Sextoooooouuuu, encerrando sagitário. Que venha Capricórnio. Até segunda....
Personagens do Signo:
VALESKA (https://postimg.cc/N5rX8QMD)
Outros Personagens:
GEANDRA (https://postimg.cc/NKqHpZ2c)
JONATHAN (https://postimg.cc/4Y6hMwph)
Características Signo: Otimista, Bagunceiro, Aventureiro, Imprudente, Sábio, Espírito Livre, Espontâneo.
Elemento: Fogo (Enérgico)
Continuando ...
[DIANA (POV)]
Valeska – Você acha que se isso fosse fazer algum mal a você, eu te ofereceria? Confia em mim, porque eu sei que é isso que você precisa. É libertador ... Você vai experimentar sensações que nunca sentiu antes.
Diana – Estou com medo. Sou contra usar drogas e em poucos dias já usei maconha e haxixe ...
Valeska – Maconha e haxixe nem é considerado droga... Em muitos lugares do mundo, é liberado o consumo sem nenhum problema, como se fosse cigarro, bebida alcoólica e, além disso, esse MD aqui é especial, mandei fazer numa dose pequena, bem leve, justamente pra ser usado por pessoas que nunca experimentaram.
Diana – E se eu tiver um piripaque? – Perguntei a ela, mostrando que estava preocupada.
Olga – Fique tranquila, Diana. Nós cuidaremos de você.
Valeska – Você tem que abandonar o seu velho “eu”. Olhe só pra você! Está mais linda do que nunca e agora você tem que ser uma nova mulher, dona do seu próprio nariz, capaz de assumir riscos calculados. É assim que uma CEO tem que agir. – Disse aquela mulher negra, de forma autoritária, porém sempre com um sorriso no rosto.
Diana – Tá bom, mas se eu passar mal, me levem pro quarto e chamem um médico, ambulância e tudo que for possível.
Elas concordaram e a Valeska me deu o comprimido. Coloquei na minha boca e engoli, achando que seria a maior cagada da minha vida, mas eu tinha que experimentar e provar que eu poderia me tornar outra pessoa.
(30 minutos depois)
Diana – Gente, esse negócio que você me deu não está funcionando ... Tem que ligar pro Procon, kkkk. – Falei rindo, bem debochada.
Valeska – É assim mesmo ... Daqui a pouco a “onda” vai chegar.
Diana – Estou com vontade de dançar! Quem aqui topa?
As duas toparam e ficamos dançando. O pagode acabou e agora era um DJ que comandava com música eletrônica.
DJ – Estão preparados pra cometer todos os pecados? Porque essa festa é patrocinada pelo Pecado Mortal, o novo perfume da marca Zodíaco. Vamos curtir galeraaaaaaaaaaaa!!!!!!
Olhei pra Valeska e Olga, e só então entendi que a festa foi armada por elas. Eu gritei e comemorei, chamando o DJ de lindo e gostoso.
Valeska olhou pra mim e começou a rir, cochichando algo pra Olga, que me olhou e me abraçou, se juntando a mim no coro de “DJ lindo ... tesão ... bonito ... e gostosão”.
Olhei pra cima e vi a lua, que estava linda, iluminando a noite ... Fechei os meus olhos e senti o meu corpo formigar. Toda vez que alguém me tocava, sentia uma descarga elétrica que me dava choques e sensações que eu nunca havia tido antes.
Quando dei por mim, estava sendo beijada por Valeska, que me abraçava e me tocava a bunda com as mãos. Olga trocou de lugar com ela e me beijou também ... E assim os beijos foram se sucedendo um atrás do outro ... Valeska, Olga, Valeska, Olga, Valeska, garçom, Olga, rapaz loiro, Valeska, garota com tranças, Olga, DJ, coroa com a esposa, Valeska e Olga juntas num beijo triplo, até que fiquei meio tonta de tanto beijar e fui me sentar.
Eu estava com tanta sede, que bebi uma garrafinha de 500ml de água de uma vez só ... Era tanta água, que me deu vontade de ir ao banheiro. Valeska foi comigo e no trajeto até o banheiro, acho que beijei mais umas 5 pessoas, e eu não parava de rir, dizendo que se eu continuasse assim, iria pegar sapinho.
Ela entrou no banheiro comigo e eu fui fazer as minhas necessidades, mas nem bem acabei, Valeska entrou na cabine seminua e me agarrou, dando um beijo que me fez perder o fôlego.
Ela apertava a minha bunda e beijava meu pescoço. Pediu pra que eu chupasse os seus peitos e eu fiz. Eu estava adorando aquela experiência, quando senti os dedos dela entrarem na minha buceta.
Fechei os olhos e gozei chamando-a de putinha safada. Eu estava ofegante e quando abri os olhos, eu estava deitada na cama, com Olga me chupando a buceta e Valeska chupando o meu peito.
Como eu vim parar aqui? Quando a Olga apareceu?
Valeska – Minha vez de gozar, safada!
Ela se sentou por cima de mim, colocando a buceta na minha boca e eu chupei o seu grelinho, enquanto Olga me chupava. Acabei gozando novamente junto com Valeska, mas algo estava estranho.
Meu corpo balançava com força e eu sentia que algo me empurrava pra cima, pra baixo e pros lados. Minha buceta estava quente, como nunca esteve antes, preenchida por algo muito grande.
Olga – Eu disse que você ia adorar o meu ferrão, Diana ... Quer ele todo dentro de você? – Perguntou Olga, empurrando aquela pica gigantesca em mim.
Diana – Eu não aguento, mas eu quero, sim ... Quero ele todo! Mete com força caralho.
Eu estava de olhos fechados, gemendo e gritando, quando senti outra pica entrando na minha boca. Abri os olhos com medo e vi que era Valeska usando um cintaralho e ela disse pra eu relaxar e aproveitar o momento.
