Segredos do Coração - Superando o Passado. Parte 15.

Um conto erótico de Ménage Literário
Categoria: Heterossexual
Contém 4564 palavras
Data: 29/01/2025 15:24:45

Se tudo fosse tão simples e fácil, se a dor não voltasse com tanta rapidez, assumindo a liderança dos sentimentos e o fazendo fraquejar … se a coragem fosse um motor de propulsão para um coração confuso e ferido, dois meses não teriam se passado sem que Celo voltasse para casa e para sua vida. Organizar os pensamentos, lidar com sentimentos conflituosos, o deixava estagnado.

Paul resolveu agir e dar a Mari e a Celo a chance de se encontrarem novamente. Ele se sentia em dívida com o casal e moveu céus e terra para encontrar Celo.

Continuando:

Parte 15: “Nas Noites, Nos Bares, Onde Anda Você”.

Com o apoio da filha, que cuidou dela naquela noite, Mari dormiu bem. Mesmo ainda triste, preocupada com seu casamento, sentindo falta do marido, acordou bem-disposta e precisava agradecer a Luciana, sua terapeuta e amiga.

Mari chegou ao consultório com café nas mãos e uma expressão um pouco mais serena do que no dia anterior. Não havia sessão marcada, mas Luciana a aguardava com um sorriso acolhedor.

— Bom dia, Mari. Veio me fazer companhia pro café? — A Dra. Luciana brincou, apontando para a bebida.

Mari riu baixinho e se sentou na poltrona.

— Achei que era melhor vir aqui do que passar mais uma manhã perdida em pensamentos.

— Eu gosto disso. Tomar a iniciativa é sempre um bom sinal. — Luciana cruzou as pernas e se inclinou para frente, como se o consultório tivesse se transformado na sala de estar de uma velha amiga.

— Passei a noite pensando em tudo o que falamos ontem. — Mari começou mexendo o copo. — E percebi que, por muito tempo, fiquei carregando uma culpa que não era minha.

Mari deu gole lento na bebida, pensando no que dizer a seguir.

— Mas ... ainda sinto dificuldade em entender como seguir em frente sem deixar as mágoas me travarem.

Luciana a observou com um olhar firme, mas compassivo.

— Mari, nunca seja prisioneira do seu passado. Foi apenas uma lição, não uma sentença de prisão perpétua. Você precisa começar a ver os erros e as dores como partes do que te tornou quem você é. Eles te moldam, mas não te definem.

Mari respirou fundo e assentiu.

— Faz sentido, mas, às vezes, eu sinto que faço demais pelos outros. E quando eu erro ou acontece algo que me deixa vulnerável, é como se ninguém estivesse lá por mim.

— Provavelmente, você se sinta assim por ter o hábito de fazer até a parte que não é sua, Mari. — Luciana ergueu a sobrancelha, enfatizando o ponto. — É preciso aprender a dizer “não”, de vez em quando. Faça tudo pelo próximo, menos a parte dele. Se você sempre se anular, as pessoas vão achar que é obrigação sua carregar o mundo nas costas.

— Mas se eu não fizer, quem vai fazer? — Mari rebateu, com um tom meio defensivo, meio inseguro.

— Não existe pessoa certa, Mari. Existe quem quer fazer dar certo. Se você é sempre a que se esforça e nunca recebe reciprocidade, não está lidando com as pessoas certas. Mas, me parece que essa não é a situação agora, certo? — Luciana explicou.

— Acho que eu sempre fiz muito por todos e pouco para quem mais me importava. — Mari concluiu.

— Exato. — Concordou Luciana

Mari ficou em silêncio por um momento, deixando as palavras penetrarem.

— É difícil pensar em mim mesma sem sentir que estou sendo egoísta.

— Se colocar como prioridade não é egoísmo, é amor-próprio. E lembre-se disso: não seja a conveniência de ninguém, seja a importância, ou não seja nada. Se você só é procurada quando é conveniente, essas relações não valem o seu tempo. Contudo, o contrário também é verdade: você tem que retribuir com importância a uma pessoa que te considera importante.

Mari soltou um suspiro, como se finalmente algo tivesse feito sentido.

— Eu sei que você está certa. Só preciso encontrar a coragem de viver isso.

Luciana sorriu e segurou a mão de Mari por um instante.

— E você vai. Porque, lá no fundo, você já sabe o que merece, só está aprendendo a reivindicar. Quando você começar a fazer isso, vai se surpreender com o quanto a vida pode mudar.

Mari sorriu de volta, sentindo que, pela primeira vez em muito tempo, tinha uma faísca de esperança. Após uma risada curta, Mari olhou desconfiada para Luciana.

— Psicologia reversa? Pra cima de mim? — Ela balançou a cabeça. — Celo é tudo o que você descreveu, e mais um pouco. Ele é a pessoa certa. Sempre foi.

Luciana arqueou as sobrancelhas, deixando um sorriso leve escapar.

— Que bom que entendeu. Mesmo que não fosse a minha intenção. Eu conheço o Celo muito pouco, Mari. Mas fico feliz por ter lhe ajudado a enxergar.

Mari apoiou o rosto nas mãos, pensativa.

— O problema não é o que eu sinto por ele. Isso nunca mudou, nem mesmo quando tudo ficou confuso. O problema é ... e se eu não for mais a pessoa certa para ele? E se ele já desistiu de nós?

Luciana segurou o olhar de Mari, serena.

— E se ele não tiver desistido? Você só vai saber se parar de supor e começar a agir. O que está em jogo aqui não é o que você era para ele antes, mas quem você quer ser, daqui pra frente. Não se deixe consumir por esses “e se”. Você já se perdeu neles antes.

— E se ele não me der outra chance? — Mari resmungou, quase como se estivesse com medo de dizer aquilo em voz alta.

— Mais uma vez “e se” ... Se ele não te der outra chance, você vai saber que tentou com tudo o que tinha. Mas, se o que você me disse sobre ele for verdade, e se ele sente por você o mesmo que você sente por ele... então é mais do que possível que ele também esteja esperando por isso. O amor não é perfeição, Mari, é persistência.

Mari olhou para o lado, absorvendo cada palavra.

— Eu só quero continuar a ser importante para ele. Não quero me tornar uma conveniência.

— E não será. — Luciana respondeu com firmeza. — Porque você está começando a entender o que vale a pena. Lembra do que eu disse? Não seja a conveniência de ninguém, Mari. Seja a importância, ou não seja nada.

