Meu desespero era grande, mas felizmente, ao menos, me mantive suficientemente racional para fazer as escolhas corretas antes de começar a live naquele site de conteúdo adulto, além de realizar minha pesquisa antes de começar. Eu pensei em fazer a transmissão cobrindo o rosto com uma máscara ou algo do tipo, mas tal prática não era permitida no site. Pelo menos pude usar de um pseudônimo. “Guto19y” foi o que escolhi e, antes mesmo de iniciar, tive medo de ser achado ali por alguém que conhecia. Cai na real Gustavo! Disse a mim mesmo. Milhões de pessoas acessam esse site. Era extremamente improvável eu ser reconhecido ou que fosse encontrado apenas a partir de meu rosto.
Outra preocupação minha era que os espectadores me forçassem a fazer coisas muito extremas por pouco dinheiro, sendo assim, visitei o perfil mais famoso no site, um casal, roubei sua tabela de preços e dobrei seus valores antes de, sem sequer ler, a utilizar em meu perfil. Não cumprir com as demandas do público quando pago era uma violação grave às políticas da plataforma, podendo gerar um banimento permanente do criador de conteúdo, portanto, atribuí valores absurdos até as tarefas mais leves. Eu talvez não conseguisse arrecadar nada devido a isso, mas, pelo menos, não teria que me penetrar com o braço inteiro por 5 reais ou coisa do tipo. A real era que eu sequer me sentia confortável para tirar a roupa na frente da câmera.
Vai ser só um teste. Disse a mim mesmo. Não vou ficar pelado nem nada do tipo em minha primeira transmissão e, por saber que, quanto mais tempo ela durasse, provavelmente mais dinheiro seria doado, decidi configurar tudo para apenas 1h de live. Também era uma regra inviolável do site que, independente das circunstâncias, os shows deviam durar no mínimo o tempo que fossem combinados. sessenta segundos foi o menor intervalo que consegui estabelecer para aquela loucura.
Eu usava uma camiseta preta, bermuda verde e estava sentado com as pernas cruzadas no sofá em frente a webcam que apontava para mim com a luzinha verde apitando indicando que ela estava ligada. Meu corpo todo e rosto eram visíveis na tela a uma resolução full HD de 1080p à 60fps. O microfone da minha câmera era bem bom também e, ao lado dela, meu abajur iluminava a cena. Com uma qualidade audiovisual dessas, seria difícil não ser notado. Pensei.
Quando cliquei para iniciar a transmissão, na tela do meu computador, um pop-up apareceu ao lado de minha imagem. Era o chat. Em seguida, a voz robótica soou pela caixinha de som: “Guto19y iniciou o show!” Eu suei frio naquele calor e vi o número de espectadores pular de 0 para 1.
Tem alguém me vendo! Pensei com ansiedade. Merda! Merda! E pensei na hora em encerrar a transmissão. Aquilo era uma ideia terrível desde o início. Eu tinha medo de falar em público, nunca me dei bem sequer apresentando trabalhos na escola. Assim, estendi o braço rapidamente e segurei o mouse para acabar com aquela loucura.
Espera… Sou eu. Percebi. A única pessoa assistindo aquela live era eu mesmo em outra aba silenciosa em meu computador. Eu relaxei mais o corpo e me senti um idiota na hora. Quando fechei aquela outra janela, vi o número de pessoas assistindo descer para zero novamente.
Cara, por que eu sou tão patético? Me questionei mentalmente em claro derrotismo. No fundo, eu queria ser igual ao Rodrigo. Ele não ficaria de viadagem em um momento como aquele. Meu amigo tinha postura, pulso firme e cagava para o que os outros pensavam dele. Se eu não conseguia sequer falar um pouco com uma câmera, no conforto da minha casa, era melhor que apodrecesse na miséria mesmo. Ninguém nesse mundo tinha necessidade de alguém assim. Não era de se esperar que eu estivesse desempregado.
Não! A partir de agora, as coisas serão diferentes. Eu vou agir como um homem de verdade, como Rodrigo agiria, ou pelo menos tentar. Por mais que aquela aventura doida em um site de camboys desse errado, passando aquela 1 hora de live, tomaria um rumo na minha vida. Mesmo que tenha de voltar a morar com meus pais, prometi para mim mesmo que estudaria, procuraria um bom trabalho e pararia de choramingar. Era assim que Rodrigo agia. Ele não se lamentava, mas seguia em frente e tentava com todas as forças tomar para si o que era seu por direito.
Eu fechei os olhos por alguns segundos para meditar e quando finalmente levantei minhas pálpebras, minha atitude já estava diferente. Assim, estufei o peito, bebi um gole de água e disse para meus incríveis 0 espectadores:
— Beleza galera?
