Personagem do Signo:
OLGA (https://postimg.cc/Hr1s1857)
Outro Personagem:
MARISOL (https://postimg.cc/SjNV88kL)
Características Signo: Intuitivo, Teimoso, Intenso, Misterioso, Carismático, Gostaria de Mudança e Transformação (visual, aparência, lugar, rotina, etc)
Elemento: Água (Emocional)
Continuando ...
[DIANA (POV)]
Diana – Eu vou matar o Adolfo!!! Aquele Idiota! Ele me prometeu!
Ariano – Calma, Diana! Vai tudo ficar bem!
Minhas lágrimas caíam sem parar, enquanto Ariano tentava me confortar do jeito que dava, dizendo que tudo ia ficar bem.
Diana – Não está nada bem ... Aquele imbecil tinha me prometido que iria apagar os nossos vídeos e agora o celular foi roubado e, sabe-se lá, quantas pessoas já devem ter visto os nossos vídeos íntimos. Onde eu estava com a cabeça, quando deixei ele fazer aquilo?
Ariano – O que importa é que seu ex-marido está vivo. Ele teve sorte, porque o desfecho disso poderia ter sido bem pior.
Assim que entramos no elevador, ele me abraçou com aqueles braços fortes e meu choro foi diminuindo aos poucos. Me senti acolhida e protegida, com aquele homem grande e musculoso.
Diana – Obrigada! Acho que eu estava precisando de um abraço.
Ariano – Eu sei! Tudo vai passar e eu tenho certeza de que seus vídeos não irão vazar. Depois que os bandidos sacam o dinheiro, geralmente zeram o celular e vendem pra outra pessoa.
Diana – Será que vai ser assim?
Ariano – Tenho certeza! Geralmente é isso o que acontece e não adianta ficar se remoendo, antecipando uma coisa que, de repente, nem vai acontecer. Deixa pra se preocupar, somente se for necessário.
Aquelas palavras sussurradas a curta distância me davam a tranquilidade que eu precisava, até que eu notei que ele ainda me abraçava e fiquei meio sem jeito.
Diana – Ariano, já estou bem... Pode me soltar agora.
Ariano – Tem certeza? Disse Ariano, tentando prolongar aquele abraço por mais tempo.
Diana – Estou bem! Obrigada pelo apoio!
Nossos olhares se cruzaram e eu fiquei muito sem graça, mas ele percebendo a situação rapidamente veio com um assunto, tentando melhorar o meu ânimo.
Ariano – Eu estou com fome. Que tal almoçarmos juntos e aí você pode aproveitar e me dizer como está indo o projeto Pecado Mortal.
Diana – E a Ana Lúcia?
Ariano – Ela também, ou você prefere comer só comigo?
Ariano era muito envolvente e esse jogo de palavras que ele fazia, deixava margens pra outra interpretação, mas eu fingi que não percebi o sorriso malicioso, quando ele disse a palavra “comer” e respondi de forma normal e direta.
Diana – Acho que seria deselegante não levar a sua esposa.
Ariano – Lógico! Eu perguntei só por perguntar ... Só pra te tirar dessa “vibe” negativa.
O elevador chegou ao térreo e nós fomos até o carro de Ariano, que estava do outro lado da rua. O motorista e o segurança, quando nos viram, começaram a se comunicar no rádio, falando em código.
Entramos no carro e ainda aguardamos uma bons minutos, até Ana Lúcia aparecer. Ela entrou no carro com uma cara feliz e disse que havia entregado a documentação pro Adolfo assinar.
Ariano – Espero que seu ex-marido aceite logo o término e assine.
Ana Lúcia – E você, Diana? Já assinou?
Diana – Ainda não ... É bem difícil assinar aquele papel. Achei que seria mais fácil, mas ontem fiquei olhando pra ele um tempão e quando peguei a caneta, aconteceu isso tudo e acabei deixando pra lá.
Ariano – Dê tempo ao tempo ...
Diana – Ariano, falando em tempo, esse almoço vai ficar pra outro dia. Me desculpa, mas eu preciso ficar sozinha.
Ana Lúcia – Mas, Diana ...
Ariano – Lúcia, minha querida! Você ouviu a Diana ... Ela precisa digerir tudo isso que está acontecendo. Ela está sob muita pressão no momento, mas eu sei que ela vai superar tudo.
