Parte 17
#Mabel: Quando eu me levantei da cama, nua, me espreguicei languidamente, buscando ativar a circulação do corpo sem fazer movimentos bruscos. Sentia a bocetinha e o cuzinho ainda doloridos. O Gil, permanecia deitado, com o telefone na mão, me olhava atento e eu quis saber:
— O que você está aí, calado, olhando?
Ele sorriu:
— Estava vendo, e admirando, como você é linda, perfeita de corpo, sensual, e tem um charme nos movimentos tão graciosos, que me encanta sempre.
Eu sorri, satisfeita. Era inegável que depois de tudo o que nós havíamos feito naquela tarde, e da minha entrega total ao tesão, como uma devassa, sendo sodomizada pelo Lucky na frente do meu marido, ele realmente dava prova de que gostava muito de mim e não parecia se sentir diminuído em nada, não se mostrava ofendido, muito menos humilhado. Eu não entendia nada da sua condição de ser corno, como era aquele prazer, mas, me lembrava da conversa que tivera com a Mea na praia. Eu estava ali, aprendendo que tudo o que a Selva Maria havia dito, era verdade, e o Gil aparentemente estava muito feliz em ser corno. Tudo indicava que ele realmente se satisfazia em me vez feliz e gozando com aquele macho delicioso. Eu ainda sentia o corpo um pouco dolorido, e à medida em que me alongava, começava a me sentir viva e acesa novamente. Eu perguntei
— Me diz, amor, você realmente se sente feliz sendo corno? Está bem com tudo que fizemos, mesmo tendo visto como eu me portei, sendo uma safada sem vergonha, dando para o Lucky como uma cadela no cio?
Gil se levantou, deixou o telefone na mesinha e contornou a cama, vindo me dar um abraço. Ele disse:
— Mabel, eu pressentia que você reprimia dentro de seu comportamento certinho e muito controlado, uma mulher cheia de tesão, de fantasias, que precisavam ser liberadas e exploradas. Sexualmente, você se continha e se reprimia. Mas eu sentia que era uma atitude forçada. Você pode não entender, mas uma das coisas que mais me satisfaz, e me excita, é ver quando você se solta, se assume e se entrega ao desejo.
O Gil falava me olhando nos olhos, com segurança:
— O corno tem essa capacidade, de ficar feliz e excitado ao ver a parceira sendo realizada e atendida sexualmente. Quem não sente isso, não vai entender nunca, mas tem muita gente que sente esse tesão, tem vontade de que a sua parceira se torne uma mulher mais solta, mais livre e mais sexy, sem medo de desfrutar do prazer que pode ter com outros parceiros. O corno se realiza vendo sua parceira se realizar. Algumas parceiras ficam fechadas, com medo de se soltar, e liberar as suas feras. Nesse caso, nenhum dos dois acaba satisfeito, e com o tempo o tesão de ambos pode sofrer uma perda de interesse.
Ele me beijou no pescoço, e disse no meu ouvido:
— Eu tenho mais de 60 anos. Tivemos trinta anos de muito sexo. Não me faltou nada. Já não tenho o vigor e a potência de antes. Eu estava numa fase de baixa testosterona. Misturou frustração com estresse do cotidiano e me afetou. Você não sabe como eu fiquei excitado e satisfeito ao ver como você se soltou, se entregou ao Lucky, e como ele foi bom amante, capaz de deixar você alucinada de prazer. Eu fiquei tão satisfeito quanto você, e foi como se fosse eu também tivesse lhe proporcionado esse prazer. Eu fiquei contente e em nenhum momento achei ruim. Apenas por um instante, ontem de noite, no começo, quanto eu vi a primeira foda de vocês no nosso bangalô, eu tive um momento de consciência de que deveria deixar vocês sozinhos, pois eu já havia gozado e não queria passar vontade. Não ia conseguir me excitar de novo. Mas não estava magoado ou com raiva. Estava apenas caindo na real.
