Me leva com você 7

Um conto erótico de R. Valentim
Categoria: Gay
Contém 4008 palavras
Data: 27/01/2025 23:58:56
Assuntos: Gay

Téo me desperta para tomar café da manhã com ele, estou com muito sono, fui dormir quando já estava amanhecendo — e não sou acostumado a virar noite acordado assim — meu amigo e mentor está com um sorriso moleque no resto, já até sei o que ele quer me perguntar, me sento à mesa primeiro, preciso tomar um copo grande de café já que tenho que trabalhar daqui a pouco — ainda bem que agora moro um pouco mais perto da escola.

— Você em, danadinho, passou a madrugada com o PM dentro do carro dele — só de mencionar o Mauro meu corpo inteiro arrepiar, a noite ontem foi surreal.

— A gente não estava fazendo nada de mais — pode não parecer, mas estou falando a verdade.

— Me engana que eu gosto, tu ficou com aquele gostoso a madrugada inteira dentro do carro só conversando?

— Não, quer dizer, foi — estou com tanto sono ainda que está difícil até formular uma ideia na cabeça, o gosto do beijo dele ainda está na minha boca.

— Deixa de timidez, me conta o que rolou? — Téo é muito fofoqueiro, não conhecia esse seu lado.

— Cara a gente ficou, mas não transamos se é isso que você quer saber — ainda sinto seu perfume na minha roupa inclusive — a gente conversou muito também.

— Atá fala sério — Téo não acredita em mim, mas estou sendo sincero.

— Ele é tenente da polícia militar, serviu o exército quando tinha dezoito anos, depois passou para o concurso da polícia, ele tem quase vinte e cinco anos de carreira militar, ele tem quarenta e três e faz quarenta e quatro na próxima semana.

— Puta merda vocês ficaram a madrugada toda conversando no carro dele — agora ele acredita em mim.

— Não tô falando que não nos pegamos, a gente se pegou muito também, só não rolou sexo.

— Nem oral.

— Já basta Téo, tem coisas da minha vida pessoal que não saio explanando assim — nunca fui de ficar dando detalhes das minhas intimidades, acho isso muito inconveniente, tanto falar quanto perguntar sobre a intimidade dos outros.

— Tudo bem, não pergunto mais, mas tipo ele não é pai de um aluno seu, esse cara não é casado não? — Téo ligou o modo responsável agora.

— Não, ele se separou da mulher quando o filho deles ainda era novo.

— Sei, então o PM é solteiro.

— Sim, pelo menos foi o que ele me disse, também não tinha marca de aliança no dedo dele, não — sim olhei cada pedaço do seu corpo que foi possível.

— Só tome cuidado, PM é um tanto complicado de se envolver, tipo eles não são nada fieis e sem contar que ele nem assumido deve ser né — Téo tem razão, mas não é como se estivéssemos namorando né, nós só ficamos.

— Eu sei, inclusive ele disse que o se separou porque traiu a mulher dele com uma colega de trabalho, a mulher até casa com outra mulher, eles tiveram um caso logo quando o filho dele nasceu, depois pararam, mas a mulher dele descobriu depois e se divorciou.

— Tá vendo, esse PM não é flor que se cheire — Téo já está pegando uma antipatia, ele é um amigo protetor, acho que por isso me identifico tanto com ele.

— Ele disse que se arrependeu e que foi a única vez em que ele traiu alguém, de qualquer forma só somos amigos, ele não é assumido e não acho que ele vai querer ter nada sério comigo, afinal sou técnico de futsal do filho dele.

— Mas um bom motivo para ficar longe desse PM, Rick, esses caras fodem nossa vida e vão embora.

— Você já se apaixonou por um policial Téo? — Ele fala com tanta propriedade, até parece que já viveu algo do tipo.

— Pior, advogado, mas vai por mim essa galera do direito não presta, agora se você quiser carona se aprontar logo, que eu tenho uma reunião onze e meia na faculdade.

— Mas o campus é pro outro lado, como vai me dar carona?

