Obsessão. Parte 7.

Um conto erótico de Lukinha
Categoria: Heterossexual
Contém 3781 palavras
Data: 30/01/2025 13:51:59

Revisão: Id@

Eu caí ao lado de Lorraine, na cama, a respiração ainda pesada.

— Então … vamos fazer de novo? — Eu perguntei, um sorriso maroto nos lábios.

Ela virou a cabeça para olhar para mim, os olhos dela brilhando de novo.

— Você acha que aguenta? — Ela provocou.

Eu já estava me movendo em cima dela de novo, nossos lábios se encontrando em outro beijo voraz.

— Vamos descobrir … Acho melhor você me cobrar a diária, não a hora. Eu não quero que você vá embora.

Abracei Lorraine, nossos corpos colados, a respiração pesada ainda ecoando no quarto. Lorraine me olhou com aqueles olhos afiados, cheios de desafio e desejo, enquanto eu puxava seu cabelo para trás, expondo seu pescoço.

— Você ainda não tá satisfeita, né? — Sussurrei, mordiscando sua orelha.

Ela arqueou as costas, um gemido baixo escapando de seus lábios.

— Você sabe que eu nunca estou, Miguel. Mas e você? Acha mesmo que aguenta mais uma rodada? — Ela provocou, os dedos dela traçando uma linha quente pelo meu peito.

Eu ri baixo, meus lábios encontrando os dela em um beijo que misturava dominação e entrega.

— Hora de descobrir, putinha. — Respondi, já sentindo seu corpo se mover sob o meu, os quadris dela se ajustando para me receber novamente.

Eu dei um passo para trás, observando-a deitada na cama, as pernas abertas, os olhos fixos em mim como se quisesse que eu a devorasse, ali mesmo.

— Fica de quatro. — Ordenei com a voz firme.

Ela não hesitou, virando-se rapidamente, a bunda carnuda empinada para mim.

— Assim tá bom? — Ela perguntou em tom provocativo, me olhando por cima do ombro.

Eu dei um tapa forte naquela bunda, a pele ficando vermelha sob o impacto.

— Perfeito, safada. — Murmurei, as mãos agarrando seus quadris enquanto eu me posicionava atrás dela.

— Então vem. Mete em mim. Fode essa buceta. — Ela pediu, tremendo de desejo e expectativa.

Com delicadeza, sem parar, eu a penetrei, sentindo como ela ainda estava molhada e quente, pronta para mim.

— Buceta apertada … gostosa de meter. — Gemi, os quadris batendo contra os dela, o som de nossa pele se chocando ecoando pelo quarto.

Ela gemeu alto, a cabeça caindo para frente, as mãos se agarrando ao lençol.

— Ahhhh, Miguel … tá indo fundo … — Ela gemeu.

Eu aumentei o ritmo, estocadas mais rápidas, mais brutais, com as mãos entrelaçadas em seu cabelo, puxando com pouca força. A sensação de dominação me consumiu por completo.

— Você gosta disso, né? Gosta de ser dominada? — Perguntei, sem parar de estocar.

Ela balançou a cabeça, os gemidos se tornando mais altos, mais desesperados.

— Sim, sim, eu gosto … Ahhhh … você mete gostoso demais … Ahhhh …

Senti outro orgasmo dela se aproximando, os espasmos involuntários que tomavam conta do seu corpo.

— Vai gozar, putinha? Vai gozar rebolando no meu pau? — Eu provoquei, o ritmo ainda mais implacável.

Ela afundou a cabeça na cama, os gemidos incontroláveis.

— Sim … eu vou … Ahhhh … Mete, não para … — Ela gritava, o corpo se sacudindo enquanto o orgasmo a dominava.

Eu não consegui segurar por muito mais tempo também. Gozei junto com ela. Enchendo aquela buceta apertada de porra quente.

— Caralho, Lorraine … — Eu disse, enquanto desabava por cima dela. — Você é gostosa demais.

Ela deu uma risadinha, seu olhar transmitindo alegria e satisfação.

— Você também, Miguel. Você é um tesão, cara. Vou acabar me viciando nesse pau e isso é péssimo para uma profissional.

Eu caí ao lado dela na cama, a respiração ainda pesada, o corpo completamente exausto, mas satisfeito.

— Então … terceiro round? — Eu a provoquei, um sorriso maroto nos lábios.