Eu estava com medo, mas não era porque estavam fazendo aquilo comigo. Era porque eu estava gostando de tudo aquilo. Comecei a chupar aquela pica de borracha como se fosse de verdade, até que Olga parou de me comer e se deitou na cama, dizendo pra eu montar nela. Assim eu fiz e tive um novo orgasmo, quicando naquela pica gigante, sentindo-a me invadir até bater no meu útero.
Foi quando aconteceu algo que eu jamais poderia imaginar. Senti um dedo no meu cuzinho, com algo bem gelado e Valeska dizendo pra eu me abaixar um pouco. Com certo receio, eu fiz e em seguida senti uma pica invadindo o meu cuzinho. Gritei de dor, pois era um tamanho grande e de boa grossura, mas logo senti um prazer indescritível, que me causou um dos orgasmos mais intensos que eu senti na vida e acabei apagando.
Comecei a sentir uma dor no meu cuzinho e acordei tentando entender o que estava acontecendo. Eu estava de bruços e tentei olhar pra trás, Mas a posição não era favorável.
Olga – Calma, Diana! Sou eu ... Está um pouco difícil, mas estou quase conseguindo dar uma picada na sua bunda, como você me pediu.
Diana – Não ... eu não vou aguentar... É muito grosso ...
Olga – Com jeitinho entra ... Tá quase ...
Comecei a chorar de dor e Valeska apareceu no quarto, falando pra Olga parar, que ia acabar me machucando.
Foi a última coisa que eu escutei.
(Quinta-feira)
Acordei no dia seguinte com muita sede e com muita fome. Eu estava no meu quarto, e na hora que eu me levantei, senti uma dormência nas pernas e tive que me sentar de novo. Quando me sentei, senti uma dor na minha bunda, mais precisamente no meu cu.
Fechei os olhos e comecei a chorar, me lembrando de algumas coisas que eu havia feito. Eu tinha sido uma verdadeira puta na noite anterior, que até dupla penetração fez. Eu me lembrava de algumas coisas, mas sem os detalhes. Me lembrava do prazer que eu senti, mas a culpa veio na mesma intensidade e fiquei com nojo de mim.
Fui pro banheiro vomitar e embora eu estivesse com sede e com fome, eu estava com vergonha de sair do meu quarto. Que raiva!!! Por que eu fui tomar esta porra de MD? Por isso que o nome é droga! Porque é uma droga e eu estou me sentindo uma droga.
Ouvi pancadas na porta e a voz de Valeska e Olga, que me perguntavam se estava tudo bem.
Diana – SUAS FILHAS DA PUTA!!! SUMAM DAQUI... EU ODEIO VOCÊS. – Gritei com elas, dando um murro e um chute na porta.
Ouvi-as falando entre si, mas não conseguia entender nada, até que elas disseram que não sairiam dali, enquanto eu não as deixasse entrar. Eu estava sentada no chão ao lado da porta e me levantei com raiva, abrindo-a. Elas entraram e em seus rostos pude ver que elas estavam realmente preocupadas comigo.
Diana – Estou fodida e é culpa de vocês! POR QUE FIZERAM ISSO COMIGO? – Gritei novamente, com vontade de dar um soco na cara das duas.
Elas fecharam a porta do quarto rapidamente, pra evitar qualquer escândalo e começaram a se defender.
Valeska – Você que pediu, Diana. Nós só queríamos te ajudar ...
Diana – Ajudar? Que tipo de ajuda foi essa?
Olga – Do que você se lembra?
Diana – Que vocês me drogaram e que depois se aproveitaram de mim. – Disse chorando e me sentando na cama.
Valeska – Foi você que me pediu pra experimentar. Eu disse que era forte, mas você insistiu ... Você disse que era o que uma verdadeira CEO tinha que fazer. Se arriscar e aprender a calcular os riscos.
Diana – Foi você que me disse isso!
Valeska – Eu só concordei com você, porque você estava falando num tom, como se fosse a própria Odete Roitman ... Você já estava bêbada e nós queríamos te levar pro quarto, mas aí quando eu abri a minha bolsa pra guardar o celular, você viu um comprimido com um emoji desenhado e quis saber o que era e quando eu disse que era MD, você falou que sempre teve vontade de experimentar.
Diana – Eu não me lembro de ter acontecido desta forma ...
Na verdade, eu tinha certeza de que não havia acontecido daquela forma.
Olga – Do jeito que você bebeu... É mais do que normal, não se lembrar totalmente das coisas. – Disse Olga, armando pra me dar um abraço, mas eu a repeli, quase empurrando aquela mulher gigantesca pra parede.
Diana – Você enfiou o seu negócio na minha buceta ... Tá doendo ... – Reclamei, quase chorando novamente.
Olga – Você me desafiou, Diana! Disse que conseguia aguentar tudo e que nem iria reclamar. Só fiz o que você me pediu.
Diana – NÃÃÃÃOOO!!! Você está MENTINDOOOO!
Eu estava quase descontrolada, mas tinha que manter a conversa, naquele nível. Eu precisava mostrar a elas que eu não aceitaria aquele tipo de comportamento.
Olga – Estou? Estou mesmo? Você disse que morria de vontade de tentar encarar, mas tinha um pouco de medo, entretanto, você aguentou muito bem. Fiquei impression...
Valeska – E cismou que queria fazer uma DP, quando viu o cintaralho na minha mochila. – Disse a sagitariana, cortando a Olga e complementando a narrativa dela.
Eu estava muito irritada com elas, comigo, e pedi um tempo pra pensar. Não é possível que a versão delas fosse a verdadeira. Elas falaram que iriam na Lagoa Azul, e que as encontrasse lá, mais tarde. Não disse nem que sim, nem que não e elas saíram do meu quarto.
Quando comecei a trocar de roupa, reparei que tinha marcas de chupão no meu pescoço, peito, na barriga, na coxa e na virilha. Fiz o melhor que pude pra esconder as marcas e fui para o jardim do hotel. Eu tinha muito o que pensar, principalmente se eu havia feito a coisa certa, durante a viagem. Acabei pedindo um drink para o atendente. Depois outro, e depois outro. Na verdade, nem sei quantos foram. Eu já estava um pouco alta quando voltei ao quarto.
