a cabeça e ela se levantou indo até Valeska, ficando parada em sua frente. Ela direcionou a pica pra boquinha dela, que ressonava um sono gostoso até então, mas nem o esfregar da pica de Olga em sua boca a acordou. Não consegui ver a cena claramente, mas sei que ela gozou na boca e no rosto de Valeska, que continuou a dormir.
Olga – Hahahaha, ela vai ter uma surpresa quando acordar.
Diana – Ela vai querer te matar.
Olga – Mata nada ... Ela adora uma brincadeira, kkkk.
Diana – Você é muito louca! E ela também é louquinha!
Olga – Ah, Diana ... É uma pena que eu não posso aproveitar essas miniférias com vocês ... Estou com inveja sabia?
Diana – Você vai seguir viagem?
Olga – Vou pro Ceará trabalhar num evento.
Diana – É uma pena.
Falei por educação, porque Olga tinha um sex appeal inexplicável, que me tirava do eixo. Dei graças a Deus que ela não iria ficar conosco, porque seria complicado resistir ao charme dela. Foi quando Olga começou a lacrimejar e eu perguntei a ela o que havia acontecido.
Olga – Eu estou num grande dilema ... Acho que eu terei de deixar o Ariano.
Diana – Eita!!! Por quê?
Olha – Eu quero fazer a transição, mas ele não quer deixar.
Diana – Você tem certeza?
Olga – Sim! Eu sempre tive certeza. Eu quero ser mulher ... Eu sou mulher ... Me sinto mulher, mas ele diz que é um pecado ter uma pica grande, grossa e potente e simplesmente cortar fora.
Diana – Sério que ele fala isso?
Diana – Não desse jeito ... Ariano sabe usar as palavras muito bem, mas resumindo é isso. A verdade é que ele só consegue dar conta de todas as esposas com a minha ajuda. Não vou negar que é gostoso comer várias bucetas e cuzinhos, mas eu quero ter a minha própria buceta. Eu olho pra todas e fico com inveja. Me sinto mal por fazer isso.
Mais lágrimas rolaram do rosto dela e eu me sentei ao seu lado, lhe dando um abraço. Beijei seu rosto e enxuguei suas lágrimas com minhas mãos. Houve uma troca de olhares e de repente os beijos que eu dava em sua bochecha foram direcionados pra sua boca, que correspondeu de forma doce, sem aquela voracidade.
Eu estava quase sentada em seu colo e pude ver aquela pica começando a ganhar vida novamente. Sem parar de beijá-la, segurei aquele ferrão com uma das mãos, que apesar de ainda estar flácido, era bem grosso e impossível de fechar a minha mão. Ela segurou a minha cabeça, querendo que eu fizesse um boquete, mas eu consegui me livrar, dando mais beijos em sua bochecha.
Diana – Só pra você não ficar tristinha.
Olga – Obrigada, Diana. Acho que vou fechar um pouco os olhos e deixar você em paz, se não vou acabar fazendo umas loucuras aqui.
Diana – Eu também vou cochilar um pouco e você nem pense em gozar na minha cara.
Olga – Hahahahaha, pode deixar.
Tentei tirar um cochilo, mas não consegui. Eu estava um pouco ansiosa com a viagem e com várias mudanças na minha vida. Ser uma CEO era muita responsabilidade e isto estava me consumindo de uma tal forma que, pela primeira vez, eu sentia falta do lado brincalhão e companheiro do Adolfo.
Ele sabia me fazer esquecer os problemas e sempre tinha uma palavra amiga, sugestão ou ideia pra amenizar as minhas preocupações. Às vezes era só uma grande besteira, mas que me fazia rir e relaxar.
Peguei meu celular e quase mandei uma mensagem pra ele, mas pensando melhor ... eu agora tenho que ser forte e enfrentar tudo sozinha. Essa pressão que estou sentindo é a que transforma um carvão em diamante e eu tenho que suportar isso ... sozinha. Ou quase sozinha.
Um pouco antes de chegar em São Luís, Valeska acorda gritando, puta da vida e Olga ria, sem parar. Eu me segurei pra não rir e fiz cara de paisagem.
Valeska – Olga, sua filha da puta! Você me paga ... Não estou nem conseguindo abrir o olho direito. Essa gala seca na minha cara ... Que ódio! Você vai ver o que eu vou fazer contigo! Me aguarde.
Ela foi ao banheiro e lá de dentro gritou pelo meu nome, pedindo ajuda. Olga se levantou e me deu alguns lenços umedecidos e eu fui lá ajudar aquela sagitariana.
Valeska – Olha só essa merda! Tem porra na minha roupa, no meu cabelo, no meu olho ... Eu vou ter que tomar um banho.
Diana – A Olga é muito doida.
Valeska – Ela me paga! Isso vai ter volta.
Não tinha chuveiro no jatinho e o jeito foi ela se limpar do jeito que dava e usar muito perfume pra disfarçar o cheiro.
Saímos do banheiro, ela totalmente nua e eu atrás dela.
Olga – Desculpa, Val ... Eu estava com muito tesão e acabei gozando em você sem querer, querendo.
Valeska – Você estragou meu cabelo. Vou ter que molhar e ele vai ficar um desastre.
Olga – Prometo que te ajudo com o cabelo. Aliás, enquanto vocês duas estavam no banheiro, aconteceu um milagre.
Valeska – O que foi agora?
Olga – O evento que eu iria trabalhar foi adiado pra daqui um mês e isso significa que eu vou poder ficar com vocês.
Valeska olhou pra mim e eu olhando pra Olga, que estava mordendo os lábios e me encarando como se eu fosse uma gazela, prestes a ser abatida por uma leoa.
Pegamos as nossas bagagens e combinamos com o Mascarenhas pra ele nos pegar em Jericoacoara dali a 10 dias. Fomos para o hotel e no quarto havia somente duas camas, mas elas eram de casal e uma de nós teria que dormir junto com alguém.
Valeska – Eu vou tomar banho pra tirar essa “nhaca” de gala seca. Depois a gente resolve a questão das acomodações.
Eu e Olga ficamos conversando e arrumando as nossas roupas na mala. Quando Valeska saiu do banho, disse que estava morrendo de fome e nos arrumamos pra comer num restaurante em São Luís. Já iriamos prontas para esticar numa balada após o jantar e Valeska parecia saber aonde ir.
Continua ...