Colégio Horizonte do Saber — 1° capítulo.

Um conto erótico de Ana do Diário
Categoria: Heterossexual
Contém 2125 palavras
Data: 04/01/2025 00:26:11

O mês era fevereiro, e o ano 2017, no tradicional Colégio Horizonte do Saber. Situado na cidade de Betim, Minas Gerais.

O colégio era conhecido por sua excelência acadêmica e estrutura invejável. Salas temáticas, laboratórios ultramodernos, quadras esportivas impecáveis e uma equipe de professores renomados garantiam sua reputação como o melhor da região de Betim.

O ano letivo começava trazendo a habitual mistura de ansiedade e entusiasmo nos corredores. Alguns rostos eram novos, e entre eles estava o de Leonardo Farias, um jovem-carioca de 18 anos.

Leonardo é um aluno repetente, dois anos mais velho que a maioria de seus novos colegas de turma. Sua presença chamava a atenção naturalmente, tanto por sua aparência quanto pela sua rebeldia.

O rapaz tinha 1,75 m de altura, cabelo castanho-claro bagunçado e olhos de um brilho bonito. Ele tinha um charme herdado do seu pai, que não passava despercebido, especialmente entre as garotas.

Recém-chegado à cidade com sua mãe, Eleonora, Leonardo enfrentava um recomeço. Eleonora, uma promotora pública de 47 anos, havia se mudado do Rio de Janeiro com o filho em busca de uma vida mais tranquila e, distante da agitação e do perigo da capital fluminense.

Eleonora, separada de Hugo, o pai de Leonardo, há mais de uma década. Mesmo com os desafios de criar um filho sozinho, ela não poupou esforços para garantir a melhor educação para Leonardo, matriculando-o no Horizonte do Saber. Leonardo, por sua vez, carrega consigo o sonho de seguir os passos da mãe e se tornar advogado, embora estivesse atrasado dois anos na escola.

No primeiro dia de aula, Leonardo chegou ao colégio montado em sua moto Honda XRE, que ganhou do seu pai no último aniversário, algo que o destacava ainda mais entre os outros alunos, muitos dos quais ainda não tinham sequer idade para tirar habilitação.

O ronco da moto cortou o silêncio do estacionamento, atraindo olhares curiosos. Vestido com o uniforme do colégio, Leonardo emanava um ar desconfiança, sentia-se deslocado, ele não conhecia ninguém e, apesar dos olhares curiosos e das risadinhas vindas de algumas meninas, optou por se manter distante dos demais, ficou em um canto do pátio, observando, com as mãos nos bolsos.

Quando o sinal tocou, a multidão começou a se dispersar em direção às listas de alunos afixadas nas paredes. Leonardo seguiu, sem pressa, seus olhos percorreram a lista até encontrar seu nome.

“Leonardo Farias, 2º ano C.” Um leve suspiro escapou enquanto ele se dirigia, segurando sua mochila para a sala designada, consciente de que aquele seria mais um ano que prometia ser tão desafiador quanto transformador.

Quando chegou na sala, Leonardo se sentou na terceira fileira, na última carteira. A sala estava tomada por um burburinho incessante, alunos conversavam, rindo e contando histórias das férias, enquanto Leonardo mantinha-se distraído, deslizando o dedo pela tela de seu celular. Ele não parecia incomodado pelo isolamento, mas sua postura reservada o mantinha à margem do ambiente agitado.

Alguns minutos depois, o som de um salto contra o chão chamou a atenção da turma. A professora de matemática, Lavínia, entrou na sala sorrindo, carregando um caderno e uma pasta.

Lavínia tem 35 anos, casada, 1,78 cm de altura, alta, bonita e magra. A professora trabalha há 3 anos no colégio.

— “Bom dia, turma! Meu nome é Lavínia e serei a professora de matemática de vocês este ano. Espero que possamos trabalhar juntos e aprender bastante. Agora, que tal vocês se apresentarem? Quero conhecer cada um de vocês.”

Um a um, os alunos começaram a falar. Era uma sequência quase ensaiada: nome, idade e algo sobre as férias ou interesses pessoais.

