Após uma semana da final da Libertadores, consegui levantar uma grana boa com doações dos amigos. É impressionante como um sonho em comum faz as pessoas abrirem a carteira, mesmo que seja para realizar na pele de outra pessoa.
O pessoal do nosso antigo condomínio — onde Manfi e eu crescemos e nos tornamos amigos — contribuiu pesado. Todo mundo corinthiano, todo mundo louco. Quando falei da ideia de ir pro Japão, a reação foi a esperada:
— Você é maluco, mano. — A mensagem chegou quase que instantaneamente no grupo.
— Isso é sonho, caralho! A gente vive pra isso. — respondi.
— Mas e o dinheiro? Isso custa caro, sabia? — veio logo em seguida.
— A gente dá um jeito! — respondeu Manfi, lacônico demais pro padrão dele.
— Pra você é fácil. É doutor, deve ganhar uma fortuna!
— Doutor de cu é rola, porra. Eu sou do Rio Pequeno como vocês. Tivemos a mesma infância, estudamos na mesma escola… — Manfi retrucou, e o grupo ficou em silêncio por uns minutos.
— Calma, meninos. Por que vocês sempre estão brigando? Pra mim, isso é paixonite mal curada. — mandou Nick (ou Nicole), a única garota do grupo depois que Vanessa (minha pretinha) nos largou.
— Pessoal, estamos presenciando a história. Podemos ter um de nós no momento mais importante de nossas vidas. Aquilo que sempre ouvimos e vimos dos mais velhos sobre a invasão de 1976, nós vamos vivenciar daqui a alguns meses. Eu não consigo ir, mas ficarei feliz se algum de nós marcar presença. Imaginem nossa bandeira “Fiel Rio Pequeno, Condomínio do Povo” tremulando lá no Japão, sendo filmada por emissoras do mundo inteiro. — Manfi respondeu, agora do jeito que a gente estava acostumado.
— Ok, mas pra isso temos que pensar em outras formas de conseguir dinheiro, porque realmente só o Fe ganha bem entre nós. — disse Nick.
— Vamo fazer rifa, e a Nick podia botar os pau-mandado dela pra vender camisa no farol. — sugeri.
— Você ainda tem os coitados presos a você, Nick? — perguntou alguém do grupo.
— Lógico. Acha que pretendo trabalhar em algum momento na minha vida? Eles podem vender as camisas sim, e ainda vão doar, fiquem tranquilos.
Por fim, só respondi com o clássico "kkkk". A ajuda deles era fundamental, e estávamos correndo contra o tempo. E no fim, fizeram o que prometeram.
Alguns mandaram depósito assim que o salário caiu na conta, outros racharam rifas improvisadas, até camisa falsa do Corinthians venderam no semáforo (os manos apaixonados pela Nick, claro). Mas, óbvio, quem mais me ajudou foi o Manfi.
Manfi sempre foi aquele cara na dele. Tímido, quase não abria a boca quando a gente tava junto, principalmente se tinha gente de fora do grupo. Mas jogava bola com a gente. Não era bom, mas também não era o pior. E se eu disser que ele era melhor que eu, dá pra ter uma noção do nível técnico da coisa.
Além do futebol, ele tinha um grupinho que jogava Magic, RPG e esses negócios de nerd. Só que tinha uma coisa nele que sempre me impressionou: o cara era protetor. Treinava luta com os irmãos, era bem parrudinho. Não levava desaforo pra casa e também não deixava os amigos tomarem porrada de brincadeira babaca. E, convenhamos, criança pode ser um bicho cruel.
Ele teve que se adaptar. Adolescência é um inferno, e o jeito dele, junto com a gagueira, era praticamente um convite pra zoação. Só que ele compensava com inteligência e bom senso. Não falava muito ao vivo, mas quando a treta ia pros grupos de mensagem, aí sim ele brilhava. No ICQ, no Orkut, no Facebook, até chegar no WhatsApp, ele era sempre o mais polêmico, o mais enfático. Mas sabia ouvir, e isso era um perigo: muita gente achava que podia enganar ele. Esses se ferravam.
Foi ele quem mais me ajudou. Agora era médico, saiu do condomínio na quebrada de São Paulo e conseguiu se dar bem. Ganhava bem e nem piscou pra me doar uma boa grana. Além disso, ainda convenceu o resto da galera, com seus textões cheios de argumentos, a abrir a mão.
