Capítulo 9: Os Presentes
A mesa estava cercada por um burburinho leve, conversas cruzadas e risadas ocasionais, quando Marcia, sempre a mestre de cerimônias autoproclamada, tomou a palavra:
– Certo, Miguel, está na hora de abrir os presentes. Quero ver sua cara quando abrir o meu.
Ela piscou de um jeito provocador, e todos à mesa riram, menos eu. Por algum motivo, minha garganta parecia seca. Eu sabia que algo vindo de Marcia dificilmente seria convencional ou inofensivo.
Comecei pelo embrulho de minha avó. O pacote era pequeno e discreto, embrulhado com um papel marrom simples, mas ainda assim elegante, exatamente como ela. Ao rasgar o papel com cuidado, encontrei um relógio de pulso antigo, de couro escuro e mostrador prateado. Era clássico, robusto, com uma aura de algo que carregava histórias.
– Esse relógio... – começou minha avó, com a voz embargada por uma emoção que ela raramente demonstrava. – Era do seu avô Manuel. Ele usou todos os dias durante anos, e agora é seu.
Meu peito apertou. Eu sabia o quanto minha avó ainda amava meu avô, mesmo décadas após sua morte. Aquilo não era apenas um presente; era um pedaço de sua alma que ela estava me entregando.
Levantei-me da cadeira sem pensar duas vezes e fui até ela.
– Obrigado, vó. Isso significa muito para mim.
Abracei-a novamente, e, como antes, aquele abraço foi longo, durando mais do que o habitual. Senti os dedos dela deslizando suavemente pelas minhas costas, e, por um momento, pensei que ela não ia me soltar. Quando finalmente nos afastamos, seus olhos estavam marejados, mas havia um brilho neles, uma mistura de nostalgia e algo mais que eu não consegui definir.
Ela segurou meu braço, o relógio já no meu pulso, e acariciou o couro com os dedos.
– Você está cada vez mais parecido com ele, Miguel – disse ela, a voz baixa, quase um sussurro. – Não só na aparência, mas na postura, no jeito. Até nos toques...
A frase pairou no ar, carregada de algo que parecia além da simples saudade. Por um segundo, ninguém à mesa soube como reagir. Eu ouvi um pigarro vindo de Manuela, enquanto minha mãe desviava o olhar, fingindo arrumar os talheres. O desconforto só foi quebrado por Marcia, que, claro, adorava essas situações.
– Bom, antes que esse momento fique ainda mais... intenso, vamos ao próximo presente! – disse ela, rindo enquanto gesticulava para que eu voltasse ao meu lugar.
Sentei-me, tentando ignorar o calor que subia pelo meu rosto, e peguei o embrulho que Marcia havia colocado à minha frente. Era uma caixa longa e estreita, embrulhada em papel vermelho brilhante, com um laço exagerado. Claro, tinha que ser algo chamativo vindo dela.
– Vai, abre logo, quero ver sua reação – disse Marcia, inclinando-se para frente, com um sorriso que não prometia nada de bom.
Rasguei o papel com cuidado, revelando uma embalagem simples de roupa masculina. Quando abri a caixa, percebi que era um conjunto de cuecas boxers, mas não eram comuns. Havia algo peculiar no design: aberturas discretas nas laterais e no centro, um corte que claramente tinha um propósito prático.
– O que é isso? – perguntei, segurando uma das cuecas, enquanto a risada de Marcia ecoava pela mesa.
– Bom, querido sobrinho, essas cuecas têm uma tecnologia inovadora – disse ela, quase teatral. – Quando a oportunidade surgir, você não vai querer perder tempo se atrapalhando com o elástico ou com tecidos enrolados, certo?
A mesa explodiu em risadas, e eu senti meu rosto ficar em chamas. Manuela quase engasgou com a bebida, enquanto minha mãe balançava a cabeça, visivelmente dividida entre a diversão e a reprovação. Até Marcela, que geralmente era mais contida, não conseguiu segurar o riso, cobrindo a boca com a mão.
– Marcia, pelo amor de Deus! – protestou minha mãe, mas havia um leve sorriso em seus lábios, como se ela soubesse que era impossível controlar a irmã.
– O quê? Estou só ajudando o garoto! Alguém precisa pensar no futuro dele – respondeu Marcia, piscando novamente para mim.
– Sério, Miguel, você devia agradecer. Essas coisas podem salvar sua vida – brincou Manuela, ainda rindo.
Eu ri junto, mesmo que meu constrangimento estivesse à flor da pele. Por dentro, porém, não pude evitar imaginar que tipo de cenário Marcia tinha em mente ao escolher aquele presente.
– Obrigado, tia – disse, tentando soar casual.
Ela apenas sorriu de volta, satisfeita por ter roubado a cena mais uma vez. Enquanto as risadas diminuíam, peguei a cueca novamente, observando os detalhes. Por mais absurda que fosse a situação, não pude evitar um pensamento: "Talvez ela esteja certa. Quem sabe quando vou precisar disso?"
E, claro, com Marcia, sempre havia um subtexto, algo que deixava minhas imaginações à solta, mesmo em momentos aparentemente simples como aquele.
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