Diana – Obrigada, pela confiança! Pode ficar tranquilo, que eu estou dando tudo de mim nesse projeto e ele será perfeito, ou não me chamo: Diana Di Capri Bandeira.
Ariano olhou pra Ana Lúcia de forma esquisita e eu não entendi a razão, mas Ana Lúcia me deu uma alfinetada.
Ana Lúcia – Bandeira, é? Srta. Di Capri ...
Só então eu percebi que falei meu nome de casada e fiquei com uma sensação estranha. Como se tivesse comido algo que me deixou com um gosto amargo na boca. Sentimentos conflitantes, de repente, me tomaram e eu pedi pra me deixarem na empresa.
Eu precisava de um ombro amigo. Eu precisava conversar com a Tati, mas o destino não quis assim, pois quando cheguei na empresa, ela não estava. Tinha ido resolver algum problema pessoal. Mandei mensagem pra ela, só pra saber se havia acontecido algo sério e só mais tarde ela me respondeu, dizendo que foi um problema com a mãe, e que ela precisou de atendimento médico.
Fiz o possível pra focar no projeto e com muito custo acabei me esquecendo dos meus problemas pessoais, até que recebi uma mensagem do Ariano, me perguntando como eu estava. Respondi que estava mais tranquila e focada no projeto, mas foi só conversar com ele, que os problemas voltaram à minha cabeça.
Trocamos algumas mensagens, com ele sempre me incentivando e me enchendo de elogios, dizendo que eu era uma excelente profissional e que também era uma pessoa de caráter e que não merecia passar pelo que eu estava passando, mas que depois disso, eu sairia mais forte do que nunca.
Foi então que ele me convidou pra jantar e disse que não aceitaria um “não” como resposta. Eu vi que seria difícil me esquivar do convite, mas deixei bem claro que seria um jantar de negócios, frisando que detesto ser manipulada e que ainda estava chateada com o jeito que as coisas foram feitas pra eu assinar o contrato.
Ele me pediu desculpas, mas disse que é assim que ele age, quando se trata de negócios.
Diana – Amanhã? Tudo bem, mas são só assuntos de negócios ...
Ariano – Eu sei e pra você ficar mais tranquila, vou te levar numa pizzaria. Fiquei sabendo, que você adora pizza.
Diana – Eu adoro pizza ... Amo! Se você quiser eu te indico umas boas pizzarias.
Ariano – Vou te levar pra comer a melhor pizza do mundo. Já fiz até as reservas.
Diana – Em qual pizzaria?
Ariano – Surpresa ... Eu pego você as 8hs. Espero que o horário não te atrapalhe.
Diana – Esse horário está bom. Até amanhã então.
Ariano – Até ... Tenha uma boa noite.
Homem é tudo igual. Eu mal acabei de me separar e ele já está dando em cima de mim, mas ele vai ter uma surpresa amanhã.
O resto do dia se passou e eu voltei pra minha casa temporária. Meus filhos estavam bem e só então conversei com eles, explicando tudo o que havia ocorrido com o pai deles.
Eles ficaram preocupados e me pediram se poderiam passar uns dias com ele, mas eu achei melhor, não. Falei a eles que ligassem e mandassem mensagens e que poderiam até visitá-lo, mas nada de ficar alguns dias lá, pelo menos por enquanto.
Suzy – Mas, mãe ...
Diana – Sem mais nem meio mais ... Seu pai não está em condições de cuidar de vocês, no momento. Ele precisa criar uma nova rotina e com vocês lá, ele não vai dar conta.
Jonathan – Eu nem faço questão mesmo ... Aquele traíra ... Ele destruiu a nossa família. Fico feliz por saber que ele está bem, mas não quero conviver com ele. Prefiro ficar contigo, mãe.
Diana – Ah, filho ... Seu pai ...
Jonathan – É um safado ... É isso que ele é, pra não ter que falar coisa pior. O dia que eu tiver uma namorada, eu nunca vou trai-la.
Suzy – Ah ... Que fofo – Disse a minha filha debochadamente.
Jonathan – Ah, Suzy ... Cala a boca! Vai chupar um parafuso até virar prego!
Suzy – O que?
Jonathan – Isso que você ouviu! A não ser que você já esteja chupando outras coisas.
Suzy – Mãããeee!!! Eu vou matar esse moleque! Olha o que ele disse!