Consegui me cadastrar no site oficial da viagem que o próprio clube oferecia. Fizemos as contas e, só pela garantia do ingresso, já valia a pena. Muita gente foi pro Japão e ficou de fora do estádio. Eu nem tinha pensado nisso, mas Manfi pensou.
Pagamos os três boletos e garanti a viagem e os ingressos. Agora eu precisava pensar em como me virar lá. Comida, beleza. Mas acomodação? Hotel em cada cidade ia falir qualquer um. A solução: alugar um carro e transformar ele no meu hotel. Banho e banheiro? Improviso. Já tinha pesquisado os lugares certos.
A espera até o dia da viagem foi agoniante. Mas, nesse meio tempo, voltei a falar com uma amiga da minha prima: Cíntia.
Uma coroa, devia ter uns 45 anos na época, casada, mas que adorava um novinho. A fama dela na nossa roda de amigos já era lendária.
Puxei assunto no direct:
— E aí, Cíntia? Quanto tempo!
Ela visualizou e demorou a responder. Quando a resposta veio, foi direta:
— O que manda, gatinho?
Já sabia onde aquilo ia dar.
— Tava pensando em te ver… terminei um namoro recentemente, tô com as bolas estourando aqui.
— Você? Me ver? Hummm… mas o que eu tenho a ver com sua carência e essa necessidade desesperada de esvaziar o saquinho? — respondeu, me fazendo rir sozinho.
— Se estiver interessada… quero usar você pra me aliviar. Só um pouquinho, prometo te devolver inteirinha pro seu maridinho.
— Hahaha. Gostei de você. O problema é eu garantir que vou te devolver inteiro pra sua mamãezinha.
— Safada. Vamo marcar e eu te mostro como sou “perigoso”.
— Hahaha. Ok. Eu não curto muita frescura. Sem rodeios. Me encontra no motel XXX. Essa tarde ainda.
— Sem rodeios. Assim que eu gosto. Estarei lá… fica pronta pra mim.
Ela respondeu um "ok" e logo desligou. Tudo já estava arranjado. Agora era só esperar o horário chegar.
Eu teria apenas um único problema: eu estava sem moto (já que tive que vender para pagar os boletos do site do Corinthians). E o motel ficava no meio da Raposo Tavares, longe de qualquer ponto de ônibus. Ou seja, tive que ir a pé. Quilômetros andando no meio da rodovia, desviando de buraco, poeira e tentando não parecer um mendigo.
Quando finalmente cheguei, ela já estava lá, encostada na porta do quarto, me olhando de cima a baixo com um sorriso sacana.
— Oi, gostosão… Você tava treinando pra São Silvestre? — provocou, cruzando os braços. — Desse jeito, não me aguenta não.
Ofegante, tentei recuperar a dignidade.
— Relaxa… Vou só beber uma água e aí você vai ver.
Ela riu, se aproximando.
— Nossa… Como eu gosto de homem que fala muito. Só espero que não fique só no discurso.
Me pegou pela gola da camiseta e me puxou pra dentro.
Nesta hora, a sede passou a ser o menor dos meus problemas. Me aproximei sem hesitar e a puxei pela cintura, colando nossos corpos enquanto nossas bocas se encontravam num beijo intenso.
O gosto dela misturava-se à minha própria respiração acelerada, e logo a tensão foi tomando conta. Nossas línguas se provocavam, como se lutassem pelo domínio do momento, e nossas mãos percorriam os corpos um do outro, ávidas, tentando decifrar cada curva, cada detalhe escondido sob o tecido das roupas.
Nem percebi direito como, mas em poucos instantes já estávamos nus, deitados na cama do motel.
Minha mão deslizou até sua nuca, guiando seu rosto enquanto eu distribuía beijos pelo seu queixo, depois pelo pescoço, descendo até seus seios. Segurei um deles firme, sugando com vontade enquanto a outra mão apertava o outro com precisão. Meus dedos formavam uma pinça entre os mamilos, arrancando suspiros entrecortados dela.
Ela arqueou o corpo em resposta, e foi a deixa que eu precisava. Deixei seu peito e deslizei minha mão entre suas pernas, sentindo o calor e a umidade entre os dedos. Toquei suavemente no ponto mais sensível, provocando-a, fazendo movimentos circulares, brincando com a expectativa.
— Ah… — o gemido escapou dos lábios dela, e senti quando ela agarrou meu pau com firmeza, massageando-o com precisão enquanto nossas bocas voltavam a se encontrar.