Ela virou a cabeça para olhar para mim, rindo da minha persistência.

— Temos a noite toda, amorzinho … relaxa. Eu preciso de um banho. Estou toda melada.

Tomamos banho, comemos alguma coisa, assistimos um filme, ou pelo menos a metade dele, e voltamos a transar antes de apagarmos, exaustos.

No dia seguinte, um sábado, levei Lorraine cedo para casa dela e ainda trocamos alguns beijos e amassos no carro. Eu precisava me preparar, pois era o primeiro dia da visita supervisionada à minha filha.

Eu estava preocupado comigo mesmo. Confesso que sou um péssimo mentiroso e encarar a Mina, sabendo tudo o que eu já sabia, seria um massacre mental para mim.

Precisei esperar até às duas da tarde, horário determinado pela justiça para a visita supervisionada. Eu teria duas horas para ficar com minha filha.

Pontual, cheguei em frente à casa onde um dia morei. O lugar parecia o mesmo, mas algo nele me causava repulsa. Talvez porque agora eu soubesse o que estava por trás das paredes bem pintadas e do jardim sempre bem cuidado.

Respirei fundo antes de sair do carro. O peso da situação estava nos meus ombros, mas minha filha me esperava. Por ela, eu aguentaria qualquer coisa.

Toquei a campainha e, alguns segundos depois, a porta se abriu. Mina surgiu com um sorriso que eu já conhecia bem. Não era um sorriso de recepção, mas de controle. O mesmo que ela sempre usava quando queria me manipular.

— Miguel. — Sua voz era suave, quase doce.

— Bom dia. — Respondi de forma seca, contida.

Meus olhos passaram direto por ela, buscando minha filha. A pequena surgiu correndo em minha direção, os bracinhos se estendendo para mim.

— Papai!

Ajoelhei-me e a abracei forte, sentindo seu cheirinho de shampoo infantil.

— Meu amor. Que saudade.

Segurei sua mãozinha e entrei na casa, ciente de que Mina fecharia a porta atrás de nós. O local estava igual, mas havia um peso no ar. Talvez fosse só minha raiva mantida sob controle, ou talvez Mina também sentisse que algo estava diferente.

Ela nos acompanhou até a sala, onde um tapete macio e alguns brinquedos estavam espalhados. Eu sabia que minha filha queria brincar, mas Mina não perderia a oportunidade de puxar conversar comigo.

— Pode ficar à vontade, Miguel. Posso trazer um café pra você?

— Não precisa. — Recusei, sem nem mesmo olhar para ela.

Sentei-me no sofá e puxei minha filha para o meu colo. Ela começou a me mostrar seus brinquedos, e eu tentei me concentrar nela, ignorando Mina parada ali, nos observando.

— Você parece cansado. — Mina disse, como quem não quer nada.

— Estou bem. — Fui curto e grosso.

Ela suspirou e sentou-se no outro sofá, cruzando as pernas devagar, de um jeito ensaiado.

— Miguel ... Eu fico pensando em tudo que aconteceu. Em como as coisas saíram do controle. Você não sente falta da nossa família?

Meu maxilar enrijeceu. Ela sempre fazia isso. Jogava palavras ao vento como se eu fosse o culpado pelo fim do casamento.

— Minha família está bem aqui. — Falei, beijando a cabeça da nossa filha.

Mina sorriu de forma forçada, mas seus olhos demonstravam outra coisa.

— Não é a mesma coisa, e você sabe disso. Nossa filha sente a sua falta todos os dias. Ela não entende por que o pai não está mais aqui quando acorda.

Eu fechei os olhos por um segundo, tentando conter a onda de irritação que começava a crescer dentro de mim.

— Eu estou aqui agora, para a minha filha. E sempre estarei. Por que raios eu não moro mais nessa casa? Você sabe de quem é a culpa, Mina?

— Mas e quanto a mim, Miguel? — Ela inclinou-se um pouco para frente, me estudando. — Nós ainda podemos consertar as coisas. Você sabe disso. Podemos voltar a ser uma família de verdade.

Eu ri. Um riso totalmente sem graça. Coloquei minha filha de volta no chão, permitindo que ela fosse brincar, e encarei Mina.

— Mina, por que você faz isso? Por que insiste em algo que já morreu? Algo que você matou …

Ela se achou no direito de se sentir ofendida.

