Desde pequeno, eu sempre ouvi que as pernas são a moldura do corpo. Talvez seja por isso que eu tenha tanto orgulho das minhas. Grossas, bem definidas, sempre bronzeadas. Não importa aonde eu vá, sei que elas chamam atenção, e eu gosto disso. Tenho 26 anos, sou nutricionista e sempre fui vaidoso com meu corpo. Treino pesado, cuido da alimentação e, modéstia à parte, minha bunda arrebitada já rendeu elogios que eu finjo não escutar.
Minha amizade com a Vivian começou na faculdade de nutrição. Desde o primeiro período, a gente se deu bem, sempre saindo junto, fofocando sobre os crushes e dividindo nossas frustrações. Ela é o tipo de amiga que todo gay precisa ter: divertida, leal e cheia de conselhos duvidosos. Mesmo depois da faculdade, mantivemos o contato. Ela se casou com Rafael há alguns anos, e desde então eu acompanho os dois de perto.
Rafael... Bom, Rafael merece um destaque à parte. Ele tem 31 anos, um corpo forte de academia, aquele shape de quem levanta peso pesado, mas sem abrir mão da cerveja de fim de semana. Mulato, sorriso fácil e um jeito de quem sabe que é gostoso. Torcedor fanático do Flamengo, daqueles que gritam com a TV e fazem promessas absurdas nos jogos decisivos. Mas o que mais chama atenção nele é o jeito exibicionista. Rafael sabe que eu sou gay e, de alguma forma, gosta da validação que eu posso oferecer. Manda foto sem camisa mostrando o shape, às vezes de cueca, alegando que é “brincadeira”. Me deixa tocar nos músculos dele quando a gente se encontra, sempre rindo, sempre fingindo que aquilo é só zoeira. Mas eu sei quando um homem gosta de se sentir desejado.
A primeira vez que percebi que Rafael gostava de se exibir para mim foi quando estava na casa da Vivian esperando ela chegar do trabalho. Era um dia quente, e ele estava assistindo um jogo do flamengo sem camisa, usando apenas um short esportivo que marcava bem as coxas grossas. O corpo suado, o cheiro de cerveja misturado com desodorante masculino. Eu estava sentado no sofá ao lado dele mexendo no celular, enquanto ele estava concentrado na televisão com uma latinha de cerveja na mão.
— Segura aqui rapidinho — ele disse, entregando a lata na minha mão antes de levantar os braços e esticar bem as costas no sofá, como se precisasse alongar os músculos. Os gominhos do abdômen ficaram ainda mais evidentes, o volume no short se ajustou de um jeito que não tinha como não notar. Ele ficou ali, com os braços erguidos, fingindo um bocejo, e quando baixou os olhos para mim, tinha um sorrisinho de canto.
— Tá olhando o quê, hein? — provocou, rindo.
Eu ri junto, jogando de volta.
— Nada, só admirando o esforço de quem pega pesado na academia.
Ele piscou, deu um tapa no próprio abdômen e continuou assistindo ao jogo como se nada tivesse acontecido.
Depois disso, ficou claro que ele se divertia com essas provocações. No WhatsApp, Rafael começou a soltar umas imagens inesperadas no meu privado. Primeiro foi uma selfie no espelho da academia, sem camisa, com o short abaixado o suficiente para deixar à mostra o elástico da cueca. Depois, um pouco antes de um rolê em que iríamos nós três, uma foto de toalha, com a legenda: "Vivian demorando no banheiro, tô quase desistindo”.
A mais ousada foi quando ele mandou "Tô pegando mais perna ultimamente, será que tá dando resultado?", junto de uma foto das coxas abertas, deitado na cama, com a cueca justa marcando o cacete que parecia estar meia bomba. Eu demorei para responder, não sabia se ria ou se fingia que não tinha visto o que ele queria que eu visse.
Mas o pior — ou melhor — eram os encontros ao vivo. Teve um dia em que a Vivian me chamou para ajudá-la a escolher um look para uma festa. Eu estava sentado na cama do casal, dando minha opinião sobre os vestidos que ela experimentava, quando Rafael entrou no quarto só de bermuda como se eu não estivesse ali.