Não obtive respostas, mas não importava. Meu novo eu já era o suficiente. Se aquele site tivesse a menor possibilidade de ser meu novo trabalho, daria meu melhor já no primeiro momento. Eu então abri uma aba de vídeos no youtube e coloquei para tocar uma playlist de funk como som ambiente. Bem melhor. Pensei relaxado e quando voltei para a aba do chat, vi o número 5 ao lado do ícone de espectadores.
Um calafrio me subiu a espinha na hora. Calma. Disse a mim mesmo em minha cabeça e segui agindo naturalmente, bolando meu beck e curtindo o som.
— Tá quente pra caralho hoje. — Comentei fingindo desinteresse.
* Quente mesmo * Disse a primeira mensagem de anon44y22cm
Aquilo me apavorou ainda mais e jogou minha ansiedade a mil. Era muito estranho ser visto ali, rosto e voz em um site +18 conversando com um cara anônimo na internet. Meus viewers aumentaram para 10 simultâneos. Tentei me manter calmo e acendi meu baseado.
* Que gracinha você. * Outra pessoas disse seguido por um emoji de coração.
— Obrigado John… — Respondi sem graça. Eu sabia que tinha de ser simpático, embora, na vida real, se um viado dissesse isso pra mim, provavelmente o responderia com um soco.
Mais mensagens chegaram e a contagem de espectadores já estava em 25 cabeças. Por mais que estivesse desconcertado, até que curti ler tantos elogios dirigidos a mim e, portanto, me soltei e comecei a conversar com o público.
* Você é um gatinho. Vou ficar por aqui. * Disse outra pessoa e agradeci imediatamente.
* Qual o seu nome e idade? * Perguntou um usuário.
— Bem, vamos dizer que meu nome é Guto. Tenho 19 anos, como consta no meu perfil. — Respondi e sorri para a câmera.
Merda! Pensei. Eu não era obrigado a dar meu nome verdadeiro ou localização caso perguntado, mas, senti que não deveria ter respondido aquela pergunta. No Cam4you, as perguntas também podem ser remuneradas e, portanto, poucos eram os criadores de conteúdo que interagiam com o chat gratuito dessa forma. A regra era que, se alguém quisesse saber sobre mim, deveria mandar uma pergunta junto a uma doação. Tudo nesse escopo devia ser respondido com sinceridade, exceto dados pessoais como nome e onde moro. No fundo, eu tinha medo de receber questionamentos muito íntimos, principalmente sobre o tamanho do meu dote, mas como ainda não tinha recebido nenhum dinheiro, acabei me tranquilizando. Por fim, as pessoas do chat adoraram saber que eu era tão novo.
Ao total, 50 pessoas já me assistiam enquanto apenas respondia agradecendo aos elogios e jogando conversa fora sobre trivialidades como música, hobbies e clima. Uma parte de mim estava gostando bastante da atenção, comemorando sempre que tinha mais engajamento, enquanto outra sentia ansiedade e torcia para que aqueles números parassem de crescer.
* O que te trás aqui ao site Guto? * Veio uma pergunta, no valor base de 15 reais.
Eu tremia de felicidade e surpresa enquanto a voz robótica lia para mim aquele questionamento.
— Ah cara, sinceramente? É a primeira vez que faço live aqui e eu preciso da grana para pagar o aluguel. — Falei. — Enfim, mas estou gostando de ficar aqui com vocês. Obrigado pelos 15 reais, a propósito. — Complementei em seguida por sentir que, talvez, minha resposta tivesse soado como muito seca e gananciosa.
* Ele é tão fofo e educado! * Disse alguém no chat, me fazendo corar.
* Siimm! *
* Acho que ele ficou vermelho rsrs*
Mais 15 reais caíram em minha carteira logo em seguida:
* Sexualidade? * Dizia a pergunta remunerada e um emoji de diabinho.
— Sou hetero. — Respondi de forma seca e automática para não deixar dúvidas.
Alguns lamentaram nos comentários e outros comemoraram.
* Nunca nem experimentou ou tem vontade? * Fui perguntado ao preço de mais 15 reais.
— Não. — Respondi de forma direta. Que merda essas perguntas! Pensei. — A propósito galera, a qualidade da live está boa? Perguntei em seguida para desviar daquele assunto.
* Tá incrível! * Me respondeu alguém e mais diversas pessoas elogiaram meu áudio e vídeo. Alguns até perguntaram qual câmera eu usava.
* A qualidade do modelo tá melhor * Recebi uma cantada e ri sem querer.