Mari concordou, fazendo um sinal afirmativo com a cabeça.

— Se Celo é tudo isso para você, então mostre a ele quem você é hoje, com todos os aprendizados e as dores que te transformaram. Pare de fugir disso. — Luciana concluiu.

Mari sorriu, ainda tímida, mas com uma ponta de determinação no olhar.

— Você tem razão. Preciso fazer a minha parte. Parar de me esconder por medo de falhar.

Luciana concordou, inclinando-se para a frente.

— E lembre-se, Mari: existe quem quer fazer dar certo. E, pelo que vejo, você quer. Só falta mostrar a ele o quanto.

Mari respirou fundo, sentindo o peso em seu peito se transformar em uma mistura de ansiedade e esperança.

— Obrigada, amiga. Você sabe como me colocar no eixo.

— Para isso servem as amigas terapeutas. — Luciana sorriu, se levantando para dar um abraço em Mari. — Agora vai. Encontre o Celo e faça o que você precisa fazer.

{…}

O sol começava a se pôr no horizonte, tingindo a pequena cidade com tons alaranjados. O cheiro de pão fresco vindo da padaria próxima misturava-se ao ar úmido das ruas estreitas. Celo caminhava com as mãos nos bolsos do casaco surrado, os pensamentos tão emaranhados quanto as árvores que sombreavam as calçadas. Ainda ouvia as palavras do dono do bar ressoarem em sua mente, mas a confusão permanecia.

Ele se deteve na ponte de madeira sobre o riacho que cortava a cidade. A água cristalina corria lentamente, em um ritmo que parecia zombar da pressa e do tumulto em sua mente. Enquanto observava o fluxo sereno, ouviu uma voz feminina chamando:

— Celo?

Ele se virou lentamente. Era uma das mulheres da primeira noite, a de cabelo loiro e sorriso insistente. Ele tentou disfarçar o incômodo, mas ela parecia determinada.

— Oi … Você deve lembrar de mim. Eu sou a Júlia. — Ela sorriu, tímida. — Eu só queria … me desculpar de novo por aquela noite. Não sabia que você era casado, de verdade.

Celo respirou fundo, desviando o olhar.

— Tá tudo bem. Não foi culpa sua.

— Você tem certeza? Porque eu me senti péssima depois … Eu só estava tentando me divertir. — Ela hesitou, mas continuou: — Você parecia tão perdido, sabe?

Ele balançou a cabeça, soltando um riso amargo.

— Perdido é pouco.

Ela se aproximou, apoiando-se no corrimão da ponte ao lado dele.

— Eu sei que não é da minha conta, mas … às vezes ajuda, falar com alguém que não tem nada a ver com a situação.

Celo olhou para ela por um instante, como se considerasse a ideia. Seu Zé tinha usado o mesmo argumento para tirar alguma informação dele.

— Eu não consigo entender por que me sinto assim — Celo começou, hesitante. — Não sei por que isso me incomoda tanto … ou porque me sinto traído.

Júlia arregalou os olhos, curiosa.

— Traído?

Ele assentiu, olhando para a água.

— Minha esposa … a Mari … Ela não fez nada de errado. Quer dizer, ela pode até ter feito. — Ele fez uma pausa, buscando as palavras. — Mas eu fugi. Eu não consegui lidar. E agora … agora eu tô aqui, me sentindo um idiota.

Júlia o observava, claramente surpresa pela sinceridade inesperada.

— Fugir nem sempre é a solução, mas às vezes é o que a gente precisa no momento, sabe? — Disse ela, com cuidado.

Celo soltou um suspiro pesado.

— Eu sei que fugir não resolve nada. Mas, frente a situação que eu estava passando, um de já vu, agi de forma intempestiva, pouco pensada. E agora? Voltar com o rabo entre as pernas … também não sei se resolve.

Ela inclinou a cabeça, tentando entender.

— Por que você não tenta? Voltar, digo. Não com o rabo entre as pernas, lógico … — A mulher riu, tentando animá-lo.

— Porque eu acredito que não estou pronto — admitiu ele. — Além do mais, pode ser que ela não me queira de volta. Pode ser que não precise mais de mim.

— Pelo jeito que você fala dela … Parece que ela é muito importante pra você.

— Ela é. Sempre foi.

Júlia sorriu, gentil.

— Então talvez valha a pena tentar. Ou, pelo menos, considerar tentar.

Celo ficou em silêncio, as palavras dela pairando no ar. Ele não sabia se estava mais próximo de uma decisão, mas sentia, mais uma vez, que estava sendo ouvido.

— Obrigado — disse ele, finalmente.

Júlia sorriu, compreensiva.

— Às vezes, só precisamos de alguém pra ouvir.

Ela se afastou, acenando brevemente antes de se perder pelas ruas da cidade. Celo ficou ali mais um tempo, ouvindo o som da água e do vento. Ainda confuso, mas talvez, apenas talvez, começando a enxergar uma luz no meio da névoa.

Celo voltou a caminhar sem rumo pelas ruas da pequena cidade, ainda com as mãos enterradas nos bolsos e os ombros curvados como se carregasse o peso do mundo nas costas. O burburinho suave da praça central e o som distante do riacho não conseguiam penetrar o caos que habitava sua mente. Cada passo parecia arrastá-lo mais fundo em um labirinto de sentimentos conflitantes, e ele não sabia como sair.

A imagem de Mari com Paul na casa de praia, era como um fantasma que o assombrava. Ele fechava os olhos e via, de novo, aquela cena: Mari rindo, leve, entregue. Algo dentro dele queimava ao lembrar disso. "Por que ela nunca foi assim comigo?", pensou, mordendo o lábio inferior com força. A entrega dela, o jeito como parecia tão confortável ao lado de outro homem ... Era como se ele estivesse assistido a um filme em que era o único espectador, incapaz de intervir, condenado a ver algo que jamais poderia esquecer.

Ele sentiu, não só, a raiva borbulhar, como sempre acontecia quando aquelas imagens lhe vinham à mente, mas também o ressentimento. Não era apenas o fato de Mari ter estado com outro homem, mas a percepção de que ela nunca se entregou a ele da mesma forma. “Será que ela desenvolveu sentimentos por ele? Em tão pouco tempo? Eu não fui o suficiente?". Ele se perguntava, os punhos fechando-se ao lado do corpo.