— Cansado hoje, fiz treino de peito e tríceps — comentou, passando a mão no próprio peitoral. Depois, olhou para mim com aquele sorriso safado que eu já conhecia. — Tá com a mão quente aí, Felipe? Dá uma apertada aqui pra ver se tá inchado mesmo.
Eu ri, achando que era só brincadeira, mas ele se aproximou, apontando para o músculo. Hesitei por um segundo, mas estendi a mão, pressionando de leve o peitoral duro, sentindo o calor da pele recém-saída do banho. Ele flexionou.
— Porra, tá igual pedra, né? — ele riu, piscando pra mim antes de se virar de costas, deixando a toalha escorregar um pouco mais na cintura.
A Vivian, do outro lado do quarto, revirou os olhos.
— Rafael, pelo amor de Deus, bota logo uma camisa.
Ele riu, mas demorou mais uns segundos antes de entrar no closet, como se quisesse prolongar o momento.
Uma das situações mais descaradas aconteceu quando fui na casa deles e encontrei Rafael saindo do banheiro, só de toalha. A toalha estava mal amarrada, e ele passou a mão pelo cabelo molhado, pingando água pelo chão.
— E aí, Felipe. Chegou cedo, hein?
— A Vivian me chamou pra ajudar com umas coisas.
Ele assentiu e, em vez de ir direto para o quarto, parou na frente do espelho da sala, analisando o próprio reflexo.
— Tu acha que eu tô crescendo mais no braço ou no peito?
Ele flexionou o bíceps, depois deu um tapa no abdômen.
— Vê aqui, aperta pra ver se tá duro mesmo.
Eu já sabia que era provocação, mas ele ficou parado, esperando. Me aproximei e apertei de leve o músculo.
— Tá firme.
Ele sorriu.
— E aqui na perna? Tô sentindo que cresceu um pouco também.
Ele levantou um pouco a toalha, revelando ainda mais da coxa. Eu encostei de leve, sentindo o músculo rígido.
— Tá bem definido.
Ele mordeu o lábio, segurando o olhar.
— Valeu. Tu tem uma visão boa pra essas coisas.
E então, sem mais nem menos, soltou a toalha de propósito.
Eu já havia manjado aquela rola muitas vezes dentro do short, mas ver ela ao vivo e a cores foi uma experiência completamente diferente, aquela porra deveria ter no mínimo uns 20 cm duro. Ele riu da minha cara de surpresa e pegou a toalha do chão, jogando sobre o ombro.
— Relaxa, mano. Eu sou desencanado com essas paradas.
E saiu andando pelo corredor com a pica balançando, me deixando ali babando, tentando entender até onde aquilo ia parar.
Mas o que eu nunca vou esquecer foi quando peguei naquele mastro pela primeira vez. Nesse dia, fui até a casa deles um dia para assistir a um jogo do Flamengo com o casal porque depois eu e Vivian iríamos para a inauguração de uma loja de produtos naturais da família de um amigo nosso. Quando cheguei, ela avisou que atrasou no salão e que o Rafael iria buscá-la junto comigo depois do jogo. Ao mesmo tempo, Rafael me recebeu na porta só de cueca.
— Chegou rápido, hein? Nem deu tempo de botar uma roupa — ele comentou, se alongando ali mesmo.
— Eu posso esperar na sala, né? — respondi, tentando não olhar muito.
Ele riu.
— Relaxa, mano. Tu já me viu pior.
Ele se virou e foi andando na frente, e a cueca marcava tudo. Rafael não tinha vergonha de nada.
Quando me sentei no sofá, ele voltou da cozinha com duas cervejas e se jogou ao meu lado, ainda de cueca.
— Tá calor hoje, né? Acho que vou ficar assim mesmo.
Ele abriu a cerveja e ergueu uma perna sobre o sofá, se espalhando.
— Só nós dois hoje. Bem mais tranquilo sem a Vivian falando na minha cabeça.