Assim passei mais alguns minutos, vendo o número de pessoas na live só subir, passando para 85 e depois 120 pessoas. Fui perguntado sobre meu trabalho, se estudava, sobre o que estava fumando e respondi a todos com educação e divertimento. Algumas poucas pessoas foram hostis também, dizendo que eu era careiro e que faltava “ação” em minha transmissão, se é que deu pra entender. Aquilo não me abalou e, no fundo, estava feliz em ganhar dinheiro sem ter que mostrar o corpo. Minha simpatia e beleza parecem ser suficientes para agradar o público. Pensei cheio de mim.
* Porque você usa uma tabela de preços para casal se faz lives solo? * Questionou SkinyBoy69 e era mais dinheiro caindo.
— Foi a primeira tabela que encontrei. — Respondi e vi as outras mensagens daquele usuário no chat.
Ele não deu o assunto como encerrado imediatamente e me disse que, no site, transmissões acompanhadas tendiam a fazer bem mais sucesso que aquelas com uma pessoa só. De acordo com ele, eu deveria investir nisso também. Agradeci pelo conselho e anotei a ideia, embora fosse impraticável. Eu não conhecia ninguém de confiança para contar que estava fazendo algo assim por dinheiro, somente Rodrigo, talvez, mas meu amigo, assim como eu, era hetero e certamente não toparia uma maluquice como aquela, ainda mais agora que lia a tabela e via quantas coisas explícitas podiam ser demandadas. Obviamente eu não contaria sobre aquilo para ele. Se Rodrigo soubesse que agora eu era um streamer de conteúdo adulto, ele me zoaria e provavelmente entraria no meu perfil para conferir. E se ele visse uma transmissão em que me façam tirar a roupa? Me perguntei. Meu amigo saberia sobre meu pau de 13cm e eu teria um apelido novo garantido.
* Mande um beijo pra gente* Veio uma notificação diferente. Dessa vez, uma ação prevista na tabela com valor fixo de 30 reais.
Uau! Eu sou careiro mesmo. Pensei com divertimento e incrédulo que alguém tenha gastado dinheiro para isso. Ainda assim, fiquei sem graça, coloquei a mão na frente da boca e mandei o beijo em direção a câmera. O chat adorou e agora eu tinha 200 espectadores.
Eu ri com algumas piadas dos usuários, talvez por já estar chapado naquele momento e continuei me divertindo com eles. Muitas pessoas no chat gratuito demandavam, sem sequer pagar, que eu tirasse a roupa, mostrasse meu pau, mostrasse minha bunda e até que gozasse para eles verem. Ignorei tais pedidos e prossegui conversando normalmente. Também não dei atenção a aqueles que se dirigiam a mim de forma muito sexual, comentando sobre como eu “devia ter um pauzão”, sobre querer me comer, me dar ou me chupar. Ainda assim, foi legal me sentir tão desejado.
“Puto9204 começou uma vaquinha!” Disse a voz robótica em meio a música ambiente, me assustando um pouco.
— O que é isso? — Perguntei ao público de 300 pessoas.
Muitos me responderam. O chat estava tão congestionado com mensagens que já estava difícil de acompanhar todas. De acordo com eles, a mecânica do site, ainda desconhecida por mim, permitia que usuários abrissem vaquinhas na janela de bate papo de forma a se arrecadar o valor necessário para que performasse uma ação, isso contanto que o dono da vaquinha, para iniciá-la, doasse ao menos 30% do valor necessário para que a meta seja batida. Eu abri o pop-up e vi escrito em cima de uma barra a ser preenchida o comando “Tire a camiseta”. Seu valor para conclusão era de 100 reais, sendo que Puto9204 tinha já doado 30 reais daquele valor.
Subiu para 35 assim que chamei atenção para ela, dizendo não saber que dava para fazer isso. E, em segundos, o chat de 350 espectadores começou a comentar, em grande parte, sobre a necessidade de baterem aquela meta que, agora, chegava a metade. O que? Me perguntei assustado. Eu não quero mostrar meu corpo pra essas pessoas! Pensei em seguida e comecei a ficar vermelho.
Meu constrangimento foi notado pelos internautas que elogiavam e se diziam ainda mais excitados com minha reação. Talvez eu devesse encerrar a transmissão. Cogitei, mas não podia! Eu seria banido do site se não fosse até o final. Em seguida, olhei para o relógio. Isso! Pensei. Faltavam apenas mais 5 minutos para dar 1h de transmissão. Se a meta não fosse batida até lá, teria o direito de permanecer com minha camiseta e peitoral longe dos olhos daqueles desconhecidos.