Ouvindo o Gil falar, eu sentia por ele, admiração, carinho, adoração e tesão enorme, e mesmo sabendo que era ele o meu parceiro querido, minha grande paixão, naquele momento, eu sentia pelo Lucky uma atração afetiva e sexual muito grande também. Eu não saberia dizer se as mulheres que se entregam a fazer sexo com muitos parceiros, se é apenas sexo pelo sexo, sem nenhuma ligação emocional ou afetiva. Eu, pelo menos, achava e sentia que só consegui ter vontade e atração sexual pelo Lucky, porque em algum momento, ele fizera alguma coisa que me seduziu e me conquistou. Ele demonstrava me admirar sinceramente e me desejar, e isso era fundamental. Eu me senti atraída e com tesão nele. Resolvi revelar isso para o Gil enquanto pensava no que vestir:
— Sabe, amor, desejo saber: como é que você se sente quando eu digo que estou encantada pelo Lucky? Eu sinto que gosto muito dele, mesmo tendo a certeza de que é você o meu grande parceiro e minha paixão. Mas eu sinto uma emoção gostosa quando estou com ele. O Lucky me deixa cheia de desejo. Isso o incomoda?
Gil estava abraçado na minha cintura como se estivéssemos dançando, e olhava em meus olhos. Ele pegou um tom mais sério e disse:
— Vou lhe dizer uma coisa, que não poderia ter dito, antes de conversar com a Mea. Entendi uma coisa que antes não estava clara na minha cabeça. Eu consigo saber o meu sentimento para com você. Eu não consigo controlar o seu sentimento. E isso está bem resolvido. Eu gosto de você, sei o quanto gosto, e é independentemente de você gostar ou não de mim. Se um dia você deixar de gostar, eu posso até me sentir muito triste por isso, mas vou continuar gostando de você, podemos até estar separados, mas vou continuar gostando. Gostar só depende de mim. Isso que poucos entendem. Eu sempre gostei de você. E vou continuar gostando.
Ele deu uma pausa, esperando que eu fixasse aquilo. E continuou:.
— Não condiciono isso. As pessoas que condicionam o gostar de alguém, só se forem gostadas, estão se iludindo, estão negociando, sendo inseguras e egoístas. Apenas fazendo uma troca, e não uma entrega. Eu gostei muito da Mea, como pessoa, experiente, generosa, safada, liberal, libertina, segura de si a tal ponto que não precisa de ter ninguém colado ou dependente dela. Ela gosta das pessoas sem impor condições, e gostou do Lucky, gostou de você, de mim, sem impor nada. Ela aprendeu com a vida. Aprendi que posso gostar de você, e pronto, e não ficar tentando condicionar que você goste de mim.
Na hora, eu compreendi perfeitamente o que o Gil estava dizendo, mas quando ele falou na Mea, meu coração deu uma apertadinha. Eu senti que ele gostava dela também, e como mulher, eu me senti um pouco incomodada, como se ela pudesse ter um pedacinho do coração do meu marido. Era estranho perceber aquilo. Senti uma pontinha de ciúme. Percebi a possessividade e tentei dominar. Fiquei olhando para ele e resolvi ser sincera:
— Toda vez que você fala na Mea, sinto que você gosta dela, e meu coração sofre um abalo. É um pouco de ciúme. Acha que eu ainda não me libertei desse sentimento de posse, de ciúme com meu amor?
Gil deu risada e respondeu:
— Cada um é de um jeito Mabel. Eu sinto que posso gostar da Mea, do Lucky, e de várias pessoas, mas não tanto quanto eu gosto de você. Eu estou em paz com isso, e bem resolvido. Eu estou satisfeito em ter você como minha parceira. Mesmo que você dê e tenha tesão em dar para o Lucky. É você que tem que estar de bem com isso. Se você sente alguma coisa pelo Lucky, eu acho que é bom para você, e para ele, e isso não me incomoda.