Então, o pensamento deslizou para Anna. Ele se lembrou da noite fatídica, da forma como tudo se desenrolou. No início, tentou justificar: Anna estava bêbada, vulnerável. Mas quanto mais pensava, mais a culpa parecia escorrer por entre suas defesas. Ele estava lá, ele permitiu que aquilo acontecesse.

Não porque Anna era irresistível ou porque ele não tinha escolha, mas porque ele estava frustrado, carente, e talvez até buscando um alívio para a dor que carregava. "Eu não devia ter ficado naquele quarto com ela. Não era sobre ela... era sobre mim. Se ela não estivesse tão bêbada, será que teríamos feito o mesmo?”.

Mas então, o ciclo de pensamentos se fechava, sempre voltando para Mari. "E ela? Ela estava sóbria? Ela escolheu Paul … e se entregou de um jeito que nunca fez comigo". E a mágoa voltava, como uma maré.

Celo sabia que a fuga não resolveria nada, mas o que mais ele podia fazer? Ficar, encarar tudo de frente, parecia impossível. A dor era maior do que ele conseguia suportar.

Caminhou sem rumo, voltando ao mesmo lugar. Sentou-se em um banco próximo à ponte da cidade, olhando novamente para a água cristalina que corria calmamente. Tudo ao seu redor parecia tão simples, tão sereno, enquanto dentro dele tudo era um furacão. Ele queria perdoar, queria entender, mas ainda não conseguia ver como. A “traição” de Mari o tinha despedaçado de um jeito que ele não sabia se seria capaz de consertar.

"Talvez não seja questão de consertar. Talvez eu nunca mais seja o mesmo", pensou, sentindo o vazio crescer. Ele precisava tomar uma decisão, mas não sabia qual. E, naquele momento, aquilo parecia ser a única certeza que tinha.

Naquela indecisão, mais um mês se passou.

{…}

— Paul … — Anna sussurrou, a voz embargada de desejo, enquanto seus dedos se apertavam em torno da borda da mesa de jantar. — Você não cansa, não é?

Ele riu baixinho, o som quente e profundo ecoando no ambiente à meia luz.

— Cansar de você? Impossível. — Seu corpo estava colado ao dela, a pele quente e úmida do banho de ofurô recém tomado.

Anna podia sentir cada músculo duro de Paul se movendo sob suas mãos, o cheiro de lavanda e canela da água perfumada ainda envolvendo-os como um véu sensual. Ele a puxou para mais perto, seus lábios encontrando os dela em um beijo que era ao mesmo tempo suave e avassalador.

— Você sabe o que você faz comigo, Anna … — Ele murmurou, os lábios escorregando pela linha de seu pescoço, criando arrepios que a faziam tremer. — Cada olhar, cada toque … você me tira do prumo, mulher.

Ela riu, leve e sedutora, enquanto suas mãos deslizavam pelas costas dele, sentindo a tensão dos músculos que se moviam sob sua pele.

— Eu te tiro do prumo? Você é quem me deixa sem chão, Paul. Sempre foi assim.

Ele parou por um momento, apenas olhando para ela, seus olhos fixos nos dela com uma intensidade que a fez segurar a respiração. Aquele olhar intenso sempre a pegava desprevenida, como se ele pudesse ver diretamente em sua alma, desvendando cada desejo, cada pensamento oculto.

— Então me mostre. — Ele disse, em voz baixa. — Me mostre o quanto eu te afeto.

Anna sentiu um calor percorrer seu corpo, uma onda febril de desejo que a deixou molhada e tremendo. Ela sabia exatamente o que ele queria, e ela estava mais do que disposta a dar.

Com um movimento suave, ela se afastou, seus olhos nunca deixando os dele, enquanto deslizava pela mesa, o corpo nu, ainda úmido.

— Agora é a minha vez. — Ela disse, a voz suave, mas cheia de determinação.

Paul a observou, sua respiração acelerando à medida que ela se movia, cada gesto deliberado e calculado. Ela era uma visão de pura sedução, seu corpo iluminado pela luz suave das velas, a água ainda brilhando em sua pele. Ele não conseguia tirar os olhos da esposa, cada movimento dela o deixando mais louco de desejo.

— Você é tão linda. Sempre foi, na verdade, mas agora … mais madura, está espetacular.

Anna sorriu, inocente e provocante, e então se aproximou dele novamente, os dedos se fechando em torno do elástico da sunga que ainda cobria sua pélvis. Com um movimento lento e deliberado, ela o puxou para baixo, revelando a parte dele que mais a deixava louca.

— Você está pronto para mim? — Ela perguntou, o seduzindo.

— Sempre. — Paul respondeu, seus olhos nunca deixando os dela.

Anna se ajeitou na mesa, suas pernas se abrindo para ele, convidando-o a entrar no lugar que mais desejava estar. Paul agiu por instinto, suas mãos se fechando em torno de seus quadris enquanto ele lentamente a penetrava, o calor e a umidade dela o envolvendo em um abraço apertado.

— Delícia, amor … — Ele gemeu, sua voz tremendo com o esforço de controlar-se. — Você é tão perfeita.

Ela riu, um som leve e feliz, enquanto se agarrava aos ombros dele, seus corpos se movendo em um ritmo lento e sensual.

— Perfeito é esse pau duro, latejando dentro de mim. Hummm … — Anna gemeu manhosa.

Eles se moviam em sincronia, seus corpos entrelaçados em um abraço apertado, cada movimento intencional e cheio de paixão. Anna podia sentir a força de Paul, cada músculo duro e tenso, enquanto ele estocava com ritmo, o prazer crescendo nela a cada momento que passava.

— Sempre é melhor com você. Temos nossas aventuras, amigos incríveis, mas nada se compara … — Ele confessou. — Você é a melhor.

— Eu amo … — Anna gemeu com uma estocada mais profunda. — Eu amo você.

Paul sorriu, satisfeito, enquanto seus corpos continuavam a se mover.

— Eu te amo também, Anna. — Ele disse, sua voz cheia de sinceridade e desejo. — Sempre vou.

Anna sentia o prazer crescendo dentro dela, um calor que a deixava sem fôlego, cada movimento de Paul trazendo-a mais perto do limite.

— Paul … — ela gemeu novamente, o corpo convulsionando com o prazer. — Eu tô gozando … Ahhhh …

— Goza minha puta rainha … goza pro teu macho …

O prazer explodia entre os dois, e Paul explodia dentro dela. Anna tremia com a intensidade do orgasmo. Paul a segurou com firmeza, girando o corpo da esposa e deixando que ela desmontasse sobre ele.

