SÉRIE VIZINHAS 01 - Tammy, a gostosa da vila ( parte 1 )

Um conto erótico de Carlos Augusto
Categoria: Heterossexual
Contém 1835 palavras
Data: 03/01/2025 11:49:37

Mercado cheio, corredores apertados, uma confusão prestes a acontecer na fila do açougue porque quem quer passar para seguir adiante é confundido com quem está na fila. Já viu isso perto da sua casa? Quem não vê, né? Eu não tenho tempo pra fazer compras adiantadas. O pessoal lá em casa tem, mas quem paga o pato quando está de folga no fim do ano!? O babaca que só quer curtir o dia , tomar uma cerveja, preparar o churrasco. Uma porrada de coisa pra fazer em casa. Ainda bem que tô de carro.

Sou Carlos Augusto, 29 anos, branco, tenho uma tatuagem de dragão nas costas, por causa do Shiryu , de Saint Seiya. Tenho 1.85m , trabalho como Encarregado de Logística. A família mora toda perto, a gente vive numa pequena vila num bairro da zona norte do Rio. Divorciado, graças a Deus. Livre! Até eu tomar um porre e me apaixonar de novo, porque homem só casa quando fica babaca. Terminei a lista com sacrifício porque , além de andar um metro e ficar parado um minuto aguardando o povo se despertar pra vida, tomo o maior cuidado pra não passar com o carrinho no pé de alguma senhora.

No meio dessa correria, percebo que não estou sozinho dentro do mercado. Uma conhecida me chama a atenção, dona Tâmara. Um pouco mais velha que eu, 38 anos, tem 1.73m mais ou menos, é morena, cabelos negros, olhos escuros e grandes, tem uma boca carnuda, rata de academia, adora fazer spinning e trabalhar coxas e glúteos. Ela tá separada, mas de vez em quando o cara aparece tentando voltar. Eu conheço ele. Seu nome é Carlos também. Carlos Roberto.

Estava bem séria, também entediada e estressada com a zona que virou o mercado nesse fim de ano. Tá com cara de poucos amigos. Enquanto eu estou no corredor de frios, ela tá no Hortifruti. Ela tá usando um maiô de estampa florida, tá na cara que é um maiô. Caralho, como alguém tem coragem de vir de maiô e saia jeans pro mercado!? Bem, não vou julgar. Um puta calor que fez , eu tava quase tirando minha camiseta, mas lembro que não posso. Volto meus olhos para a lista e vou conferindo se não falta nada. Entro na fila. Uma longa espera até o caixa. Rola uma discussão entre duas mulheres na minha frente por causa de uma guardar lugar pra outra, mas a outra não tava na fila, chegou só com duas paradinhas na mão. E a amiga que tentou guardar lugar começa a brigar com a que tá atrás, o mercado pára pra ouvir, eu só de camarote, e meu lado maligno ativa: “ Briguem, desgraçadas, briguem!!! Hihihihihihihihihehehehehehehehehehehehehehehehahahahahahahahahahahahahaha!” Não vêm me julgar, não! Quem nunca?

Sou distraído com um esbarrão atrás e, em seguida, um pedido de desculpas. Era a Tâmara.

Tâmara: Aah, Carlinhos! Tudo bem!? Nem percebi que era você, garoto! Nossa, a tatuagem de dragão na minha frente, como sou tonta, hihihi!

Eu: nada, Tâmara, fica de boa. Aproveita que eu sou o último, fica aqui na frente, pow! Tá levando só essa cesta?

Tâmara: “brigada!” É, eu só tô pegando umas coisas porque eu já fiz compras, mas precisava de umas frutas, umas especiarias típicas de fim de ano, sabe!

Eu: E eu tô pagando de delivery, pro pessoal lá em casa, tive que pegar essas duas listas, uma da minha mãe e outra da minha avó.

Tâmara: Ahahahahahaha, meu Deus!

Eu: Pois é, enquanto minha lista básica é a carne e a cerveja. Olha o tanto que tive que comprar! E é aquela desculpa: “ Ah, é pouca coisa!” Imagine se não fosse.

