A água estava bem fria e de início era mesmo apenas um banho para espantar o calor, mas o cenário começou a mudar quando Júlia virou de costas para mim buscando um sabonete em óleo, não resisti a àquela vista exuberante e dei-lhe um tapão, apertando a bunda dela.
— Ai, amooor, tá louca? — Ela virou para me questionar e eu a agarrei pela cintura para dar um beijo.
Juh segurou meu rosto e sorriu, acho que ela não esperava ser atacada. Fui deslizando uma das minhas mãos pelas costas dela e com a outra a puxava para mim. Nossas línguas faziam um trabalho lento e sensacional. Mordi o lábio inferior, cheirei o pescoço dela e dei um beijinho.
— Vem aqui, vem... — Sussurrei em seu ouvido, rindo e a encostando na parede.
— O que você tá querendo em, amor? — Ela cruzou os braços no meu pescoço e eu a beijei novamente.
— Rapidinho... Vem cá... — Falei, apertando minhas mãos em volta de sua cintura.
— Tá louca? O horário, o barulho, as crianças dormindo aqui ao lado... — Só que ela dizia essas coisas com um sorriso irresistível nos lábios, era impossível resistir a mais um beijinho.
— Vai ser rapidinho, prometo... — Falei, e passei a língua por cima dos mamilos dela e pude ouvir um forte suspiro.
— Rapidinho... — Minha gatinha repetiu, enfiando seus dedos dentro das ondas do meu cabelo.
Fui agachando e beijando todo percurso até sua pepeca e sentindo a sua pele arrepiar a cada leve contato.
— Eu só queria isso aqui mesmo... — Falei, antes de passar a língua dentro dela.
— Aawwn — ela gemeu baixinho, quase em um sussurro.
— Você é tão gostosa, gatinha... — Disse-lhe e repeti o movimento, mas dessa vez mais devagar e não parei, subi e desci a língua, me deliciando a cada milímetro dela em que eu tinha acesso.
Como prometido, foi rapidinho, o melzinho dela adoçou meus lábios e eu fui ao encontro dos lábios de cima para um beijo.
— A gruta azul deve morrer de inveja de você, porque você possui a gruta mais bela e molhada do mundo inteirinho — Falei sorrindo no ouvido e levei um tapinha.
— Amooor! — Ela chamou a minha atenção, rindo.
— E a sua só eu tenho o privilégio do acesso... — Continuei brincando e demos um selinho.
Logo as mãos dela me procuraram e me invadiram enquanto um quente beijo transformava novamente o ambiente.
Estava difícil manter concentração no beijo, mas dei o meu melhor até quando pude, mas quando senti que ia gozar, foi impossível. Juh intensificou os movimentos e senti meu corpo tremer, liberando um forte orgasmo.
Terminamos o nosso banho e decidimos deitar no chão. Forramos com o cobertor, que achamos que seria inútil naquele calor, porém nos serviu perfeitamente, e deitamos para tentar descansar.
Ela estava toda pequenininha nos meus braços, me olhando de um jeitinho lindo. Toda cheia de dengo, dei um beijinho e já ia fechando os olhos quando a ouvi dizer baixinho: — Não foi o calor que não me deixou dormir... Foi estar longe de você...
— Sério? — Perguntei, encarando aquele rostinho lindo que confirmava, respondendo à minha pergunta. — Mas agora eu estou aqui, amor!
Juh me abraçou e adormeceu profundamente bem rapidinho enquanto eu acarinhava seus cabelos e, logo depois, também peguei no sono.
Acordei somente no outro dia, com um raio de sol que batia bem no meu rosto e com a sensação de estar sendo observada. Assim que consegui abrir os olhos, vi meus bebês com a cabeça para fora da cama e um sorrisinho nos lábios.
— Falei que ela ia acordar primeiro — disse Mih, escorregando para cima de mim.
— Por que vocês dormiram no chão, mãe? — Perguntou Kaká, seguindo os movimentos da irmã.
— Porque vocês nos expulsaram da cama — zoei, enquanto os abraçava.
— Desculpinha — pediu Milena, rindo.