— É que eu quero ver o Tales, tenho que conversar uma coisa com ele e não pode ser por telefone, mas e aí vai aproveitar minha boa vontade ou não?

— Nem precisa falar duas vezes doutor — com o sono que estou aqui, não posso me dar ao luxo de perder essa carona.

Mauro tem uma pegada muito forte, nosso beijo encaixou demais, quando estava com ele dentro do seu carro me senti muito estranho, um frio na barriga, não sei explicar, até o papo foi fluindo de forma muito natural, contei a ele que minha mãe faleceu e que vim do interior para estudar e trabalhar, não entrei muito nos detalhes trágicos da minha vida até porque isso é algo que prefiro não revisitar.

Ele se abriu também, contou sobre seu divorcio e do quanto se arrepender de ter traído sua ex mulher, mas me garantiu que não sente mais nada por ela e que agora ele só trabalha e curtir um pouco quando acontece de alguém chamar seu interesse, ele não fica com caras, segundo Mauro me contou sou o terceiro cara com quem ele ficou na vida, teve uma primeira experiência na juventude, depois quando estava tendo um caso com a amante dele eles chegaram a fazer um menage e agora comigo.

Como não é algo que acontece com frequência, ninguém sabe sobre sua bisexualidade, ele também me contou que é um pouco mulherengo, tem uns esquemas, porém nada fixo, nosso papo foi muito aberto, tipo com ele não consegue guardar segredo, ele me perguntava e eu respondia assim como me respondia tudo que lhe perguntava, sobre o sexo só não rolou mesmo, tipo gostei tanto de conversar com ele e principalmente de beija-lo, meu pau ficou muito duro e o dele também, mas não chegamos a avançar além do beijo e dos amassos.

O carro atrapalhou um pouco também, o carro dele é um Sandero preto, embora tenha um espaço interno bom, somos dois caras de grande porte então teria que ser uma SUV para conseguirmos ter mais mobilidade dentro dele, entretanto fomos bem criativos e pro que rolou posso dizer que deu tudo certo.

Não é que eu não queria ter transado com ele, é só que o que rolou está tão bom que na hora meio que não fez tanta falta, mas tive quase tive que bater uma quando voltei pro meu sofá, porque ele me deixou muito duro, bixo é um tesão que não tem explicação e ele naquela farda não tem como não criar mil e uma fantasias com ele, mas preciso tentar tirar isso da cabeça, pois qualquer envolvimento pode virar um grande problema para mim.

Minha semana correu bem, não vi o Raylan, mas nos falamos todos os dias, minha família conseguiu mandar um grana hoje — sexta feira — para pagar o calção do lugar que arrumei para mim, Téo passou a semana tentando me convencer a ficar, mas carecia do meu espaço — é engraçado chamar meu novo lar de espaço, já que é bem pequeno — e tipo vou morar a duas quadras dele então não tem porque fazer esse drama todo, foi um verdadeiro achado, pois o lugar cabe no meu orçamento — quase não cabendo, mas cabe — e é arrumadinho, tem uma sala com cozinha, um quarto e banheiro, melhor de tudo é que já é meio mobiliado — tem até ar condicionado no quarto.

Vou pegar a chave amanha de manha, essa semana foi uma correria, temos jogo hoje e os meninos estão com todo gás, o time está bem entrosado e Tales estão com um bom humor que nada é capaz de anular, parece que a conversa que Téo teve com ele rendeu, por isso também que procurei logo um canto para mim, para que eles pudessem ficar mais avontade, já um certo PM que passou a ocupar um espaço considerável na minha mente desde domingo me mandou mensagem na quarta me chamando para sair, só que disse que não ia poder, dei uma desculpa, não posso me envolver com ele, ainda nos falamos ontem e hoje ele me mandou uma mensagem de bom dia, estou gostando de trocar mensagens com ele, mas ainda não sei se consigo ser só amigo dele depois de ter provado seu beijo.