Meus dedos foram ganhando mais profundidade, deslizando para dentro, explorando cada centímetro da intimidade dela. Quando atingi um ponto mais profundo, curvei os dedos em um movimento certeiro.
Ela se contorceu sob meu toque, apertando meu braço.
— Não para… o que você tá fazendo comigo?! — a voz dela saiu trêmula, os olhos semicerrados em puro prazer. — Olha isso… isso nunca me aconteceu antes…
Continuei, sem pressa, aumentando a intensidade, sentindo o corpo dela responder ainda mais. O calor dela subiu ao extremo, a umidade entre os meus dedos passou do limite.
— Por favor… — a súplica veio carregada de desespero. — Me come, eu preciso do seu pau…
Pedido aceito. Puxei-a pela cintura e a fiz sentar sobre mim, guiando-a para que encaixasse seu corpo no meu.
Segurei seus cabelos e sussurrei contra sua orelha:
— Eu tô cansado… hoje o trabalho é todo seu.
Ela me encarou com aqueles olhos castanhos carregados de malícia, um sorriso de canto surgindo antes de encaixar meu pau dentro dela e começar a se mover.
No começo, os movimentos eram lentos, provocativos. Mas logo ela encontrou o ritmo certo, alternando entre rebolar devagar e depois acelerar, subindo e descendo com precisão.
E tudo isso sem desviar o olhar de mim.
A provocação era clara. Ela sabia exatamente o que fazia. Sabia como aumentar a intensidade no momento certo, quando se inclinar sobre meu corpo, quando se erguer completamente e voltar a me engolir, usando apenas a força das pernas para aprofundar ainda mais cada movimento.
O prazer se estendeu por longos minutos — o tempo exato, só Deus sabe — mas a única coisa que importava era como aquele momento estava perfeito.
Quando o meu orgasmo se tornou impossível de segurar, eu o anunciei de forma afoita. Ela deslizou de cima de mim e se posicionou ao meu lado. Seu rosto então desceu até a altura do meu quadril e seus lábios roçaram a ponta do meu pau antes dela dar um beijo provocante na cabeça.
— Agora é do meu jeito — murmurou, os olhos brilhando de desafio. — Você que me mandou comandar tudo hoje, lembra?
E eu lembrava. E não tinha absolutamente nada a reclamar.
- Se tentar colocar a mão na minha cabeça eu termino antes de você gozar. - falou enquanto começou a dar pequenas batidas com meu pau em seu rosto.
O boquete dela foi… indescritível. A entrega, a precisão, o jeito que ela me olhava enquanto fazia…
Cada homem no mundo deveria ter a chance de viver uma experiência dessas pelo menos uma vez na vida. Deveria ser obrigatório por lei.
Ela então levantou da cama e me encarou com um sorrisinho safado.
- Venha. Vamos tomar um banho.
Totalmente dominado levantei rapidamente da cama e me deixei conduzir até o banheiro. Ela me encarou com um olhar intenso novamente e abriu a água do chuveiro.
Sem perder tempo ela me puxou, após segurar meu punho direito, e me trouxe para baixo do chuveiro. Ela entrou logo em seguida, esfregando seus seios em minhas costas e abraçando meu quadril por trás.
Fiquei encoxando aquela bundinha gostosa, massageando seus seios com as duas mãos, mordendo seus ombros e pescoço.
Num dado momento ela se virou abruptamente e agarrou meu rosto com suas duas mãos, trazendo sua boca para o encontro dos meus lábios, onde um beijo intenso nos tomou longos minutos.
A água morna escorria pelos nossos corpos enquanto ela me encarava com aquele olhar de pura malícia. Um sorriso de canto surgiu em seus lábios antes de me puxar pela nuca e colar nossos corpos de novo. O toque da pele quente sob a água fez meu desejo reacender na mesma hora.
— Você gosta de me provocar, né? — murmurei contra sua boca, sentindo seus dedos deslizarem devagar pelas minhas costas.
— Só gosto de ver até onde você aguenta… — sussurrou, mordiscando meu lábio inferior.
Minhas mãos desceram por suas curvas, explorando cada centímetro, enquanto ela arqueava o corpo contra o meu, pressionando-se sem nenhuma vergonha. A sensação do calor dela misturado ao vapor do chuveiro era enlouquecedora. Ela sabia disso. Sabia exatamente como me deixar no limite.