Eu ri, bebendo um gole, tentando ignorar o jeito que ele estava praticamente se exibindo na minha frente.
— Nem parece que tu é casado — soltei.
Ele me olhou de canto, um sorriso preguiçoso no rosto.
— Por quê? Vai dizer que tô te incomodando?
Ele passou a mão pelo próprio peito, depois esticou os braços e bocejou.
— Se quiser que eu bote um short, tu fala, hein?
Ele sabia que eu não ia falar nada. Depois de alguns minutos de jogos, eu já não conseguia mais tirar os olhos daquela rola. Eu manjava mesmo, sem vergonha, enquanto o malandro bebia cerveja com uma mão e com outra ficava roçando o volume por cima da cueca.
— Papo reto, tá gostando da vista? — ele disse, me tirando do meu transe e me pegando desprevenido.
— Gostando? — perguntei, me fazendo de sonso.
Ele apertou o caralho dentro da cueca fazendo o contorno ficar mais marcado e deu uma risada sacana.
— Quer pegar? — ele levantou o quadril, como se estivesse me convidando.
Ele não esperava que eu fosse realmente esticar a minha mão e esfregar naquele caralho com gosto.
— Tá maluco, porra? — ele disse rindo como se fosse uma brincadeira. Ele afastou minha mão, mas não fez questão nenhuma de se cobrir.
— Você não tava oferecendo?
— Felipe, Felipe... tá cada dia mais soltinho. Só não vai abrir a boca pra Vivian, tá ligado?
Não aconteceu mais nada naquela tarde, continuei manjando a rola do marido cretino da minha amiga e ele continuou se exibindo. No entanto, depois disso, tive outras oportunidades de roçar na rola do Rafael, mesmo que fosse por cima de uma cueca, tolha ou shortinho de academia, quando a Vivian não estava por perto.
Na semana passada, Vivian me chamou para passar o carnaval em uma casa de praia com ela, Rafael e um grupo de amigos. Casais, na maioria, gente que eu mal conheço. O detalhe? Eu sou o único gay da casa. Isso não me incomoda, pelo contrário. A ideia de passar alguns dias vendo Rafael desfilar de sunga, pegando sol e talvez – só talvez – me provocando do jeito que ele sempre faz, me pareceu um convite irresistível.
Eu só consegui chegar na casa de praia no domingo. Perdi o primeiro dia da farra porque tive que resolver umas coisas no trabalho no sábado, e quando finalmente cheguei, já encontrei o pessoal em ritmo de ressaca. A maioria estava jogada pela casa, ainda se recuperando da bebedeira da noite anterior, enquanto outros já tinham começado mais um dia de cerveja e piscina.
Vivian me recebeu animada, ainda de óculos escuros e com a voz rouca de quem tinha gritado até de manhã. Me apresentou pro pessoal que eu ainda não conhecia e me fez pegar uma cerveja antes mesmo de eu desfazer as malas. Mas não foi nela que meus olhos ficaram presos.
Rafael tava ali, claro. Sentado na beira da piscina, de sunga preta, as pernas abertas e uma cerveja na mão. Ele olhou pra mim e sorriu de lado, como se já soubesse exatamente o efeito que causava.
— Demorou, hein? Achei que não vinha mais.
— Eu prometi que vinha — respondi, jogando minha mochila em um canto e pegando a cerveja que Vivian me deu.
— Então bora aproveitar que o carnaval já tá na metade. — Ele piscou pra mim e virou o resto da cerveja na boca antes de entrar na piscina de novo.
Pela manhã, a galera decidiu ir pra praia. O sol tava castigando, e o mar tava uma delícia, gelado do jeito certo. O grupo inteiro levou cadeiras, guarda-sol e um isopor cheio de cerveja, e em menos de uma hora, a maioria já tava deitada pegando sol ou mergulhando sem muita pressa. Eu fiquei sentado na areia, descansando depois de um mergulho, quando Rafael veio na minha direção, saindo do mar.
O safado parecia ter saído direto de um comercial. A água escorrendo pelo peito largo, os ombros brilhando sob o sol, e a sunga clara colada no corpo, deixando cada detalhe à mostra. E claro, ele sabia que eu tava olhando.