Eu precisava conversar com alguém e a primeira pessoa que me veio à cabeça foi o Adolfo e eu peguei o celular pra ligar pra ele, mas quando ele atendeu, meu cérebro, que já não estava nada bem, juntou a bebida recente com a ressaca do ecstasy e gerou imagens na minha cabeça. Adolfo beijando a Sol na minha antiga casa, depois na festa da Suzy e do passeio dos dois ao Pão de Açúcar, um dos lugares que eu mais gostava de passear.
Diana – Adolfo, tudo bem aí? Você sumiu ... Na certa deve estar comendo alguma puta ... Saiba que eu também estou aproveitando como nunca nessa viagem.
Adolfo – Aqui estamos todos bem ... O que você fez?
Decidi que era hora de tentar fazer com que ele soubesse o que estava acontecendo comigo. Não sei se ele conseguiria entender o motivo, mas eu tinha que fazê-lo sentir na pele o que eu estava passando.
Diana – Eu estou dando pra caralho.
Adolfo – Você fala pra eu não beber, mas é você que está bêbada, agora.
Diana – Não estou bêbada ... Estou chapada ...
Adolfo – Você está fumando maconha? É isso mesmo?
Diana – Maconha ... haxixe ... e experimentei MD também.
Adolfo – Isso é alguma brincadeira de mal gosto, Diana?
Talvez eu tenha exagerado um pouco nas informações, mas agora era tarde e eu tinha que tentar consertar a situação. Eu tinha que tentar voltar para a antiga realidade, ao invés daquele pesadelo que eu estava vivendo.
Diana – Eu queria que você estivesse aqui comigo e experimentasse um pouco desse bagulho.
Adolfo – Você não pode estar falando sério.
Diana – Você sempre disse que eu era muito careta. Agora que eu estou aproveitando um pouco ... você tá me criticando ... Vai tomar no cu!!! Vai pra puta que te pariu, você e a Sol.
Adolfo – Diana, eu não estou te reconhecendo.
Diana – Isso tudo é culpa sua, que fodeu a minha vida. Você fodeu o nosso casamento e agora eu vou foder com geral ... e já estou até fodendo ... Transei com a Valeska, transei com a Olga, transei com um surfista também ... e mais tarde vou transar com as duas de novo.
Adolfo – Você tá ficando doida, Diana? Enlouqueceu?
Diana – A Valeska comprou um cintaralho e eu dei a minha buceta pra Olga e o meu cu pro cintaralho da Valeska. Não consegui fazer a troca, mas hoje eu vou ficar com um plug tamanho “GG” no cuzinho o dia inteiro, pra poder aguentar aquele traveco safado no meu cu.
Adolfo – Diana, não faça isso ... Você tem que largar essas duas cobras e vir embora. Olha a maluquice em que você se meteu.
Diana – Foda-se! Foi você que fodeu com tudo ... Tchau e reza pro meu cuzinho, que você tanto comeu, aguentar o ferrão da Olga.
Desliguei na cara dele, me sentindo a pior pessoa do mundo e tive uma crise de choro que não parava de jeito nenhum. A minha vontade era bater a minha cabeça na parede, pra ver se as coisas voltavam pro lugar, porque na certa eu estava com um parafuso a menos. Que loucura eu estava fazendo?
Fui tomar banho e quando tirei a roupa, reparei melhor nas marcas. O que todos iriam pensar de mim? Chorei tomando banho e decidi que a “Nova Diana” não era uma pessoa confiável, mas eu não queria voltar a ser a “Velha Diana” também.
Eu tinha que achar um meio termo, ou eu seria esmagada pelas duas. Tentei fazer uma maquiagem que cobrisse os pontos roxos que ficariam visíveis e ao me olhar no espelho, achei o resultado satisfatório.
Me arrumei e saí do quarto. Todo mundo olhava pra mim, como se eu fosse uma estrela de cinema. Cochichos e sorrisos era o que eu mais via nos corredores e no saguão e eu só queria enfiar a minha cara num buraco e sumir. Quando os cochichos começaram a ficar mais audíveis, eu entendi que estavam se referindo a mim, com o apelido de “beijoqueira”.
Que vergonha! A minha vontade era discutir com todo mundo, mas agora não tinha mais jeito. Decidi assumir o apelido, perguntando a um casal que estava próximo, se eles queriam um selinho da “beijoqueira”. Eles toparam e eu me arrependi de ter feito a proposta, mas agora já era tarde. Outras pessoas apareceram e também me pediram selinhos e ficavam rindo.
Coroa – Onde vai ser o passeio hoje, beijoqueira? Podemos ir junto contigo? – Perguntou um senhorzinho, bem animado, querendo se chegar em mim.
Nem a pau, que eu beijei esse coroa. Não pode ser!!!
Diana – Vou ficar no hotel descansando. Beijei muito ontem e minha boquinha precisa de um descanso.
Todos em volta riram e alguém me perguntou o porquê da distribuição de beijos.
Diana – Eu estava feliz e quando a gente se sente feliz, temos vontade de beijar. Eu acho que queria dividir um pouco da minha felicidade com vocês.
Todos ali me aplaudiram e desejaram tudo de bom pra mim. Alguns até queriam me seguir no Instagram, mas eu disse que meu Instagram era fechado e somente poucas pessoas tinham acesso. Fiquei o dia inteiro na piscina do hotel, embaixo de uma sombra, beliscando aperitivos e bebendo bastante água e limonada.
Toda hora alguém me pedia pra tirar uma foto e alguns pediam selinhos ou foto fazendo selinho. Juro que comecei a achar tudo muito engraçado, mas eu tinha que acabar com isso e voltei pro meu quarto.