Ele fez uma pausa, respirou e disse:
— Talvez, com a experiência da idade, e depois do problema de impotência que eu passei, eu tenha processado coisas que você ainda não processou. O importante é mantermos nosso diálogo e nossa cumplicidade. Eu acho isso. O resto a gente resolve.
Quando ouvi aquilo, meu coração transbordou se paixão, meu marido era mesmo uma pessoa rara e especial. Tasquei um beijo demorado de língua nele que durou mais de um minuto. Quando paramos, eu disse:
— Amo você de paixão, meu corno! Agora sim, adoro esse seu prazer de corno. Ninguém vai superar isso. Você é especial.
Gil me deu um tapa na bunda e falou:
— Vai, putinha, me engana que eu gosto. Daqui a nada vai estar louca para trepar com o dotado de novo! Vai deixar o Lucky arregaçar você novamente. Safada. Trata de se vestir para a gente ir jantar.
Eu dei risada concordando:
— Verdade, já estou cheia de tesão naquele safado! Só que ainda estou meio ardida.
Gil foi pegar o telefone e em seguida, fui olhar no armário o que escolheria para vestir.
Pensava: “Homem é fácil, passa desodorante, escolhe uma bermuda, uma camiseta, nem olha se combinam, veste, põe a mesma sandália de sempre, e está pronto. E nós temos que ter u monte de cuidados com a pele, com o cabelo, com a maquiagem, vestir algo combinando, que pensamos que vai nos fazer mais atraente do que já somos”.
Resolvi ser irreverente e fazer o que eu sempre tive vontade e não havia feito. Peguei uma camisa social do Gil, daquelas de cambraia de linho, que abotoam na frente, tem barra em meia lua, formando pequenas aberturas nas laterais das pernas, e amarei com um lenço na cintura. Dobrei as mangas até acima dos cotovelos. Parecia um vestido “chemisier”, e sem nada mais por baixo, meus seios ficavam meio aparentes sob o tecido, e conforme eu me movia contra a luz revelava estar nua. achei que ficaria muito provocante. O Gil exclamou:
— Nossa! Que maravilha! Sempre sonhei em sair com você assim, bem gostosa e muito sexy.
Eu sorri e devolvi:
— Eu também sonhava em fazer isso, e não tinha coragem. Agora vamos realizar. Você fica excitado em saber que eu estou gostando de provocar o desejo nos outros?
— É isso, adoro perceber que você está assumindo a sua safadeza. - Disse o Gil.
Eu passei um perfume, escolhi o Euphoria Feminino “Eau De Parfum”, da Calvin Klein, que tem um aroma amadeirado, ideal para noites sensuais. A seguir, prendi os cabelos com duas piranhas dos lados da cabeça, deixando cair atrás, e fiz uma maquiagem suave nos olhos e batom roxo na boca. Gil já estava pronto, me esperando. Saímos para o restaurante.
Gil me deu uma cheirada no pescoço, e disse:
— Sentindo esse aroma, até eu fico de pau duro. Está cheia de tesão né, safada?
Eu sorri enigmática. Estava adorando poder ser sedutora e sexy sem timidez. Na verdade, estava novamente sendo tomada por uma onda de tesão muito grande, e com vontade de me entregar novamente ao sexo sem limites com o Lucky. Eu disse:
— Corninho, eu estou com a perereca piscando, louca para dar para aquele tesudo. Você agora deixou e eu me soltei de uma vez. Virei mesmo uma cadela no cio.
Gil apenas sorriu satisfeito.
#Gilcley: Quando chegamos no restaurante, avistamos a Mea sentada à mesma mesa da varanda, onde na véspera, tivemos a conversa com o Lucky, depois do jantar, antes da Mabel sair com ele para a praia. Fomos direto para lá, e eu me desculpei com a Mea por termos demorado. A Mabel esclareceu:
— A culpa foi minha, eu estava acordando, e cheia de dores no corpo. Tive que me arrumar.
Mea deu risada, e respondeu:
— Não tenho pressa. Já tomei uma caipirovska, e aperitivei com castanhas de caju torradas. Aumenta a libido. Não existe nada melhor. É estimulante.
