Toc toc toc! Soava a madeira barulhenta quando abri meus olhos naquela manhã. Imediatamente, levantei em pânico, arrastando o sofá para trás, o que só fez mais barulho de forma a denunciar minha presença. O locador! Pensei estupidamente só para depois cair na real. Não era isso. eu ainda tinha mais dois dias para pagar o aluguel. Ainda bem. Pensei aliviado e dei dois passos em direção a porta.
Espera, eu estou pelado. Percebi, mas por que? E a pergunta era muito idiota. Reparei ao lembrar do que tinha ocorrido ontem a noite. Então não foi um sonho! Conclui recolhendo as roupas que desajeitadamente deixei amassadas no chão.
— Gustavo! Abre logo porra! — Dizia a voz de Rodrigo do outro lado da porta, esmurrando ela incessantemente.
— Calma! Tô indo! — Respondi aos berros abrindo o tecido para me vestir. Merda, essas roupas estão sujas de porra. Percebi e olhei para minha mesa. Até ela tinha uma mancha decorrente da safadeza que tinha feito ontem a noite.
Eu corri para ela e esfreguei a camiseta suja no local para limpá-lo. Logo depois, com rapidez, embolei os tecidos e os arremessei para debaixo da cama. Droga, eu estou fazendo muito barulho com meus passos, percebi quando fui apressado em direção ao meu guarda roupa e o abri. Que bagunça. Foi a primeira coisa que me veio à cabeça quando vi o estado daquilo.
Tinham roupas de cama misturadas com agasalhos, cobertores e outras vestes sujas e lavadas todas emboladas umas nas outras. Eu as arremessei com pressa para fora, procurando algo para me vestir logo até que congelei quando ouvi o barulho da fechadura se abrindo.
— Não entra! — Gritei. Rodrigo sabia que, em uma das fendas da parede não rebocada lá fora, eu escondia uma cópia da chave para situações de emergência. Procurando e impaciente com minha demora, ele deve tê-la achado e agora estava prestes a entrar e me ver pelado ali dentro! Minha súplica foi muito tardia agora que já via a maçaneta girando. Para piorar, eu ainda tinha uma forte ereção matinal.
Eu olhei para baixo em seguida. Merda! Praguejei. Para piorar, eu ainda tinha uma ereção matinal. Alguma coisa! Qualquer coisa! Pensei desesperado e puxei com força um dos tecidos presos ali no guarda roupas para pelo menos me cobrir. Eu pensei ter selecionado algo grande, como uma toalha de banho ou um edredom, mas, após ouvir o barulho daquilo se rasgando, olhei o que tinha em mãos e constatei: Era um pano de prato, ou melhor, metade dele que preservava alguns bordados cor de rosa em suas extremidades. Apertei aquilo na minha virilha assim que, subitamente, Rodrigo entrou.
— Eu falei pra não entrar! — Gritei com ele me encolhendo ali no mesmo lugar. Rodrigo esbugalhou os olhos e começou a rir imediatamente diante da cena tão patética.
— Ah cara! Foi mal! — Respondeu e, ao contrário do que se espera nesse tipo de situação, não se afastou ou desviou o olhar, mas apontou e foi ao chão em meio a gargalhadas.
Nunca senti tanta vergonha na vida. Eu estava completamente pelado e segurando um pedacinho de pano de aproximadamente 20cm quadrados contra meu pau totalmente duro e bolas na frente do meu melhor amigo. A porta atrás dele ainda estava totalmente aberta e vi uma senhora que devia ter uns 50 anos passar pelo corredor, curiosa por ouvir a comoção. Ela olhou para mim e desviou o olhar rapidamente, apressando seus passos em outra direção.
— Fecha essa porta cara! — Gritei para Rodrigo. Eu estava paralizado e algo me dizia para não tentar me mover. Isso poderia revelar mais do que gostaria se não fosse cuidadoso.
Meu amigo olhou para trás enquanto de cócoras no chão, parecendo se recompor das gargalhadas. Uma vizinha bonita e jovem o olhou de volta.