— Tá encarando por quê, Felipe? — ele provocou, parando na minha frente e sacudindo os cabelos molhados, me respingando inteiro.
Revirei os olhos, mas não desviei.
— Porque tu é um cretino que faz questão de se mostrar.
Ele riu e se abaixou um pouco, apoiando as mãos nos joelhos. O sorriso dele era malicioso, cheio de segundas intenções.
— Se eu faço questão, é porque tem quem goste de olhar.
Eu quis responder, mas minha boca secou quando ele se ajeitou de novo, colocando as mãos na cintura e puxando levemente a sunga pra cima, como se quisesse ajeitar. O movimento foi suficiente pra realçar ainda mais o volume entre as pernas dele.
O safado não prestava.
Antes de ir embora, ele deu um tapinha no meu ombro.Fiquei ali, segurando a cerveja quente e xingando mentalmente.
Mais tarde, quando todo mundo já havia retornado da praia, o pessoal tinha entrado na casa pra pegar comida, então fiquei sozinho do lado de fora. Ou pelo menos achei que tava.
Rafael saiu da piscina de novo, se esticando todo, os músculos do peito e do abdômen contraindo. Ele olhou rápido pra dentro da casa e, vendo que ninguém tava prestando atenção, parou bem na minha frente.
— Tá fazendo o quê aí sozinho?
Eu dei de ombros.
— Descansando um pouco.
Ele se aproximou mais, a sunga ainda molhada, colada no corpo. Meu olhar desceu sem que eu percebesse.
— Tá cansado de quê, Felipe? Nem fez nada o dia todo.
— Cansado de ficar te olhando.
O sorriso dele cresceu. Ele se inclinou um pouco, abaixando a voz.
— E se eu deixar tu olhar mais de perto?
Minha respiração parou. Ele pegou minha mão e, sem nem disfarçar, colocou no próprio abdômen, bem no meio.
A pele quente, úmida, os músculos contraindo sob meus dedos.
— Gostoso, né?
Eu engoli em seco, a boca seca, mas não tirei a mão.
Ele riu baixo, apertando minha mão contra o corpo dele por mais um segundo antes de se afastar.
— Aproveita enquanto pode.
E saiu andando pra dentro da casa, me deixando ali, com a cabeça girando e o corpo pegando fogo.
No dia seguinte, na segunda-feira de carnaval, mandei mensagem pro Guilherme, um amigo meu que tava em uma casa de praia ali perto, chamando-o pra passar um tempo comigo. Não demorou muito pra ele aparecer, todo arrumadinho, de regata colada no peito e short curto, já jogando um beijinho no ar quando me viu.
— Amiga, esse carnaval tá bom pra você? — ele perguntou, rindo, enquanto se jogava na cadeira ao meu lado, perto da borda da piscina.
— Tá bom até demais… — sorri, pegando mais uma cerveja e entregando uma pra ele.
A gente ficou ali, relaxando, enquanto observávamos Rafael e os amigos dele na piscina. Eles estavam jogando água um no outro, rindo alto, a maioria já meio bêbada. Rafael, claro, era o centro das atenções, com aquele corpo grande brilhando sob a luz fraca da varanda.
Guilherme acompanhou meu olhar e soltou um assobio baixo.
— Meu Deus, Felipe… Esse teu amigo é um tesão, viu? Como é que tu tá sobrevivendo?
Eu ri, bebendo um gole da cerveja.
— Sobrevivendo não sei, mas sofrendo bastante.
Ele se virou pra mim, os olhos brilhando de curiosidade.
— E aí? Já rolou alguma coisa?
— Ele provoca, cara. Ele sabe que eu olho, que eu fico doido, e parece que gosta disso. Só que… — Suspirei, jogando a cabeça pra trás. — Ele é casado com a Vivian, né?
Guilherme revirou os olhos.
— E daí? Ele não parece muito preocupado com isso quando tá se mostrando pra você.
Eu ri, balançando a cabeça.