Eu falei:
— Mabel está cheia de culpa por ficar toda dominada pelo Lucky, na minha frente, dizendo que está apaixonada. Morrendo de tesão nele de novo.
Nisso, a Mea reparou como a Mabel estava vestida e exclamou:
— Hummm, que delícia de traje. Consigo vislumbrar o seu corpo nu através desse tecido delicado. Está provocante. Seu macho comedor vai ficar arretado! Mas, esse papo de apaixonada, eu estou acostumada. Todas as casadas que provam o meu garoto, ficam mesmo caídas pelo safado.
Mabel me olhou meio invocada por eu ter feito aquela colocação, justamente com a Mea. Mas, se segurou e nada disse. Quem falou foi a Mea:
— Venham, escolham o que desejam comer. A carta de pratos “à la carte” e bebidas está aí sobre a mesa. Ou, se preferirem, tem o bufê.
Eu fiz sinal de que preferia me servir no bufê e a Mabel concordou. Pedimos licença e fomos nos servir. Enquanto nos servíamos, a Mabel disse:
— Você não precisava dizer aquele comentário meio gozador de que estou apaixonada. Com tesão de dar pro Lucky. É um assunto nosso.
Eu olhei para ela e ia contestar, explicar que era só uma provocação sem maldade, mas percebi que ela se sentiu incomodada e aquilo indicava que estava realmente sensível diante daquele fato. Deduzi que a Mabel se sentia também um pouco fragilizada, diante da segurança que a Mea exibia. Então, concordei com ela, me desculpei e não discuti mais. Nos servimos e voltamos para a mesa.
Mea havia pedido seu prato “à la carte”, que não demorou a ser servido.
Começamos a comer e a Mea falou:
— Recebemos hoje uma reserva de um casal, que disse que conhece você, Gilcley. Eles chegam amanhã.
Naquele momento, eu me lembrei que havia recebido algumas mensagens no telefone e que não tive tempo de olhar. Na hora, peguei o telefone e abri o aplicativo de mensagens e estava lá o recado do Lauriel, meu amigo do clube, casado com a Selmary. Eu havia dado a localização do resort para ele, no dia seguinte à nossa chegada, contando como o resort era bom e paradisíaco. Ele mandou a mensagem:
“Gilcley, meu amigo. Pesquisamos sobre o resort e ficamos animados. Tem nosso estilo de vida. Aproveitando os feriados resolvemos passar uns dias aí com vocês. Já fizemos a reserva e estamos a caminho”.
Olhei para a Mea e respondi:
— Ah, é o Lauriel, um amigo meu, do clube. Casado com a Selmary. Eu comentei que estava aqui quando chegamos e havia gostado muito. Acabei de ver uma mensagem que enviaram. Ele e a esposa resolveram passar o feriado aqui.
Mabel me olhava meio tensa. Na mesma hora entendi que ela imaginou que sua liberdade de ser abertamente a amante do Lucky iria terminar. Eu tratei de tranquilizá-la:
— Relaxa, Mabel, eles são liberais, o Lauriel é corno da esposa. A Selmary, é uma hotwife assumida, e certamente, ao saber do resort onde estamos, rapidamente botou pilha para que o marido viesse.
Mabel me olhava desconfiada, e parecia pouco à vontade:
— Como você sabe deles? Me explica. Onde ficou sabendo?
— Eu os conheço do clube. Quando ele me apresentou a esposa, vi que ela tem identificações bem visíveis de hotwife, e eu aprendi justamente lendo sobre isso.
— Identificações? Me explica isso?
— Ela usa uma tornozeleira de correntinha dourada com uma medalhinha onde aparece nitidamente o símbolo da Dama de Espadas. É o ícone da hotwife. E se veste de forma muito sexy e provocante. E depois que vi, reparei que o Lauriel usa uma pulseira de couro, bem elegante, com uma placa dourada e tem a figura estilizada de um touro em baixo-relevo.
