Aquele Beijo #6

Da série Aquele Beijo
Um conto erótico de Adriane
Categoria: Lésbicas
Contém 2764 palavras
Data: 21/01/2025 14:11:54

O Cleiton estava se sentindo culpado.

Me contou que o Daniel tinha traído a Aline diversas vezes, desde a época do namoro, e ele sempre encobriu, nunca nos contou nada por conta da amizade entre os dois.

Mas agora até ele estava achando que Daniel passou dos limites: Além das prostitutas, do assedio à Fernanda e da estagiária, desde que virou chefe ele estava tratando mal os seus subordinados, que estavam reclamando de assédio moral.

Eu nunca fui boa com palavras, mas naquela momento eu sabia que precisava usá-las para enfrentar a verdade. Minha garganta estava seca, e o peso do que eu precisava dizer parecia me esmagar. Mas eu não podia mais adiar. Ele precisava saber!

Me aproximei devagar e sentei ao lado dele. Cleiton ergueu os olhos, percebendo a seriedade no meu rosto.

- Eu me sinto culpado – disse ele com vergonha – se eu tivesse contado antes sobre essas traições do Daniel, talvez eu tivesse evitado que a Aline fosse exposta a esse risco da AIDS

Respirei fundo, tentando encontrar coragem. Como dizer a ele que a nossa vida, nossa história, nunca foi tão simples quanto ele imaginava?

– Cleiton... eu preciso te dizer que não há inocentes nessa história, todos nós temos alguma culpa. E é sério. Preciso que me escute até o fim antes de reagir, tá bom?

Eu pude ver a preocupação crescendo nos olhos dele.

– O que aconteceu? – perguntou, agora com a voz mais grave.

Meus dedos tremiam, e eu os entrelacei para tentar disfarçar. Olhei para as minhas mãos por um momento antes de encará-lo novamente.

– É sobre... o que você me contou. Sobre o Daniel, essa prostituta ... a Samantha... e sobre a possibilidade de... de AIDS.

O rosto de Cleiton endureceu. Ele assentiu lentamente, como se me incentivasse a continuar.

– Eu sei que preciso falar com a Aline... pra prevenir ela. Mas antes de qualquer coisa, você precisa saber que... – engoli em seco, sentindo meu coração disparar – que eu e a Aline... nós estamos tendo um caso.

O silêncio que se seguiu foi quase insuportável. Cleiton arregalou os olhos, ficou olhando para o nada durante alguns segundos, como se tentasse absorver as palavras.

– Como é que é? – ele finalmente murmurou, a voz baixa, mas carregada de incredulidade.

– É isso que você ouviu – continuei, tentando manter a calma, mesmo com a culpa esmagando meu peito. – Eu e ela... temos um relacionamento. Não é recente, Cleiton. Isso já acontece há algum tempo. E... se o Daniel passou alguma coisa pra Aline, pode ser que ela tenha passado pra mim. E... – pausei, sentindo as palavras ficarem presas na garganta – pode ser que eu tenha passado pra você.

Ele recuou no sofá, como se precisasse de espaço para processar. A mão dele foi até o rosto, cobrindo os olhos por um momento, enquanto ele balançava a cabeça.

– Você tá me dizendo que... além de tudo, eu posso estar com essa porcaria de doença? Por sua causa?

– Cleiton, eu sei que errei. Eu sei! – Minha voz falhou, e lágrimas começaram a escorrer antes que eu pudesse contê-las. – Mas você precisava saber.. Mas agora isso não é mais só sobre a gente. É sobre saúde, é sobre...

Ele se levantou abruptamente, andando de um lado para o outro na sala. Eu sabia que ele estava tentando conter a explosão de emoções.

– Você tem ideia do que tá me dizendo, Adriane? Eu confiei em você! Eu... – Ele parou, respirando fundo, antes de apontar para mim. – Isso muda tudo. Absolutamente tudo.

Eu me levantei também, encarando-o com lágrimas nos olhos.

– Cleiton, eu não tô pedindo desculpas esperando que você me perdoe agora. Eu só precisava ser honesta. Pela primeira vez em muito tempo, eu precisava ser honesta.

Ele me olhou, dividido entre a raiva e a dor. Finalmente, balançou a cabeça e suspirou profundamente.

– Eu não sei como processar isso agora. Mas uma coisa eu sei: a gente precisa fazer os exames. Todos nós. E depois... depois a gente vê como lidar com isso.

