Era sábado à noite, Italo, Bruna, Guilherme e eu estávamos na festa da engenharia.
Bruna bêbada e enciumada brigou com uma amiga de Ítalo o que o deixou constrangido e irritado. Guilherme bêbado após ter beijado um rapaz na festa se sentiu culpado e ligou para seu “namorado”, caso, não sei como nomear o envolvimento dele com Marcos, nosso supervisor, mas quem atendeu o telefone foi uma mulher que se identificou como noiva dele, desencadeando uma crise de fúria em Guilherme que foi para o bar beber catuaba e beijar todos os caras que podia.
Eu estava sendo “marmita” de um casal gay de namorados, um moreno e outro loiro. Na verdade fui alisado, dedado e mamado ate gozar no fundo da garganta do moreno. Neste exato momento um rapaz demonstrando estar um pouco alto da bebida nos flagrou e com uma cara de pervertido veio se aproximando alisando o pau por cima da calça.
_ Ual a festinha aqui está melhor que lá dentro. Posso participar?
Guardei meu pau fechei o ziper e voltei para festa enquanto o rapaz ja com o pau para fora deu para o moreno mamar. O loiro ia tirar seu pau do cu do moreno, mas ele não deixou. Olhou para novo rapaz e pediu.
_ Fode meu namorado!
Sem perder tempo o rapaz foi para traz do loiro masturbando seu próprio pau, cuspiu, lubrificou e penetrou o loiro iniciando movimentos de vai e vem. O loiro gemia e rebolava na rola pentelhuda cravada em sua bunda o que fez com que seu pau voltasse a ter o tônus de antes. O rapaz de barba cerrada virou a aba de seu bone para traz e apertou os mamilos pontudos do loiro enquanto movia seus quadris freneticamente. O moreno passou a rebolar e piscar o cu na rola do namorado o que deixou o loiro revirando os olhos de tesão e acabou gozando de novo no rabo do namorado. Então trocou com o moreno que agora arreganhou o cu melado de porra para o barbudo enquanto o loiro abria seu cu. Ou seja o moreno agora virou o recheio do sanduíche humano dando o cu para o barbudo e metendo no namorado loiro ate gozarem juntos e suados e ficarem se beijando.
Voltei para a festa me sentindo estranho uma certa culpa como se eu tivesse traído o…
_ Professor? Professor Ronaldo, o que o senhor está fazendo aqui?
Pergunto com espanto e medo dele ter me visto com os namorados, mesmo não tendo efetivamente nada com ele creio que as chances de uma aproximação seriam bem menores de um homem sério como o professor me ver em um beijo triplo.
_ Estou me fazendo a mesma pergunta.
Diz de forma humorada o professor soltando uma risadinha.
_ Na verdade não costumo frequentar esse tipo de festa, ao menos não ultimamente, já tive meus momentos.
Diz o professor Ronaldo com ar saudosista.
_ E creio que fazia muito sucesso e se me permite continua fazendo tenho certeza.
_ Sempre galanteador, em Samuka. Senti falta desse seu bom humor.
_ Bom saber professor.
_ E… bom, já está na minha hora. Marquei presença, mas creio que se eu ficar mais um pouco com essa música eletrônica martelando em minha cabeça vou ficar com dor de cabeça.
_ Eu também já vou indo.
_ Sério? Pensei que jovens como você raiavam o dia nessas festas, está tudo bem com você?
_ Sim está, mas sinceramente o que tinha de interessante nesta festa eu já vi.
Disse olhando profundamente nos olhos castanhos do professor. Um clima de tensão tomou conta, um silêncio apesar do barulho ensurdecedor da musica.
Então o professor diz.
_ Ok é ja vou indo… você esta de carro, quer uma carona?
_ Carro, eu?kkkkk
_ Amigo, você não sabe, não vai acreditar…
Chega me abraçando totalmente bêbado com os olhos e o rosto todo molhado.
_ O que aconteceu com você Gui?
_ Ele mentiu pra mim, ele esta me traindo com uma noiva, uma noiva!
Dizia com a voz embriagada e aos soluços de choro.
_ Vem eu te ajudo, meu carro esta no estacionamento.
Professor Ronaldo e eu um de cada lado levamos Guilherme até o carro do professor. Colocamos ele no banco de trás e eu fui no da frente e o professor dirigindo.
_ Ele costuma beber assim?
Pergunta o professor em um tom de preocupação.
_ Não, não o Gui bebe, mas bem pouco. Não faço ideia do que aconteceu.
_ Ao menos uma coisa boa, vou conhecer sua moradia.
Diz o professor Ronaldo.