Mea comentou:
— Tudo indica você que está certo. São sinais significativos.
Eu expliquei:
— Desconfiei do jeito dela, que se veste de forma muito sensual, fui pesquisar e entendi os sinais. Eles já nos convidaram algumas vezes para ir ao seu sítio, mas a Mabel era refratária a essas ideias liberais, e nunca toquei nesse assunto.
A Mea falou:
— Se eles são liberais, e tem relação com outros casais liberais, facilmente pegaram as referências do resort. Muitos casais já conhecem este aqui, e indicam o local para outros. Somos bem conhecidos no meio liberal.
Mabel me olhava atenta e disse:
— A dica deste resort eu recebi da Selva Maria, e incluí na relação para você pesquisar. Eu não me lembro se informei isso a você. Acho que a safada da Selva estava já nos jogando para este ambiente liberal, sabendo dos nossos probleminhas.
Eu não me recordava direito de como cheguei naquela informação. Me lembrava que, de fato, havíamos feito uma relação de pesquisas de resorts, e a reserva ficara por minha conta. Eu disse:
— Então, a Selva nos ajudou mesmo, pois eu escolhi este sem saber desse detalhe.
Mabel me olhava com uma expressão intrigada. A Mea, sorrindo divertida, falou:
— Essa sua psicóloga é uma pessoa que eu ainda desejo conhecer. Tenho que oferecer um bônus para ela em retribuição dessas indicações.
Continuamos ali conversando e eu percebi que a partir daquela informação da chegada do Lauriel, a Mabel parecia meio angustiada, ficou mais fechada, e falou pouco. Estávamos terminando a nossa refeição, quando o Lucky apareceu no restaurante e veio falar conosco.
Em público ele se mantinha cordial e discreto, cumprimentando formalmente. A Mea o chamou para se sentar junto conosco. Ele agradeceu e foi fazer o seu prato. Enquanto ele estava se servindo, a Mea falou:
— Vamos avisar o Lucky para ficar mais discreto com relação a vocês. Mas hoje você ainda pode aproveitar, Mabel, leva o seu amante para o bangalô.
Mabel estava realmente tensa e sorriu, tentando ser simpática, mas havia mudado.
Logo o Lucky chegou com o seu prato e se sentou ao lado da Mea, de frente para a Mabel. Enquanto ele comia, eu falei:
— Lucky, recebemos a notícia de que um casal que me conhece, que é da nossa cidade, vai chegar amanhã aqui no resort. Eu sei que eles são liberais, mas eles ainda não sabem nada da gente. A Mabel parece que não gostou muito dessa notícia, ficou meio tensa. Temos que adotar uma postura mais discreta.
Ele concordou e olhou para a Mabel, querendo ver qual era a reação dela. Mabel estava normal, mas a Mea falou:
— Acho que amanhã será outro dia, devem aproveitar bastante esta noite.
Mabel olhou para ela, depois para mim, e finalmente, perguntou:
— Você está de acordo que eu leve o Lucky lá para o bangalô para dormir com a gente? Ou, não concorda?
Eu abanei a cabeça, negativamente, e respondi:
— Pelo contrário. Acho que se você deseja, tem todo o direito. Faça isso.
Mabel olhou para o Lucky, e vi em seu olhar um brilho de entusiasmo. Depois ela me deu um abraço e um beijo rápido, dizendo:
— Amor, eu adoro você. Esse seu jeito corninho cúmplice é maravilhoso comigo.
Eu olhei para a Mea e ela estava com um sorriso nos lábios. Esperou a Mabel voltar à posição normal na cadeira, e quando ela pegou a taça para beber, falou:
— Se o corninho quiser deixar os dois amantes mais à vontade, pode ir lá para o meu bangalô. Tenho licor e assim me faz companhia. Você deixa Mabel?