A viagem tinha acabado pra mim e Olga e Valeska quando chegaram do passeio, me perguntaram se eu estava bem e eu disse que sim, mas que eu queria ir embora.
Elas ficaram um pouco relutantes, dizendo pra aguardar mais um dia e eu acabei aceitando. As coisas não foram mais as mesmas entre a gente, mas conversei com elas numa boa, sem acusações e sem choro. Parecia que eu estava de ressaca e a irritação que eu sentia pela manhã, foi sumindo aos poucos.
(Sexta-feira)
Arrumamos nossas malas e na hora de fazer o checkout, o dono do hotel, em pessoa, veio falar comigo e me deu uma cesta, cheia de guloseimas e me disse que aquela festa tinha sido a melhor em anos ... e que sempre que eu quisesse, poderia me hospedar lá ... de graça, com tudo pago.
Eu não entendi muito bem como tudo isso chegou nesse ponto, mas agradeci a hospitalidade. Se ele soubesse que isso tudo foi por causa de drogas, tenho certeza de que iria chamar a polícia.
Ao se despedir de mim, pediu pra um funcionário do hotel tirar uma foto e me pediu um selinho também, junto com a foto. Eu tive que dar. Olga e Valeska riam da minha cara e o clima voltou a ficar mais leve entre a gente.
Encontramos o Mascarenhas no aeroporto e voltamos para o Rio de Janeiro. Durante a viajem acabei cochilando, com a certeza de que elas não iriam aprontar comigo novamente. Acordei com um pequena turbulência que passamos durante o trajeto.
Eu ainda estava assimilando tudo o que tinha acontecido, precisava conversar com a minha melhor amiga e o que eu ganhei foi mais uma rasteira da vida, porém, uma rasteira que eu imaginava que poderia acontecer. Quando peguei o celular pra avisar os meus filhos que eu estava voltando, tinha uma mensagem da Tati e era um textão daqueles enormes.
Tati – Oi, amiga. Eu queria te dizer, antes de mais nada, que você é a minha melhor amiga e é como se fosse a irmã que eu não tive. Eu nem sei como falar isso contigo e eu sei que essa conversa deveria ser pessoalmente, mas no momento, eu não tenho coragem de encarar você. Espero que algum dia você me perdoe pelo que eu fiz, entenda que eu não fiz por mal e que eu jamais iria fazer algo de propósito, que botasse a nossa amizade em risco. Achei que falar por mensagem seria mais fácil, no entanto, estou aqui enrolando, porque me falta coragem, mas eu espero que você me entenda. Eu e o Adolfo … nós ficamos e dormimos juntos. Simplesmente aconteceu.
Puta que pariu ... Era só o que me faltava. A minha vontade era jogar o celular pela janela. O que não seria possível, por estarmos no avião. Eu tinha que terminar de ler.
Tati – O Adolfo estava carente, precisando de um ombro amigo. Eu estava carente e o César não estava disponível. Ele disse que você ligou pra ele, falando um monte de absurdos que deixaram ele muito pra baixo, com vontade de fazer algo que ele não queria. Amiga, ele me disse que estava tendo crise de ansiedade e que estava querendo sair e beber todas. O que eu podia fazer? Falei a ele pra vir aqui em casa, e que a gente iria conversar, ver um filme e que tudo isso iria passar.
Eu queria ligar pra ela e xingá-la de todos os nomes, mas ainda tinha mais:
Tati – Quando ele chegou aqui, estava um caco, com olheiras gigantes e ele desabafou comigo, contando novamente o que vocês falaram e eu não estava acreditando. Ele chorou muito nos meus braços e como eu estava carente, acabei beijando-o. A iniciativa foi minha e ele até me perguntou se eu tinha certeza e eu disse que sim. Não vou falar com detalhes o que fizemos, mas saiba que aconteceu. Espero que você me perdoe um dia. Bjs.
Naquele momento, a minha vontade era ligar pra ela e mandar ela tomar no cu, mas provavelmente o meu ex-marido deve ter feito isso com ela e tanto a Olga quanto a Valeska, iriam estranhar a minha reação. O que estava acontecendo era surreal! Nós falamos tanto sobre isso. Falamos tanto que marido, ex-marido, namorado ou ex-namorado de amiga era território proibido e mesmo assim ela quebrou a nossa promessa.
As meninas me acharam estranha e perguntaram o que havia acontecido. Não tive outra alternativa, a não ser mostrar para elas as mensagens. Elas acabaram se compadecendo e me incentivando a “virar a página” de uma vez. Respondi a elas que iria tirar esta história a limpo com o Adolfo, e em seguida, realmente virar a página.
Há males que vem para bem.
Chegamos ao RJ e elas seguiram viagem pra São Paulo, dizendo que adoraram a viagem e que deveríamos fazer mais vezes. Falei que tão cedo não faria isso, mas quem sabe um dia.
Cheguei em casa e me deitei na minha cama. Abracei meu travesseiro e fiquei ali, deitada sem fazer nada. Eu precisava conversar com alguém e acabei ligando para a única pessoa que poderia me ajudar. Precisava de um abraço, mas acabei pegando no sono e acordei só no dia seguinte.
(Sábado)
Me arrumei e saí de casa. Estacionei o carro e cumprimentei a porteiro, que me perguntou como eu estava. Não respondi e segui o caminho em direção ao elevador. Eu sabia exatamente o que fazer e o que falar, mas eu queria fazer isso? Não, eu não queria.
Toquei a campainha e o meu filho Jonathan abriu a porta, me dando um abraço, que me desmontou. Comecei a chorar e ele também, atraindo Suzy, que apareceu em seguida, junto com a Giulia, pra ver o que estava acontecendo. Cumprimentei as duas e minha filha disse:
Suzy – Mãe, que bom que você chegou ... O papai não está bem. Está trancado no quarto e não responde. Estou quase chamando os bombeiros pra saber se ele está bem.
