Sai do quarto, lavei o meu rosto e fui para a churrasqueira logo em seguida, me juntando a todos os demais presentes na casa.
Todo mundo estava lá, incluindo o Patricio que, minutos antes, havia me fodido como gente grande. Com força e com tesão. Assim que me viu, me acenou com a cerveja na mão, naturalmente, como se nada tivesse acontecido. Aquele era um cara realmente safo.
Peguei uma carninha lá, uma linguiça aqui, uma cerveja acolá e conversava com o pessoal. Mas sentia o meu ânus doer. Afinal de contas eu acabara de levar duas rolas em menos de quatro horas. E eu não estava acostumado (ainda), pois era a minha primeira experiência homossexual.
Não pensei duas vezes. Mergulhei na piscina para ver se a minha dor melhorava um pouco.
Não demorou muito e Alisson entrou na piscina também, vindo ao meu encontro para falar comigo. Naquele momento somente nós dois estávamos na água, pois ela estava mais fria. Alisson chegou mais perto e disse:
_Puta água fria! Como você consegue ficar aqui?
Eu concordei com ele. Eu só queria ver se o meu cú parava de doer um pouco, mas não ia dizer isso pra ele. Eu somente assenti com a cabeça, concordando com ele.
Sem mais, Alisson me perguntou: _E aí? Conversou com o Manoel?
_Sim, eu conversei.
_E aí? Descobriu o que queria?
_Mais do que você imagina!
-Como assim? Me diz ai.
_É uma história longa e não posso te contar por aqui...as paredes tem ouvido.
_Com essa fria ninguém vai entrar aqui. Ou podemos sair daqui e conversar com um pouco mais de privacidade... – propôs ele, certamente querendo algo mais.
_Nem fodendo! – respondi direto, sem pensar – _Toda vez que vou conversar com alguém alguma merda acontece! (respondi eu de forma provocativa, a fim de aguçar ainda mais a sua curiosidade). E deu certo, porque, logo em seguida, Alisson me disse:
_ Então me conta aqui mesmo – com um ar de curiosidade.
Eu não tinha nada a perder e nós dois tínhamos uma situação pendente para resolver, parcialmente resolvida na Parte 3 desse conto. Resolvi provocá-lo e contar um resumo de tudo o que aconteceu. Foi mais ou menos assim:
_Quer mesmo saber? Tem tempo e paciência pra isso?
_Tenho. Conta logo antes que alguém chegue.
_Está bem. Você sabe o que aconteceu ontem a noite, certo? Sobre eu ter bebido muito, ter perdido um pouco o controle, banho frio, o café amargo...
_Sim, sim – ele respondeu – olhando para o lado como se estivesse querendo se certificar que ninguém estava ouvindo. Eu continuei.
_Aí pela manhã eu fui ao seu quarto, você me contou dos boquetes em você e no Manoel, eu te contei que aconteceu algo mais e tal....
_Sim, até tudo bem. Você falou com o Manoel?
_Sim, falei.
_Ele te confirmou? Você disse que foi eu?
Eu já fiquei meio puto e interrompi: _Quer saber o que aconteceu ou não, caralho? Ou vai ficar me interrogando...
_Tá certo, desculpa, continua – disse ele mais uma vez olhando para os lados.
_Então. Fui falar com o Manoel. Ele tentou desconversar no começo e jogar a culpa para você. Mas eu pressionei ele e, ao final, ele acabou confessando que depois do que houve no banheiro, ele ficou com muito tesão. Saiu, tomou uma ou duas doses de whisky e em seguida voltou para o meu quarto.
Manoel mostrava curiosidade em seu rosto mas não ousava me interromper. Eu continuei:
_ Ele foi até o meu quarto, disse que me acordou e perguntou se eu poderia chupar o seu pau de novo, porque ele estava com tesão e que eu havia dito que queria mais no banheiro. Eu disse isso mesmo? (perguntei para interromper)
_Não me lembro! E aí? – perguntou ele impaciente.
_Bem, aí que, segundo ele – porque eu não me lembro de nada naquele momento – eu disse que queria e, segundo ele, eu paguei mais um boquete pra ele.
_Filho da puta! – disse o Alisson – Aí então ele te enrabou no quarto...
