Desejo

Um conto erótico de Paravel
Categoria: Gay
Contém 1454 palavras
Data: 22/01/2025 12:58:29
Assuntos: Gay, Romance, Sexo, Traição.

DESEJO.

Ah, aquele momento eu nunca poderia esquecer. Era a iminência de uma explosão, uma pressão enorme que se junta em um único ponto.

Estávamos nos beijando, e nada parecia real naquele momento. Eu não conseguia entender o efeito que aquele homem tinha em mim. Sua boca parecia feita para a minha, e seus braços fortes me seguravam firme. Aquele sentimento de que nada no mundo me atingiria ficou intenso. Minha pele pegava fogo; eu, branco como um copo de leite, estava vermelho com o seu toque. Minha respiração parecia não acompanhar os batimentos acelerados do meu coração.

Ele tirou a camisa, e, mal tirei a minha, nossa boca estava grudada novamente. Eu sentia seu membro pulsando como se fosse rasgar sua roupa. E, como se eu fosse jogado da forma mais brutal de volta para a realidade, o celular dele tocou. Eram sete ligações perdidas.Carlos foi para o quarto, enquanto eu continuava imóvel, ainda tentando me conectar com o presente. Não ouvi o que foi conversado, nem tentei, mas as falas foram ficando levemente exaltadas. Só escutei a palavra “filho”.

Ele voltou com o rosto transbordando de raiva.

— Tá tudo bem? — perguntei.

— AQUELA VAC... olha, aconteceu um imprevisto e preciso sair... Eu... Me desculpa, tá?

— Eu já vou indo... Só cuidado, viu?

Me arrumei o mais rápido possível. Ele me levou até o carro, disse apenas para eu avisar quando chegasse em casa, se virou e voltou para dentro. Equalize, da Pitty, estava tocando enquanto dirigia para casa. Caralho, por que as coisas não dão certo para mim pelo menos uma vez? Será que fiz algo errado? Até parece clichê de série... Quem atende o celular num momento desses?

No outro dia cedo, havia uma mensagem de bom dia e um pedido de desculpas. Segundo ele, o filho passou mal, então ele correu para lá. Eu acabei até ficando mal por tudo o que pensei. No decorrer da semana, mal nos falamos, mas tudo seguiu relativamente bem.

No sábado, acordei cedo, resolvi algumas coisas pela manhã e fui para a casa da minha irmã. Afinal, tinha combinado de almoçar lá, né? E quando digo “almoçar”, quero dizer eu fazer o almoço. Eles falam que minha comida é maravilhosa, o que, modéstia à parte, é verdade.Fizemos churrasco e estávamos bebendo quando Carlos apareceu por lá, o que me deixou um pouco surpreso. Não estava esperando vê-lo naquele dia.

Eu gosto de cozinhar sozinho, sempre gostei. Ali, naquele momento, é a minha terapia, então fico superconcentrado. Estava fazendo lasanha e macarronada, quando, do nada, sinto uma aproximação e uma voz no pé do meu ouvido:

— Tô ansioso para provar.

Mano, minha perna tremeu, mas tentei não transparecer na hora. Disse que já estava quase pronto.Sabe o que é foda? É que eu estava gostando desse joguinho. E foi a tarde inteira assim. Toda vez que ele ia buscar cerveja, passava e me provocava.

O dia passou, e foi muito agradável. Todos já estávamos meio embriagados. Já era umas 20h, depois de passarmos o dia todo bebendo.

Mensagem:

— Planos depois daqui?

— N.

— Vamo pra casa?

— S.

Ele já se despediu e foi embora. Eu fiquei ali alguns minutos conversando com minha irmã, que queria que eu passasse a noite lá. Mas disse que era melhor não. Fiquei uns minutos, me despedi de todos, peguei uma cerveja e fui tomando enquanto dirigia. Coloquei uma playlist internacional aleatória e fui ouvindo até chegar à casa de Carlos.

Nem cheguei direito; ele já estava me esperando. Entrei, escutei a porta sendo trancada e, ao me virar, ele me puxou para um beijo.

Dessa vez, não me contive. Simplesmente me entreguei àquele momento. Nos beijávamos intensamente. O gosto do seu beijo, o aperto na minha cintura... Eu explodia de tesão. Não me lembro de ter ficado tão excitado assim com alguém antes. Seu corpo era firme como uma pedra; seu pau estava pulsando. Minha pele avermelhava com seu toque. Suas mãos em meu pescoço me faziam esquecer de tudo.

Ele me levou para o quarto e começou a tirar minha roupa, enquanto tirava a dele também. E, meus amigos, que visão! Carlos era forte, com o peito e braços levemente peludos, coxas grandes, tudo isso distribuído em 1,90 m de altura.