Dessa vez nossa partida é em casa, o que facilita muito as coisas, o jogo foi marcado agora para o final de tarde, então estamos numa correria só para deixar tudo no ponto, o pessoal da escola rival acabou de chegar e estão aquecendo, tem mais pais na plateia desta vez, inconscientemente meus olhos procuram pelo Mauro, mas não o vejo, ele deve está trabalhando muito provavelmente, ele chegou a comentar comigo que trabalha muito para garantir uma boa pensam pro filho e para ex mulher, um dos acordos deles do divorcio seria essa pensam que ele paga para ela pelo que entendi.

Antes do jogo começar Tales me chama para me apresentar para a mãe do Junior, que está muito agradecida a mim por ter dado uma força na escalação dele no time, ela é uma mulher muito bonita e simpática, me pergunto o que ela diria se soubesse que peguei seu ex marido, bem é melhor que ela nunca nem sonhe com essa possibilidade.

— Professor Ricardo, muito obrigado pela ajuda, o Junior não fala de outra coisa desde que ele entrou pro time.

— Seu filho é muito bom, mesmo sem mim ele logo iria conseguir uma vaga entre os titulares senhora — estou tentando manter o foco e esquecer do gosto da boca do ex marido dela.

— Vamos lá que tempo que colocar o time na quadra — Tales se despede dela e faço o mesmo.

Nossa estava esperando ver o Mauro e não sua ex aqui hoje, estou me sentindo meio estranho, tipo eu sei que ele não é mais casado com ela, porém eles tem um filho juntos e esse filho é meu aluno, nunca devia ter me relacionado com o Mauro, sabia que isso seria dor de cabeça desde do início, entretanto como que se consegue manter o controle perto de um homem como ele, poxa o cara de farda ainda me dá tesão só de lembrar, a bunda dele marcada naquela calça, meu Deus, esse cara é um pecado.

Só quando o jogo começa de fato é que consigo focar, nosso time tem uma boa vantagem em cima do rival, porém não se deve comemorar antes pois dá azar, então fico atento a todas as jogadas para ajudar a orientar o técnico se for preciso, não sei se a presença da mãe do Junior surtiu algum efeito no garoto, mas ele está jogando como um profissional, o moleque está fazendo passes excelentes e armando as jogadas que treinamos com muita facilidade, tanto que dos três gols no primeiro tempo dois foram dele.

Durante o intervalo ajudo a distribuir água pros moleques então o técnico repassa todas as instruções pro segundo tempo, eles retornam ainda mais ferozes e as instruções nos trouxeram bons resultados logo de cara, ao final do jogo vencemos de quatro a zero, foi um jogo fácil como previmos que seria, entretanto ainda existem algumas coisinhas que precisam ser alinhadas no time, afinal nosso próximo adversário vem de três jogos invictos — ou seja vai ser uma partida e tanto para os moleques.

O jogo acabou todo mundo muito feliz com o resultado, tanto os moleques quantos os pais, também estou me sentindo bem, com aquela sensação de dever comprido, sem pensar muito pego o telefone e mando a boa notícia para o Mauro, de que seu filho venceu e foi o artilheiro da partida, ele não demora para responder.

— Meu garoto é foda — ele ainda manda uma carinha de emoticon feliz.

— Sim, ele jogou muito bem hoje.

— Queria ter ido ver, mas não deu, estou com muito trabalho hoje e você vai mesmo mudar? — Comentei com ele que estava procurando um lugar novo.

— Vou amanhã, não tenho muita coisa e lá já é semi mobiliado.

— Quer ajuda com a mudança? — Meu corpo treme só de pensar nele tão perto de mim de novo.

— É aqui no bairro mesmo e só tenho uma mochila — mando um figurinha do Pedro Pascal sorrindo.

— Que horas você vai mudar?

— O cara me disse que vai está lá às dez com a chave e o contrato, como só tenho a mochila vou logo direto.

— Tenho que ir aqui o trabalho me chama, depois falo melhor com você — ele manda essa mensagem e vejo que não está mais on-line.