Quando chegou a vez de Leonardo, ele levantou da carteira, colocou o celular no bolso, ergueu os olhos, sentiu os olhares curiosos dos colegas e disse:

— Meu nome é Leonardo Farias. Tenho 18 anos. Vim do Rio de Janeiro há um mês. — Sua voz grossa deixou a sala em silêncio por um instante antes que as apresentações continuassem.

Passados os quarenta e cinco minutos da aula, a professora Lavínia se despediu, o som do sinal foi seguido pela chegada do professor de história, João Pedro. Ele tinha 52 anos, trabalha há 15 anos no colégio Horizonte do Saber.

— Bom dia, pessoal! Sou o professor João Pedro, de história. Vamos ter um ano cheio de desafios, mas prometo que vou fazer isso ser interessante pra vocês. Agora, quero ouvir os nomes de vocês pra eu começar a decorar essas carinhas.

A dinâmica foi mais leve, com João Pedro fazendo comentários engraçados sobre os nomes ou as cidades de origem dos alunos.

Leonardo, ao se apresentar novamente, foi breve, mas o seu jeito despojado chamou a atenção do professor.

— Então, Léo, direto do Rio de Janeiro! Espero que você aproveite a cidade e curta a história de Minas tanto quanto as do Rio — comentou o professor.

Leonardo assentiu, com um meio sorriso.

Na terceira aula, entrou a professora Bianca, de química, uma mulher de aparência obesa e um tom de voz severo. A professora tem 41 anos e trabalha há cinco anos no colégio.

— Olá, turma! Meu nome é Bianca. Sou a professora de química de vocês. Este ano será cheio de desafios, e vou guiar vocês pelo que vamos estudar.

Após apresentar o conteúdo do ano, Bianca pediu que os alunos falassem brevemente sobre si. Leonardo fez sua apresentação pela terceira vez naquele dia, mas desta vez notou que duas alunas, Carolina Freitas e Laura Andrade, cochichavam enquanto falavam, ele desviou o olhar e deu uma piscadinha para elas.

Quando o sinal do intervalo tocou, Leonardo acompanhou os colegas para o refeitório. Pegou um sanduíche e um suco, sentando-se sozinho em uma mesa afastada. Observava os grupos de amigos que já haviam se formado, mas não parecia apressado em fazer parte de nenhum deles.

Miguel e Felipe, dois colegas de sua turma, o notaram e decidiram se aproximar. Miguel, alto e extrovertido, foi o primeiro a puxar conversa.

— E aí, cara, tudo bem? Pode crer que é difícil ser o novo da turma.

Leonardo ergueu os olhos, surpreso com a abordagem, mas deu um sorriso discreto.

— Relaxa, vou me acostumando com o tempo.

Felipe, mais baixo e calado, puxou uma cadeira.

— Eu sou o Felipe. E esse palhaço aqui é o Miguel. Já deu pra perceber, né? — brincou ele.

— Prazer, cara. — Leonardo respondeu, relaxando um pouco. — Vocês já estão aqui há muito tempo?

— Desde o fundamental — respondeu Miguel. — Mas não se preocupe, a gente dá umas dicas pra sobreviver aqui.

A conversa no pátio seguia descontraída. Miguel e Felipe falavam das meninas mais bonitas do colégio, comentando as peculiaridades de cada uma, enquanto Leonardo ouvia atentamente e soltava uma risada. Ele começava a se sentir mais à vontade, embora tudo aquilo fosse novidade.

Quando o sinal do fim do intervalo tocou, os três retornaram para a sala, continuando a conversa enquanto se acomodavam nas carteiras. Alguns minutos depois, o professor de geografia Ângelo, 50 anos, entrou na sala. Era um homem alto, de expressão austera, com cabelos grisalhos e óculos que escorregavam constantemente pelo nariz suado.

— Bom dia, turma. Sou o professor Ângelo, professor de geografia. Vamos começar sem perder tempo. Silêncio, por favor.

Sem mais introduções, Ângelo virou-se para o quadro-negro e começou a escrever o conteúdo da aula com letras firmes e precisas, o som do giz riscando o quadro enchia a sala, enquanto os alunos rapidamente silenciavam e começavam a copiar. Miguel olhou para Leonardo de relance e disse:

— Bem-vindo à aula mais rígida da escola.

A quinta e última aula foi marcada pela chegada da professora mais antiga do colégio, a simpática Mercedes. Ao entrar na sala, a professora de português trouxe uma aura de tranquilidade consigo.