— Brincadeira — com efeito, eram meias verdades, eles são espaçosos e já não eram tão pequenininhos, mas o motivo maior não foi esse. — Foi por causa do calor, vocês não sentiram?
— Não, só agora pela manhã — Mih respondeu.
— A mamãe não acorda — observou Kaká, e a gente riu baixinho, olhando para ela.
— A mamãe é linda, não é? — constatei, e eles confirmaram. — Vamos encher ela de beijinhos de bom dia? Já deve estar na hora da gente se aprontar — falei, e já fui dando o primeiro beijo.
Eles nem me responderam, só aceitaram prontamente a minha sugestão e, com cuidado, depositaram inúmeros beijinhos até que ela acordasse. Júlia sorriu para nossos filhos e, logo depois, também para mim. Dei um selinho em um pequeno espaço que encontrei e fui levantando.
— Tiraram a gente da cama, agora tomaram o meu lugar no chão, o Brad rouba meu lugar na rede... Tá barril para mim — brinquei, enquanto eles riram.
Assim que saí, encontrei os três amontoados e dormindo novamente. Mandei uma foto deles no grupo perguntando o horário que íamos sair, e todo mundo visualizou, ou seja, só minhas bênçãos estavam dormindo. Disseram que às sete horas, resolvi acordá-los. Juh correu para o banho, e coloquei cada criança em um dos quartos dos meus irmãos para adiantar.
Loren saiu na porta e ficamos conversando. Perguntei como ela estava e percebi um pouco de olheiras.
— Não dormiu? Tá preocupada? — Perguntei.
— Sim, sim... Mas vai dar certo, né? Hoje... — ela me perguntou.
— Claro que vai... Cê quer um abracinho? — Perguntei, já estendendo os braços, e ela veio.
— Como isso foi acontecer? — Ela perguntou, em um lamento.
— Você tem certeza que quer que eu diga? — Perguntei, rindo, e ela riu também. — Vai ficar tudo bem, você vai ver... — a confortei.
— Eu até pensei alguns nomes essa noite, sabia? E percebi que tenho mais facilidade em escolher nomes de meninas — Loren falou.
— Por favor, não põe nenhum nome estranho, eu vou ser a primeira pessoa a zoar a criança — brinquei para vê-la sorrir novamente, e funcionou. Minha irmã deu um tapa no meu braço e retornou.
Voltei para o quarto e Juh já estava quase pronta, só ajeitava o cabelo. A abracei enquanto estava de costas e dei um beijinho a encarando pelo espelho. Ela virou o corpo para mim, me beijou na boca, e logo depois me abraçou forte, puxando forte a respiração, sentindo meu cheiro.
— Quero ficar bem de grudinho hoje, viu?! — Ela pediu.
— Mesmo quando eu estiver suada da trilha e chata reclamando de como ela é longa? — Perguntei, fazendo-a rir, mas confirmando.
Tiramos uma foto antes de sair e fomos trilhar o caminho para a cachoeira.
Durante o percurso longo, tirei a camisa e fiquei somente de top. Pedi para Juh passar protetor solar e repelente nas novas áreas descobertas, e ela assim fez, primeiramente nas costas. Quando fui virando, ela parou bruscamente.
— Aaaaah, não, amor... Põe de volta a camisa, seu piercing tá marcando! — Disse-me.
Comentei a rir da carinha emburrada que ela fez e passei o dedo no bico que se formou antes de dar um beijinho.
— Você que pediu, agora aguenta! — Falei, e voltamos a caminhar.
Estava muito calor, acabei fazendo o mesmo com Kaique e Milena. Kaká amarrou a camiseta na perna, segundo ele, era mais aventureiro fazer isso.
Em certo momento, bem contrariada, percebi a gatinha sacando a blusa também. Ela já estava com a parte de cima do biquíni e eu fui dar um cheirinho nela.
— Nossa, que linda... — Falei, abraçando-a por trás e rindo após retirar meu rosto de dentro do pescoço dela. E ela neeeeem aí para mim.
— Lore, você gosta de perturbar, viu?! Às vezes eu acho que você é a mais certa, a mais centrada dos seus irmãos... Mas vocês são tudo farinha do mesmo saco! — Disse Sarah, rindo.