— Obrigado pela vaquinha gente, mas a live vai terminar daqui a pouco. — Disse tentando desencorajar mais doações para aquilo, mas o efeito, aparentemente, foi o contrário do que queria.
Eu vi impotente aqueles 65 reais se tornarem em 80 e a barra crescer e ficar gradualmente mais verde,, até que, faltando apenas 2 minutos, um usuário dizer no chat “foda-se. Ele é muito fofo. Quero ver isso” e todos os 100 reais serem levantados instantaneamente.
Todos no chat comemoraram com emojis, risadas e até mais doações pequenas e espontâneas, sem sequer demandar nada em troca. “Vaquinha finalizada! Tire a camiseta” Disse a voz robótica que me fazia suar e tremer na base. Não é nada demais. Ao menos vai ser só a camisa. Disse a mim mesmo para me reconfortar, isso até tomar outro susto ao perceber que já tinham mais de 600 pessoas me assistindo.
— Ok, vocês conseguiram. — Disse e ri constrangido.
Eu não vi as mensagens chegarem às dezenas por segundo quando passei a gola da minha camiseta preta pelo meu rosto, mas sabia que as comemorações estavam ocorrendo ali enquanto me despia para a plateia de desconhecidos. Embora com menos roupa agora, sentia ainda mais calor irradiando de minha pele exposta e subindo para a minha cabeça.
— Pronto. — Disse com um sorriso tímido.
* Que delícia!*
* Te lamberia todo*
* Mostra o pau pra gente, por favor!*
* Puto9207 nem todo heroi usa capa*
*Tesão d+*
* Dança pra gente agora*
*Adoro um magrinho*
* Bom shape*
Eu desviei um pouco o rosto daquele chat que me comia com os olhos, sentindo que, se continuasse lendo as mensagens, meu pau só cresceria mais. Porque estou ficando excitado com isso? Me perguntei e tentei pensar em coisas broxantes.
— Que bom que gostaram. — Falei tentando flexionar meus músculos abdominais e me posicionar de uma forma que ficasse bem na câmera. Meu peitoral levemente malhado e mamilos rosados estavam à vista de todos. Com a força que fazia, meu tanquinho também era visível, contento um fino caminho da felicidade abaixo do umbigo, convidando os olhos a descerem até minha virilha coberta pela bermuda e elástico aparente da cueca. Não! Pensei sentindo meu pau ficar totalmente ereto, marcando na minha bermuda sua presença. Tentei cruzar as pernas antes que alguém reparasse.
— Bem pessoal, vou encerrar a live por aqui então. — Alertei tentando parecer calmo.
* Ficou com tesão? *
* Ele tá de pau duro*
* Mas já? *
* Mostra pra gente o que você tá escondendo aí*
* Adoro um tímido*
* Tem mais amanhã?*
* Safado*
* Beijos delicia!*
— Talvez eu volte amanhã, mas não sei ainda… — Respondi totalmente desconcertado ao ler as mensagens. — Enfim, tchau pra vocês. Até mais! — Falei de improviso.
* Tchau Guto!*
* Macho gostoso!*
*Ficou duro no final*
*Gozei*
*Amanhã to aqui para acompanhar mais!*
*Gostou, né?*
* Você não me engana. Tenho certeza de que vai voltar pra mais*
*Vai bater uma no off*
*Olha ele excitado por se expor*
Eu cliquei no botão de encerrar transmissão, vendo o teor das últimas mensagens que chegaram. O que eu fiz? Pensei ofegante e suado, já me arrependendo imediatamente de tudo aquilo. O susto e a ressaca foram ainda maiores quando recebi a notificação do Cam4you “ Parabéns! Seu show teve 934 expectadores simultâneos!” O que? Me perguntei aterrorizado. Então, quase 1000 pessoas me viram sem camisa e de pau duro! O pior, pensei, eu ainda estava muito excitado, assim como aqueles comentários maldosos do chat disseram e não parava de acariciar minha pica por cima do short agora que não mais estava sendo observado.
Eu abri meu instagram no celular para conferir algo. Ufa! Pensei aliviado. Ninguém tinha me encontrado, constatei ao perceber que não tinha ganhado nenhum novo seguidor em meu perfil pessoal. Então era mesmo possível fazer isso sem comprometer minha imagem e nome? Me perguntei assustado e fui direto para o aplicativo do banco.