Diana – Ele está bem ... Bem até demais ... E o que a Giulia está fazendo aqui?
Suzy – O Caíque teve que vir para o RJ para acertar um trabalho e trouxe a Giulia para me visitar.
Fui até a porta do quarto e comecei a socar com força.
Diana – Adolfo, abre essa porta! Fez a merda e agora tá se escondendo? Abre a porra dessa porta!
Adolfo – Diana, vá embora! – Falou Adolfo, baixinho, quase não dando pra ouvir.
Diana – Vou embora porra nenhuma! Abre logo está merda! – Bati novamente na porta, atraindo a atenção de Suzy e Giulia, que meteu a cara no corredor e olhou pra mim, assustada.
Adolfo – Diana, eu não tive culpa! Aconteceu ...
Diana – Você podia dormir com qualquer uma, Adolfo, mas logo a Tati? Você fodeu o nosso casamento e agora fodeu o meu relacionamento com a minha melhor amiga! O que você quer mais?
Suzy – Meu Deus!!!
Diana – É isso mesmo, filha! O filho da puta do seu pai comeu a Tati ontem.
Suzy – Tem certeza, mãe? Não pode ser. – Disse a minha filha, incrédula, quando eu falei sobre o pai dela e Tati.
Diana – Por que você acha que ele está escondido? Abre essa porta e assume o que você fez.
Adolfo abriu a porta e aí tudo desandou de vez:
Adolfo – Quem você pensa que é? Tá me chamando de filho da puta, mas e você? Por que você não conta pra sua filha o que você fez ...
Diana – Pare, Adolfo! ... É bem diferente ... Você só poderia reclamar, se eu tivesse dado pro seu amigo, César, ou outro qualquer. Pra quem eu dou, não é mais problema seu. – Falei baixinho com ele, pra situação não sair do controle.
Adolfo – Você pode dar pra quem você quiser e pra quantos quiser. Pode dar o seu cu, até pro mendigo se você quiser, MAS USAR DROGAS? – Falou Adolfo, aumentando a voz, quase gritando.
Diana – Adolfo, vamos conversar lá no quarto ...
Adolfo – Por quê? Está com vergonha da sua filha saber as merdas que você está fazendo?
Suzy – Drogas, mãe? Eu não tô acreditando ... – Disse minha filha com ódio no olhar.
Adolfo – É filha ... Eu posso ser um alcoólatra, mas a sua mãe é uma drogada.
Diana – Pare, Adolfo!!!
Adolfo – Vamos abrir o jogo! Filha, a sua mãe fumou maconha, haxixe …
Suzy – O que está acontecendo com vocês? A gente era feliz e agora está tudo se destruindo! POR QUE VOCÊS ESTÃO FAZENDO ISSO? – Gritou minha filha, se escorando na parede e escorregando até o chão, tapando o rosto com as mãos.
Comecei a chorar e meu filho veio me abraçar, enquanto Giulia acudia Suzy.
Adolfo – A mãe de vocês usou até ecstasy e fez sexo com duas pessoas, sendo que uma delas é travesti ... Ela não tem direito de vir aqui me cobrar nada, porque tudo o que aconteceu ontem foi culpa dela.
Diana – A culpa é sua! Você levou a Marisol ao meu local preferido. Fez de propósito só pra me machucar.
Adolfo – Levei, sim, porque é o meu local preferido também. Não posso ir lá nunca mais? Ou só posso ir lá sozinho? – Falou meu ex-marido, quase aumentando a voz e me desafiando.
Diana – Você pode ir até pra puta que te pariu, se você quiser, mas a gente tinha feito um acordo.
Adolfo – Mas o acordo era a gente não ficar com outras pessoas na frente, um do outro.
Diana – Mas você não imaginou que iria me deixar mal, levando outra no lugar que eu mais amo passear?
Adolfo – Mas eu também gosto de ir lá ... e como é que você ficou sabendo que eu fui lá com a Marisol?
Diana – Isso não interessa!
Respirei fundo e contei até dez.
Diana – Por que você fez com a Tati?
Ele se sentou no sofá e começou a chorar.
Adolfo – Aconteceu, Diana. Eu fiquei muito abalado com o que você falou e me senti muito culpado por você estar fazendo todas aquelas coisas e a minha vontade era sumir e beber até ...
Suzy, que estava sendo amparada e abraçada por Giulia, correu pra junto dele e o abraçou.
Adolfo – A Tati só queria me ajudar a ficar na linha, só que ela estava carente e eu também, de certa forma. Aconteceu, Diana ... e só depois que a gente parou pra pensar na merda que a gente tinha feito. Eu não queria que ela te contasse, mas ela disse que não poderia esconder aquilo de você, mesmo que a amizade de vocês acabasse.
Diana – A partir de hoje, nunca mais fale comigo. Vai ser melhor assim, depois a gente vê como as coisas vão ficar.
Adolfo – É sério que você vai fazer isso? – Perguntou Adolfo, quase me implorando.
Diana – Não está vendo, que a gente está quase se matando? É melhor assim. Você me disse, quando estava no hospital, que havia desistido de mim. Parece que agora é uma realidade.
Dei um abraço nos meus filhos e fui embora ... Fiquei uma boa parte do domingo remoendo tudo que aconteceu, já que eu não tinha ninguém pra conversar. Deixei o celular desligado e sai de casa, porque eu não queria que ninguém me encontrasse, mas às vezes, as coisas acontecem como se fossem coincidências do destino.
Eu senti vontade de ir visitar um dos lugares que mais gosto, pois na minha cabeça, aquele local estava maculado pela Marisol e eu fui sozinha no Pão de Açúcar, como se fosse pra reconquistar o solo que era só meu.
Tomei açaí e fiquei admirando a vista. Tomei uma caipirinha de frutas vermelhas e comi uma tapioca de queijo, tomate e orégano.