Assenti, mesmo que as palavras dele doessem mais do que qualquer coisa. Eu sabia que podia perder tudo. Mas, pelo menos, finalmente, a verdade estava à tona.

No dia seguinte eu fui até o escritório, falei com meu chefe que não estava em condições de trabalhar, e que precisava resolver problemas pessoais.

Eu ainda tinha um período de 10 dias de férias, e meu chefe concordou que o usufruísse. Eu sempre fui uma excelente funcionária, e agora que estava precisando, ele colaborou comigo.

Saindo de lá, fui direto ao apartamento da Aline, seria uma outra conversa difícil!

Aline sempre foi tão segura de si, tão inabalável. Mas enquanto eu me dirigia ao apartamento, eu sabia que ia quebrar algo dentro dela – algo que talvez nunca pudesse ser consertado.

Eu interfonei e subi até o apartamento, ela já estava na porta me esperando, vi o sorriso que iluminava o rosto dela desaparecendo ao ver a seriedade no meu.

– O que houve, Adriane? Você tá com uma cara... – Ela abriu espaço para eu entrar, mas não conseguiu terminar a frase.

Eu passei pela porta e me sentei no sofá, sentindo as palavras se acumularem na minha garganta como pedras. Ela sentou ao meu lado, preocupada.

– Aline, a gente precisa conversar. É sério. – Minhas mãos estavam entrelaçadas no meu colo, o nervosismo evidente.

Ela franziu a testa, inclinando-se um pouco para frente, os olhos atentos.

– Tá me assustando. Fala logo.

Respirei fundo, tentando organizar a bagunça na minha mente. Mas como organizar o caos?

– É sobre o Daniel – comecei, sentindo o impacto imediato das palavras. Ela ficou tensa, mas não disse nada, esperando que eu continuasse. – Eu descobri que ele teve... um caso.

Aline piscou, como se tivesse ouvido errado.

– O quê? Do que você tá falando?

– Ele teve um caso, Aline. Um caso não é bem a palavra, ele foi num puteiro e comeu uma garota de programa chamada Samantha. E... – hesitei, mas sabia que precisava ser direta – ele descobriu que ela tem AIDS.

Ela recuou no sofá, como se minhas palavras fossem golpes físicos. Seus olhos se arregalaram, e a cor começou a sumir do rosto dela.

– Não... – Ela balançou a cabeça, como se estivesse tentando afastar a ideia. – Isso não pode ser verdade.

– É verdade, Aline. E... eu precisei contar sobre nós para o Cleiton. Eu... achei que ele tinha o direito de saber, porque... – minha voz vacilou, e eu desviei o olhar por um momento – porque isso pode nos afetar também.

O silêncio que se seguiu foi esmagador. Eu podia ver o impacto das minhas palavras nos olhos dela, que agora estavam marejados.

– Você contou... sobre nós? Pro Cleiton?

Assenti lentamente, tentando ignorar a culpa que me consumia.

– Eu não podia mais mentir. Aline, ele precisava saber. Ainda mais com essa situação...

Ela se levantou, andando de um lado para o outro, as mãos nos cabelos, o rosto marcado pela angústia.

– Adriane, você tem ideia do que fez? – A voz dela estava quebrada, quase um sussurro. – Você expôs tudo.

Me levantei também, me aproximando, mas ela recuou, levantando a mão como se pedisse distância.

– Eu não tinha escolha, Aline. Não depois do que aconteceu. Eu não podia mais viver nessa mentira. E você também não pode ignorar o que tá acontecendo. O Daniel... ele pode ter passado isso pra você.

Ela se virou para mim, os olhos agora cheios de lágrimas que começaram a escorrer sem controle.

– E se ele passou? – A voz dela estava repleta de amargura. – Isso significa que eu posso ter passado pra você. Que você pode ter passado pro Cleiton. Meu Deus... o que a gente fez?

– Eu não sei, Aline – confessei, minha voz embargada. – Mas o que eu sei é que a gente precisa encarar isso. Precisamos nos cuidar.

Ela se sentou novamente no sofá, as mãos no rosto, os ombros sacudindo enquanto ela chorava baixinho. Me sentei ao lado dela, mas não ousei tocá-la.

– Aline... eu sinto muito – sussurrei, mas sabia que minhas palavras não tinham peso nenhum naquele momento.

