Na sala de reunião, Marcos após conferir a tranca da porta, tenta abraçar Gui, mas é empurrado pelo atendente deixando o ambiente reservado tenso. Guilherme afastado mantém os braços cruzados, olhando para Marcos com um semblante de mágoa e desconfiança. O supervisor, por outro lado, exala um ar confiante e sedutor, com um leve sorriso nos lábios enquanto tenta uma nova aproximação, desta vez de forma mais cuidadosa.
Marcos com voz calma e envolvente tocando delicadamente nos braços cruzados de Guilherme diz:
_ Gui, você acha mesmo que eu seria capaz de algo tão baixo? Uma noiva? Isso não passa de um mal-entendido absurdo. Sabe quem atendeu a ligação? Minha irmã. Eu deixei ela brincando com meu celular e fui buscar uma pizza, Mas você, meu amor, deveria saber mais do que ninguém que eu não sou capaz de jogar com os sentimentos de alguém, principalmente tão importante quanto você é pra mim.
Guilherme frio, mas com a voz vacilando diz em tom ríspido:
_ Engraçado, né? Porque ela não disse que era tua irmã, ela disse que era tua noiva, Marcos. Além disso, ela não tinha voz de criança como você quer que eu acredite em você depois disso?
Marcos suspira e se aproxima mais, baixando o tom, a voz quase um sussurro olhando no fundo dos olhos lacrimejantes e verdes de Guilherme diz:
_ Porque eu nunca te mentiria sobre o que eu sinto por você, Gui. Nunca. Eu sei que o que a gente tem não é exatamente fácil… a gente trabalha junto, as pessoas sempre vão tentar achar motivos para falar. Já pensou nas fofocas? Nos olhares enviesados? Você sabe como o pessoal aqui pode ser cruel.
Guilherme desviando o olhar, mexendo na manga da camisa, tentando resistir e com uma voz chorosa diz:
_ Então eu serei sempre um segredo pra você? É isso? A gente é só algo pra ser escondido porque você tem medo do que os outros vão pensar? Sabe o quanto foi difícil para mim me assumir para meus pais para nunca ter que passar por isso de novo e agora você me pede isso?
Marcos acariciando levemente os braços de Guilherme, com os olhos fixos nos dele prossegue.
_ Não, meu amor. Você é algo que eu quero proteger. Eu escondo a gente porque não quero que ninguém estrague o que temos. Isso aqui… você e eu… é especial. Não quero que insinuações bobas ou acusações de favoritismo te machuquem ou te coloquem em uma posição desconfortável, esqueceu do processo seletivo para supervisor a semana que vem? Quer realmente estourar essa notícia logo agora?
Guilherme abaixando a guarda, mas ainda hesitante responde:
_ Você tem razão, provavelmente me descartariam da vaga e ainda me trocariam de horário ou até pior mandariam embora. Mas e quanto a Carol? Ela não é real, então?
Marcos sorrindo, tocando o rosto de Guilherme com delicadeza, como quem acalma um animal arisco diz:
_ Claro que a Carol é real, mas é minha irmã e não minha noiva. Um dia te levo para conhecer ela pessoalmente e não apesar de eu às vezes a tratar como criança ela já tem quinze anos.
Guilherme sentindo o coração acelerar, mas ainda relutante diz:
_ Bobo, você tem sempre uma resposta para tudo, né?
Marcos inclinando a cabeça, a voz carregada de doçura dando alguns selinhos intercalados em Guilherme diz:
_ Só quando é sobre você. Você me conhece, Gui. Me conhece mais do que qualquer pessoa. Não deixa um mal-entendido bobo apagar tudo o que construímos. Eu só tenho você, e é só você que eu quero.
Guilherme se desarma por completo descruzando definitivamente os braços, o que Marcos aproveita para abraçar o rapaz que fica molinho sentindo o calor do supervisor.
_ Acho melhor voltarmos ou vão desconfiar.
_ Eu sei, mas acho que agora depois disso tudo eu sendo injustamente acusado mereço um carinho especial, não?
_ Merece claro que merece, mas o que tem em mente?
O supervisor então suspende o atendente e o coloca sentado em cima de uma mesa se afasta um pouco e com um sorriso malicioso nos lábios abaixa o ziper tirando seu pau duro para fora.
_ Faz o que você faz de melhor!
O atendente loiro não perde mais tempo e abocanha o falo rígido de seu supervisor e mama como um bezerro faminto. Marcos morde em seu proprio braço para abafar os gemidos de prazer enquanto faz movimentos como se estivesse fodendo a boca de Guilherme.
Com a voz baixa, mas em tom de comando Marcos ordena a Guilherme.
_ Agora engole, engole toda a porra do teu macho haaaaaaa!!!!!!.
Marcos ejacula segurando a cabeça de Guilherme contra seu corpo ate esporrar a ultima gota da boca do rapaz.
Guilherme tira o pau do supervisor da boca com seu rosto totalmente vermelho. Enquanto o rapaz se recupera respirando fundo, Marcos guarda seu membro, sobe o ziper e beija a boca do namorado sentindo seu proprio gosto.
Olhando no fundo dos olhos verdes do rapaz segurando sua cabeça Marcos diz:
_ Eu te amo, te amo, te amo! Vou dizer isso todos os dias até você nunca mais duvidar de mim.
_ Desculpa, nunca mais vou duvidar de você meu amor! Ha ja ia me esquecendo, aqui seu relógio. Você esqueceu lá em casa.
Diz Guilherme tirando do bolso e entregando a Marcos. Que coloca o relógio no braço.
_ Obrigado meu amor.
_ Sorte sua que não sou surtado como a namorada do Italo, mas confesso que por pouco não te devolvo esse relógio em cacos.
Os dois riem e saem da sala tentando manter um semblante sério no rosto, mas é impossível um leve sorriso bobo nos lábios dos dois amantes era reconhecido para quem prestasse atenção. Felizmente para os dois a maioria estava ocupado com suas próprias conversas ou atendimentos.
Guilherme voltou direto para sua P.A. óbvio que notei sua carinha mais relaxada. Marcos foi conversar com a outra supervisora e depois veio ate nós pedir para nos organizar nos atendimentos que nossa turma iria revezar com os outros atendentes para sairmos juntos para o intervalo. Como nossa equipe estava bem reduzida devido ser domingo, o fluxo de ligação baixo foi possível acontecer.
O intervalo foi bem divertido, os salgados da Val deliciosos e todos bem mais tranquilos e relaxados.
Óbvio que notei que misteriosamente o relógio de Marcos tinha aparecido de volta em seu braço, muito parecido com o suposto relogio de meu amigo Gui. É meu amigo estava com segredinhos comigo, mas isso eu tiraria a limpo outra hora.
Continua…
Autor: Mrpr2