— Tu acha que eu devia provocar mais?
— Acho que tu devia ir com tudo. Hétero que gosta de se exibir pra gay quer mais é que a gente jogue lenha na fogueira.
Olhei de novo pra piscina. Rafael tinha acabado de sair da água, e a sunga molhada grudava no corpo dele, deixando tudo muito bem marcado.
— Acho que tu tem razão…
Guilherme riu e tomou um gole da cerveja antes de se ajeitar na cadeira.
— Mas falando em lenha na fogueira, vou precisar de uma dica sua também.
Eu levantei uma sobrancelha, curioso.
— Diga.
Ele olhou pro celular, mexendo na tela.
— Amanhã o Mariano vai ficar sozinho comigo o dia todo. Meu tio mais gostoso.
Eu gargalhei.
— Mais gostoso?
— Felipe, você já viu Mariano sem camisa? — Ele revirou os olhos, suspirando. — O homem é um monumento.
— Sei bem. Mas e aí, o que tu quer saber?
— Como eu faço pra ele perceber que eu tô ali, entendeu? Porque eu provoco, mas ele age como se fosse nada demais. Só que eu sinto que ele gosta.
Eu dei um sorriso malicioso.
— Então tu tem que encostar mais. Tocar nele como se não fosse nada, só brincando. Ele tá acostumado contigo, então faz isso parecer normal.
Guilherme sorriu de lado.
— Igual tu faz com o Rafael?
Eu ri, balançando a cabeça.
— Exatamente.
A gente brindou as latas de cerveja, rindo, enquanto pensávamos em nossos alvos, cada um lidando com a sua própria missão.
Pela tarde, decidi colocar o conselho de Guilherme em prática. Eu ainda tava sentado na beira da piscina quando Rafael voltou, dessa vez saindo da água bem na minha frente. O safado fez questão de subir devagar, passando as mãos pelo cabelo molhado, com a água escorrendo pelo peito e os ombros largos. Mas o que realmente me prendeu a atenção foi a sunga dele.
Molhada e grudada no corpo, a peça vermelha não escondia nada. O tecido marcava tudo, cada detalhe, cada volume. Ele sabia disso. E fez questão de estufar o peito e esticar os braços, como se estivesse se alongando, só pra me dar uma visão ainda melhor.
— Tá olhando o quê, hein? — Ele soltou, com aquele sorriso safado.
Revirei os olhos e fingi indiferença, mas minha garganta tava seca.
— Tô vendo se tu não tá precisando de uma sunga maior.
Ele riu, baixo, e deu um passo à frente, deixando a parte interna da coxa quase encostando na minha mão.
— Tô confortável assim. Ou tu acha que não?
Ele inclinou o quadril um pouco, e eu senti o toque leve do tecido molhado na minha pele. Minha respiração falhou. O desgraçado sabia exatamente o que tava fazendo.
— Cretino. — Murmurei, sem esconder o sorriso.
Mas ele não parou. Sentou ao meu lado, deixando uma perna aberta, relaxado, como se nem percebesse a forma que a sunga ainda grudava nele. E pra piorar, começou a "ajeitar" o elástico, puxando de um lado, depois do outro, os dedos passando devagar pelo tecido.
— Sunga boa é assim, ó. — Ele disse, segurando o cós e puxando levemente pra longe do corpo. — Ajusta bem, sem folga.
Meu olhar caiu direto ali, sem que eu conseguisse evitar. E ele percebeu.
— Quer testar? — Rafael provocou, com um brilho de diversão nos olhos.
Minha mão coçou. Eu sabia que, se tentasse qualquer coisa, ele não ia recuar. Ele tava esperando por isso.
Coloquei minha mão dentro da sunga e senti o caralho meia bomba roçar nos meus dedos.
Mas antes que eu pudesse continuar, ouvimos alguém chamando e Rafael soltou a sunga com um estalo, afastando a minha mão. Se levantou, deu um último olhar malicioso pra mim e saiu caminhando com a maior calma do mundo, a peça ainda marcando cada detalhe enquanto ele se afastava.