— Algo que já morreu? Miguel, nós temos uma história. E eu sei que você ainda sente algo por mim. Você pode fingir o quanto quiser, mas no fundo ...

— No fundo, Mina, eu me pergunto como pude ser tão idiota. Por tanto tempo. — A interrompi perdendo a paciência.

O silêncio caiu entre nós como uma bomba. Mina piscou algumas vezes, avaliando minhas palavras.

— O que você quer dizer com isso?

Eu me levantei, enfiando as mãos nos bolsos para evitar que elas tremessem de raiva e para conter a vontade de espancar aquela piranha. Olhei para nossa filha brincando, alheia à guerra que acontecia entre os pais.

— Você realmente acha que pode continuar fingindo? Que eu vou ignorar tudo? — A confrontei.

Ela se levantou devagar, seus olhos agora com um brilho de alerta.

— Miguel, do que você está falando?

Eu sorri, mas não havia nenhuma alegria no gesto.

— Você sabe exatamente do que estou falando. Só quero ver até quando vai conseguir sustentar essa farsa.

Mina empalideceu.

— Se você tem algo a dizer, diga de uma vez.

— Ah, minha cara Mina ... Eu poderia. — Me aproximei um pouco, mantendo a voz baixa. — Mas acho muito mais interessante ver você se afogar na própria mentira.

O medo passou brevemente pelos olhos dela, mas foi logo substituído pela máscara de arrogância que ela sempre usava.

— Você não sabe de nada. — Ela se afastou, receosa.

Me inclinei um pouco mais, olhando-a nos olhos.

— Então, continue pensando assim. Mas saiba de uma coisa: eu nunca mais voltarei para você. Jamais. — Sorri, com deboche.

Ela respirou fundo, tentando se recompor.

— Miguel, por que está agindo assim? Nós somos uma família.

— Uma família baseada em mentiras e traições? Não, obrigado.

— Você não pode destruir tudo por orgulho! — Ela me culpou mais uma vez.

— Eu não destruí nada, Mina. Eu só enxerguei a verdade, mesmo que tarde demais. — Rebati.

Ela abriu a boca para responder, mas nossa filha voltou correndo até mim, segurando um desenho.

— Papai, olha! Fiz um coração!

Sorri genuinamente pela primeira vez desde que cheguei ali. Peguei o desenho e admirei.

— Está lindo, meu amor. Vou levar comigo.

Levantei-me, pegando minha filha no colo e acho que minhas palavras assustaram Mina. Ela sumiu casa adentro e, pelo tempo restante, pude curtir a visita à minha filha em paz.

Infelizmente, eu não podia levá-la à pracinha, ou sair para tomar um sorvete. A visita supervisionada tinha regras restritas e eu não queria atrapalhar minhas chances de uma possível guarda completa no futuro.

— Nosso tempo está acabando, bebê. Papai precisa ir. — Minha filha, sem entender, me encarava com os olhos tristes.

Mina finalmente voltou, me observando, bastante tensa.

— Pense no que eu disse, Miguel. Ainda há tempo para consertar as coisas.

Balancei a cabeça, rindo nervoso.

— Para você, talvez. Para mim? Não há mais nada para consertar.

Me despedi da nossa filha e fui até a porta. Antes de sair, olhei para Mina mais uma vez.

— Aproveite enquanto pode, Mina. Tudo tem um prazo de validade.

Eu a deixei, sozinha na entrada da casa, com a expressão dividida entre raiva e medo. Fechei a porta atrás de mim e respirei fundo: Ela sabia.

Talvez não soubesse exatamente o que eu havia descoberto, mas ela sentia. Seu castelo de cartas estava prestes a desmoronar, e eu mal podia esperar para ver.

{…}

Algum tempo atrás, antes de tudo desandar.

Viviane:

Eu nunca pensei que fosse capaz de sentir um tipo de dor que me rasgasse por dentro. Que me arrancasse o chão debaixo dos pés e me fizesse questionar tudo o que vivi. Mas foi exatamente assim que aconteceu.

Naquela noite, eu voltei para casa mais cedo, animada para surpreender Leandro e Mina. Ela estava com a gente, passando o final de semana, já que nós não a víamos há quase um ano. Miguel não pôde vir, culpa do trabalho. Eu também tive uma emergência no serviço, e precisava me ausentar por algumas horas, mas, por sorte, um bom colega, sabendo que eu estava com visita, resolveu me ajudar.