Tâmara: Nossa… tá calor, né!?

Tâmara se detém, olhando pro suor que escorre pela minha testa. Oferece-me uma toalha de mão. Aceito, com vergonha. Ela faz um coque com o cabelo na cabeça e vejo uma discreta tatuagem de Flor de Lótus , na parte dorsal, logo abaixo do pescoço. Olho-a de cima a abaixo, conferindo o material que ela tem. “ Nossa, que delícia! “, pensei.

Conversando amenidades , chegamos à boca do caixa. Eu sei que ela tem pouca coisa, logo ela irá embora, mas ofereço-lhe uma carona. Ela dá um sorriso , agradecendo, mas recusa porque não quer atrapalhar , nem me fazer esperar, porque vai passar em outro lugar. Insisto, e ela se rende.

Tâmara: Olha, eu só vou aceitar porque sou uma dama desquitada, viu? E porque te conheço. Não quero confusão com Dona Encrenca, não.

Eu: Então a gente tem muito em comum, porque eu me livrei da encrenca há algum tempo.

Tâmara: Ai , que chato! Mas você é novo, logo arruma alguém.

Eu: Se Deus quiser, D. Tâmara.

Tâmara: Desculpa se eu te fiz lembrar algo chato…

Eu: Nada! É que … não sei se você vai me entender. Mas mesmo assim eu vou tentar explicar: A gente age mais com a cabeça… com o coração, e ignora os sinais. Mesmo com a mãe avisando. Tinha um lado que era bom, sabe, mas o lado ruim era muito ruim. E pesou muito.

Tâmara: e o que foi!?

Eu: Ciúmes.

Tâmara (sussurrou): Também ficaria, um homem gostoso desses…

Eu: Oi!?

Tâmara: Eu quis dizer que é normal ter ciúmes, eu também ficaria. Mas foi tão ruim, assim?

Eu: A ponto de querer me proibir de churrasco com os amigos do futebol. Nem era sempre que eu ia, porque dava muita briga. Eu evitava, mas tinha hora que sufocava, demais.

Tâmara: Eu casei muito nova com o Roberto. No começo era maravilhoso, mas como ele é alguns anos mais velho que eu, acho que pela idade ele foi perdendo… interesse. E passava mais tempo fora do que dentro de casa. Muito trabalhador, sabe, eu segui muito o que minha mãe falou pra mim, mas caiu na rotina, e aí…

Eu: Calma aí, rapidinho, chegou minha vez.

Tâmara: eu vou te esperar, menino! Hahahahahaha!

Eu: É verdade, você aceitou minha carona .

Passamos um tempo em silêncio, porque eu passei as compras e fui ensacando, com a ajuda dela. Ficou admirada porque eu separo tudo direitinho: limpeza com limpeza, grão com grão, frios com frios, e por aí vai.

Tâmara: Uau, mas você hein…

Eu: O quê, hehehehehehe?

Tâmara: Tem mais paciência do que eu pra organizar as compras…

Eu: Eu trabalho com Logística, aí já é mania. Eu era muito desorganizado. A Logística me ensinou muita coisa pra vida, entende!?

Tâmara: isso é bom, Seu Carlão! Muito bom!

Detive-me por uma fração de segundo no sorriso desenhado por sua boca. “Cara, uma água de côco e um beijo bem molhado naquela boca carnuda seria tudo de bom! “ , devaneei. Carreguei as compras até o porta-malas do meu carro. Tava um sol do caralho. Pedi licença e tirei minha camisa, ela já tava colando no corpo. Enquanto colocava as coisas, não pude deixar de notar , com minha visão periférica, que ela acompanhava tudo com os olhos. Percebi de relance ela molhando os lábios. Quando terminei, que fechei o porta-malas, tava pingando de suor. Ela puxou a toalha de mão e me secou.

Tâmara: Caraca, um água de côco bem geladinha agora, hein!

Eu: Sabia que eu tava pensando nisso quando a gente tava ensacando as coisas!?

Tâmara: Bora tom…aaaahahahahahaha, gente! Onde que tem água de côco por aqui?

