Como perdi a final do mundial no Japão para comer a inglesa safada - parte 1 de 4
Conto verídico (não aconteceu comigo) de como o tesão pode te fazer cometer uma loucura ainda maior do que se endividar para ver seu time no jogo mais importante de sua história!
História criada especialmente para o desafio do mês. Espero que curtam.
……
A história mais louca da minha vida começou no momento em que eu nasci. E não precisava nem de teste de DNA para confirmar: era óbvio que eu já vinha ao mundo como mais um louco para o bando de loucos. O conjuntinho de recém-nascido, o paninho que viraria minha inseparável "maninha", a roupa de cama e toda a decoração do quarto não deixavam dúvidas. Meu destino já estava traçado.
Nasci no começo da década de 80 e tive o privilégio de crescer vendo o melhor time da história do todo-poderoso Sport Club Corinthians Paulista.
Por volta dos meus 16, 17 anos, testemunhei um esquadrão absurdo, comandado pelo pé de anjo Marcelinho Carioca — sim, o mesmo injustiçado que deixou aquele clubinho lá do Rio de Janeiro pelas portas dos fundos. Tinha também Ricardinho, o maestro; o velho Vampi, mundialmente conhecido como o terror dos "bambis"; o colombiano marrento Rincón; e, para fechar, um ataque dos sonhos que, ironicamente, um dia vestiu verde e branco: Edílson, o capetinha, e Luísão, que infelizmente saiu pela porta dos fundos.
O saldo dessa época? Dois Brasileiros, três Paulistas e um Mundial de Clubes da FIFA — um mundial meia boca, segundo os antis, incluindo um certo clubinho lá da Barra Funda, que não tem nem isso para chamar de seu.
Brincadeiras à parte, se o começo da década me fez virar corinthiano (como se a gente precisasse de títulos ou bons times para isso), foi muito por conta de figuras como o eterno xodó Neto e a histórica campanha do Brasileiro de 1990.
Mas foi esse time montado no final desta década que nos levou a um outro patamar. Finalmente, o Corinthians era temido dentro de campo, nacional e até mundialmente.
Conquistamos o bicampeonato do campeonato brasileiro dos anos de 1998 e 1999. Com finais épocas em nosso salão de festas, o agora chamado Morumbis. Já no início do ano seguinte, com nosso esquadrão ainda encorpado e uma muralha no gol (Dida), o mundo e o Brasil parou para testemunhar a segunda invasão da fiel torcida ao Rio de Janeiro.
Mais uma vez dividimos o Maracanã com um grande time do Rio, dessa vez o “sobe e desce” português Vasco da Gama. Conquistamos o primeiro mundial da FIFA - sinceramente eu acho um absurdo quem diga isso (sem clubismo por um momento). Foi um título importante, com certeza, até pelas atuações do time neste torneio, como épico 2 a 2 com o poderoso Real Madrid, em São Paulo. Mas a falta de uma libertadores doía mais do que a alegria de ganhar um “Mundial” desse jeito.
O início dos anos 2000 também foi vitorioso, apesar dos escândalos de arbitragem em 2005, ano daquele esquadrão comandado por ninguém menos que Carlitos Tévez.
E, claro, não vamos mencionar o que aconteceu alguns anos depois, cortesia da corrupção e da competência questionável da nossa diretoria de m… (melhor deixar pra lá).
Já em 2011, o time chegou perto da excelência. Comandado por jogadores espetaculares — tantos que se eu listar aqui, você vai perder o foco —, e sob a batuta de Tite, fizemos uma das melhores campanhas da era dos pontos corridos até então. O resultado? Mais um Brasileirão na conta. O quinto desde que comecei essa história.
Mas foi em 2012 que vivemos o momento mais glorioso. E, como sempre, só o Corinthians poderia fazer algo assim. Basta olhar quantos times brasileiros tiveram a chance e passaram vergonha. Inclusive aquele da torcidinha que se acha a maior do país. Mas para chegar a esse momento, o fantasma da falta de uma libertadores deveria ser enfrentado e derrotado de uma vez por todas.
Minha participação nesse acontecimento histórico começou num bar em São Paulo. Junto com amigos, incluindo meu parceiro Manfi (que, por sinal, tá contando essa história comigo), vimos nosso Corinthians lavar a alma e nos dar a oportunidade de gritar aquilo que sonhávamos desde crianças. Estava escrito: nós seríamos a geração que finalmente veria o time conquistar a América.
Era o título que nos fazia sofrer por dentro. O único motivo pelo qual os bambis do Morumbi e os viúvas do Pelé na Baixada conseguiam nos zoar. O título que faltava para nos colocar no mapa do futebol mundial, apresentando o time do povo e sua fiel torcida para o mundo.
De um herói inimaginável no primeiro jogo para um momento épico no segundo. No temido estádio de La Bombonera — temido talvez para os outros times brasileiros e seus torcedores que se tremem todos quando vão para lá, mas para a Fiel, foi só mais um lugar a ser dominado —, um improvável Romarinho brilhou. Recebeu um passe genial do Sheik, o nome dessa final, e, com a frieza que só quem veste o manto consegue ter, mesmo tão jovem, deu um toquinho por cima do goleiro e gol! Saímos da Argentina com um empate e um gostinho de "agora é nossa vez".