Tive uma sensação esquisita. Em vários momentos eu olhava pra trás, pois tinha a impressão de que estava sendo seguida por alguém. Teve uma hora que eu fiquei procurando na multidão de pessoas, mas devia ser coisa da minha cabeça.
Decidi ir embora, mas antes resolvi tomar uma água de coco na Praia Vermelha e novamente a sensação de estar sendo observada por alguém. Fiquei assustada e decidi voltar pra minha casa.
(Segunda)
Eu estava indo pra empresa com muitas dúvidas sobre a decisão que eu iria tomar, mas com certeza seria a mais acertada para todos os envolvidos. Entretanto, eu ainda precisava saber das reações do Ariano ao tomar conhecimento dos detalhes da viagem com a Valeska e a Olga.
Assim que eu cheguei, Tati me aguardava na porta da empresa. Ela queria falar comigo de qualquer jeito e eu disse que não, mas que depois teríamos uma reunião de negócios.
Quando fui entrar na empresa, um dos seguranças barrou a minha entrada e pediu que eu o acompanhasse até a entrada dos fundos que, segundo ele, havia sido preparado todo um esquema pra me apresentar aos funcionários de uma forma que seria inesquecível a todos.
Acompanhei o segurança, pensando que o Ariano gostava de fazer essas superproduções e ele me conduziu até uma sala, onde eu podia ver uma grande parte dos colaboradores da empresa.
De lá, eu pude ver que a Soninha estava linda, com um terno executivo, pois ela seria agora a secretária de uma CEO. Jéssica e Paula também estavam muito elegantes e a empresa estava linda, com um toque meio futurista e arrojado.
Os equipamentos eram de ponta e eu estava muito satisfeita com tudo, a não ser pelos cochichos que eu notava de várias pessoas. Será que eram fofocas sobre a minha pessoa?
Tati estava de cabeça baixa o tempo inteiro, na certa esperando o seu desligamento da empresa. Ariano falava com os outros acionistas que estavam impressionados com a nova cara da empresa, pois eu os via apontando para os equipamentos e para a mobília, até que Ariano foi ao centro do salão, e começou a falar:
Ariano – Bom dia a todos. Eu poderia falar durante horas sobre o futuro da empresa e os novos rumos que a diretoria decidiu tomar, mas eu queria mesmo era falar sobre a nossa nova CEO, Diana Di Capri.
Todos bateram palmas e eu me senti o máximo com aquilo. Era uma sensação muito boa.
Ariano – Ela é uma profissional de alta competência, e disso ninguém tem dúvidas, porque depois de vários projetos bem-sucedidos ao longo dos anos, tivemos recentemente o Pecado Mortal, que foi um sucesso absoluto.
Todos concordavam com ele, balançando as cabeças afirmativamente e eu já estava preparada pra entrar em cena, assim que ele me chamasse, mas o que aconteceu em seguida, me deixou preocupada.
Ariano – A Srta. Di Capri é incrível, fora de série ... e ela está muito empolgada com esse novo desafio, mas ela achou que deveria se preparar mais ainda, pois vocês sabem como ela é perfeccionista. É uma capricorniana raiz e infelizmente ela não pôde comparecer hoje, pois decidiu fazer um curso intensivo nos Estados Unidos, pra estar à altura do cargo ... Eu falei que não precisava, mas ela disse que seria para o bem da empresa.
Todos bateram palmas novamente e eu tomei um susto. Tentei abrir a porta, mas ela estava trancada.
Ariano – Nessa breve ausência dela, eu irei dirigir a empresa, com o auxílio da Srta. Tatiana Silvério, que também se mostrou muito capaz durante esses anos na empresa.
Isso só pode ser uma pegadinha!!! Afinal, que porra é essa? O que está acontecendo aqui?
Novamente tentei abrir a porta, socando e forçando a maçaneta.
Ariano então encerrou o discurso, cumprimentou algumas pessoas e pareceu olhar pra onde eu estava e sorriu. Em seguida ele abordou Tati, que estava mais perdida do que cego em tiroteio e conversou com ela. Eu queria ir embora dali, pois me senti traída, até que escuto um barulho na porta, e Ariano e Tati entram na sala.
Diana – QUE PALHAÇADA É ESSA? VOCÊ ME TRANCOU AQUI COMO SE EU FOSSE UM ANIMAL ... SE VOCÊ ME QUERIA FORA DA EMPRESA, ERA SÓ FALAR ...EU VOU EMBORA AGORA. – Vociferei, quase gritando pra ele, querendo começar um escândalo.
Ariano – Não é nada disto. Você vai se acalmar e ouvir o que eu tenho a dizer. – Retrucou Ariano, bem sereno, falando baixo, mas num tom firme.
Diana – E por que ela está aqui?
Ariano – Ela queria falar contigo, urgentemente, e eu acabei trazendo-a comigo, mas é melhor conversarmos a sós antes.
Eu já imaginava qual seria o teor da conversa. Mesmo assim, fiquei receosa sobre o qual seria o meu comportamento, dependendo do que ele me falasse. Enquanto isso, Tati saiu de fininho, dizendo que me esperaria, fechando a porta, assim que saiu.
Ariano – Diana, eu gostaria de não ter essa tipo de conversa contigo, mas como você já sabe, eu sou uma pessoa muito obstinada, determinada a conseguir as coisas que eu quero e quando alguma coisa sai fora do meu planejamento, eu fico muito chateado.
Diana – Se não é para me tirar da empresa, por que aquela historinha de que eu fui para os Estados Unidos me preparar pro cargo?
Ariano – Foi uma mentira de leve ... Digamos que eu errei no tempo verbal, porque você vai, ainda hoje, para os Estados Unidos pra fazer duas coisas.
Diana – Se você queria que eu fizesse um curso de aperfeiçoamento, por que não falou antes?
Ariano – O curso é o de menos, Diana. Eu quero que você vá aos Estados Unidos pra fazer uma bateria de exames e você vai junto com a Flávia, que vai acompanhar todo o processo.