Eu: Tem um depósito aqui perto. Um conhecido meu vende côco.

Tâmara: Ah, Carlos! Mas só se eu pagar a minha, não quero te dar trabalho!

Eu: Vai recusar essa gentileza!?

Tâmara: Aiiiinnn, Carlos, assim você me deixa mal acostumada, hein!

Eu: Bora lá!

O que era pra ser uma carona até o Grão da Terra virou praticamente um encontro. Mas conversamos bastante coisa. Quando finalmente chegamos à nossa vila, a minha mãe falando pelos cotovelos, dizendo que eu demorei, aí a Tâmara me defendeu.

Tâmara: Não D. Estela, eu vim com ele do mesmo lugar, tá horrível o mercado.

Estela: Ô-oi, Tâmara, então você tava com ele?

Eu: A gente se esbarrou na fila, ela me ajudou com algumas coisas, e eu a ela com outras. O problema foi sair do mercado mesmo.

A Tâmara me agradeceu e entrou na casa dela. Uma pena, porque a conversa tava boa. Mas esqueceu uma parada que ela havia comprado no Grão da Terra, e aí minha mãe notou porque não batia com a nota fiscal. Eu ia ao banheiro, tirar aquele sal do corpo, e novamente fui chamado:

Estela: Ô Carlos Augusto! Eu não te pedi nada do Grão da Terra! Foi sua tia!

Eu: Quê!? Mas comprei tudo que a s… já sei! Foi a Tâmara, caraca! Deixa separado aí que vou levar pra ela.

Estela: Ah, tá bom. E o carvão, Carlos?

Eu: Carvão já tá aí, mãe.

Estela: É verdade!

Desci os dois lances de escada que levavam ao quintal, onde tinha um portão que tava pro corredor onde mora a Tâmara. Chamei uma, duas vezes. Não atendeu. Resolvi bater na porta, de vidro, pra ver se … a porta tava encostada! Coloquei o rosto pra dentro e chamei. Tinha alguma música tocando dentro do banheiro, acho que era isso que impedia-a de ouvir. Entrei furtivamente, fui até a cozinha e deixei a sacola com a compra dela. O plano era sair sem que ela notasse. Mas quando passei pelo banheiro… ah, mentira: a porta também tava entreaberta!

Eu: Caraca, mas que descuido, cara! Como que alguém vai tomar banho e deixa as duas portas assim!?

A caixinha de Pandora ativou na hora. “ Por que não olha pela frestinha e vê aquilo que você tanto queria !?”

Eu: Caraca, que maldade a minha! Melhor eu sair… pow! Pensando bem: Eu me dou ao trabalho de trazê-la até aqui, volto pra deixar o que ela esqueceu, encontro a porta encostada, passo pelo corredor até a cozinha, entrego a sacola, e não posso dar uma olhadinha!?

Resolvi dar uma olhadinha. O box blindex ficava na direção da porta. Dava pra vê-la por completo. Linda, maravilhosa, do jeito que veio ao planeta, de costas. Caralho, que bunda deliciosa, cara! A cada segundo que passava, as chances de sair de lá sem ser notado iam pro ralo junto com as águas que lavavam seu corpo maduro.

Eu: Como ela é linda, cara. Puta que pariu!

De repente, a música termina a reprodução. Ela estende o braço pra poder reproduzir outra música… e olha pra porta! Eu paralisado, entre o total pavor de ser descoberto e a incapacidade de correr, não vejo outra saída senão me render e admitir a culpa. Ela sorri. Esfrega o vidro do box. Abre a porta. A fumaça do chuveiro parece até coisa de cinema, dissipando-se , revelando a beleza que eu contemplava de maneira proibida. O coração quase saindo pela boca, ela vindo até minha direção, olhos fitos nos meus. Eu não consigo engolir 1 ml de saliva sequer. A boca está seca.

Tâmara: Oi, Seu Carlão!

Eu: E-eu… Tâmara… Oi!

Tâmara: Trouxe minha bolsa!?

Eu: T-trouxe…

Tâmara: Então fecha a porta e volta. Tá na hora de você tomar um bom banho!

Continua.

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