Ela não respondeu. Ficou ali, perdida nos próprios pensamentos, o rosto ainda coberto pelas mãos. Mas a verdade já não podia mais ser escondida.

Mesmo a Aline estando naquela situação eu precisava prosseguir: Contei que o Daniel assediou a nova funcionária, que ele realmente teve um caso com a estagiária, que ele já a havia traído várias vezes e que estava com o rei na barriga desde que virou chefe, maltratando os funcionários da equipe.

Aline chorou muito!

- Fui culpa minha ... desde que eu comecei a namorar o Daniel ele já dava sinais de ser mulherengo, agressivo, e ele fazia aquelas piadinhas homofóbicas e eu sempre relevei. O Daniel sempre foi muito ambicioso e prepotente, eu que optei por não ver isso! E o nosso caso, nós erramos também, não deveríamos ter escondido nada!

E naquele instante, vendo-a tão vulnerável, entendi que nossas escolhas nos trouxeram até ali. E, mais do que nunca, nós precisávamos assumir as consequências, por mais devastadoras que fossem.

Depois de alguns minutos vi que ele se recuperou e comecei a tratar de questões práticas.

Eu estava recebendo acompanhamento médico porque estava tentando engravidar e não conseguia. Liguei para a clínica expliquei a situação e marquei uma consulta de emergência para logo após o almoço.

Fui com a Aline na consulta e o médico passou os procedimentos para que eu, a Aline e o Cleiton fizéssemos os exames necessários.

Quando saímos da clínica a Aline viu que no prédio em frente havia apartamentos para alugar por dia. Normalmente os clientes eram turistas, que iriam ficar alguns dias na cidade e que preferiam apartamentos em vez de hotel.

Como a Aline estava disposta a iniciar o processo de divórcio e estava desempregada, resolveu se mudar para um daqueles apartamentos, afinal não poderia alugar uma casa do jeito convencional, pois não comprovava renda. Ela disse que não iria morar com seus pais na praia, pois a cidade era muito pequena ... e lá em casa não tinha como ela ficar.

Ajudei a Aline a alugar o apartamento por 30 dias, os quais foram pagos adiantados. No dia seguinte ela já poderia se mudar.

Me despedi da Aline e fui para casa. Tinha sido um dos dias mais pesados da minha vida, e ainda não tinha acabado, eu iria chegar em casa e conversar com o Cleiton. E a Aline iria confrontar o Daniel e falar sobre a sua decisão de divórcio.

O Cleiton chegou em casa com a cara fechada, nunca o tinha visto daquele jeito. Passei para ele as instruções do médico e quais exames deveríamos fazer. Ele foi monossilábico, disse que iria fazer os exames, depois jantou, tomou banho e foi dormir, não conversou mais nada comigo.

Perto da meia noite meu telefone vibrou, quando viu o nome de Aline piscando na tela, imediatamente atendi:

— Aline? O que houve? — perguntei

Do outro lado da linha, o som de soluços abafados foi a primeira resposta. Fiquei alerta, o coração disparado.

— Aline, fala comigo! O que aconteceu?

— Adriane… — começou Aline, a voz trêmula, quase irreconhecível. — Eu… eu não aguento mais… tudo está desmoronando…

— Calma, respira. O que aconteceu? Foi o Daniel?

O choro de Aline intensificou-se, e ela levou alguns segundos para conseguir falar. Quando finalmente o fez, as palavras saíram atropeladas:

— Ele… ele tava gritando comigo. Disse coisas horríveis! Eu confrontei ele sobre… sobre a garota de programa, sobre os casos que você me contou. Ele não negou, Adriane! Ele não negou nada!

Fechei os olhos, apertando o celular com força contra o ouvido. Sentiu um nó na garganta.

— Ai, Aline, eu… eu sinto tanto. O que ele disse exatamente?

— Ele… — Aline engasgou com as palavras. — Ele disse que eu era a culpada por tudo! Que se procurasse bem, encontraria motivos em mim pra ele fazer o que fez! Ele gritou tanto, Adriane… tanto. Acho que todo mundo no prédio ouviu.

Tentei manter a calma, mas não consegui disfarçar a indignação.

— Ele te culpou?! Depois de tudo o que ele fez? O que mais ele disse?