— Oi. — Rodrigo a cumprimentou com um sorriso. Ela olhou para cima e nossos olhos se encontraram. Suas mãos foram a boca com a surpresa. Merda! Pensei e corri em direção a porta, ainda apertando aquele paninho contra minhas partes.
Se Rodrigo estava tentando me ajudar ali, ele não conseguia em decorrência de sua crise de risos. Eu só o vi se sentar no chão com as mãos no peito e cabeça para cima, inundando o ambiente com suas gargalhadas. Outro cara apareceu ao lado da moça ali na porta. Que merda! Quantas pessoas mais vão me ver assim? Me perguntei enquanto ia a passos largos em direção a eles. Aquele cara começou a rir imediatamente também, chegando a se apoiar na moça ao seu lado para não ir ao chão como Rodrigo tinha feito. Eu acelerei mais ainda o passo, mas, quando pisei perto de Rodrigo, algo se chocou contra minha canela. Pff! Fez ele quando tropecei em seu pé, segurando mais uma gargalhada.
Que merda Rodrigo! Você colocou o pé na minha frente para eu cair! Concluí imediatamente quando abandonei o chão e tentei, logo em seguida, manter o equilibrio me segurando nas laterais da entrada do apartamento com as mãos. Mais um senhor e uma outra moça apareceram na porta só para me verem cair. Felizmente, não fui ao chão, me estabilizando ali em pé frente aos outros inquilinos.
— É… é… D-desculpe… — Disse-lhes olhando as 4 pessoas nos olhos. Eu só consegui levantar minha mão esquerda e acenar timidamente. Nenhum deles esboçou qualquer reação além de olharem para baixo. Por que? Me perguntei. À distância, via mais alguns moradores me olhando de longe. Todos com os olhos bem abertos, alguns apontando e cochichando entre si.
Espera, se estou aqui e Rodrigo está atrás de mim, então ele estava vendo minha bunda? Percebi e olhei levemente para o lado. Ele sorriu para mim. Que vergonha! Pensei diante daquilo. Além disso, demorei para concluir, se minha mão direita está ali na borda da porta e a esquerda aqui em cima gesticulando, então como estou me cobrindo? Espera, cadê meu pano? Me perguntei e o vi ali do meu lado no chão. Ele caiu! Percebi rapidamente e entrei em pânico. Desde que tropecei, não estava mais usando nada! Eu olhei para baixo, direção em que todos olhavam e percebi que estava ali na porta da minha casa totalmente aberta pelado na frente de todas aquelas pessoas. Meu pau apontava para frente, totalmente duro, com 13cm, levemente curvado para a esquerda e sendo visto por todos!
Eu me agachei para recuperar o pequeno pedaço de tecido, uma burrice. Deveria ter fechado a porta antes.
— Ah não! Desculpa! — Disse enquanto me cobria e, totalmente curvado e envergonhado, fiz o movimento para fechar aquela maldita porta.
— Acabou o show pessoal! — Rodrigo gritou com ânimo antes que a porta batesse e eu a trancasse de volta.
Gargalhadas explodiram do outro lado imediatamente Eu até ouvi uma moça sussurrar “que pequeno” enquanto perto da porta. Do lado de dentro da residência, também ouvia risos, mas vindos de Rodrigo que ainda estava sentado no chão do recinto. Eu o fuzilei com os olhos, ainda morrendo de vergonha por estar naquela situação na frente dele.
— Cara! Isso foi muito bom! Desculpa! — Dizia meu amigo sem conseguir se conter.
— Vai se fuder cara! Deixa eu me vestir! — Falei cheio de raiva e constrangimento. Ele se levantou, ainda se recuperando, dando, ocasionalmente, apenas algumas risadas.
— Porra, você quer que eu abra a porta de novo pra todo mundo te ver e fique la fora então? — Questionou retoricamente. Eu só lhe respondi com um olhar mortal.
— Calma cara, tá bom. Foi mal. Eu não achei que você ia tropeçar — Mentiu claramente e recuperando o olhar sério. — Vamos, trouxe algumas coisas pra você. — Disse apontando para as duas sacolas no chão. Quando Rodrigo chegou daquele jeito, sequer tinha reparado que ele trazia algo.