Eu achava que meu casamento era perfeito, acreditava que poderíamos melhorar ainda mais como casal. Talvez uma viagem juntos, talvez mais tempo a sós … Eu estava disposta a tentar.

O que eu não sabia era que meu casamento já tinha terminado. Eu só não tinha sido avisada.

Entrei na casa de forma silenciosa, caminhando devagar até o quarto. Quando abri a porta, precisei de alguns segundos para entender a cena diante dos meus olhos: Leandro estava na nossa cama, com Mina. Minha melhor amiga.

A princípio, meu cérebro se recusou a processar o que estava acontecendo. Era como se eu estivesse vendo um filme, algo irreal, absurdo. Eles estavam tão distraídos um com o outro, que não me viram de imediato.

Foi o gemido da Mina que me despertou do choque.

— Mas que porra é essa? — Minha voz saiu como um grito sufocado.

Leandro se virou tão rápido que quase caiu da cama. Mina arregalou os olhos e puxou o lençol contra o corpo, como se aquilo fizesse alguma diferença.

— Vi-Viviane … Você já chegou? Não ia demorar? — Leandro gaguejou, os olhos arregalados.

— Você … cê tá brincando comigo, né? — Eu ri, mas era um riso insano, histérico. — Eu devo estar sonhando.

— Não é o que parece! — Mina tentou se cobrir ainda mais, como se fosse mudar alguma coisa.

— Ah, não? Então me explica, Mina! Me explica o que está acontecendo!

Minha visão ficou turva, a adrenalina pulsava no meu corpo. Eu tremia dos pés à cabeça. O homem com quem eu dividi anos da minha vida. A mulher com quem eu compartilhei meus segredos. Juntos!

Meu instinto foi me aproximar, confrontá-los de perto, mas Leandro se adiantou, levantando as mãos.

— Calma! Pelo amor de Deus, vamos conversar!

— Conversar?! Você quer conversar?! — Minha voz saiu carregada de incredulidade. — Você destruiu tudo, Leandro!

Mina começou a chorar baixinho, parecendo nervosa, mas aquilo só aumentou minha revolta.

— Eu posso explicar … — Leandro tentou se justificar.

Minha reação foi automática. A decepção e a raiva me fizeram recuar um passo, como se eu precisasse me afastar para não perder o controle.

Respirei fundo e, quando falei novamente, minha voz estava mais baixa, porém cortante:

— Pegue suas coisas e saia. Agora!

Ele hesitou, trocando um olhar com Mina, como se esperasse alguma defesa dela. Mas ela permaneceu em silêncio, apenas abaixando a cabeça.

— Vivi … — Mina tentou dizer.

— Saiam daqui. Os dois. — Eu gritei, furiosa.

Leandro recolheu suas roupas apressadamente e saiu. Mina tentou se aproximar, mas um único olhar meu foi o suficiente para fazê-la desistir.

— Não ouse me procurar de novo.

E então, virei as costas para ela, ouvindo a porta se fechar atrás de mim.

A casa parecia maior depois que Leandro foi embora. Vazia. Silenciosa de um jeito insuportável.

Eu passei os dias seguintes em estado de torpor, como se minha vida tivesse sido arrancada de mim de uma forma que eu não conseguia assimilar. Cada canto da casa me lembrava dele. Cada objeto me fazia reviver momentos que agora pareciam uma mentira.

Eu não conseguia dormir direito. Não comia. Apenas existia.

Eu não sou santa, sei que tenho defeitos e é difícil lidar comigo na maior parte do tempo. Mas … ser traída da forma que fui? Eu não merecia.

Dei a Mina a maior prova de amizade e confiança, anos atrás, ao deixar que ela e Miguel compartilhassem a nossa intimidade. Ao deixar que a santidade do nosso casamento fosse manchada por um fetiche que ela alimentava em sua mente doente.

Leandro aproveitou um dia que eu estava longe e, sem me avisar, veio com a irmã retirar suas coisas. Carolina nunca gostou de mim e tenho certeza de que ela o incentivou a vir sem avisar. A casa ficou ainda maior e mais vazia.