— Ele ficou furioso quando eu pedi o divórcio. Jogou coisas no chão, quebrou um copo, bateu na mesa… parecia um… um estranho. Depois, quando a síndica ligou no interfone pedindo silêncio, ele ficou ainda pior. Me ameaçou, Adriane. Disse que eu ia me arrepender se chamasse a polícia.

— Ele te ameaçou? — perguntei carregada de preocupação. — Você está bem? Ele te machucou?

— Não, ele não encostou em mim… Mas eu fiquei com tanto medo. Disse pra ele que ia chamar a polícia se ele não saísse. E aí ele saiu. Pegou as chaves e bateu a porta. Nem sei onde ele está agora…

O silêncio que se seguiu foi pesado. Segurei as lágrimas, mas minha voz saiu embargada.

— Amiga, você fez o certo. Ele não tinha o direito de te tratar assim. Você não está sozinha, tá bom? Você quer que eu vá aí?

— Eu não sei… não sei o que fazer. Não sei nem o que pensar… — Aline fungou. — Ele pode ter me passado… Adriane, e se eu estiver com… com isso também?

O peso do medo na voz de Aline era insuportável. Senti as lágrimas correrem por seu rosto.

— Aline, escuta. Nós vamos descobrir isso juntas, tá bom? Amanhã mesmo vamos fazer os exames. Você está segura, ele não está aí. Você quer que eu vá pra sua casa agora?

— Por favor… eu preciso de você.

— Estou indo. Não faça nada até eu chegar, tá bom? Tranca todas as portas e tenta descansar. Estou a caminho.

Aline murmurou um “obrigada” entre os soluços. Desliguei já pegando as chaves do carro, determinada a não deixar Aline amiga sozinha naquele momento sombrio.

Acordei o Cleiton para avisar que ia passar a noite no apartamento da Aline, mas expliquei bem os motivos, que era somente porque ela estava muito abalada e porque Daniel a tinha ameaçado.

Ela não falou nada, apenas acenou com a cabeça concordando.

Passei a noite com a Aline, estávamos muito abaladas, quase não dormimos.

Como ela estava muito certa do divórcio, perguntei se ela não pensava em voltar a trabalhar na concessionária ou na loja de roupas, ela saiu de ambos os empregos com as portas abertas para voltar.

Ela me disse que em 6 meses conseguiria se tornar corretora de imóveis e que os pais dela iriam emprestar um dinheiro para ela se manter durante esse tempo e que depois ela devolveria.

No dia seguinte fomos fazer os exames. O Cleiton fez os dele as 8h da manha e foi para a fábrica trabalhar. Eu e a Aline fizemos os nossos as 9h. Depois fomos até a consulta com a advogada para tratar do divórcio e por último fomos até o apartamento da Aline, para que ela pegasse algumas roupas e objetos pessoais par se mudar.

Quando nós estávamos indo embora, entramos no elevador e demos de cara com a Rosa, a vizinha fofoqueira:

- Bom dia Aline! Soube que está se separando! Eu ouvi a discussão de você com o Daniel!

Eu e a Aline estávamos tão cansadas e de baixo astral, que nem respondemos. A Aline apenas se abraçou comigo, estava murcha. Mas mesmo assim Dona Rosa continuou:

- Na minha época o casamento era para sempre! Não é que nem hoje, que trocam de marido como quem troca de camisa!

Novamente não respondemos, graças a Deus abriu a porta do elevador e fomos embora!

Fomos até o apartamento que a Aline alugou e finalmente pudemos parar um pouco e descansar:

- Esses dias foram terríveis – disse eu sentando em uma cadeira do apartamento – tudo que tínhamos para fazer, já fizemos. Agora é só aguardar.

- Já fizemos os exames, agora é só esperar o resultado. E a advogada vai dar entrada no divórcio – respondeu Aline.

- E agora eu só preciso me acertar com meu marido!

Aline me deu um abraço:

- Muito obrigada Adriane – disse ela emocionada – tenho certeza que você vai se acertar com o Cleiton. Eu vou sair da sua vida, para que você possa reconstruir seu casamento com o Cleiton!

- Eu sou apaixonada por você dois! Se dependesse de mim ficava com os dois, como um trisal, sabe?

- Infelizmente não podemos ter tudo. Mas como consolo acho que tudo de ruim que tinha para acontecer, já aconteceu, né?

- Eu acho que sim! Deus me livre acontecer mais coisa ruim. Mas também, o que mais de ruim poderia acontecer?