— Você colocou o pé na minha frente de propósito! — Gritei com ele. — Eu te falei para não entrar! — Continuei resmungando.
— Tá bom, desculpa de novo. — Falou. — Vamos, pelo menos deu errado. Admito, eu queria que você caísse lá fora. Aí ia fechar a porta atrás de você. Viu? Você foi mais esperto que eu nessa. — Disse em seguida e riu.
Puta merda! Pensei. Eu me salvei daquilo por pouco, concluí aterrorizado com a possibilidade de estar, até agora, pelado no corredor do meu prédio com tantos vizinhos lá fora. Eu sabia que Rodrigo era brincalhão e que pegadinhas como aquela faziam parte de seu repertório. Embora ainda bravo, apenas me resignei quando ele veio andando em minha direção. Eu ainda ia dar o troco nele por aquilo. Planejei em minha cabeça e me consolei pelo fato dele não ter visto meu pau pelo menos.
Desviei o olhar quando ele chegou tão perto de mim. Pudera, eu ainda estava pelado, apenas coberto pelo pedaço de pano na frente da virilha e, ali em baixo, com uma ereção que não parecia ceder.
— O que é isso no seu rosto? — Perguntou apontando.
Eu levei os dedos à minha face, sempre em constante vigília para não deixar que nada escapasse a vista ali em baixo. Quando toquei a casquinha grudada em minha pele, tomei um susto. Era minha porra! Lembrei. Na noite anterior, tinha vergonha até de me recordar, gozei e parte de minha carga me atingiu ali. Eu devia ter me limpado e me vestido imediatamente, mas dormi no sofá. Então todas aquelas pessoas, incluindo Rodrigo, tinham visto meu rosto coberto em porra seca? Corei imediatamente.
— Sei lá cara, acabei de acordar. — Respondi com impaciência e fui a passos largos para o banheiro me limpar.
— Eu não sabia que você tinha uma bunda tão linda cara. — Ouvi ele dizer com sarcasmo e rir. Cobri a parte de trás como pude antes de entrar pela cortina do banheiro. Rodrigo riu de novo.
— Vai se fuder! — Gritei para ele ali do banheiro.
Felizmente não era muito, tampouco tão evidente, a menos que se chegasse bem perto da minha cara para ver, constatei me olhando no espelho. Eu comecei a lavar meu rosto. Droga, não acredito que ainda estou pelado em sua presença. Pensei amargurado e constrangido com o que tinha acabado de acontecer.
— Cara, deixa de ser ranzinza. Se você me avisasse que estava batendo punheta, eu não teria entrado assim. — Rodrigo disse do lado de fora do banheiro.
— Eu não estava batendo punheta! — Respondi de imediato enxaguando o sabonete do rosto.
— Aham. sei. Só estava pelado em seu apartamento de manhã. — Ouvi sua voz recheada de ironia. Nossa, como ele sabia ser irritante quando queria.
— Porque você veio aqui tão cedo, afinal? — Perguntei com grosseria.
— Você não responde minhas mensagens desde ontem a noite, cara. O pessoal da loja quer saber se você topa o trabalho ou não. — Ele explicou com calma. — Você não viu minha mensagem ontem? Eu disse que você tinha de responder até hoje de manhã! — Continuou me dando o esporro. Eu realmente não tinha visto a tal mensagem dele antes de dormir.
Que droga! Então tudo era por causa daquele maldito emprego usando aquela fantasia ridícula de alien?
— Afinal, o que você fez ontem a noite para sumir desse jeito? — Me perguntou
Me expus na internet por dinheiro e depois bati uma pensando em você. Era a verdade, mas eu não podia dizer isso a ele.
— Porra cara, eu não posso nem dormir cedo mais? — Disse para tentar disfarçar.
— Tudo bem. Eu não achei que você fosse fazer isso. Pelo que me lembro, está ficando acordado até tarde mandando currículo. — Retrucou. Do banheiro, imaginei Rodrigo dando de ombros. — Então, vai querer o trampo ou não? — Questionou.