Por meses, fui engolida pela dor. O que doía mais não era só a traição, mas a sensação de ter sido feita de boba. De ter confiado cegamente em duas pessoas que, no final, não tiveram um pingo de consideração por mim.

Amigos tentaram me animar. Alguns disseram que eu precisava seguir em frente, sair, conhecer gente nova. Outros apenas respeitaram meu silêncio. Mas nada parecia fazer sentido.

Então, um dia, algo mudou. Eu vi Leandro. Ele estava bem. Bem demais. Melhor do que eu esperava. E não era por mérito próprio. Ele estava sendo ajudado por Mina e Miguel.

E foi naquele momento que minha dor começou a se transformar em outra coisa. Eu não podia acreditar no que estava vendo.

Leandro, o mesmo homem que passou meses tentando me convencer de que "cometeu um erro" e que "não conseguia viver sem mim", agora levava uma vida confortável, ajudado pelos amigos. A mesma Mina que dizia ser minha amiga. E, assim como eu, o corno do Miguel.

A raiva borbulhou dentro de mim de um jeito que eu nunca tinha sentido antes. Eu passei meses sofrendo, me perguntando onde eu tinha errado, enquanto ele simplesmente seguiu em frente, como se nada tivesse acontecido.

E, como se não bastasse, ele ainda aparecia, de tempos em tempos, tentando me fazer mudar de ideia sobre o divórcio.

— Viviane, eu sinto sua falta … — Ele dizia, com a cara mais lavada do mundo.

— Ah, sente? — Eu cruzava os braços, olhando para ele como se fosse um inseto insignificante. — Engraçado … Porque você não parece estar sofrendo muito.

Ele suspirava, fingindo um peso na consciência que eu sabia que não existia.

— Eu me arrependi. Você é a mulher da minha vida.

Eu queria rir. Mas, ao invés disso, comecei a pensar: Se ele queria voltar, se ainda precisava de mim de alguma forma, então talvez eu pudesse reverter essa situação a meu favor.

Foi naquele momento que tomei minha decisão. Se ele queria seguir com essa farsa, então eu faria com que ele tirasse tudo o que pudesse de Mina.

A ideia surgiu aos poucos, como uma semente que foi crescendo dentro de mim. Se Leandro queria continuar jogando esse jogo sujo, eu também poderia jogar. E faria isso com a mesma intensidade, sem qualquer tipo de remorso.

Mina já tinha me traído, me decepcionado de formas que eu nem conseguia mais contar. Mas agora, ela também fazia parte do plano. Porque, no fundo, eu sabia que Leandro não conseguiria viver sem o apoio dela por muito tempo.

Eu decidi que, se ele queria se sustentar às custas dela, eu ajudaria a garantir que ele não tivesse onde cair.

Foi assim que comecei a bolar a minha estratégia. A cada passo que eu dava, eu me sentia mais forte, mais no controle. Não era mais a mulher triste e vulnerável. Agora, eu era a mulher que faria os dois pagarem pelo que fizeram. Infelizmente, no processo, eu teria que machucar o Miguel.

O primeiro passo foi reunir informações. Eu sabia que Leandro estava profundamente endividado. Não era algo novo para mim, mas eu não sabia até onde a situação dele tinha ido. Quando comecei a olhar mais de perto, percebi que ele estava completamente dependente da Mina e que, por algum motivo, ela não se importava em manter esse equilíbrio disfuncional entre eles.

Mas a parte mais intrigante foi descobrir como ele conseguia manter essa fachada de vítima, como ele conseguia se fazer de coitado para Mina, e para mim. Era tudo um grande teatro.

A minha vingança não seria simples. Eu não queria apenas que ele perdesse a casa, essa eu já tinha, ou os bens, que eram mínimos, ou até mesmo, a imagem de bom moço que ele ainda tentava manter. Não. Eu queria que ele ficasse completamente exposto, sem nada. E para isso, eu precisaria de uma aliança com alguém que também tivesse interesse naquele jogo.

Foi quando decidi me reaproximar de Leandro novamente. Eu sabia que ele iria tentar tudo para reatar o nosso casamento. Ele não conseguiria resistir.

Eu sabia que não poderia esperar muito tempo. Leandro estava, de alguma forma, em busca da minha atenção. E, como sempre, ele não demorou a tentar me convencer de que poderia mudar, de que estava pronto para consertar os erros do passado. Mas, eu não facilitaria as coisas para ele.