— São mesmo! — Concordou Juh, tentando fingir que estava brava.
— Oooxe! O que eu fiz demais? — Perguntei, rindo. — E você, gatinha... Não tente simular uma emoção que não está sentindo... — Brinquei, e ela sorriu sinicamente.
Depois de muito tempo andando, o guia avisou que estávamos nos aproximando. Loren e eu ficamos para trás de propósito, com a desculpa de que ela precisava sentar para descansar um pouco.
Não vou detalhar, mas o perrengue para fazer esse novo teste foi bem engraçado.
Chegando lá, Victor estava sentado meio triste, e Juh, mais para trás, sozinha. Sentei atrás dela e puxei o corpo dela para deitar no meu colo.
— Oi, Dona Encrenca! — Brinquei com ela.
— Oi, amor... — Ela respondeu.
— Eu sabia que cê não estava brava — falei, apertando o queixo dela.
— Eu pedi grudinho e você me deu isso — disse-me, chateada.
— Fala sério, gatinha, não foi nada demais, eu sinto calor também — deixei claro.
— Você queria se exibir... — Falou, toda convencida.
Comecei a rir dela e declarei o que eu já sabia que estava acontecendo desde cedo, porém não queria expor em palavras.
— Sabe o que eu acho? Que erraram feio ao apontar Loren com TPM, porque quem tá é você... — E dei um selinho.
— Hunrum... — Juh concordou. — Mas e Loren, quando ela vai me contar o segredo de vocês?
Só então voltei meu olhar para onde eles estavam. Ela fazia carinho nas costas dele e conversavam bem de pertinho. Estavam felizes, e comecei a me perguntar se eu consegui perder o momento em que ela mostrou o teste, e, respondendo ao meu questionamento, notei o exato momento em que minha irmã puxou o teste de dentro da roupa.
Levantei o corpo de Juh, virei seu rosto na direção de Victor e Loren e respondi à pergunta que ela havia feito: Agora, vai ser uma experiência verdadeiramente maravilhosa!
Victor, míope e sem lentes, tentando enxergar o teste, ficou alguns segundos encarando-o, como se o palito fosse gritar: "ELA TÁ GRÁVIDA!"
Juh olhou para mim desacreditada.
— Mentira! É verdade mesmo?????????? — Ela me questionava.
— Seremos titias, amor. É verdade! — Confirmei, enchendo o pescoço dela de beijos, e voltamos a observar o casal.
— Eles vão ser ótimos papais, amor! — Juh constatou.
Victor agora estava com uma cara de bobão, em estado de choque, e com lágrimas por todo o rosto. Ele abraçou minha irmã e não parava de falar um segundo — depois nós ficamos sabendo que ele estava agradecendo a Deus e a ela — e começou a beijá-la, na boca e na barriga. Só então eu consegui ver minha irmã realmente feliz, o sorriso estava estampado no rosto dela. Eu fiquei genuinamente bem e em paz, sentindo a alegria deles, mas principalmente por ver Loren daquele jeito.
— GENTE!!!! — Ela gritou e levantou o teste.
Lorenzo não é míope, porém é lerdo. Sarah gritou para ele, levantando os braços em comemoração: — SUA IRMÃ TÁ GRÁVIDA!!!!!!
Mih e Kaká festejaram muuuuito. Eles gritavam e chamaram a atenção de todos, abraçando os titios e beijando a barriga de Loren.
E aí todos nós levantamos e fomos lá comemorar com eles dois. Em poucos minutos, não era só Victor quem chorava.
— Mas e o DIU????? — Sarah perguntou após algum tempo.
— Estava fora do lugar, inclusive, já tinha agendado para ajeitar... — Respondeu Loren.
— Meu Deus, você estava esquisita, mas eu nunca ia imaginar que a esquisitice teria CPF — falou meu irmão.
— Não chama meu sobrinho de esquisitice, esquisito — brinquei, empurrando-o, que riu.
Nós passamos o dia na cachoeira, e foi muito bom. Tinha um significado maior: a celebração de uma vida que, apesar de não ser planejada, foi amada desde o positivaço.
PS: Grudei no meu amô ❤️