Queria ter umas coisas para precisar da ajuda dele, mas até melhor assim, afinal ele é o pai do Júnior, tenho que ficar sempre repetindo isso na cabeça, Téo confiou em mim quando falei que não vou levar isso com Mauro adiante então não contou nada para o Tales, até porque posso ser demitido sei lá, vai que né melhor não arriscar.

Não tenho muito o que fazer numa sexta a noite, então apenas me despeço do meu chefe depois de acabar minhas obrigações, Téo já me avisou que vai sair com Tales e provavelmente vai dormir na casa dele, vou aproveitar então para fazer uma arrumação pesada no apartamento, como uma forma de agradecimento por ele ter me recebido e recusado de todas as formas uma ajuda financeira, sei que só passei uma semana morando com ele, mesmo assim ele teve gastos de comida e tals comigo aqui — Téo é um ótimo amigo, espero que ele realmente se entenda com Tales.

Estou saindo da escola quando vejo Ciço todo animada escorado em sua moto, ele virou torcedor mesmo do time pelo jeito, está com um sorriso de uma ponta a outra com a vitória, Dan não está com ele, mas ele não está sozinho, preciso olhar duas vezes para confirmar que é Guilherme com ele, nossa os namorados dos meus amigos vieram ver meu jogo, isso é bem engraçado até, me aproximo deles feliz por ter alguns amigos me apoiando.

— Cara que jogo velho, sério, muito pica — Ciço não poupa elogios.

— Os carinhas são bons mesmo — Guilherme diz sem manter contato visual comigo, mas só está falando comigo já é muita coisa.

— Valeu, você não me avisou que vinha — questio Ciço, já que da última vez ele falou.

— Eu disse sim, que viria a todos os jogos e comecei a seguir o time no Insta, vi a tabela completa já — Ciço leva esse lance de torcedor a outro nível.

— Pensei que você não curtisse muito futsal Guilherme — estou genuinamente surpreso com sua presença.

— Resolvi dar uma chance, Ciço me convenceu a vir.

— Ah que bom que vencemos então, já pensou vir ver pela primeira vez e a gente perder — Ciço começa a rir junto comigo, mas Guilherme segue sendo resistente a fazer amizade.

— Onde vamos beber para comemorar? — Sabia que Ciço iria querer sair, já estou começando a entender como ele funciona.

— Eu estou indo para casa, tenho que arrumar o apartamento para retribuir o favor do Téo — não estou nem um pouco animado para sair, essa semana foi mesmo cansativa.

— Ótimo então, rolê e casa então, a gente pode pedir umas pizzas e cerveja por aplicativo e de quebra ainda te ajudamos com a faxina — Ciço é o cara mais espaçoso que já conheci, mas ele tem uma energia que não nos deixa ficar bravo com ele e nem muito menos dizer não para ele.

— Já te conheço o suficiente para saber que tu não vai aceitar um não como resposta então vamos nessa — Guilherme era minha última esperança, mas ele só fica calado.

Com ajuda ficou muito mais fácil, em menos de uma hora e tudo já estava um brinco, Ciço é mais do que um moleque mimado, o cara sabe arregaça as mangas, Guilherme também ajudou bastante, com o ap limpo finalmente caímos no sofá, Guilherme está buscando algo na tv para assistirmos enquanto Ciço está pedindo a pizza e as cervejas por aplicativo, bem que poderíamos ter pedido antes, mas ninguém teve a ideia antes, pior é que agora estamos os três com fome.

— Coloca uma música animada ai para gente, tipo um piseiro — Ciço é muito hetero.

— Nada de piseiro, já basta morar com um agroboy — Guilherme não gosta muito do gosto musical do Raylan, mas entendo ele, meu amigo só não é um cantor sertanejo porque não sabe cantar.

— Tudo bem, não sendo uma música inde desconhecida do resto do mundo, sério o Daniel parece que faz uma curadoria, quando mais desconhecido e estranho mais ele parece gostar — Ciço está rindo enquanto fala do gosto musical diferenciado do Dan.