Nesse momento toca o meu celular. Era da fábrica, avisando que o Cleiton estava sendo internado num hospital!

Continua ...

“Sei que você me entendeu

Sei também que não vai se importar

Se meu mundo caiu

Eu que aprenda a levantar”

Música: Meu mundo caiu - Maysa

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Comentários

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Sinceramente eu só vejo um jeito de ter um final feliz para essa história, seria um trisal.

Não gosto de comparar erros, então para mim está a todo mundo errado nessa história, inclusive o Cleiton, mesmo que seja um erro "menor" mas não acho certo um marido omitir o que ele omitiu da esposa.

As duas estão, são totalmente erradas, mas muito mesmo, acho que o amor não serve de escudo para justificar o que elas fizeram.

Daniel nem se fala é das piores espécies de serem humanos do mundo, traiu a esposa, usou do seu cargo para tentar abusar de uma funcionária, prejudicou pessoas, é um babaca como pessoa e como homem.

Esse eu quero mais que se exploda kkkkk

Agora os outros três eu acho que talvez ainda possa ter salvação, se Cleiton tiver capacidade de perdoar a esposa, pode ser o maior beneficiado da história e terminar com as duas juntas.

Se eu faria isso? não, eu não faria porque não tenho a capacidade de perdoar uma traição assim e sou egoísta demais para dividir uma pessoa que eu amo. Mas talvez ele seja e se isso acontecer eu sinceramente vou ficar feliz. Os três terminarem felizes no final seria legal.

Mas qual seja o rumo que tomar o fim da história, eu acho que não vai tirar o brilho dela até aqui, está ótima por sinal.

Muito bom como sempre RYU!

Parabéns!

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Boa noite.

Eu li os comentários abaixo mas eu acho que não dá nem para começar a comparar o fato de sua esposa o trair por tanto tempo com o fato do amigo esconder a traições de seu amigo.

Sinceramente esse é o tipo de coisa que me deixa revoltado neste site, não os comentários e etc...mas o fato de poder haver a mínima chance de a gente esperar que o cara perdoe a esposa.

Mas a história está ótima. E é apenas minha opinião sobre a história em si...não tem nada haver com QQ crítica ao autor que está nos entregando uma das melhores estórias.

Confesso que mudei a pegada da minha nova história por causa desse conto, não apenas desse, mas esse inclusive. Pensei em fazer algo mais leve e sem grandes ações mirabolantes dos personagens. Algo parecido com um romance, que acho que é a pegada desta história.

Parabéns!!

Mas espero que está ida do marido para o hospital não seja uma justificativa para que essa traição de anos seja perdoada.

Mas é apenas minha torcida. Parabéns!!

3 estrelas

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Obrigado pelo seu comentário Manfi.

Muito bom saber seu ponto de vista, que parece ser semelhante ao do leitor “velhaco”, pelo menos quanto a torcida para o Cleiton não perdoar a Adriane.

Quando criei a história, um dos pontos que queria destacar é que a mentira é muito prejudicial ao relacionamento.

Os quatro mentiram e os quatro estão expostos as consequencias ruins, que no caso está representado pela Aids.

Na minha história considero Daniel o maior vilão. Mas nenhum dos outros personagens é um exemplo de integridade. Não quis mensurar entre eles quem errou mais ou menos. Mas se fosse fazer, diria que Cleiton é o que errou menos.

Mas ainda temos o último capítulo ...

Esse é a primeira vez que escrevo, minha primeira série, sou inexperiepente. Então não sei se fui eficiente ao passar para o leitor tudo o que queria, da forma correta.

Existe uma frase que diz que : “ a palavra é metade de quem a pronuncia e metade de quem ouve”

Fazendo uma analogia, a história é metade minha e metade do leitor. Os personagens e suas atitudes são metade determinadas por mim que sou o autor, e metade do leitor que as interpreta.

Não sei quando publicarei o ultimo capítulo, pois nos próximos dias estarei ocupado, espero que consiga fazer ate sexta.

O fim da história já estava determinado antes de eu começar a postar, acredito que será diferente do que imagina (eu acho).

Mas trata-se de ficção, e que inclusive incluí um pouco de misticismo. Tomei algumas liberdades, para finalizar de forma que seria pouco provável na vida real.

Mais uma vez agradeço, pelas estrelas, por estar acompanhando e por suas ponderaçoes.