E eles ficaram lá por algum tempo, a respiração descontrolada, tentando recuperar o fôlego, até que finalmente se separaram.

— Foi incrível. — Paul disse, com a voz cheia de ternura, acariciando o rosto da esposa. — Precisávamos disso. Essa preocupação com a Mari, com o sumiço do Celo, nos está consumindo.

— Sim! Foi perfeito. — Anna respondeu, sua voz suave, cheia de sinceridade.

Eles permaneceram se olhando, por um momento, o amor e o desejo entre eles, tão palpável, que parecia que o mundo ao redor havia desaparecido. E então, Paul sorriu, se preparando para atacá-la novamente.

— Eu quero mais. Que saudade que eu estava de você, meu amor. — Anna pediu.

Mas foram interrompidos pelo toque incessante do celular de Paul. Já era a terceira tentativa.

— Atende, deve ser importante. Temos todo o tempo do mundo. — Anna disse.

— Você tem razão. — Paul concordou. — Já tô voltando, não sai daí. Me espera.

Paul subiu as escadas correndo, pois o celular estava no quarto do casal.

Dez minutos depois, Paul desceu as escadas e entrou na cozinha com um sorriso contido. Anna estava sentada à mesa, preparando um chá, enquanto olhava notícias no celular. Ele parou ao lado dela, observando-a por um momento antes de puxar a cadeira para se sentar.

Paul estava animado, não precisava hesitar:

— Anna, acho que finalmente temos uma chance de consertar tudo.

Anna, ergueu o olhar curiosa:

— Do que você está falando, Paul? Consertar o quê?

— Eu ... eu encontrei o Celo.

Anna, ficou surpresa, mas feliz.

— O quê? Como assim "encontrou o Celo"? Ele está sumido há quase três meses.

— Marcos, nosso mago do TI, conseguiu rastreá-lo. Ele está próximo, numa pequena cidade no estado vizinho.

Anna estava com os olhos marejados.

— Meu Deus, Paul. E você falou com ele? O que ele disse?

Paul acalmou a esposa:

— Ainda não. Acho que ele não quer nos ver, nem pintados de ouro. — Paul até sorriu, mas não havia graça.

Anna se aproximou, abraçando o marido, feliz pela descoberta.

— Isso é incrível, Paul! Você acha que ele está disposto a conversar, pelo menos com a Mari?

Paul franziu a testa.

— Encontrá-lo era apenas o primeiro passo, o que vem a seguir …

Anna o interrompeu, ansiosa.

— Então, precisamos chamar a Mari. Contar logo. Devemos isso a ela.

— Foi exatamente o que eu pensei. Vamos ligar para ela agora.

Anna pegou o telefone na mesa e discou o número da Mari. Depois de alguns toques, foi atendida, e colocou a ligação no viva voz.

— Anna? Que surpresa … — Mari não parecia muito feliz com a ligação.

Anna estava mesmo ansiosa e queria falar logo

— Mari, você não vai acreditar no que o Paul acabou de me contar. Ele encontrou o Celo!

Mari se animou. Sabia que ele estava bem, tinha notícias pelos filhos, mas não conseguia falar com ele diretamente ou obter qualquer informação:

— O quê?! Onde? Como? Você tem certeza disso?

Paul reforçou a informação:

— Tenho Mari. Um funcionário meu rastreou o Celo nas redes sociais. Ele aparece em fotos de moradores de uma pequena cidade do interior do estado vizinho. Ele está tocando em um bar local.

Mari estava aliviada

— Obrigada, Paul! E desculpe estar tão distante de vocês … é que …

Anna a interrompeu:

— Você não precisa se justificar, Mari. Entendemos e nos sentimos responsáveis por tudo o que aconteceu. Só queremos ajudá-la a encontrar seu marido e quem sabe, vocês possam se acertar.

Paul foi mais direto:

— Podemos nos encontrar para planejar como vamos abordar o Celo? Isso se você ainda quiser a nossa ajuda.

Mari sabia que não podia mais vacilar.

— Claro! Isso diz respeito a todos nós. Me deem meia hora e eu vou até vocês.

— Obrigado, Mari. Apesar de tudo, você não deixa de ser gentil. Você nunca nos culpou por nada.

Mari desligou, e Paul e Anna trocaram um olhar cúmplice e esperançoso. Eles sentiam que, mesmo que o caminho ainda fosse longo, estavam finalmente dando os primeiros passos na direção certa, na sua busca por redenção, de corrigir o que achavam que tinham feito de errado.

{…}

Naquele dia, Celo estava realmente saudoso, muito triste. Após largar tudo, mudar de vida completamente, já fazia três meses que ele se apresentava naquele barzinho. A primeira música estava pronta para ser tocada e ela o fazia se lembrar de Marilena, sua amada Mari, com quem estava casado nos últimos vinte e dois anos.

Celo saíra de casa sem olhar para trás, apenas querendo sumir, mas sabendo que não podia. Era impossível esquecer. Mais de vinte anos não se apagam de repente, como um passe de mágica. E as mágoas, dolorosas e incessantes, permaneciam latejando no seu peito. Assim como as alegrias também, tornando os sentimentos conflitantes, uma lembrança constante de que sua escolha pode não ter sido a melhor.

Ele afinou o violão uma última vez, saudou sua pequena, mas fiel plateia e começou a dedilhar a triste melodia nas cordas, cantando a bela letra com a voz um pouco embargada pela saudade e pela frustração:

“E por falar em saudade

Onde anda você?

Onde anda os seus olhos

Que a gente não vê

Onde anda esse corpo?

Que me deixou morto

De tanto prazer

E por falar em beleza

Onde anda a canção?

Que se ouvia na noite

Dos bares de então

Onde a gente ficava

Onde a gente se amava

Em total solidão

Hoje eu saio na noite vazia

Numa boemia

Sem razão de ser

Da rotina dos bares

Que apesar dos pesares

Me trazem você

E por falar em paixão

Em razão de viver

Você bem que podia

Me aparecer

Nesses mesmos lugares

Na noite, nos bares

Onde anda você?”

“Onde anda você”, letra e música de Toquinho e Vinícius de Moraes, representavam perfeitamente o sentimento amargo no peito de Celo.