Diana – Filho, isso não é jeito de falar com a sua irmã ...
Jonathan – Ela fica debochando de mim ... Quer saber? Vou tomar banho.
Suzy – É pra tomar banho, hein? Não é pra ficar tocando punheta.
Jonathan – Tá vendo? Olha o que ela fala.
Suzy – É que eu vou tomar banho depois, mas pensando bem ... Vou é tomar antes, pra não ficar pisando em nojeira. – Falou Suzy saindo correndo pro banheiro, antes do meu filho.
Jonathan – Ela fica me sacaneando ... Só porque me pegou naquele dia ...
Diana – Filho, não tem problema ficar se tocando, mas sem exageros, tá? Tudo em excesso faz mal ... E também não quero você me espiando ou a sua irmã.
Jonathan – Não tive a intenção ... É que ... Deixa pra lá.
Diana – Você deve estar passando por uma fase que tudo deixa excitado, mas eu te peço que me respeite e que respeite a sua irmã. Entendeu?
Jonathan – Sim, mãe.
Diana – Posso confiar em você?
Jonathan – Pode!
Diana – Se eu por acaso andar mais a vontade em casa, você não vai ficar olhando diferente, né?
Jonathan – Eu vou tentar.
Diana – E Jonathan ... Quanto ao seu pai ...
Jonathan – Não dá mãe ... Ele te traiu com aquela garota ... Muita sacanagem.
Diana – Mas ele é seu pai ... Não se esqueça disso. Você era muito pequeno e não se lembra, mas quando você esteve doente, foi ele que se matou de trabalhar pra pagar tudo e ainda fazia questão de ficar contigo, deixando pra dormir umas 2 horas ou 3 horas por dia. Diversas vezes ele fez isso, meu filho.
Jonathan – Não me lembro ...
Diana – Eu sei ... Você era pequeno, mas eu estou te lembrando agora. Ele pode ter agido errado comigo, mas nunca agiu errado com você ou com a Suzy. Quem foi o primeiro que deu apoio a ela, quando surgiu essa história de MMA?
Jonathan – Ele.
Diana – É muito difícil pra mim, meu filho. Ter que olhar pra ele ou conversar com ele, dói muito, mas me dói muito mais, quando eu vejo você e sua irmã tratando-o da forma como estão.
Jonathan – Mas, mãe ...
Diana – Não precisa falar nada. Só pensa no que eu te falei, tá bom?
Ele ficou meio triste, mas foi necessário e depois que todos foram tomar banho, chamei ambos pra conversar e tornei a falar sobre o pai deles, e que eles refletissem sobre como o estavam tratando. E pra finalizar, disse que iria sair pra jantar no dia seguinte e que provavelmente poderia chegar em casa um pouco mais tarde.
Suzy – Mas, já mãe? Já vai sair com outro?
Jonathan – Sério isso, mãe?
Diana – É um jantar de negócios e nem é jantar ... Iremos comer pizza.
Jonathan – Podemos ir?
Diana – Lógico que não! Acabei de dizer que é um jantar de negócios e além do mais, vai chegar um dia que eu irei me relacionar novamente com outro homem ... A vida continua, meus filhos.
Suzy – Jantar de negócios ... sei ...
Diana – De negócios, sim! E eu vou com meu chefe e sua esposa.
Suzy – Aaaah, tava demorando ...
Diana – O que foi, filha?
Suzy – Não gosto daquela gente ... Principalmente daquela puta-mirim.
Diana – Suuuuuzyyy!!! Olha a boca! Já falei diversas vezes ...
Suzy – Ah, tá ... Foi mal.
Diana – E a Jordana? Ela faz parte daquela gente?
Suzy – Ela é diferente, aliás, meu aniversário tá chegando. Será que ela aceitaria vir na minha festa?
Diana – Acho que não ... Sei lá ...
Conversamos mais um pouco e fomos dormir e no dia seguinte, procurei escolher uma roupa pra trabalhar e que eu pudesse usar para sair à noite. Dei um beijo nos meus filhos e fui trabalhar, mas quando cheguei na empresa, vi a limusine de Ariano estacionada em frente.
O que será que foi dessa vez? Me aproximei da limusine e o motorista saiu do carro, abrindo a porta pra mim. Olhei pra dentro e vi que o Ariano estava ao celular falando com alguém e rapidamente despachou a pessoa.