Já no jogo de volta, resolvemos assistir num barzinho, planejando sair direto para a comemoração. Estávamos em três casais, incluindo meu amigo Manfi (mais novo "escritor" da turma) e sua belíssima esposa. Além desse magnífico casal, estavam meu irmão e minha cunhada, recém-casados, e eu com minha pretinha, ainda só "ficantes". Para completar a turma, um amigo do Fe (ou Manfi) da época da faculdade.
O bar estava lotado — porque a Fiel lota qualquer canto do mundo — e minha pretinha teve que sentar no meu colo. Ela estava maravilhosa, cheirosa e com uma sainha jeans que eu adorava. No final do primeiro tempo, já com todo mundo um pouco alegrinho, lancei um desafio:
— Duvido você ir ao banheiro, tirar a calcinha e voltar pra sentar em mim no segundo tempo.
Por que diabos eu fui cutucar a onça com vara curta? Ela nem pensou duas vezes, puxou as outras duas mulheres da mesa e foram juntas ao banheiro. Quando voltaram, todas estavam sorrindo. Não vou mentir: todas entraram na brincadeira, mas só minha pretinha estava vestida do jeito certo para o que estava prestes a acontecer.
Minha pretinha não perdeu tempo e se encaixou de um jeito que meu pau não teve dificuldade nenhuma para entrar. Enquanto a multidão ao redor estava vidrada no segundo tempo que estava para começar, ela começou a rebolar discretamente em meu colo.
Ficamos assim durante todo o restante do jogo. Nos momentos mais tensos, ela fazia questão de me torturar, mexendo o quadril bem devagar, me deixando maluco, sem se preocupar com o local ou com a multidão ao redor.
Quando Sheik finalmente fez o segundo gol, minha emoção foi tanta que levantei e abracei todo mundo ao redor. Minha pretinha se manteve de pé, com a bunda encostada em mim, esperando eu me acalmar e sentar novamente. Assim que sentei, ela se encaixou novamente, mas dessa vez, percebi que não estava tão molhada e parecia um pouco mais apertada.
Ela trouxe o rosto para perto do meu ouvido, inclinando o tronco para trás e sussurrou:
- Parabéns, meu amor. Eu troquei de buraquinho...vou me posicionar mais para cima porque quero que você meta. Consegue fazer isso sem se importar onde estamos?
Claramente, a safada dobrou a aposta, me desafiando a algo ainda mais ousado.
Não podia dar pra trás nesse tipo de desafio, principalmente neste momento da minha vida. Talvez o momento mais especial até então.
Um pouco afoito, puxei ela para cima, pegando pela parte interna de suas coxas e trazendo ela para mais para cima, ao mesmo tempo que trazia meu corpo para trás, praticamente deitando na cadeira.
E aí veio o momento que resumiu o que é ser Corinthians. Num determinado instante, a cadeira quase virou por causa do peso que fazíamos no encosto, mas a Fiel é foda. Um senhor e seu filho, ainda adolescente, deram duas batidinhas no meu ombro e o velho falou em meu ouvido:
- Vá em frente. Faça isso pelo Timão. Estamos segurando a cadeira.
Sem tempo para pensar, eu consegui me posicionar, após o amigo do Manfi puxar a mesa um pouco mais para longe de onde estava sentado, deixando minhas pernas mais livres, e após ela colocar os pés em cima dos meus joelhos, terminei aquele jogo, o mais importante de nossas vidas até então, metendo no cuzinho de minha pretinha com centenas de outros corintianos ao redor. E, por incrível que pareça, 90 por cento dos presentes estavam mais preocupados com o jogo do que no show que estávamos fazendo, comigo metendo no cuzinho de minha pretinha sem nenhum pudor, apesar do placar de 2 a 0 já estabelecido e restando pouco tempo para o jogo terminar.
Acabei gozando enchendo seu cuzinho de porra, um pouco antes do término do jogo. Confesso que estava me segurando para gozar junto com o apito final do árbitro, porém, nem tudo é perfeito.
No fim da noite quase perfeita, minha mente já trabalhava num plano para ir até o Japão de qualquer jeito acompanhar o Todo-Poderoso no Mundial. E foi aí que começou o processo de brigas e intrigas que me fizeram perder minha pretinha e ainda me afastar de meus pais por um longo período.
Vanessa (minha pretinha) foi completamente contra essa loucura desde o início. Primeiro porque eu trabalhava como entregador de pizza, um trabalho honesto, mas que não dava muita grana.
Segundo, porque ela simplesmente não poderia me acompanhar. Estava no segundo ano do curso de cabeleireira do Senai e não poderia abrir mão do emprego/estágio de jeito nenhum. Ela já havia pego seus 30 dias de férias e não poderia arriscar solicitar mais um período de folga para a dona do salão em que estagiava.
Com pouco dinheiro e sem o apoio da Vanessa, recorri a empréstimos com amigos, incluindo meu “irmão” Fe (ou Manfi), e ainda tive que vender minha moto, que usava para trabalhar.
Fiz tudo isso sem contar para meus pais, e isso acabou abalando a relação entre a gente. Só meu irmão, na família, não me julgou e me achou irresponsável. Hoje, até eu admito que estavam certos.
Conseguir o dinheiro para a passagem foi só um dos problemas que eu tive que enfrentar.
Iremos contar tudo nos próximos contos.
Obrigado.
Continua…
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