Eu o deixei acreditar que eu estava cedendo, que talvez, no fundo, eu ainda quisesse acreditar nas palavras dele. Ele veio com toda aquela conversa sobre reconciliação, sobre como ele queria "nossa família de volta". Mas eu estava mesmo era irada, decidida a destruí-los de uma vez por todas.

— Viviane, você tem que me dar uma chance! — Leandro dizia, mais uma vez com o olhar suplicante.

Ele me olhava como se eu fosse a única coisa que ainda faltava para completar sua vida desmoronada.

Eu o encarei com frieza. Aquela era uma das cenas mais ridículas de minha vida, mas também a mais saborosa. Eu sabia que, se jogasse as cartas certas na mesa, ele não teria mais como escapar.

— A chance que você quer, Leandro, já foi dada. — Minha voz saiu calma, mas com um veneno disfarçado. — O problema é que você nunca soube aproveitá-la. E agora, eu não sou mais a mesma. Não sou mais aquela mulher que você manipulava.

Ele hesitou, mas logo a velha arrogância apareceu em seus olhos. Ele achava que podia me ganhar novamente. Mas ele estava errado.

— Eu sei que você ainda me ama, Viviane. Sei que você sente a falta da nossa vida.

Foi nesse momento que eu lancei o golpe. Olhei-o com um sorriso suave, quase imperceptível, enquanto o pressionava com uma frase que ele jamais esqueceria.

— Não, Leandro. Não sou mais a mulher que você enganava. E, para ser bem sincera, não posso mais olhar para você sem pensar em como você destruiu tudo. Inclusive, a confiança que um dia, eu tive.

Ele deu um passo atrás, surpreso. Eu sabia que minha palavra tinha atingido o ponto certo.

— E, sabe o que mais? Eu soube de tudo. Eu sei exatamente o que você fez com Mina.

A mudança na expressão dele foi instantânea. O nervosismo tomou conta dele, e ele se aproximou, como se quisesse me abafar. Mas eu já estava preparada para ele.

— Eu tenho todas as provas, Leandro. E você sabe que não vai sair dessa impune. E não é só isso, a sua situação financeira? Também não vai durar muito tempo. Mina, se as coisas continuarem assim, vai se ver em apuros por sua causa.

Leandro ficou parado, a boca seca, e a verdade o golpeou como uma marreta. Ele não sabia o que fazer, mas sabia que havia perdido.

Acho que, pela primeira vez, ele sentiu o que é estar completamente impotente. Se a intenção era aproveitar a bondade do Miguel e a culpa da Mina, aquele dinheiro deveria vir para o meu bolso.

— Quer me fazer confiar novamente em você? Prove que eu sou mais importante do que a Mina. Dê para mim, tudo o que você vem tirando dela.

Ele concordou sem hesitar. Para dar credibilidade à minha farsa, fui mais fundo:

— Eu também quero entrar nesse jogo. Mina pode ser nosso brinquedo sexual, nossa putinha. Eu também quero me divertir. Você me deve isso. Quem sabe, até trazemos o Miguel para a diversão? lembra daquele carnaval?

Continua …

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Foto de perfil de Contos do LukinhaContos do LukinhaContos: 123Seguidores: 388Seguindo: 15Mensagem Comentários de teor homofóbico, sexista, misógino, preconceituoso e de pessoas que têm o costume de destratar autores e, principalmente, autoras, serão excluídos sem aviso prévio. Assim como os comentários são abertos, meu direito de excluir o que não me agrada, também é válido. Conservadores e monogâmicos radicais, desrespeitosos, terão qualquer comentário apagado, assim como leitores sem noção, independente de serem elogios ou críticas. Se você não se identifica com as regras desse perfil, melhor não ler e nem interagir.

Comentários

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Muito top, eu não sei se estou enganado, mas o Miguel não enviou aquele vídeo pra Mina, ela com os dois. Pois a forma que ela o tratou nem parece que ele recebeu o vídeo, não tentou justificar.

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Tinha ficado sem entender a Viviane do começo da história, com a que foi revelada através dos vídeos. Agora faz sentido o que antes achei ser falha na história.

Acredito que o buraco seja mais fundo, indo até o tempo de namoro e consequentemente trazendo outras prováveis implicações.

Que venha logo o próximo capítulo dessa incrível história.