Diana – Pra que isso? É uma espécie de exame admissional sofisticado?
Ariano – Diana, na vida, tudo o que nós fazemos nos traz consequências e eu fiquei sabendo que você teve um comportamento promíscuo na viagem com as meninas.
Diana – Isso é um absurdo!!! Quem sabe da minha vida sou eu? – Falei de forma enérgica, batendo a mão no meu peito, mostrando a ele, que ninguém manda em mim.
Ariano – Parece que não sabe ... Por acaso você voltou a ser uma adolescente inconsequente? Transar com desconhecidos sem proteção? Onde você estava com a cabeça?
Diana – Isso não é da sua conta! – Falei novamente, mantendo a energia nas palavras.
Ariano – Claro que é, pois se eu estou interessado em você, tenho que tomar certas precauções. Na verdade, estou apenas antecipando o processo, já que em algum momento, você teria que fazer estes testes.
Diana – Eu sei que errei e me excedi um pouco, mas não foi nada tão grave.
Ariano – Será? Será mesmo, Diana? Vejamos, você fez sexo com o recepcionista do hotel, sem preservativo. Uma pessoa que você nunca viu na vida.
Diana – Aquelas duas linguarudas ... – Resmunguei baixo, mas o suficiente pra ele ouvir.
Ariano – São minhas esposas, Diana. Num casamento sólido e verdadeiro, não pode haver segredos ... Continuando ... No dia seguinte, você fez sexo anal sem preservativo e ainda deixou que o indivíduo gozasse dentro ... Outro indivíduo, que você conheceu no dia anterior ... e, não satisfeita, transou com a Olga, sem preservativo também, que transou com a Valeska sem preservativo também ... O que aconteceu com vocês nessa viagem? Comeram merda?
Diana – É que nós abusamos um pouc ...
Ariano – Eu já sei de tudo! – Interrompeu Ariano, com uma certa raiva. – Vocês usaram drogas e perderam a linha.
Diana – Eu nunca tinha usado e acho que foi tudo demais pra mim ...
Ariano – Você pode ter contaminado várias pessoas Diana. A sorte é que eu não quis fazer sexo com a Olga e nem com a Valeska, senão eu poderia estar contaminado também.
Diana – Mas eu acho que não estou contaminada. Estou me sentindo bem e estou até cheirosinha lá embaixo ...
Ariano – Não existe isso de achismos, Diana. Ou tá ou não tá, e isso quem vai dizer são os exames que você vai fazer nos Estados Unidos. Olga e Valeska também já foram fazer por aqui mesmo.
Diana – E por que eu tenho que ir pra lá? Por que a Valeska não vai também já que ela adora viajar?
Ariano – Quanto a Valeska, digamos que ela está “impossibilitada” de viajar, e irá continuar assim durante algum tempo. Quanto a você ir para os Estados Unidos, é uma política da empresa, que eu acabei de incluir no contrato. Todo CEO tem que fazer exame admissional nos Estados Unidos. Estamos entendidos?
Diana – Por que está me tratando dessa forma? Foi você que me forçou a fazer essa viagem.
Ariano – Eu realmente a incentivei a fazer a viagem, mas não sabia que você iria usar drogas e sair transando com desconhecidos e eu nem vou comentar sobre o episódio dos beijos ... Por acaso você sabia onde aquelas bocas estavam antes de você sair beijando todo mundo, como uma metralhadora giratória?
Eu abaixei a cabeça, pois era duro ouvir esse esporro depois de adulta, mas ele tinha razão. Que merda! A reação do Ariano foi enérgica como eu havia imaginado e ele continuava interessado em mim.
Diana – Eu não tive culpa! Eu estava sob efeito de drogas ...
Ele se aproximou de mim e fez um carinho no meu rosto e disse num tom mais amável:
Ariano – Eu sei disso tudo, Diana, mas ninguém lhe obrigou a usar. Você se colocou nesse caminho e agora tem que aguentar as consequências, igual a Valeska e a Olga.
Diana – Você as puniu? – Perguntei preocupada, pois apesar do que fizeram, eu não queria o mal delas.
Ariano – Não é punição, Diana! São consequências dos atos. A Lei é de Newton, não minha. Olga vai ficar um tempo sem poder transar comigo ou com qualquer outra esposa, até termos o resultado dos exames. Isso sem falar que eu cortei algumas mordomias dela. E pra Valeska a mesma coisa, sendo que eu vou deixá-la sem viajar por uns 6 meses. Além disto, ela era a única que tinha permissão pra ter aventuras sexuais extraconjugais, mas agora, nem isso mais tem.
Diana – E qual será a minha punição?
Ariano – Você ainda não é minha esposa, Diana. Como você disse, não é da minha conta, mas, se você vai ser minha, eu quero você bem.
Eu não estava nada satisfeita com o rumo que as coisas estavam tomando, mas então ele me abraçou e eu escutei o coração dele batendo mais rápido e senti o perfume que exalava dele, que me deixou meio aérea.
Seus braços eram fortes e envolventes e ele ficou me apertando, quando de repente senti sua mão em minha bunda, igual ele fez no dia da festa da minha filha.
Ariano – Eu também quero um beijo da beijoqueira. – Falou Ariano, com um sorriso maroto no rosto.
Diana – Eu já te dei naquele dia.
Ariano – Quero outro!
Diana – Vai se arriscar? Minha boca deve estar cheia de sapinho!
Ariano – Um beijinho não tem problema.
Olhei pra sua boca, que já estava bem próxima da minha e demos um beijo bem de leve e quando eu fui afastar os meus lábios dos dele, sua outra mão segurou a minha nuca, não permitindo que eu me afastasse e continuamos a nos beijar.
A mão dele que estava em minha nuca, foi pra frente, apertando os meus seios, enquanto a mão dele que estava na minha bunda foi pra minha nuca, alisando antes as minhas costas. Senti seu cacete endurecer e fazer pressão na minha virilha e na mesma hora botei a mão pra sentir o volume.