O céu já estava escurecendo, e a casa parecia um cenário de pós-guerra. Vivian tinha apagado no sofá depois de misturar gin com cerveja, e os outros casais estavam espalhados pela casa, provavelmente transando ou dormindo. O som distante de um pagode tocava do celular de alguém, mas lá fora, dentro da piscina, só tinha eu e Rafael.
A gente já tinha bebido um monte. As latas de cerveja vazias boiavam na água ou estavam espalhadas pelo chão ao redor. Minha cabeça estava quente, e eu me sentia leve, solto. Rafael estava encostado na borda, de olhos fechados, relaxado, mas eu sabia que ele ainda estava ligado. Ele sempre estava.
Joguei uma lata vazia na beira da piscina e me estiquei dentro da água, nadando devagar até parar na frente dele.
— Tá morto já, porra? — provoquei, a voz arrastada pelo álcool.
Ele abriu um olho e deu um sorrisinho preguiçoso.
— Tô só curtindo, porra. Carnaval, cerveja gelada… — Ele passou a língua nos lábios, olhando pra mim. — Companhia boa.
Minha barriga revirou com o jeito que ele disse aquilo. Ele não disfarçava nada. Me encostei ao lado dele, deixando nossos ombros roçarem de leve.
— Tu não cansa de se exibir, né?
Ele riu, jogando a cabeça pra trás. A cerveja me fazia sentir corajoso, mais insolente do que o normal. Passei a mão pela água e respinguei um pouco nele.
— Tá gostando de ser desejado por um viado, né?
Rafael virou a cara pra mim, o sorriso ainda ali, mas os olhos meio escuros.
— E se eu tiver?
Minha garganta secou. Ele encostou mais, o cheiro de cerveja, suor e cloro misturando no ar quente da noite. O malandro pegou minha mão debaixo d'água e guiou sem pressa até o caralho dele, pressionando meus dedos contra o cacete duro dentro da sunga.
Eu apertei de leve os dedos contra a pele dele, sentindo o calor, o peso daquilo tudo. Ele não me impediu. Pelo contrário. Comecei a fazer movimentos de subida e descida e senti o bagulho endurecendo na minha mão. Ele ficou parado, só me olhando.
— Que foi? Ficou com medo? — ele soltou, percebendo que ao mesmo que eu manjava o corpo dele, ficava olhando para a porta da varanda para ver se alguém estava vindo.
Não sei se foi por causa da bebida, pelo tesão ou por não aguentar mais me contentar só de pegar aquele pedaço de carne, retirei minha mão do Rafael e desci minha sunga, apoiando meus braços na borda ficando de costas para a piscina.
— Roça aí, vai — resmunguei do jeito mais manhoso possível.
Nesse momento, o vi, sem pensar muito, remover a sunga e jogá-la longe, como se não se importasse de alguém o encontrar nadando pelado. Ele se posicionou atrás de mim e colocou as duas mãos na minha bunda, abrindo as bandas e encaixando aquele cacete grosso entre elas. O caralho começou a latejar à medida que Rafael fazia um vai e vem na minha fenda.
— SSSsssssssss — gemi quando ele posicionou a pica bem no meio do meu buraco. — Bota só a cabecinha, por favor — implorei, jogando a cabeça para trás, não me aguentando de tesão. Mesmo embaixo da água, o meu corpo parecia ferver e o meu buraco piscava querendo ser preenchido.
Com um pouco de dificuldade, devido a falta de lubrificação e ao empuxo da água, ele começou a forçar a cabeça para dentro da minha cavidade.
— Mmmmmmmpffff... cuzinho apertado — ele gemeu sentindo minhas pregas fazerem esforço para abrir passagem. — Ele já viu rola antes, viado?
Eu deveria estar anestesiado de álcool e tesão porque, apesar da dor, empurrei o meu quadril para trás, querendo que o meu buraco engolisse aquela tromba o quanto antes.
Quando a cabecinha estava quase entrando completamente, um amigo dele apareceu na varanda caindo de bêbado com uma latinha de cerveja na mão. Nesse ponto, nenhum de nós dois estávamos dispostos a sair daquela posição, então observamos parados ele se aproximar.