_Sim e não – respondi pra ele.
Alisson fez uma cara de como se não estivesse entendendo mais nada. Sua expressão facial pedia para que eu lhe esclarecesse.
_Segundo o Manoel me disse, ele não havia trancado a porta e o patrício flagrou eu mamando ele. Eu juro que não me lembro de nada disso. Segundo o Manoel, ele entrou no quarto, fechou a porta, e disse que pediu permissão para me comer e que eu teria dito que sim. Ai o Manoel disse que o Patricio me comeu ontem a noite!
_Como assim – disse ele espantado – quer dizer que não foi o Manoel e sim o Patricio que te fodeu ontem? Na frente do Manoel?
Sim e não eu respondi – propositalmente para fazer um charme. Alisson demonstrou um ar de impaciência comigo. Fui mais direto, pois já estava com toda a tenção dele.
_Na verdade, o Manoel disse que depois que o Patricio me currou ele ainda não havia gozado. Então ele também me comeu para poder gozar, pois ele estava com muito tesão.
Alisson parecia não acreditar no que eu lhe disse. E me perguntou: _E aí, o que você fez após isso?
_Se eu te dissesse que ele me comeu de novo? Aquela conversa toda foi me deixando excitado e, quando eu menos esperava, a gente acabou transando.
Alisson se mostrava, ao mesmo tempo, puto comigo e com tesão pela história. Antes que ele me interrompesse eu continuei.
_Mas não parou por aí; depois de falar com o Manoel eu fui procurar o Patricio para confirmar com ele.
_Quando? – ele perguntou.
_Há uns 40, 50 minutos, mais ou menos.
_Tá! E aí?
_E aí que ele me confirmou tudo na maior cara de pau, sem qualquer cerimônia, na maior cara levada.
_Tá! Ele te falou comi sim, e daí? Só isso, do nada? Fala direito – respondeu ele impaciente.
_Você conhece o Patricio melhor do que eu, né? Ele não só confirmou e ainda quis tirar um sarro da minha cara mandando eu maneirar na bebida porque aquilo poderia ser perigoso pra mim. Eu meio que quis mostrar um controle da situação e perguntei se ele estava me dando um conselho ou se estava dando em cima de mim. Resumo da história: Dez minutos depois eu estava no quarto dele, de quatro, dando o meu cu pra ele de novo.
Alisson não acreditou e demonstrou irritação comigo, já que eu não tinha me recusado a dar pra ele de manhã. A cara dele mostrou o seu descontentamento comigo.
Na hora a ficha caiu e eu me senti um pouco mal. E falei pra ele:
_Alisson, deixe-me explicar uma coisa pra você. Até ontem a noite eu nunca tinha estado com um homem na minha vida. Eu não planejei nada do que aconteceu. O que aconteceu no banheiro com você e o Manoel, o que aconteceu no meu quarto com o Manoel e o Patricio. Eu também não planejei te chupar no seu quarto e nem dar pra eles. Eu só queria conversar. Mas, simplesmente aconteceu! Está feito! Não tem o que fazer!
Ele me ouvia com um semblante mais tranquilo e eu continuei?
_Quer saber porque estou na piscina? Porque meu cú doía tanto que eu não sabia o que fazer, afinal, tudo isso aqui é novo pra mim. E de tudo o que aconteceu eu só tenho uma certeza: o meu primeiro contato consciente com alguém do mesmo sexo que o meu foi contigo, hoje pela manhã e eu quero muito dar pra você! Você não imagina o quanto! Se eu pudesse eu te daria aqui e agora. Mas não sei se consigo.
_Por que não?
_Primeiro porque o pessoal pode estar de olho. Manoel certeza! O Patrício eu não sei. Segundo, porque meu ânus está realmente doendo e não sei se aguento levar mais rola hoje. Ainda mais a sua...
_O que tem a minha rola?
_É grande, maior do que as outras e, me parece, bem interessante.
_Fico lisonjeado – Alisson respondeu – mas você deu pra todo mundo aqui e foi graças a mim. Vai entrar na minha rola ainda hoje. Eu apenas assenti, sem falar qualquer palavra.
Continuamos na piscina porque aquela conversa excitante havia nos deixado de pau duro.