Numa mesa de canto, protegidos pela pouca luz, Anna e Paul aplaudiam o amigo. Mari também estava ali. A sua Mari, sem conseguir conter as lágrimas. Aquela música era especial, a música que Celo tocou para ela no casamento deles. Sua serenata particular e especial.

Enquanto Celo terminava sua seleção de músicas, já ciente das presenças do casal de amigos e da esposa, Paul esperava o momento certo para ir até ele. Assim que Celo terminou, enquanto ele guardava seu violão no estojo, Paul se aproximou:

— Três meses, cara, é sério? Não podia ter avisado que estava bem? Mari estava angustiada …

Celo não estava a fim de ouvir mentiras. Não acreditava mais na esposa e muito menos no “amigo”:

— Eu imagino o quanto ela está angustiada … em qual momento ela fica pior? Talvez quando vocês desrespeitam o nosso acordo e ela chupa o seu pau escondido? Ou quando está dando o cu para você? Me explique em qual momento exatamente aquela mentirosa fica angustiada?

Celo colocou o violão nas costas e saiu sem esperar a resposta. Paul sabia que ele estava magoado, mas não conhecia a extensão dos problemas entre ele e Mari. Estava surpreso com o tamanho da mágoa do amigo.

Enquanto Paul voltava à mesa, Mari passou por ele chorando, andando rápido para tentar alcançar o marido. Celo estava parado na esquina, mexendo no celular. Ela caminhou decidida até ele:

— Por favor, amor, fala comigo. Eu sei que preciso te explicar muita coisa, ser honesta … por favor, vem comigo, vamos conversar.

Extremamente irritado, Celo foi direto:

— Ok! Então me explica: mais de vinte anos de frescura, me fazendo sentir um traste por tentar coisas novas, destruindo o meu psicológico, para, na primeira oportunidade, fazer tudo o que eu sempre pedi, mas com outro homem. Qual a sua explicação para isso, Marilena?

Mari se engasgou, não esperava aquela atitude tão direta do marido. Ela queria confessar, contar dos seus traumas, mas as palavras não saíam.

Assim que o carro de aplicativo chegou, após quase cinco minutos de espera, sem que Mari conseguisse juntar uma frase decente, Celo não teve mais forças para manter o sarcasmo:

— Você acabou comigo, Mari. Mais de vinte anos juntos, tentando, me esforçando, e o que eu recebi em troca? Mentiras e manipulação. Adeus, Mari.

Celo entrou no carro, deixando Mari aos prantos na calçada. Paul e Anna, alguns metros atrás, ouviram toda a conversa. A amiga correu até Mari, tentando confortá-la:

— Eu prometo, amiga. Acredite em mim. Eu vou trazer o Celo de volta para você. Mas você terá que ser honesta, contar a verdade. É a única forma de recuperar o seu marido.

Decidida, Mari encarou Anna.

— Obrigada, Anna. Vocês me trouxeram até aqui, encontraram o Celo para mim, mas agora, eu preciso agir por mim mesma.

Anna tentou falar alguma coisa, mas Mari não deixou. Ela estava determinada a resolver os próprios problemas

— Peço que voltem para casa, agora. Eu vou ficar por aqui. Celo vai me ouvir. Se vai me perdoar ou não, é outra história. Serei honesta com meu marido, chega de segredos, de esqueletos no armário.

Mari voltou para o bar sem olhar para trás. Ela precisava de informações e não iria parar até encontrar Celo novamente.

Continua …

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Comentários

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Gente, ei li vários comentários e interpretações sobre a história. Gostaria de dar a minha pequena contribuição.

A história é, até que, bastante simples. Explico:

Um casal, onde ambos tem um trauma, mas, por problemas de comunicação inerentes a qualquer casal (isto é mais normal do que se imagina), nunca conversaram sobre estes traumas. Ou seja, um não conhece a história pregressa do outro.

E o que acontece: A Mari se entrega a outro homem de forma lasciva (como foi "ensinada" a fazer, ter prazer) desde que ... não haja outro sentimento envolvido. E qual é este sentimento: Amor. Pois foi exatamente este sentimento que a ficou traumatizada. Ele amava o noivo, achava que estava fazendo o que era necessário para manter o relacionamento deles e, quando foi descartada, acreditou (veja bem, acreditou) que a união do prazer e do amor, foi a sua ruina. Por este motivo, ela separa as duas coisas.

O trauma do Celo, em outro sentido, foi ser desprezado pela antiga namorada que o considerava "bom para casar" e não "para transar". Imagine como ele pode estar se sentindo no atual relacionamento com a Mari? Será que ele não está tendo um de ja vu?

A entrada da Anna e do Paul na vida deles, trouxe um ingrediente diferente, na visão de cada uma. O Celo, não conhecendo o trauma da Mari, acreditou que poderia fazer bem para o casamento deles, ela se soltar mais, se tornando mais ativa com ele (como estava acontecendo), ou seja, ficou explicito que o relacionamento sexual de Celo e Mari, evoluiu.

E para a Mari? Para ela, a separação entre os sentimentos, também a fez imaginar que era isto ela precisava para evoluir como esposa. Só que ela também não sabia do trauma pregresso do Celo.

Se eles tivessem, durante os anos de casamento, conversado sobre o assunto, possivelmente esta situação não teria acontecido. Mas, ai também, não teríamos história.

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Tem uma frase, atribuida a Winston Churchill que, talvez, caia bem para o Celo e para a Mari. Diz assim: Se você está atravessando o inferno ... não pare !!!

Quem sabe, eles não tenham se conscientizado disto.

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Tem uma frase que vem a minha cabeça quando leio os capítulos dessa história incrível e depois leio uns comentários.

"Não joga pérolas aos porco, irmão, joga lavagem

Eles prefere assim, cê tem de usar piolhagem!"

(Racionais Mc's)

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Entendi o que você quis dizer. Às vezes, as ideias podem ser interpretadas de formas bem diferentes, e é justamente isso que torna a conversa divertida. O bom é que, ao respeitar os pontos de vista, a troca de ideias fica mais rica. E quando alguém acha que um ponto de vista é mais inteligente que o outro, bem… já está entregando mais sobre si mesmo do que sobre a ideia, né? Mas, no fim das contas, cada um com a sua 'filosofia' – e quem sou eu para julgar!

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Não sei se devo comentar ou responder. É ficar forçando muito a barra. Mas eu acho que a explicação de falta de comunicação faria sentido, e com ctz isso realmente existe.