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Esses 3 ( Leandro,Viviane e Mina ) são cada um pior que o outro. Não sei quem é o pior dos 3 🤔.

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Maravilhoso!!! Concordo com que falou que talvez o Lukinha seja o melhor do site, pelo menos neste momento!!!

Não tem o que falar sobre a história até aqui!!! Apenas que parece que Miguel parece uma criança assustada perto dos outros personagens!!!

Para mim a pior é a Mina. Pq ela não demostra nenhum pingo de remorso, muito pelo contrário, parece que tem satisfação em foder a vida do marido de todas as formas!!!

Ou então o controle que o Leonardo tem sobre ela é tão grande que ela simplesmente anulou todo o tipo de sentimento em relação ao marido e a própria família!!!

Ela está presa numa espécie de areia movedissa e não tem como escapar!!! Vão tirar tudo dela!!! Isso acontece muito!!! A quantidade de golpistas, seja garotões ou garotas que pegam tudo dos amantes (seja homens ou mulheres) é gigantesco. Infelizmente, essa é a realidade!!

Eu ainda não consigo confiar na irmã do Leandro!! Acho que fez parte de algum jeito. O jeito é torcer para que o Miguel se mantenha firme e não faça alguma cagada qd for provocado!!!

O futuro da Mina é cruel!!!! Não tem como escapar...não teria mesmo de o Miguel não tivesse descoberto!!!

3 estrelas é pouco!!!

Parabéns Lukinha e id@ TB!!!!

Só temos que agradecer

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Esse negócio de melhor do site, é injusto. Autores maravilhosos postam aqui. Eu sei do meu valor, e sei que, também, existem autores melhores, com pouco reconhecimento, e outros por serem difíceis de lidar, acabam não tendo a mesma valorização. Tem mais de uma dezena de autores incríveis, com poucas estrelas e comentários, mas que são melhores do que eu.

Outros acabaram se perdendo um pouco ao enveredar por caminhos de inveja, de egoísmo, mas não deixaram de ser bons. Tem ainda os que se isolaram na própria bolha, mas que também não deixam de ser autores espetaculares.

Não acho que exista um melhor, e nem me colocou na meio. Faço porque gosto, e sou feliz por ter encontrado bons leitores que adoram viajar nas minhas maluquices.

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Como parece que todo mundo quer ferrar todo mundo, acho prudente não confiar na irmã do Leandro. Não me surpreenderia nada o Lukinha dar mais um duplo twist carpado e arranjar um motivo sórdido para ela ter ido contra o irmão...

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Muito bom quando a gente pensa em rumo historio ai vem vc para criar novo caminhos, parabens na minha opinião o top atual do site

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Essa Viviane é pior que a Mina...Se fosse correta apenas falaria pro Miguel a verdade, desde do inicio

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O Lukinhas, na minha opiniao, é disparadamente o melhor escritor desse site. Ele devia adotar uma tatica parecida com a do Lael, vender a historia completa de maneira antecipada pra quem quisesse, essa ansiedade pelo, demorado, proximo capitulo é que mata hahaha

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No meu caso, é difícil vender histórias. Escrevo e posto cada capítulo. Diferente da maioria dos autores, também levo em consideração os comentários para concluir minhas séries. As vezes algo me chama atenção, gosto do que leio, e tento incorporar ao texto. Não mudo rumos ou situações, mas gosto de incluir a opinião do leitor na obra. Acho que um afago de vez em quando não atrapalha e aproxima mais leitor e autor.

Dificilmente, uma série minha termina da mesma forma que foi pensada inicialmente. Vou adaptando o desenvolvimento ao retorno que recebo nos comentários.

(Sei que muitos autores irão me criticar, mas é assim que penso e gosto de fazer. Se surge uma teoria melhor nos comentários, não tenho problemas em usar e melhorar meu texto.)

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Caramba, essa história está igual briga de foice no escuro kkkkkkk

É muito jogador em campo, um tentamdo derrubar o outro, e estou amando isso!

Muito bom como sempre!

Parabéns Lukinha e Id@!

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Como eu disse para a Ida, espere até ver o que eu preparei para amanhã... 😂😂😂

Blow your mind.

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Eu nem falo mais nada, eu imaginei essa história totalmente diferente, depois de todas as revelações e surpresas, eu nem vou tentar imaginar o que está por vir kkkkkkk

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