Apesar de seus 68 anos, ela mantinha um brilho nos olhos e uma energia que cativava os alunos imediatamente.

— Boa tarde, queridos! Sou Mercedes, professora de português, e estou neste colégio desde o dia em que abriu as portas, em 1994. — Espero que possamos aprender e crescer juntos este ano.

Os alunos retribuíram o sorriso e a dinâmica de apresentações começou novamente. Quando chegou a vez de Leonardo, ele falou com a mesma brevidade habitual:

— Meu nome é Leonardo, tenho 18 anos, e vim do Rio de Janeiro.

Mercedes inclinou a cabeça levemente, analisando o jovem com curiosidade.

— E como está sendo essa mudança, Leonardo? Está se acostumando com a Betim?

Leonardo respondeu com sinceridade:

— Ainda estou me acostumando, professora. É bem diferente do Rio, mas estou gostando.

— Fico feliz em ouvir isso. Tenho certeza de que vai se adaptar logo — disse ela, antes de prosseguir com a aula.

Quando o último sinal do dia tocou, a sala se encheu de sons de cadeiras arrastando e alunos arrumando suas mochilas. Leonardo, junto com Miguel e Felipe, desceu as escadas do colégio, conversando.

— Vai voltar de moto? — perguntou Miguel, com certa empolgação na voz.

— É, vou sim — respondeu Leonardo.

— E vocês, querem carona?

— Carona da minha mãe — disse Felipe, revirando os olhos.

— Ônibus pra mim. Vida difícil — completou Miguel, rindo.

— Até amanhã, então — despediu-se Leonardo, estendendo a mão para os dois.

— Até cara! — responderam em uníssono.

No estacionamento, Leonardo subiu em sua moto, colocou o capacete e ligou a moto, cujo ronco potente ecoou no espaço.

Enquanto acelerava suavemente para sair, observou pelo retrovisor a visão de uma linda mulher entrando no carro. Ele seguiu, com o vento da estrada, que o acompanhou enquanto seguia para sua casa.

Na manhã seguinte, Leonardo e os demais alunos estavam de volta ao colégio Horizonte do Saber. E a primeira aula do dia foi de biologia, comandada pelo professor Augusto. Ele tinha 45 anos, era alto, atraente e trabalhava no colégio há dois anos.

Seu estilo brincalhão conquistava os alunos, especialmente as alunas, que não escondiam sua admiração. Durante as apresentações, Augusto fez piada com o sotaque de Leonardo, arrancando risadas da turma e quebrando o gelo do novo aluno.

Na aula seguinte, foi a vez da professora Solange assumir a sala. Com 61 anos, 1,60 m de altura, ela era uma mulher bonita, cheia de energia, experiente e competente, que trabalhava no colégio já há doze anos.

Solange tinha uma personalidade simpática, mas era rígida durante as aulas, deixando claro que não tolerava distrações e conversas paralelas. Cada aluno apresentou-se novamente, respeitando a tradição do colégio.

Na terceira aula, a professora de física, Andréia, entrou na sala. Ela tinha 43 anos, 1,70 m de altura, era casada e não tinha filhos. A professora lecionava no colégio há quatro anos. Assim como Augusto e Solange, ela pediu que cada aluno se apresentasse. Andréia impressionava pela presença e seu jeito direto marcava o tom das aulas.

Durante o intervalo, Leonardo, Miguel e Felipe se reuniram na área de alimentação. Enquanto lanchavam, os três observaram e comentaram sobre as alunas mais bonitas do colégio, rindo e compartilhando impressões como típicos adolescentes.

Na volta do intervalo, a aula foi de educação física, comandada pelo professor Fernando, 38 anos, alto e com um corpo atlético.

Fernando trabalhava no colégio há cinco anos e era muito respeitado pelos professores e admirado pelas professoras.

Ele dividiu as atividades: as meninas jogaram vôlei enquanto os meninos se dedicaram ao futsal, mas alguns escolheram o vôlei.

No final da aula, todos se dirigiram aos vestiários — os garotos para o masculino, as garotas para o feminino — antes de retornarem à sala para a última aula do dia.