Mas o casal, principalmente, de Celo, que sempre foi mais enfático, não tentou vários tipos de formas para resolver o problema. Terapia, terapia de casal e etc...

O trauma do Celo parece não ter uma repercussão na história, ele apenas teve seus gatilhos acionados após ver a Mari com o Paul.

E pela sua explicação, sinceramente eu não consigo enxergar uma solução para o casal. Ela precisa separar o sexo do prazer para se soltar, e ao fazer isso, fez o que fez com o Paul, como poderia ser com QQ outro. Aí entra o modo como o cara se aproveitou da situação e etc...aí é outra discussão...

Mas qual a solução para o Celo, aceitar que sua esposa sempre vai estar mais a vontade e se entregado para outros homens de um jeito que não pode se entregar para ele, por que ela o ama.

Como isso vai afetar o ego e o psicológico do cara. Aí sim, uma avalanche de estímulos no gatilho de seu trauma o quebrará por dentro. Imagina p ele ouvi que a Mari se entregou desse jeito para o tal do Paul, pq era só sexo, só prazer...e como ela ama ele, ela nunca conseguiu fazer o mesmo.

Se a ordem da conversa se inverter, ele contar primeiro sobre seu trauma, como a Mari vai ter coragem de falar algo desse tipo para o marido? Sabendo que ela fez está dando exatamente a mesma desculpa que a ex noiva deu, embora tenha toda sua questão por traz!!!

Enfim...só nos resta esperar a continuação...mas ela vai ter que ser muito habilidosa para não quebrar o cara por dentro...e o cara precisará mostrar um maturidade que até agora não mostrou para tentar lutar contra tudo de ruim que virá dessa conversa.

Isso se ambos forem honestos. Acho que isso acontecerá. Mas o cara esta tão quebrado e confuso que pode falar antes e aí sim nunca ter a verdade da boca da esposa.

Aguardando ansioso a continuação...

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Caro Manfi82, que eles precisam conversar, isto é fato.

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Só manfi id@, por favor!!

Lamento todo o possível incômodo com os comentários. Apenas acompanharei a história!!

Provavelmente me falta inteligência ou sensibilidade para entender...então vou deixar ver o que acontece...

Peço desculpas novamente, e eu realmente admiro muito vcs!!! Estão realmente de parabéns!!!

Obrigado por compartilhar a história...mesmo para mentes pouco privilegiadas.

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Manfi, você não tem o porque se desculpar. Nunca.

Eu adoro as discussões (todas elas) pois o meu principal objetivo é fazer as pessoas usarem todo o seu potencial para interpretar o que elas estão lendo. E isto não tem nada a ver com inteligência (ou a falta dela).

Certa ou errada a teoria, não importa. O importante é o processo. Não importa o destino, o importante é o caminho !!!

Eu é que admiro a todos vocês que leem, analisam e colocam os seus comentários. Expõem as suas conclusões. Vocês tem muito mais coragem para fazer isto, do que nós para publicar a história. Isto para mim, sempre ficou claro.

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A história é maravilhosa, mas eu não consigo entender esse trauma de não se entregar para o marido com 20 anos de casados e na primeira oportunidade. PRIMEIRA! Ela se entregar totalmente.

Se alguém puder me explicar eu agradeço, porque para mim não faz sentido nenhum e sou piscólogo hein. Kkkkk

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A primeira intenção, obviamente, é criar conflito e drama. Depois, tentar criar algo novo, diferente, que não se baseie em nada que já tinha sido explorado ou que seja repetitivo.

Com o objeto de conflito de conflito estabelecido, o drama criado, desenvolvemos a trama e dividimos com vocês.

Posso escrever sobre traição, vingança, poliamor, de forma simples, sem inventar muito, mas são temas exauridos, repetitivos, são não vieram com algum diferencial, algo diferente.

A trama, a primeira vista, pode ser estranha, mas entrega emoção, drama, e entretenimento, o que é nosso objetivo principal.

Só lembro a você, que apesar dos traumas, Mari não é uma liberal de primeira viagem, uma ignorante do mundo em que Paul e Anna vivem.

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Realmente diferente e muito nem escrito, eu nem paro para ler outros contos que tem a mesma premissa. Tem uns que beira ao fetiche doentio e tá muito ligado a pornografia. Teve um que disse que eu não iria dizer como ele e a esposa sentem prazer. Se o conto for real, ele precisa muito de ajuda. O Fetiche tem um limite para ser saudável, aqui leio alguns que eu queria entrar em contato para oferecer ajuda.

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Eu sei de quem vc está falando!!! Tentei falar com ele lá, embora pra mim não é real!!! Mas se for é apenas triste, como comentei lá!!

Voltando para está história...eu tbm não consigo entender essa história, sinceramente!!!

A mulher teve um relacionamento puta traumático, em que suas feridas são exatamente por causa da entrada dela e do ex noivo nesse mundo liberal!!! E nisso ela foi obrigada a fazer coisas que a traumatizaram.

Ela encontrou um cara completamente diferente...um cara que a ama e que tentou de tudo para ter o mínimo de intimidade com ela. Ela ter um bloqueio na cama até tudo bem, por tudo que aconteceu...

Mas aí o que a fez perder esse bloqueio é justamente a volta de um imaginário em torno de um relacionamento liberal vivido por um casal que entrou na vida do casal aos 45 do segundo, por conta de um acidente.

Entendeu?! Vc tem um trauma que a faz sentido servir bloqueada por anos, mesmo com tudo que foi feito por seu marido no sentido de a ajudar. Aí esse bloqueio começa a se quebrar por causa de um casal de "amigos" que estão no meio liberal!! Exatamente o que deveria trazer gatilhos e não a fazer destravar.

Enfim...não tem como negar a excelência desse conto e a qualidade técnica desse time de respeito!!! Estamos falando da elite da elite aqui do site...

Eu fui atrás de pesquisar sobre o assunto, até falei com um colega que continuou atendendo no ambulatório que fiz estágio após me forma, de um grande hospital particular de sp e atende so casos relacionado a traumas por relacionamento e abusos/violência sexual. Ele não entendeu essa parte TB!!!

Mas...vamos ver a solução!!

Eu sinceramente apenas não gostei do pensamento do Celo!!! O fato dele estar se culpando...aí mesmo tempo que a conversa da Mari com a terapeuta ser um pouco mais invasiva pare uma terapia. Vc não conduz ou muito menos tira conclusões para seu paciente, isso é bem perigoso. Vc apenas ouve e deixa o paciente conduzir a conversa.