_ É verdade, e quem sabe o senhor vire frequentador. Pode não gostar de uma festa agitada, mas um churrasquinho tranquilo com uma cervejinha e uma mandioquinha hem?
_ Um pão de alho e vinagrete também?
_ Com certeza! E por falar em alho eu faço um molho de alho para comer com a carne que é de comer rezando!
_ Assim você me conquista! Kkk
Diz o professor.
_ Farei o possível.
Digo.
_ Hã?
_ Digo… farei o possível para marcar esse churrasco o mais breve possível.
_ Vou aguardar o convite, sou ótimo com a churrasqueira. Pronto chegamos, vamos levar o “soneca” pra dentro?
Guilherme estava um caos, quase desmaiando no banco de trás do carro do professor Ronaldo. Com a ajuda dele, conseguimos carregar o corpo mole do meu amigo até o quarto, onde ele se jogou na cama e apagou no mesmo instante.
_ Ele vai ficar bem, amanhã depois de um banho, um analgésico e muito líquido ele fica novinho em folha.
Disse o professor com a voz baixa, quase um sussurro, enquanto ajeitava Guilherme na cama tirando seus calçados e a roupa o deixando só de cueca. Eu assenti com a cabeça, um pouco nervoso. O silêncio da casa fazia cada som parecer mais alto, e minha cabeça ainda estava turva com os acontecimentos da festa.
Saimos do quarto de Guilherme e com a voz baixa digo:
_ Obrigado professor, eu cuido dele agora. Quer comer alguma coisa, beber um café, uma água… um banho?
_ oi?
_ Digo um chá?
_ Vou aceitar uma água, obrigado.
Diz o professor enquanto nos dirigíamos para a cozinha. Ele sorriu levemente, com aquele olhar que parecia saber mais do que deixava transparecer.
Na cozinha, acendi a luz, revelando o pequeno espaço que sempre considerei mais prático do que acolhedor. Ronaldo encostou-se casualmente à bancada enquanto eu pegava dois copos no armário. Seu olhar parecia me seguir, atento, mas não invasivo. Eu sentia meu coração bater mais rápido, e não era apenas pelo cansaço.
_ Você mora aqui com o Guilherme há muito tempo?
Ele perguntou, quebrando o silêncio.
_ Desde o início do curso.
Respondi, enchendo os copos.
_ Dividir o aluguel é o único jeito de conseguir um lugar decente por aqui.
_ Entendo.
Ele pegou o copo que eu ofereci, nossas mãos se tocando brevemente. O contato foi rápido, mas pareceu durar mais do que deveria. Seus olhos prenderam os meus, e por um momento, esqueci completamente o que ia dizer.
_ Tinha certeza de que você era o mais responsável dos dois.
Ele comentou, com um tom divertido, mas que carregava algo a mais. Aquele subtexto implícito na sua voz era impossível de ignorar.
_ Nem sempre sou.
Eu disse, sem pensar muito. Só percebi como aquilo soou quando ele arqueou uma sobrancelha, um meio sorriso se formando em seus lábios.
_É mesmo?
Ele deu um passo para mais perto, ainda segurando o copo.
_Não parece.
Senti o ar se tornar mais pesado, carregado de algo indefinido, mas irresistível. Ele estava perto o suficiente para que eu notasse o perfume amadeirado discreto, a forma como sua respiração parecia tão controlada, tão calculada, os botões de sua camisa abertos deixando a mostra aquele peitoral musculoso adornado com seus pelos grisalhos.
_ Eu... normalmente sou, na verdade cuidamos um do outro ja a muito tempo, não sei se ja percebeu, mas o Guilherme e eu somos homosexuais e nossos pais, bem... Nossos pais não aceitaram muito bem essa situação.
Minha voz saiu mais baixa do que eu pretendia. Coloquei o copo na pia para ocupar as mãos, mas isso só me deixou mais ciente da sua proximidade.
Ronaldo inclinou a cabeça levemente, analisando meu rosto como se procurasse algo.
_ Você parece tenso.
Ele disse, ainda num tom quase casual, mas que tinha um peso escondido.
_ Essas lembranças, são complicadas e tambem um pouco de cansaço. Respondi, tentando soar despreocupado, mas minha própria voz me traiu.
Com seus olhos castanhos, intensos fitando os meus sua mão tocou de leve meu antebraço, um gesto que parecia inocente, mas carregava uma intenção clara. Meu coração disparou, e fiquei imóvel, sem saber se recuava ou avançava.
A verdade era que, naquele momento, eu não queria recuar.
Continua…
Autor: Mrpr2