Ariano – Você me deixa doido, Diana! Você nem imagina como estou apaixonado por você.
Era a primeira vez que eu ouvia isso dele e fiquei assustada. Eu tinha acabado de sair de uma relação e depois fiz aquela viagem maluca e agora tem alguém apaixonado por mim ... Era uma situação estranha.
Ariano – Melhor a gente parar por aqui, antes que eu use aquela mesa como cama.
Diana – E você acha que eu iria dar pra você, aqui? – Perguntei a ele, bem sensual, mordendo os lábios e indo para trás da mesa.
Ariano – Você vai dar pra mim onde eu quiser, Diana. É só uma questão de tempo ...
Ele se endireitou. Foi na geladeira, pegou uma água e molhou o pescoço e um pouco dos cabelos. Como ele estava usando calça social, era visível o volume que marcava na virilha e eu perguntei a ele se ele iria sair daquele jeito pela empresa.
Ariano – Algum problema? Está com ciúmes que outra mulher veja?
Diana – Você é muito convencido, né?
Ariano – O que é bonito é pra se mostrar, Diana! Vocês não gostam de desfilar e mostrar os seios e a bunda com decotes e saias apertadas?
Ele abriu a porta e saiu, falando que a Tati ainda estava me aguardando na porta.
Esperei ela entrar e fechar a porta e perguntei o que ela queria falar.
Tati – Eu nem sei o que te falar ... Primeiramente, eu queria te pedir desculpas e tentar me explicar, mas o que está acontecendo, Diana? Por que esse teatro? E por que ele me escolheu pra ficar temporariamente no seu lugar?
Diana – Uma coisa não tem nada a ver com a outra. Você é mais antiga do que eu aqui na empresa e foi você que me trouxe pra cá, quando eu saí da natação. Além disso, você é tão capaz quanto eu.
Tati – Mas eu não ...
Diana – Como eu estava dizendo, você merece o cargo, mas a nossa amizade nunca mais será a mesma.
Tati – Diana ... – Disse ela tentando se aproximar, mas eu não permiti.
Diana – Não, Tati ... Eu agora vou ficar remoendo todas as vezes que você estava com o Adolfo. Vou ficar pensando se já não existia alguma coisa ... Eu já deixei vocês dois sozinhos em algumas ocasiões ... E se desde muito tempo já tem esse sentimento incubado.
Tati – Eu juro por Deus, Diana! Juro por Deus, que nunca rolou nada, pelo menos da minha parte e o Adolfo ainda te ama.
Diana – Helena, Keyla, Agatha, Marisol, ... você ... Eu cansei de mentiras e não sei mais em quem confiar.
Tati – Você pode confiar em mim. Eu não posso viver sem a sua amizade. É melhor eu me demitir.
Diana – Tati, eu vou viajar pra fazer um curso bem rápido e quando eu voltar, a gente decide o que fazer. Esse tempo afastado vai ser bom pra gente, e se a nossa amizade for realmente forte, pode ser que algum dia a gente fique bem, mas no momento eu quero distância de você. Estou muito magoada!
Ela ainda tentou argumentar, mas eu fingi que não ouvi e lhe dei as costas, deixando com que ela falasse para as paredes. Eu tinha que seguir em frente. Ariano me aguardava do lado de fora e praticamente me sequestrou, me conduzindo pelo mesmo corredor que o segurança me trouxe.
Ariano – Flávia está te aguardando no aeroporto e você nem precisa passar em casa pra pegar roupas. Quero que você renove o seu guarda-roupa, já que vai estar em Nova York. Quero você bem chique, comandando essa empresa e quando você voltar, a gente poderia passar um fim de semana viajando. O que você acha?
Diana – Você já planejou tudo, pelo que estou vendo.
Ariano – Eu sempre penso muito à frente, Diana.
Diana – Eu mal voltei de viajem e nem fiquei com meus filhos e já vou viajar de volta?
Ariano – Seus filhos vão entender, Diana. Quantas horas extras você já fez e nem voltou pra casa, emendando direto, às vezes sem, nem mesmo, tirar um cochilo? Eles já estão acostumados.
Diana – Mas eu queria justamente passar mais tempo com eles. Essa fase da idade que eles estão, pedem mais disciplina e ...
Ariano – O Adolfo vai dar conta. Não se preocupe!
Diana – O Adolfo? Tenho minhas dúvidas ... Ele não está bem.
Ariano – Eu conversei com ele, um dia desses, e ele me pareceu bem.
Diana – Du-vi-de-o-dó.
Ariano – Ele é um cara legal! Divertido ... Ainda seremos grandes amigos ... você vai ver ...
Olhei pra ele, não acreditando no que ele estava falando, mas ele parecia confiante e determinado.
Chegamos até o meu carro e ele me disse que eu fosse em casa pegar o passaporte e itens básicos de uso pessoal. Nós nos despedimos e ele tentou me dar um beijo, mas eu coloquei a mão na frente, pois ali no estacionamento estávamos muito expostos.
Entrei no carro e fui pra minha casa. No trajeto, comecei a viajar dentro da minha mente. Agora, tenho que fazer o que é melhor pra mim. A vida que eu vivia não me serve mais e não sei como eu vou fazer pra me reerguer. Tudo parece novo pra mim e eu não sei direito como agir, mas eu tenho que seguir. Fazer o que é melhor.
O meu futuro é um enigma, pois ainda não consigo ver o meu caminho. É como se a minha estrela guia tivesse me deixado, mas eu tenho que me reerguer, lutar, encarar e enfrentar as coisas do meu jeito. As coisas podem não ter saído como eu imaginei, entretanto eu tenho que encontrar o meu “novo caminho”.
Ser forte, pra aguentar o que vier pela frente e por trás também. Me proteger de tudo e de todos. Eu não sei como vai ser, mas a minha vida nunca mais será igual antes.
Continua...