— Pô... o que vocês tão fazendo aí? Tá todo mundo desmaiado já — o amigo resmungou com a voz embargada de álcool, tendo que se apoiar em uma das cadeiras ao redor da piscina.
— Esse filho da puta tá com dor nas costas — Rafael falou um pouco mais alto, o bafo de cerveja queimando o meu pescoço. Eu não havia percebido, mas suas mãos tinham ido para da minha bunda para os meus ombros.
— Essa é a última bebida, cara. Vai querer? — o amigo ofereceu quase sem conseguir terminar a frase. Bêbado do jeito que tava, ele não conseguia identificar nada fora do normal na situação. Empurrei o meu quadril e encaixei o que faltava da cabeça no meu buraco.
— Sssss... Traz aí — Rafael tentou disfarçar um gemido.
Na hora que Rafael segurou a latinha de cerveja, o amigo tropeçou na borda e caiu dentro da piscina. Me assustei e tentei sair de perto para subir minha sunga, mas Rafael me segurou no lugar e atolou mais alguns cms de pica no meu rego.
— HMMMMMMMPFFFFF filho da puta — não aguentei e gemi alto, sendo abafado pelo amigo do Rafael tentando se equilibrar pra sair da piscina.
Sem perceber nada, o amigo se despediu com um aceno desengonçado e voltou pra dentro de casa, molhando todo o percurso.
— Tu não queria pica, viado? — ele resmungou, voltando as mãos para minha bunda.
— Mete aí, vai — pedi, empurrando minha bunda de novo.
Nisso, senti ele começar um vai e vem com a rola cada vez mais dentro da minha cavidade, arrombando todas minhas pregas sem lubrificação. Eu sabia que passaria pelo menos uma semana sem andar direito, mas, naquele momento, só conseguia pensar que o marido gostoso e safado da minha amiga tava me comendo enquanto os seus outros amigos estavam mais ocupados arrombando suas esposas. Nem que fosse só por alguns minutos, eu estava fazendo o papel de esposa daquele malando flamenguista bem dotado.
— Arghhhhhhh... Vou engravidar esse cuzinho — ele avisou, mas nem precisava, pois senti o pau começar a se contorcer nas minhas entranhas.
— Sssssssssssssss... goza safado — pedi, sabendo que minhas pregas não iriam mais aguentar aquela meteção por muito tempo.
— Caralho, que tesão desgraçado, viado! Cuzinho apertado do caramba, porra — ele grunhiu, soltando não um, nem dois, mas cinco jatos de porra quente no meu cuzinho arrombado. Rafael deixou o corpo suado cair sobre o meu e seu bafo de cerveja inundou os meus sentidos.
Eu só recobrei os sentidos quando, dolorosamente, Rafael removeu o seu pau um pouco mais amolecido da minha cavidade. Comecei a sentir as consequências do que havia feito, o meu buraco tava em carne viva, piscando e mal obedecia a meus comandos.
Rafael riu, baixo, ouvindo meus gemidos de dor e prazer. Ele passou a mão na cara e riu, satisfeito.
— Porra…
Rafael se afastou um pouco, mas antes de sair da piscina, deu uma tapa na minha bunda.
— Tu é foda, Felipe…
E saiu da água completamente pelado sem olhar pra trás, me deixando ali, arrombado, bêbado e ainda fodido de tesão.
No fim das contas, o que aconteceu naquele carnaval ficou no carnaval. Depois que voltamos pra rotina, minha relação com Rafael continuou a mesma—ele ainda soltava umas brincadeiras, se exibia de vez em quando, mas nada que chegasse perto do que rolou naquela casa de praia. Era como se aquele fim de semana tivesse sido um território à parte, onde as provocações podiam passar dos limites sem consequências. Nunca mais tive outra oportunidade como aquela, e talvez fosse melhor assim. Mas, toda vez que vejo Rafael, especialmente quando ele aparece de regata ou com aquele sorriso cretino no rosto, eu lembro. E sei que ele também lembra.