Ariano – Bom dia, Diana! Que bom que chegou na hora.
Diana – Eu sempre sou pontual no trabalho, a não ser que tenha acontecido algo grave, mas acho que você está adiantado.
Ariano – Realmente eu estou um pouco adiantado. Talvez seja um pouco de ansiedade.
Diana – Um pouco adiantado? São 8hs da manhã!!!
Ariano – Foi a hora que eu marquei contigo, não foi?
Diana – Você marcou as 8hs da noite.
Ariano – Tenho certeza de que eu marquei as 8 horas da manhã, caso contrário, eu teria marcado às 20 horas.
Diana – Eu nunca vi uma pizzaria abrir às 8 da manhã ...
Ariano – Entre logo, Diana ... Temos um horário a cumprir e não podemos chegar atrasados.
Entrei no carro e só então notei que ele estava sozinho, sem nenhuma das esposas. Pelo visto, o jantar de negócios era só uma desculpa pra sair comigo.
Diana – Onde está a Ana Lúcia?
Ariano – Ela teve que resolver um imprevisto.
Diana – E suas outras esposas?
Ariano – Infelizmente, nenhuma poderia vir. Valeska bem que tentou, ainda mais quando eu disse que iríamos pra Nápoles, mas ela já tinha um compromisso.
Diana – Você disse Nápoles?
Ariano – Disse. Eu falei que iria te levar pra comer a melhor pizza do mundo.
Diana – Sim ... É que eu achei que ...
Ariano – Eu deveria ter sido mais claro ... Meu piloto já está esperando a gente, afinal são mais de 10 horas de viagem.
Diana – Mas eu estou sem o meu passaporte.
Ariano – Já está tudo resolvido. Eu falei com o Cônsul da Itália aqui no Brasil e ele já ajeitou tudo.
Diana – Que loucura! Eu não avisei ninguém na empresa.
Ariano – Eles já estão cientes. Não se preocupe!
Diana – Mas ...
Ariano – Um dia de folga, vai te fazer bem, Diana. Você precisa se desligar um pouco das coisas. Vai por mim ... Confia em mim!
Diana – ... meus filhos ...
Ariano – Ligue para o Adolfo, Tenho certeza de que ele irá gostar de ficar com os seus filhos.
Diana – Nosso filhos, Ariano, nossos ... – Falei de forma mais enfática.
Ariano – Claro, desculpe. Foi força de expressão.
Diana – Não, acho melhor pedir ajuda para os meus pais. Tenho certeza de que eles não irão se opor. – Falei já pegando o meu telefone e combinando com eles, que, claro, não se opuseram. Voltei a falar com Ariano, ainda com uma expressão de quem não tinha gostado da atitude.
Diana – Eu agradeço o que está fazendo, mas não faça mais isso. Não gosto quando as coisas acontecem assim de repente, sem eu tomar conhecimento e me preparar.
Ariano – Desculpa ... Eu só queria ...
Diana – Me impressionar ... – Disse séria, interrompendo-o. – Eu sei muito bem, qual é o seu interesse.
Ariano – Longe disso ... Quero apenas te ver bem e o meu interesse é profissional. Se você não estiver bem, o Pecado Mortal pode não ser um sucesso, do jeito que eu imaginei.
Ficamos conversando sobre vários assuntos, até chegarmos numa pista de pouso particular, onde um jatinho nos aguardava.
Caíque – Bom dia, Dr. Ariano! Bom dia, Sra. Diana. Estamos prontos para o embarque. Eu e meu copiloto já finalizamos o plano de voo, que será de aproximadamente 10 horas e 30 minutos. O tempo está bom, sem previsão de tempestades ou chuvas.
Ariano – Ótimo, Caíque! Perfeito! Diana, Caíque é um excelente piloto. Estamos em boas mãos.
Caíque – Dr. Ariano, a encomenda que o senhor pediu também já está a bordo, conforme foi solicitado.
Ariano – Vamos, então.
Embarcamos e eu cumprimentei o piloto e o copiloto. Dentro do avião, ainda tinha uma comissária de bordo, que, por sinal, era muito bonita e nos serviu um champanhe.
Sem mais delongas, decolamos e continuamos a conversar sobre vários assuntos. Achei que ele fosse me cantar, mas me surpreendi. Ele foi extremamente educado e polido. Ele falava sobre como conheceu cada uma das esposas e como amava cada uma delas.