— Dan detestava quando arrastava ele pras festas, já o Raylan ganhava as meninas na dança, o moleque é um pé de valsa — Guilherme rir, provavelmente está pensando no namorado dançando — tô falando, os moleques eram muito travados, então as meninas que gostava de dançar não tinham escolha a não ser dançar com ele e quando viam o forrozeiro de primeira elas dava uma chance para ele, Raylan pegou muita menina em festa assim.

— Ele dança bem mesmo, já o Dan é desengonçado, mas do que eu, mas ele fica muito fofo quando aceita dançar comigo — Ciço é um bobão apaixonado.

— Acho que um forro das antigas agrada todos os públicos, né? — minha sugestão é bem recebida e assim Guilherme coloca um forro das antigas para tocar.

— Ai sim, por isso que você é o cara — Ciço me elogia.

— Sou nada, mas assim não que eu esteja reclamando da companhia de vocês, mas cadê o pessoal, o restante do pessoal no caso — é bom ter amigos novos, mas estou meio que sentindo falta dos antigos também.

— Eles estão com a Bia, foram ver um filme muito chato de musical, ai como tinha o jogo arrastei o Guigo para vir ver comigo — normalmente sou muito de boas, mas sinto uma pontadinha no peito, tipo Raylan passou a semana sem falar comigo direito e tipo Dan nem olhar para mim consegue, tipo meus amigos seguiram com a vida deles e acho que não tem mais tanto espaço para mim afinal, pensei que Dan pudesse está incomodado comigo pelo que rolou antes, mas acho que ele só não me ver mais com o amigo que ele tinha a anos atrás.

Ficamos jogando conversa fora até nosso pedido chegar, Ciço se prontificou de ir buscar na portaria ele compartilha da minha mesma ideia de que entregador não é obrigado a subir, assim ficamos só Guilherme e eu, em um silêncio previsível, o cara não me suporta mesmo, mesmo assim agradeço o fato dele ainda sim se esforçar para tentar ter uma boa convivência comigo, mas aproveitando essa oportunidade única que estou tendo de ficar sozinho com ele, resolvi lhe perguntar de uma vez o que ele tem de tão ruim contra mim.

— Você não vai nem um pouco com a minha cara, né? — Mando na lata o pegando de surpresa, ele pensa por uns segundo e responde.

— Não é você — agora estou confuso.

— Oxé, então tu não gosta de mim por causa de outra pessoa?

— Não, é que cara para o Raylan você é uma entidade, alguém que cuidou dele no momento em que ele mais precisou, ele passou a semana inteira preocupado com a possibilidade de você ter se zangado com ele por ter se mudado e ter te deixado sem teto — essa última parte ele põe aspas no sem teto.

— Por isso ele sumiu essa semana, esse moleque não mudou nada — penso alto por um instante — desculpa mas não entendi o porque a minha amizade com o Raylan ser um problema, você é anmorado dele, tipo o moleque peitou até a mãe só para poder ficar com você, ele te ama cara.

— Eu sei disso, e eu amo ele também, mas é que já era difícil competir com você quando você era só uma lembrança, mas agora que está aqui, tudo gira em torno de você, não tem nada que possa fazer para ele que seja maior ou melhor do que o que o grande Rick já fez.

— Cara Raylan e eu somos amigos a muito tempo, não acho que seja dessa forma, ele ficou muito destruído quando o pai foi embora e por acaso eu estava aqui, mas você está aqui agora, os pais dele quebraram o coração do meu moleque de novo, mas é você quem está colando os caquinhos agora, e acredite o Raylan é meu moleque, ou melhor meu irmão, não temos nenhum interesse além desse entre a gente.

— Sei de tudo isso Ricardo, acredite eu confio no meu namorado, só que porra queria muito que ele olhasse para mim da mesma forma que ele olha para você, a admiração que ele tem por ti é quase uma devoção, para ele você é perfeito e isso é, e ainda tem o Dan.

— O que tem o Dan — não entendi onde Dan entra nessa história, mas Ciço chega na hora e o assunto muda de rumo.