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Eu sou um pouco chato com algo que é coerência e realismo. Na verdade a um contexto muito simples chamado verossimilhança.

Vou dar como exemplo uma série de livros de fantasia que estou lendo com minha esposa, chamado "forth wing". (Acho que é isso, inglês não é meu forte). Mas é simplesmente a série que me deu start para tirar minhas ideias da cabeça e começar a escrever. Pq estou citando isso? Pq mesmo amando a série, a autora incorreu de acelerar a história no segundo livro de tão forma que não fez sentido. E a segunda crítica é o fato da personagem ter a chamada "síndrome da mulher-maravilha"...passando a ser tão poderosa que não faz sentido. Não vou ficar explicando o livro.

Eu dei esse exemplo pq eu realmente sou uma pessoa obsessiva com a coerência e realismo da história que eu leio, mesmo que seja numa história de fantasia. Mas vc apresentou o seu "universo", precisa de restringir a ele sem inventar coisas que não fazem sentido.

Voltando para sua história. Nós sabemos que esse negócio de tesão de corno e etc é algo que acontece numa parcela ínfima da população. Na vida real, vc não espera que ninguém fique excitado e batendo punheta vendo sua esposa o outro marido te trair.

Mesma coisa em relação a essa história. Peguemos uma estatística, de cada 10 pessoas, qts pessoas iriam perdoar seu marido/esposa após saber que foi traído por anos!! Não foi uma vez por causa de bebida ou algo do tipo...foram anos!!!

Aí vc coloca ainda a questão de poder pegar HIV neste processo e etc. E a mensagem que quer passar é sobre mentiras num relacionamento??? Se não fosse a questão da possível HIV, depois de qts anos a mulher iria falar p marido??? Será que iria falar?

Enfim...essa minha opinião e meu ponto de vista!!! Tudo foi narrado brilhantemente, elas estavam conscientes o tempo todo. Se apaixonaram. Poh, qd ela vai falar com a amante, ainda fala que queria fazer um trisal... sério??!

Mas é minha opinião sobre a história. Não importa para o que vc quer passar. É só a opinião de um leitor. Eu deixo meu local de comentários aberto p QQ tipo de critica, sugestão, opinião e etc...mas não me baseio nisso, muito pelo contrário.

Ótima noite!!!

Ansioso para o capítulo final.

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Sinceramente eu vou além.

Tirando toda a parte relacionada a violência doméstica, relação abusiva e etc...se não contar isso, é muita hipocrisia elas julgarem o cara por ele a trair.

Ele não fez só com a GP, mas pelo jeito ele nunca demonstrou ter QQ sentimento por essas mulheres. Já sua esposa o traiu, se apaixonou por alguém por anos.

Colocou essa pessoa em suas vidas, recebeu em casa, até casaram junto!!! Kkkk

Eu não consigo realmente aceitar esse tipo de coisa. P mim esse tipo de traição longa e dissimulada me pega num nível...

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Lembremos que o cara não de protegeu, mas elas TB não...

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Independente de estarem ou não infectados o estrago já está feito, não acho q o Cleiton vai aceitar a trairagem da esposa com a amiga, crio eu q teremos duas separações ao mesmo tempo, até porque se ele acabar aceitando vai fazer papel de trouxa, o conto continua top parabéns

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Situação muito complicada para as duas e principalmente para o Cleiton, que parece ser o único inocente na situação.

Ótimo capítulo meu amigo 🤝🏻

Parabéns!

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Obrigado por estar reservando um tempo pra ler. Pelo que entendi vc está bem ocupado.

A situação é complicada, e a questão do Cleiton é que ele sabia das traicoes do Daniel e nunca falou nada. Ele pode ser o que menos errado fez, mas parece não ter ninguém inocente na história

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Voltei a trabalhar, aí o tempo fica bem escasso, mas para ler da para entrar as vezes 🤭

Mas eu entendo a situação dele, as vezes você conta e sai como errado, perde a amizade dos dois 🤷🏻‍♂️

Mas você tem razão, ele não é tão inocente não 😂

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Estou vendo se consigo publicar o último capítulo até sexta.

Vc pretender voltar a escrever novas séries este ano?

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Ele volta depois do meio do ano Ryu, é quando o trabalho dele fica mais tranquilo.

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Tuas séries fazem falta aqui

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