Peguei meu celular, conectei ao Bluetooth e coloquei uma playlist que tenho para esses momentos. Aumentei o volume.

Ele me puxou, me beijando. Sua boca percorria meu corpo todo. Suas mãos apertavam minha bunda e cintura. Descobri sensibilidade em partes do meu corpo que nem sabia que existiam. Me senti realmente desejado. Me senti gostoso. Aquela sensação me deixava em êxtase. Segurei seu rosto e o beijei intensamente. Agora era minha vez de percorrer aquele corpo.

Seu peito, sua barriga, sua virilha, suas bolas, e todo o comprimento do seu pau, que realmente me assustou. Devia ter uns 19 cm, mas era grosso como uma lata de Coca-Cola, cheio de veias, com uma cabeça enorme e rosa.

Cada vez que minha língua tocava a cabeça, ele soltava um gemido baixo. Sua voz grossa e firme me excitava ainda mais. Seu cheiro de homem invadia meus sentidos. Seu pau babava e escorria na ponta da minha língua. Então, levemente, fui colocando ele na boca. Sentia meus lábios naquele pau que pulsava na minha boca.

Sua mão tocava meu cabelo e passava pelo meu rosto enquanto eu mamava tudo que podia. Ele gemia, e eu podia ver seus dedos tensionados, sua perna rígida como se estivesse se segurando. Olhei para cima, e ele disse que estava quase gozando. Então me levantei e o beijei novamente.

Ele me levou ao banheiro do quarto, e fomos para o chuveiro. Nos pegávamos intensamente enquanto a água batia nos nossos corpos. Mas eu estava quente, minha respiração ofegante. Não conseguia me afastar daquele homem. Ele me virou de costas, beijando meu pescoço, desceu até minha bunda, abriu com as mãos e começou a lamber com vontade.

Ele dava tapas que deixavam a marca de sua mão em mim. Eu estava fora de mim, rebolando no rosto dele, gemendo alto. Não aguentava mais e implorava por ele dentro de mim. Foi quando senti sua boca na minha nuca e o seu pau na entrada do meu corpo.

Nem percebi quando ele colocou a camisinha. Senti sua mão passando algo em mim, parecia creme. Ele começou a posicionar o pau, forçando a entrada. Me senti sendo aberto, como se fosse ser rasgado ao meio. Tentei me afastar, mas ele me segurou firme, dizendo:

— Relaxa.

Ele foi deixando meu corpo se acostumar. Quando senti a cabeça entrar, era como uma pontada. Ele percebeu a dor no meu rosto e me beijou, mantendo o pau parado. Quando relaxei um pouco, ele começou a se movimentar levemente. Ele dizia que só tinha colocado metade.

Aos poucos, foi colocando mais e mais. Juro, era uma dor misturada com prazer que eu nunca tinha sentido antes. Metade de mim queria que ele parasse, enquanto a outra metade pedia mais. Então, com uma estocada forte, ele colocou tudo de uma vez, soltando um urro de prazer.

Fiquei colado na parede do banheiro, com o pau inteiro dentro de mim. Ele fazia carinho no meu corpo, me beijava, enquanto eu tentava relaxar. Senti a movimentação aumentar, e ele foi ganhando ritmo. Eu podia sentir cada centímetro dele entrando e saindo.

O som da água se misturava ao som de nossos corpos se encontrando, e meus gemidos eram abafados pelo prazer. Sem me tocar, acabei gozando. Minhas pernas bambeavam, e ele me segurava firme. Ele começou a meter mais rápido, enquanto eu gemia alto e com a voz embargada de choro. Ele me puxou contra o corpo dele e anunciou que estava gozando.

Depois que terminamos o banho, ele saiu do banheiro primeiro, enquanto eu fiquei lá debaixo da água, perdido em meus pensamentos. Terminei o banho, fui me trocar. Sua casa ainda estava bagunçada, mas um pouco mais organizada. Ele já estava me esperando na varanda dos fundos, com uma cerveja e um sorriso no rosto.

— Tá com fome? — perguntei.

— Um pouco, mas eu comeria outra coisa agora... — respondeu com aquele olhar provocador.

Eu ri e fui até ele. Ficamos ali, sentados, conversando e bebendo. A noite estava agradável. Ele comentou que, se eu quisesse, podia ficar por lá. Confesso que a ideia era tentadora.

— Você tá bem? — perguntou, olhando fundo nos meus olhos.

— Tô, só pensando em como foi tudo tão intenso hoje. — respondi.

— Intenso e gostoso — ele completou, segurando minha mão.

Ficamos em silêncio por alguns segundos, apenas curtindo a companhia um do outro. Aquela sensação de paz era algo que eu não sentia há tempos. Parecia que, finalmente, as coisas estavam se encaixando de um jeito bom.

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