— Não. Trabalho merda da porra. — Respondi secando o rosto na cortina do banheiro. Que falta de sorte, não tem nenhuma toalha aqui. Percebi concluindo que teria de sair dali com aquele pano de prato ridículo cobrindo minhas bolas.
— Arrumou coisa melhor então? — Perguntou Rodrigo curioso. Isso eu também não podia responder com sinceridade.
— Não. — Menti. — Só prefiro morrer que ter de usar aquela fantasia em público. — Continuei e, em partes, era sincero.
— Ninguém precisa morrer. Já disse que pode ficar na minha casa um tempo. — Ele retrucou. Do banheiro, ouvi o barulho de seu corpo se chocando com o sofá. — O sofá está muito para trás. — Comentou com naturalidade. Meu rosto ficou vermelho só com a menção a aquilo. A noite anterior foi intensa e acordar assustado só contribuiu para mais bagunça no meu ap.
— Eu sei, mas te falei. Vou dar um jeito. — Disse ao sair do banheiro.
— Ficou rico e não quer me contar, é? — Lançou o questionamento que me fez tremer na base. Rodrigo me encarava. — Pra quê gastar energia com a luminária acesa logo de manhã? — Disse em seguida e apagou a luz.
Ufa! Me acalmei. Tudo naquele quarto evidenciava o que tinha feito na noite anterior. Se fosse mesmo viver aquela vida dupla, tinha de ser mais cuidadoso e pensar em uma desculpa melhor para dar a Rodrigo. Afinal, pagaria todas as minhas contas sem precisar sair de casa. Pensar em algo crível daria trabalho. Eu caminhei até o guarda roupas e comecei a procurar algo limpo para vestir finalmente. Quando olhei para meu amigo, ele ainda tinha os olhos sobre mim.
— Você é gay ou o que, em? Para de ficar me manjando e deixa eu me vestir! — Gritei para ele enfurecido.
— Ah foda-se. Vou bolar um beck e colocar uma música pra ver se acalma esse mal humor seu. — Ele falou e se virou para frente, olhando para o monitor apagado do computador. Devia estar em tela de descanso.
Eu respirei fundo. Assim era melhor pelo menos. Agora podia procurar minhas roupas com mais privacidade. Cara, não acredito que ele viu tanto de mim. Pensei envergonhado. E aqueles vizinhos? Como vou dar as caras no prédio de novo? Me perguntei angustiado. Espera aí, ele disse que ia colocar uma música?
Click! Escutei o barulho do mouse
— Espera! Rodrigo! — Gritei mas agora era tarde. A tela do computador acendeu e nela o Cam4you estava aberto. Nós dois fomos surpreendidos pela visão de uma live em andamento. Nela, um cara forte, de pele negra e sorriso repleto de dentes brancos segurava com uma mão seu cacete enorme, na outra, ele tinha um dildo todo enfiado no rabo.
— Que porra é essa cara? — Rodrigo gritou assustado. Eu corri para fechar aquela janela, mas, quando minha mão chegou perto do mouse, meu amigo me empurrou e abriu outra aba.
A segunda não era menos comprometedora que a primeira, mostrando em 4k outra transmissão executada por dois caras grandes e barbudos fazendo um meia nove. Em outra aba aberta por Rodrigo, um homem jovem e bonito se masturbava para a câmera e, em outra, um rapaz loiro cavalgava encima do pau de um negão enquanto barulhos de gemidos tomavam conta do lugar. Todas as janelas que meu amigo explorou mostravam cenas típicas de sites de pornografia gay.
Eu sou um idiota! Eu devia ter fechado essas coisas antes de dormir! Pensei tentando impedi-lo de ver o que era já nítido e evidente. Lutar com Rodrigo já seria difícil se estivesse em minhas plenas capacidades, fazê-lo segurando aquele pano de prato na frente do meu pau era impossível.