Mas...não sou ninguém, apenas um admirador desta história!! É tão boa que nos faz pensar nela, pelo jeito mim foi assim.

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Algumas informações que você deixou passar batido, e que são bem claras no texto: 1. A conversa de hoje foi entre amigas, não terapeuta e paciente. 2. Não se pode, e nem se deve racionalizar tudo na vida de uma pessoa comum. Pessoas são confusas. Algumas informações sobre a criação da história: 1. Existe uma profissional da área ajudando e revisando na criação das conversas entre Mari e Luciana. 2. Se todos fossem normais, sãos, não existiriam ciências psicológicas. 😂😂😂 Esse é um conto de ficção, feito para entreter, por pessoas leigas, querer levar tudo para a esfera da psicologia, te deixará doido. Só estamos tentando contar uma história dramática, com erotismo. Nada além. Pensar demais tira a graça da leitura. Curta a jornada, aguarde para ler o que temos para mostrar. Tenho certeza que valerá o tempo gasto na leitura.

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bom dia, o Celo entrou nesse meio pensando na Mari se soltar, acho q ele pensava q se soltaria com ele não com outro homem, e pra mim essa casal de "amigos" ja deu,e depois da. conversa deles , e falar sobre o passado, as coisas vão fluir e a Mari sera a esposa q Celo quer, ai larga mão desse casal ai.

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Eu tive uma discussão com minha esposa justamente por causa disso...nós estamos lendo juntos (na vdd ela já acabou pq lê muito mais rápido) um série de fantasia que gostamos. Forth wing (acho que é assim). Eu adorei essa série, mas o segundo livro eu tive muitas críticas as ações dos personagens e o modo acelerado em que foi jogado informações e etc...e esse último livro que saiu, Onix storm, TB já comecei a criticar.

O que eu disse p ela é o que sempre falo...teve uns dois outros livros que ela amou e me deu para ler. Eu não consegui passar do primeiro terço do livro. O que quero dizer com isso... é bem melhor vc escrever uma história em que os leitores estão ansiosos, aflitos, torcendo ou não por um outro personagem e etc, do que simplesmente vc não receber nenhum tipo de feedback, comentário, crítica, nada...

Eu só fiz uma observação ao que um outro leitor comentou. Meu primeiro comentário está nesta primeira página e só há elogios. Até mesmo neste último comentário eu coloquei vcs no patamar que eu acho que vcs merecem.

Acho que ficou claro...eu não estou falando mal e desmerecendo o trabalho de vcs...muito pelo contrário.

Agora sobre o que vc escreveu. Eu não vou ficar TB criando problema aonde não tem, mas não é recomendado um profissional da área da saúde mental dar suporte profissional para amigos ou parentes próximos. Justamente pq a separação entre uma conversa entre amigos e uma conversa profissional pode ser confusa e de difícil separação. E, pelo o que eu entendi, está personagem antes de virar amiga pessoal da Mari era , e ainda é, psicóloga dela.

E esta história acabou indo para esse lado da psicologia pela construção da história...o que causou tudo foram problemas psicológicos e traumáticos de ambos. Só é estranho, e vc não precisa ser psicólogo nem pra isso, é vc ter a causa do trauma, no caso o abuso sofrido por ela após o noivo propor ou impor, a entrada deles nesse mundo liberal. Ela se segurou quando ela só com o marido, por 20 anos, aí ela começa a mudar o comportamento e deixar esse bloqueio exatamente após ver o casal de amigos transando com outros e, assim , descobrindo que eles são liberais. A solução para o Celo era propor um relacionamento desse tipo p esposa? O tipo de relacionamento que fez ela ter o trauma...

Enfim...são opiniões. Eu estou aproveitando sua história com ctz!! É uma das melhores do site. Mas eu nao ler e não pensar sobre. Infelizmente. Peço desculpas por isso

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acho q vou de 8 a 80, depois do seu comentário sobre a Mari não ser marinheira de primeira viagem nesse meio, o Celo pode ficar aínda mais puto com ela, ai sim se achando um idiota, e tô pra virar a casaca, a torcida antes era um acerto do casal, agora não tô tão convicto disso.

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Como ela vai explicar que a causa de seu trauma agora foi a solução??

Tô curioso p saber..

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as mudanças da Mari não foi com ele , e nem pra ele, no episódio da despedida de solteiro mesmo, Celo percebeu como Mari estava vestida diferente de como saia com ele ja o tava incomodando, o erro foi o silêncio, até chegar aonde chegou.

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O erro é sempre o silêncio.

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Penso igual a você Espectador. Imagino ser por a Mari sentir um tipo de amor quase fraterno pelo marido Celo e me parece, estar amando o Paul de forma diferente, descompromissada, o que facilita muito o se divertir no relacionamento. É aquela situação bem conhecida, passar uma noite com o/a amante é muito divertido, agora, conviver no dia a dia e constituir família se trata muito de responsabilidades e pressões constantes e pouco espaço para a convivência aberta e divertida.

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É como dizia o meu avô: amante é como chuva. É bom para ficar em casa, aproveitar o aconchego, mas para sair na rua ...

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Texto excelente, factível e erótico com densidade emocional. Embora uma casada psicóloga, tratando-se com seu drama com terapeuta, longos 20 anos já dizem muito, daí temos um homem que viu o que viu... O racional já deu a porrada, tchau! Entendo o que vai dar na fantasia da reconciliação, mas a realidade seria a provável separação. 20 anos aguentando isso, na primeira fuga, a mulher faz e acontece com o Zé mané, bastou o talarico passar a conversinha e comer até o cu com gosto. Marido honrado, com trauma, não aceitaria tamanha quebra de acordo. Não tem pinta de corno manso, e esbanja ser homem para outras. Na real, ele já teria passado o rodo nas mulheres se tarando a ele. Enfim, só um texto criativo e ótimo assim para termos perspectivas.

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O ponto alto da história foi a conversa da Mari com a psicóloga, ali acho que virou uma chavinha dentro da Mari.

Faltava atitude nas decisões dela, ( Na verdade, nós dois faltava atitude e coragem para dizer a verdade) faltava coragem em se abrir completamente, agora acho que isso não existe mais. Mari está disposta a arriscar tudo e isso pode ser a salvação do casal.

Tomara que Mari consiga o que ela quer, ter uma conversa honesta com Celo e isso leve ele a fazer o mesmo.