Percebi que a Mabel sentiu o golpe, e parou com o braço no ar, segurando a taça que ia beber. Ela olhou para a Mea, titubeou por dois segundos, e respondeu:
— Você que sabe, amor. Se quiser, tudo bem.
#Mabel: Naquele jantar, eu fui testada três vezes. A primeira, foi quando cheguei toda animada, assumida, com uma roupa super provocante, que deixava vislumbrar pelo tecido delicado os contornos do meu corpo nu, disposta a provocar o Lucky e a Mea.
Logo a seguir, tomei um banho de água fria, ao saber da chegada do casal amigo do Gil, que eu nem conhecia direito, sabia por alto de quem se tratava por já tê-los visto em algumas raras ocasiões na cidade, mas não tinha amizade com eles. Aquele fato mudava muito da situação, e me inibia um pouco. A segunda surpresa foi descobrir que aquele local tinha sido indicação da Selva Maria. Eu não me lembrava, ou melhor, não reparei que o Gil havia escolhido o resort que ela havia indicado. Eu passara o link para o Gil pesquisar e nem me atentei que a escolha caiu na indicação dela. Mas, eu tinha a certeza de que ela sabia onde nós estávamos desde o princípio, e não dissera nada neste sentido. Ou seja, deixou que tudo se encaixasse, naturalmente, sem interferir. Mas as suas indicações, sugestões e encorajamento, revelavam que ela sabia onde estávamos e do que poderia acontecer. Não era um fato ruim, saber aquilo, mas no sentido figurado, era como se ela tivesse dado corda para que eu me enforcasse. E eu literalmente mergulhei de cabeça naquilo. Estava adorando me deixar ser como eu tivesse vontade, e a vontade era de dar muito para aquele macho jovem e viril que me despertava um desejo incrível. Tudo que eu havia reprimido por muito tempo, agora estava aflorando. E a terceira situação, foi a Mea convidar o Gil para ir com ela naquela noite, e me deixar sozinha com o Lucky. Por um lado, era muito bom, pois eu ficaria totalmente à vontade. E por outro, eu sentia que cada vez mais ela me obrigava a ceder o meu marido, o que me dava uma certa sensação de insegurança e ciúme. Mas, eu tinha que admitir que devia deixar que fosse ele a escolher.
Esperei pela resposta do Gil, tentando não mostrar nenhum incômodo.
Ela falou sorridente:.
— Fico feliz pelo convite Mea. E se a Mabel não se importar, vou aceitar. Assim, os dois tarados terão como se divertir, e nós poderemos continuar a conversar e nos entendermos. Estou aprendendo muito com você.
Eu senti um arrepio passar pela minha pele. Mas tentei me controlar. Estava me adaptando, aprendendo, e sabia que não era um risco, mas só de saber que o Gil gostava de estar com a Mea, e que ela estava adorando ficar com ele, me deixava meio insegura, como se o meu poder de encanto sobre o meu marido ficasse enfraquecido.
Mas, fiz que sim, e respondi:
— Sem problema amor. Como você achar melhor.
A Mea pediu para que trouxessem cafés para nós, e ficamos ali esperando, sem ter muito o que falar. Quando tomamos os cafés o Lucky me perguntou:
— Você aceita dar uma volta comigo pela praia agora à noite?
Eu aceitei e me levantei. Dei um beijo no Gil, e disse:
— Se cuida, seu corno safado!
Ele deu risada. Eu dei um tchauzinho para a Mea, pisquei um olho e disse:
— Você também se cuida, sua piranha safada! Estou emprestando, mas tem que devolver.
Mea sorriu e falou uma frase que nunca mais esquecerei:
“Cada um por quem passamos, e cada um que passa por nós, deixa um pouco de si, e leva um pouco de nós. Isso que é muito bom e enriquecedor”
Depois, o Lucky pegou na minha mão e saímos caminhando descalços em direção à praia. Estava uma noite quente e agradável, com um céu limpo e as ondas batendo ritmadas na areia. Lucky estava com a mão quente e me despertou uma sensação muito boa.
Continua na parte 18.
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