Guilherme tem ciumes da minha amizade com Raylan, só que acho que ele é muito mais inseguro do que imaginei, eles dois tem uma relação meio esquisita, mas quem sou eu para julgar né, pelo menos para mim Raylan parece feliz com ele e meu amigo merece ser feliz, mas vou ficar na torcida para que o Guilherme entenda que não tem que competir comigo, até porque tenho medo de que ele acabe perdendo o Raylan por uma bobagem, até porque mesmo longe meu moleque não vai deixar de ser meu irmão.

Ciço parece muito em paz com tudo, só que agora estou com uma pulga atrás da orelha, o que ele quis dizer quando citou o Dan, droga odeio não saber das coisas principalmente quando elas me desrespeitam, Guilherme pelo menos está se esforçando para ficar de boas e não gerar um clima, mas estou começando a me convencer de que não vamos mesmo começar nos dar bem, acho que algumas pessoas só não se dão bem mesmo e está tudo bem.

Ficamos até meia noite bebendo e comendo pizza, falamos sobre assuntos banais e por um breve momento Guilherme e eu até ficamos em uma interação educada e pacífica, com ele sinto que estou em uma guerra fria que não sei como evitar e alcançar o cessar fogo, já com Ciço estamos cada vez mais próximos como amigos, ele tem uma personalidade gigante, ele inundou o lugar com seu carisma e bom humor, o cara é uma figura.

— Tu vai pro racha amanhã né? — Ciço me faz essa pergunta e acabo me lembrando que os caras no grupo já me fizeram essa mesma pergunta algumas vezes essa semana.

– Vou macho, já confirmei no grupo e tudo — é impossível não sorrir, me sinto acolhido por essa galera do racha.

— Pois massa, agora a gente tem que ir, tenho que deixar esse moço em casa e pegar meu boy que foi para lá com o Raylan — Ciço tem uma mania feia de pilotar depois de beber, já falei para ele parar com isso, pelo jeito vou ter que ficar mais no pé dele.

— Ricardo — Guilherme deixa Ciço ir na frente rumo a porta para falar comigo — pode ir lá pra casa se precisar.

— Eu sei macho e pode ter certeza que sou muito grato a você por isso.

Os caras vão embora enquanto a mim vou banhar e deitar, estou quase dormindo quando recebo uma mensagem do Mauro, meu corpo inteiro se aquece apenas lendo seu nome na tela do meu celular, esse homem exerce uma força estranha sobre mim, não consigo me controlar perto dele, definitivamente a ideia de amizade entre a gente é impossível.

— Ainda acordado?

— Estava indo dormir e você ainda de plantão? — Respondo enquanto um sorriso safado se forma no meu rosto.

— Acabei de sair, estou aqui embaixo.

— Como assim aqui, tipo aqui, aqui em casa? — Não acredito que ele fez isso, que ele veio para cá de novo, Mauro não me ajuda.

— Sim, queria subir, posso? — O que responder, Téo já me confirmou que não vem para casa hoje, não acho seguro ficar sozinho com ele, mas meus dedos escrevem pode subir mesmo contra minha vontade.

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Comentários

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Raylan e Gui precisam amadurecer o romance e deixar o ciúmes de lado, Dan precisa perdoar o passado e seguir em frente. E o Mauro uma incógnita. Conto sensacional.

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Eu tô amando essa série demais, passei os dias desesperado querendo a continuação... Assim vc mata a gente Valentim

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E lá vem um sexo gostoso e selvagem entre esses dois!! Pqp!

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Amo demais essa série. Cara, é genial como você desdobra as subtramas, fazendo de cada uma, a história em si

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Estava com saudades dessa história! Curtindo bastante o desenvolvimento dela!

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Consegui recuperar a conta antiga, porém alguns contos estão faltando, o filho do pastor está completo lá na conta antiga pelo menos.

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Caramba Rafa, que notícia boa, tava com saudade de ler as suas histórias antigas, são muito boas, você é o melhor, tmj mano.

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