Com um movimento ágil, segurei sua cintura e a virei de frente para a parede do box. Seus gemidos escaparam suaves quando deslizei os lábios pelo seu pescoço, sentindo sua pele arrepiar sob cada toque. A água escorria entre nós, tornando tudo ainda mais intenso, mais urgente.
— Você quer que eu pare? — provoquei, mantendo minha respiração próxima ao seu ouvido.
Ela riu baixinho, rebolando de leve contra mim.
— Se você parar, eu te mato.
A resposta foi tudo o que eu precisava. Meu corpo pressionou o dela contra o azulejo frio, criando o contraste perfeito com o calor que nos consumia. Meus movimentos começaram lentos, quase torturantes, sentindo cada reação dela, cada suspiro preso na garganta.
Ela arqueava o corpo, os dedos buscando apoio contra a parede, os gemidos se intensificando à medida que a tensão aumentava. A forma como seu corpo se entregava ao meu, sem resistência, sem reservas, era um vício. A cada instante, a cada toque, o desejo aumentava, como uma febre que tomava conta de nós dois.
— Mais forte… — ela implorou, sua voz embargada de prazer.
Atendi ao pedido sem hesitar. O som da água se misturava ao ritmo que tomávamos, às respirações aceleradas, aos gemidos que escapavam sem controle. O mundo lá fora não existia mais. Só restava aquele momento, aquela conexão crua e intensa.
- Me conta, minha putinha, seu marido sabe que é corno?
Essa pergunta veio precedida de umas cinco metidas violentas bem no fundo de sua bucetinha.
- Aí.. devagar. - ela respondeu, logo após movimentando seu glúteo te encontro ao meu corpo.
Mais umas cinco metidas eu novamente perguntei.
- O corninho sabe?
Ela novamente trouxe seu quadril violentamente contra o meu. Mas dessa vez ela respondeu, ofegante.
- Por que? Está com dó do corno?
Não respondi, me concentrando apenas em meter ainda mais forte. O barulho dos nossos corpos se encontrando parecia uma sinfonia, simplesmente inesquecível.
Cintia já bastante ofegante me surpreendeu novamente.
- Você sabe que não deve ter dó, né? Ninguém tem dó de corno.
Neste momento uma sensação indescritível tomou conta de mim. Minha vontade foi meter cada vez mais forte e fundo, como que punindo ela.
- Repita amorzinho. Ninguém tem dó de corno. - ela me provou mais uma vez.
- Nao!! Falei você, vagabunda. Fala pra mim.
Respondi aumentando ainda mais a velocidade, já estava quase no limite.
- Ninguém tem dó de corno - ela falou, e seus movimentos contra meu corpo também aumentaram.
- Repete. - ordenei.
- Ninguém tem dó de corno.
- Mais uma vez, não estou ouvindo! - Falei apertando seu pescoço.
- Ninguém tem dó de corno….ninguém tem dó de corno…ninguém tem…. dó….de…cornooo - ela gritou de forma desesperada.
Quando o clímax chegou, veio como uma onda, arrastando tudo consigo. Seu corpo estremeceu contra o meu, e eu não demorei a segui-la, enterrando o rosto em seu pescoço, sentindo sua pele quente, seu cheiro misturado ao vapor.
O silêncio que veio depois foi preenchido apenas pelo barulho da água e das nossas respirações ofegantes. Permiti que meus braços a envolvessem, mantendo-a ali, colada a mim.
— Agora sim… — ela murmurou, sorrindo contra minha pele. — Um banho bem tomado.
Eu ri baixinho, depositando um beijo suave em seu ombro antes de desligar o chuveiro.
— Acho que a gente precisa de outro banho…
Ela ergueu o olhar, mordendo o lábio.
— Quem sabe… depois da cama.
Infelizmente, a realidade bateu à porta na forma de uma notificação no celular dela. O marido — quer dizer, o corno — avisando que a filha deles tinha passado mal na escola.
Ela se vestiu às pressas e partiu para o hospital. Felizmente, foi só uma infecção intestinal, nada grave e a criança voltou para casa no mesmo dia.
Enquanto isso, eu precisava colocar os pés no chão e organizar o próximo passo do meu plano: avisar meu chefe que eu precisaria de uns dias de folga. Afinal, o sonho do Mundial não ia esperar.
Tudo aconteceu melhor do que poderia imaginar, mas isso contaremos na próxima…
Continua…