A última professora a entrar e a se apresentar, foi Alessandra Vales, responsável pelas aulas de inglês e espanhol no colégio. Assim como Leonardo, Alessandra também era nova no Horizonte do Saber.

Aos 38 anos, Alessandra era separada e mãe de uma filha adolescente de 16, chamada Caroline.

A professora chamava a atenção por sua beleza: rosto, com traços bonitos, pele bronzeada e bem cuidada, olhos castanho-claros destacados por uma maquiagem sutil e lábios delineados por um batom em tom leve. Seus cabelos loiros curtos emolduravam o rosto, e seu estilo de vestir era moderno, despojado e totalmente diferente do restante das demais professoras.

Naquele dia, no seu primeiro dia de trabalho, Alessandra usava um cropped branco que deixava parte de seu abdômen à mostra, combinado por uma calça jeans bem justa, brincos curtos e calçava sandálias de salto alto.

Alessandra entrou na sala, com um leve sorriso e um olhar sereno, cumprimentando a turma, falando em inglês, capturando a atenção de todos, especialmente a de Leonardo e dos outros rapazes da sala.

Foi então que Leonardo reconheceu: Alessandra era a mulher que ele vira pelo retrovisor no final da aula do dia anterior. Ela havia acabado de ser admitida e substituiu a antiga professora.

Sua chegada prometia trazer um novo dinamismo às aulas e à rotina do colégio Horizonte do Saber.

- É só o primeiro capítulo, continua…

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Foto de perfil de Ana do DiárioAna do DiárioContos: 33Seguidores: 74Seguindo: 1Mensagem Meu nome é Ana do Diário, e aos meus 32 anos de idade, carrego uma vida repleta de experiências que moldaram quem sou hoje. Ser mãe de um filho é uma das bênçãos mais preciosas que já recebi, e encontro nele uma fonte inesgotável de amor e inspiração. Desde muito jovem, descobri minha paixão pela escrita. Sou uma escritora amadora, mas minhas palavras têm o poder de transportar os leitores para outros mundos e despertar emoções profundas. Minha mente é um caldeirão de ideias e minha imaginação corre livremente em cada página que escrevo. No entanto, nem sempre foi fácil trilhar esse caminho. Antes de seguir minha vocação literária, enfrentei obstáculos como ex-garota de programa. Essa fase da minha vida me proporcionou uma visão única sobre o mundo e me ensinou a valorizar cada oportunidade de transformação e crescimento pessoal. Acredito que é fundamental abraçar nossa história e aprender com ela. Minhas experiências passadas me deram coragem para desafiar estereótipos e quebrar tabus. Por meio da minha escrita, busco empoderar outras mulheres e combater o estigma social, compartilhando histórias de superação e força interior. Ser mãe é uma dádiva que me impulsiona a ser a melhor versão de mim mesma. Meu filho me ensina diariamente sobre a importância do amor incondicional e da dedicação. É por ele que enfrento os desafios da vida com coragem e determinação, lutando para criar um mundo melhor para ele e para as futuras gerações. Hoje, sou uma mulher resiliente e destemida. Uso minhas palavras como uma arma poderosa para inspirar e motivar os outros. Cada linha que escrevo é uma expressão autêntica do meu ser, uma voz que desafia limites e derruba barreiras. Acredito que, mesmo nas adversidades, podemos encontrar beleza e crescimento. Minha jornada é um testemunho vivo disso. Sigo em frente, compartilhando minha história de superação, mostrando que é possível transformar as dificuldades em triunfos e escrever cada capítulo da vida com coragem, esperança e amor.

Comentários

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Quem nunca ficou de saco cheio de se apresentar pra turma a cada novo professor? 😅

Só achei estranha essa grade semanal com esse tanto de matérias em apenas 2 dias.

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Gostei dessa história. Principalmente em determinado trecho me fez recordar da minha época de Ginásio.

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época boa que não volta, não é?

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Com certeza Ana ! Me lembrei de um falecido professor de Geografia e Ed. Física o qual fiz amizade com ele e sua família,e que tive no seu filho um grande amigo mas que partiu muito jovem . Mas ainda hoje tenho uma grande consideração recíproca por parte da família dele

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Entendi, amigo. No segundo colegial, eu era apaixonada pelo professor de educação física. Até me declarei. Acho que ele só não me pegou, porque ia dar ruim pra ele.

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