— Para de tentar esconder! — Gritou e me empurrou de novo. Em seguida, meu amigo se levantou de supetão, ficando frente a frente comigo. Aqueles gemidos ainda saíam da caixa de som do meu computador. Eu fiquei paralizado. — Caralho Gustavo! Você… Você é gay cara? — Perguntou assustado.
— Não! — Disse e dei um passo à frente. Rodrigo pulou para trás. Ele então me olhou de cima a baixo e vi sua mão mover-se com velocidade em minha direção. Fechei os olhos no susto.
Ele está apertando meu pau! Senti e agora foi a minha vez de pular para trás. Eu quase deixei minha única cobertura cair com aquilo. Rodrigo tirou a mão dali rapidamente. Pela velocidade com que o fez, por um momento, achei até que ele havia me golpeado nas bolas.
— Você tá de pau duro cara! — Constatou em alto e bom som.
— Não! — Parecia que era só isso que conseguia repetir e, desta vez, estava mentindo descaradamente. — Fala baixo porra! — Avisei em seguida. As paredes de meu kitnet eram finas e sabia que o escândalo podia ser ouvido do lado de fora.
— Então me explica isso! Anda! — Ele ordenou. Parecia furioso e eu entendia. Rodrigo e eu éramos melhores amigos, ambos heteros e tentávamos sempre performar masculinidade. Fazíamos piadas machistas e homofóbicas quando juntos, sendo sua reação, nada que devesse surpreender uma vez que, em nossa amizade, nunca tivemos como foco cultivar a tolerância.
Minha boca se abriu e fechou-se rapidamente. Eu não podia revelar aquilo para ele! Pensei com medo. Mas, se não o fizesse, Rodrigo acharia que eu era viado com certeza. Talvez ele sequer acreditasse em mim se contasse a verdade.
— Ah cara, eu preciso digerir essa informação. — Ele falou parecendo confuso e impaciente. Em seguida, começou a caminhar para longe, em direção a porta. — Porra, desculpa chegar assim de repente. Eu não pensei que ia achar isso. — Disse com pressa. Ele estava indo embora!
— Espera Rodrigo! — Gritei. — Não é isso! Eu juro! — Supliquei, mas meu amigo não parecia dar ouvidos. Com as mãos trêmulas, ele tentava destrancar a porta. O que eu faço? Me perguntei paralizado. Merda! Merda!
— Dinheiro! — Gritei. Ele parou imediatamente e olhou para trás.
— O que? — Perguntou confuso. Ao me ver daquela forma, desviou rápido o olhar. Aquela palavra era nosso código desde o ensino médio. Quando Rodrigo pensava ter encontrado uma forma de se dar bem, me mandava apenas a palavra por mensagem ou dizia ela de forma satisfatória, aproveitando e se deliciando com cada sílaba. Eu sabia como ele gostava daquela palavra.
— Isso mesmo Rodrigo. — Confirmei sentindo uma gota de suor descer por minha testa. — Dinheiro! Capital! Cascalho! — Parei para pensar em outro sinônimo. — Bufunfa! Muito dinheiro! — Falei. Ele era todo ouvidos. Em seguida, peguei meu celular encima da mesa, abri o aplicativo do banco e joguei para ele. — Olha isso! — Disse e só depois reparei que tinha arremessado meu celular aos ares. Ele felizmente o pegou, olhou o estrato e seus olhos se abriram em surpresa.
— Porra, tem quase 300 reais aqui! — Disse com espanto.
— Isso mesmo — falei acenando orgulhosamente com a cabeça. — Tudo isso feito de ontem para hoje. — Continuei explicando em seguida.
— Mas como? — Ele perguntou perplexo.
— Eu te explico. — Falei de forma convincente. Embora muito nervoso e constrangido, até que sentia uma pitada de orgulho por como estava conduzindo aquela conversa. — Mas antes, só deixa eu me vestir, por favor cara. — Pedi, sentindo meu rosto esquentar de novo.
Com aquilo, Rodrigo se desarmou e riu e eu não pude deixar de soltar uma risada também. Ele então respondeu com um semblante alegre, quase como se cifrões aparecessem em seus olhos:
— Beleza.
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