Ao total, 260 reais caíram na minha conta instantaneamente. Uma pequena porcentagem dos meus ganhos tinham sido tomados pela plataforma. Aquilo era inacreditável! Em uma hora, sem sequer precisar me expor tanto, tinha feito bem mais do que esperava ganhar em qualquer outro emprego! Eu soltei meu celular ali no sofá mesmo. Queria pensar em dinheiro, mas sentia, cada vez mais, a necessidade de passar as mãos pelo meu corpo.
Na tela do computador, abri várias abas de outros criadores de conteúdo daquele site. Anteriormente, o tinha feito para estudar como as coisas funcionam por lá, mas, agora, olhar para todos aqueles caras na tela estava me deixando com ainda mais tesão. Um deles era um rapaz branquinho e forte, um pouco parecido comigo, só que mais velho. Ele estava totalmente pelado, com o pau grande e grosso à mostra e acariciava os mamilos enquanto gemia.
Eu sentia um calor no peito e, sem querer, levei os dedos aos meus mamilos, imitando o que via na tela, sentindo um arrepio percorrer minha pele. Me livrei rapidamente de meus shorts e cueca e imaginei estar ao vivo daquele jeito. O que estou fazendo? Me perguntei. Eu nunca antes tinha fantasiado em me expor daquela forma, tão pouco sentia tesão em me beliscar nos mamilos.
— Ah! Isso! — Gemi e abri mais transmissões ao vivo de terceiros em meu computador.
Todas que me chamaram a atenção eram de caras, pelos quais, agora, sentia tanta identificação que conseguia quase sentir estar em suas peles. Eu segurei meu pau todo melado com minha mão direita e comecei a me masturbar ali deitado no sofá. Meu abajur ainda estava ligado e minha câmera, mesmo que desligada, ainda apontava para mim.
Por que eu fiz isso? Me questionei saboreando meu próprio pré-gozo com os dedos. Aquele streamer forte, moreno e de pau grosso me lembrava um pouco Rodrigo, meu amigo que imaginei do outro lado, vendo as safadezas que queria fazer ao vivo. Em seguida, o imaginei me lambendo e se esfregando em mim.
— Isso Rodrigo! — Disse alto rebolando a bunda para a câmera. Eu já estava de quatro ali no sofá. que se arrastava fazendo barulho no chão e se afastando da mesa com meus movimentos.
Eu estou mesmo pensando nele? Enquanto bato punheta? Dizia minha consciência enquanto prosseguia gemendo igual uma cadelinha.
Minha mão fechada cobria quase todo o meu pau totalmente duro e pequeno, 13cm que eu queria mostrar a todos. “Isso! Me assistam!” Disse e chupei meu dedo indicador tal qual uma puta chupa um pau, provando meu próprio pré-gozo. Por que isso é tão gostoso assim de repente? Me questionei quando meu dedo babado fez carinho nas pregas do meu cu. Não! Eu não posso fazer isso! Pensei forçando a entrada do dedo no meu cuzinho virgem. Eu sou homem!
— Eu não posso! — Falei em meio a suspiros e gemidos quando me penetrei com força. — Doi! Que gostoso! Isso Rodrigo, me fode! — Continuei dizendo alto e senti meu corpo se contorcer espontaneamente e meu pau latejando. Eu vou gozar! Sim! Pensei. Era isso que deveria ter mostrado a eles!
Eu nunca tinha antes gozado de forma tão intensa. O primeiro jato de porra saiu com força e velocidade, me atingindo no rosto, eu lambi os lábios, saboreando meu próprio leite e engoli. Em seguida, mais fios de esperma me atingiram a barriga, peito e até na mesa do meu computador. Meu dedo, que se mexia lá dentro, arranhando as paredes do meu buraco, continuou em sua posição e eu, totalmente fadigado, suspirava ao final e começava a sentir a culpa chegar.
O que foi isso? Me questionava arrependido e, lentamente, de forma a sentir menos dor possível, tirei o dedo dali de trás. Eu pensei nele… Eu me dedei… Eu fantasiei com toda aquela exposição… Dizia em minha cabeça enquanto com os músculos exaustos, me limpava com o que conseguia achar das minhas roupas, ainda deitado e completamente nú. Minha cabeça parecia girar e minhas pálpebras estavam muito pesadas.
Ainda semi-acordado, lembrava com vergonha daqueles comentários e no quão certos ele estavam. As pessoas diziam que eu tinha ficado com tesão em me mostrar, que bateria uma punheta ao final da live e até que, por ter gostado tanto, tinham certeza de que eu voltaria querendo mais. Eu não deveria. Não podia fazer aquilo de novo.
Assim, sem saber bem quando, adormeci. Ninguém podia saber daquilo, especialmente Ele. Pensei, mas não imaginei que tudo mudaria no dia seguinte assim que acordasse.
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