Muito bom como sempre!

Parabéns Meninas! 🤗😘

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Excelente avaliação.

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Quero muito estar certa! 🙏🏻

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Não se esqueça que esta história é um drama erótico. E drama é drama, né?

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Sim, mas muitas histórias dramáticas como essa, tem final feliz rsrs

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Fenomenal...a maestria no desenvolvimento do tema é impressionante. Vcs são extraordinárias. Obrigado pelo presente quinzenal...Parabéns mesmo!

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Um casal junto a muito tempo, mas que nunca conseguiu conversar honestamente sobre o passado de cada um.

Já vi esse filme, mais de uma vez, e com resultados diversos. Nem sempre bonitos. E na maioria das vezes a responsabilidade é dos dois de forma igualitária.

Boa história, meninas.

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Boa tarde e obrigado por trazerem esse conto pra nosso deleite, eu fiquei com aquele gosto amargo do capítulo passado, não sei se gostei pu não, a escrita não tenho nem o que dizer, estava perfeita como sempre, euja disse e repito, adoro a escrita de vcs, mas faltou algo, não sei o que é, talvez vcs me deixaram acostumado, ou mal acostumado kkkkk, vou tentar me explicar kkkk

O começo confesso que foi cansativo de ler, A Mari ir ao consultório da Dra foi mais do mesmo.A explicação toda da Mari ficou meio cansativa,no capítulo passado elas tiveram essa conversa não exatamente a msm, mas do msm assunto,capítulo foi curto e demora a ser publicado,desculpe se parece que estou cobrando algo, não é essa intenção

Enfim parabéns pela obra e não demore a nos agraciar con esse belo conto literário

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Eu entendo seu ponto de vista. A história é mais uma drama erótico, do que uma novela. Tentei deixar tudo bem explicado para que não haja pontas soltas do próxima capítulo em diante, onde começamos a finalizar a série.

Era uma conversa importante e que vai nortear a conduta da Mari no que vem pela frente.

Quanto a demora, é uma história escrita a seis mãos, onde o tempo de cada uma precisa coincidir para que haja desenvolvimento. O tempo joga contra nós, e lamentamos muito isso. Gostaria de postar com mais frequência, entregar novas histórias e dividir tudo isso com vocês.

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Mais um capítulo maravilhoso.

Espero que não demorem tanto para postar de novo.

Sei que não temos o direito de cobrar nada,postem quando poderem,mas por favor,não demorem muito,ansiedade é muito grande.

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O Celo é um caso perdido! O cara fica se remoendo com saudades da esposa,mas na primeira oportunidade age de forma grosseira em vez de pedir para conversar a sós com a esposa. Agora a Mari ao encontra lo novamente mandar ele calar a boca e soltar os cachorros nele e mandar ele desaparecer de uma vez por todas da vida dela ,pedir o divórcio e achar quem a queira é verdade

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Foto de perfil de Id@

Calma, Samas !!!! Pega leve !!!! Rsrsrs

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É que certos homens são assim, quanto mais a mulher humilha mas ele fica apaixonado 😅. Conheço um rapaz que se envolveu com uma moça+ou menos da idade dele 35,.que a dona já tinha fama de piriguete,e ainda assim ele era apaixonado por ela tanto que deu uma casa financiada ,moto nova ,uma máquina de costura pois ela trabalha em casa fazendo manutenção em roupas ,um notebook novo valor de 2.700 e por último gastou 5.000 reais em uma cirurgia para ela poder ter filhos . E o que ele ganhou? Pé na bunda e um processo na justiça pois já viviam juntos a uns 2 anos .

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Acho que não o caso de divorciar e sim sentar os dois serem honestos,contar toda a verdade dos passados deles,se abrirem.

E já que o Celo despejou,toda sua frustração em relação a esposa se soltar o outro e não com ele,ela deve contar que sente insegura e com medo da reação dele,por ela não conseguir se soltar sexualmente.

A honestidade é o melhor caminho.

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Mas se na ocasião perfeita ele simplesmente passa igual um trator por cima só porque os " amigos" estavam ali. Então já que é assim então ela tem que procurar ele metralhar ele também e dizer umas verdades na cara dele e depois tirar seu time de campo pedindo o divórcio, assim quem sabe ele não toma um choque de realidade e age como uma pessoa civilizada

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Como assim age como uma pessoa civilizada ? E o fato de ter na memória repetidas vezes a cena dela sendo enrabada com a expressão de felicidade enquanto transava com outro,para um cara que ama isso é uma verdadeira facada no coração.

Em coisa eu concordo,deveriam divorciar,mas ele pedir o divórcio e não perdoar essa infiel,traidora.

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Lembre se que foi ele que quis assim,pois antes de tudo acontecer,ela não queria e além do ele teria feito a mesma coisa,deu sorte que sua parceira estava bêbada. De Santo ele não tem nada!!

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Comentário sem nexo algum. Vc deve ser lunático e sem noção.

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Dizem que o passado e um fantasma que nos assombra, então nada mais justo do que reverter o jogo e coloca-lo no lugar dele no passado.

Ótimo capítulo, como todos os anteriores, parabéns.

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Foto de perfil de rbsm

Excelente , o que não faz s falta de comunicação entre o casal

Não há culpados o dois o são

Parabéns um conto perfeito emocionante que não me deixa com raiva

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Foto de perfil de Nanda do Mark

E estou eu trancada no banheiro, me roendo de vontade de ler, mas não posso!

Sacanagem postarem o conto no meio da tarde, meninas! Baita sacanagem!

Vai ter volta...

🤣🤣🤣🤣

💋

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Foto de perfil de Nanda do Mark

* no banheiro do trabalho!

Afffff!

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Foi mal, amiga. Ellen disse pra você fingir aquela dor de barriga marota, do tutu apimentado do almoço. 😂😂😂

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Finalmente lembrou a senha da conta em dona Nanda

Ps: saudades de vocês dois

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Aguardando ansiosamente a continuação do teu maravilhoso conto e os do Mark.

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Foto de perfil de Hugostoso

Estava pensando em vcs hj, e tive a grata surpresa de mais um capítulo deste estupendo e maravilhoso conto, das minhas escritoras número 1, preferidas e prediletas!

👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼

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Muito bom!!!! Finalmente chegamos no momento que iremos saber o que vai acontecer!!

A ansiedade só aumentou agora!!

Parabéns!!! Vcs são fantásticas

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