Achei isso o fim da picada. Impossível amar assim 11 mulheres e ele ainda queria o meu amor. A todo momento eu fiquei esperando que ele se insinuasse, para que eu desse uma cortada nele, mas ele nada fazia.
Até percebi certos olhares, mas eu diria que foi dentro do normal, pois vários homens olham desse jeito para mim.
As horas avançavam e nada relevante acontecia. Apenas conversamos e eu fiquei conhecendo um pouco mais sobre ele e sua família. Me surpreendi várias vezes, com alguns relatos sobre como ele conheceu algumas esposas, mas o que mais me surpreendeu, foi quando fiquei sabendo que o nosso piloto era o marido, ou melhor ex-marido, de uma delas, justamente a Bárbara, mãe da adolescente grávida que viu todo aquele “auê” na minha casa, após a luta da Jordana.
Sem querer, acabei me lembrando de uma coisa, que na hora não dei tanta importância.
Diana – Ariano, quer dizer, que a Babi era esposa do Piloto? E que ele concordava com as traições dela?
Ariano – Sim e não, Diana. Ele não concordava, mas digamos que, ok, meu domínio sobre o ex-casal era muito forte.
Diana – Não entendi.
Ariano – Não quero me gabar, mas sendo sincero contigo, a Babi era uma mulher antes de me conhecer e agora é outra, dez vezes melhor. Eu sou assim. Sempre tiro o melhor das pessoas, porque eu dou o melhor de mim e exijo que me deem o mesmo. É uma via de mão dupla e eu faço isso em TO-DAS as minhas transações. Entendeu?
Diana – Estou entendendo ... Naquele dia, no quarto do pecado …
Ariano – Por favor, Diana ... – Disse Ariano, me interrompendo e me tocando pela primeira vez, segurando a minha mão ... – Esqueça aquele dia! Ao menos, o que aconteceu lá ... Foi desagradável e até hoje me causa um pouco de arrependimento.
Diana – Por quê? A festa foi ótima!
Ariano – Não, não foi!
Diana – Eu não penso assim.
Ariano – Acho que a nossa percepção foi diferente.
Diana – Então, me responde uma coisa. Quando você estava transando com a Babi, você estava falando um monte de coisas para o corninho dela, no caso, o piloto. Aquilo estava sendo filmado? Porque se me lembro bem, todos os celulares foram recolhidos.
Ariano – Está vendo o que eu falei sobre percepção ... Você está certa. Todos os celulares foram recolhidos e aquilo que você viu foi um jogo, uma espécie de provocação pra apimentar um pouco a transa. Naquele momento, eu estava com meu pênis na bundinha da Babi, e como você deve ter notado, não é uma tarefa fácil pra qualquer uma ...
Ele fez uma pausa, olhando nos meus olhos e deu um belo sorriso, mostrando aqueles dentes brancos perfeitos e em seguida continuou.
Ariano – A Babi precisava de um estímulo pra poder sentir mais prazer do que dor. Por isso a brincadeira com o corninho.
Diana – Entendi ...
Mas eu ainda podia jurar que não foi exatamente isso que aconteceu, mas eu estava com muito álcool na cabeça e poderia estar enganada. Resolvi tirar uma dúvida:
Diana – Você poderia me dizer como o vídeo foi parar no celular do Adolfo?
Ariano – Como assim? O vídeo foi enviado para o Adolfo?
Diana – Não tenho certeza, mas ele fez um comentário quando eu estava saindo do quarto, depois do que ocorreu em casa, que ele só poderia ter feito se tivesse visto o vídeo, mas posso ter me equivocado. Eu estava muito estressada.
Ariano – Isto é impossível. Foi só uma brincadeira que era para ser feita com o Caique. Mas, pode deixar que eu vou procurar saber o que aconteceu.
Diana – Espero mesmo, pois se eu souber que o vídeo foi enviado para o Adolfo, vou tomar um atitude que talvez você não goste.
Ariano – Diana, calma, eu vou investigar. Mesmo assim, como você viu, tudo desandou ... Os drinks estavam muito fortes, Jordana foi parar no hospital, Letícia ... – Disse Ariano, com lagrimas nos olhos ... – ... se excedeu e quase brigamos. E, pra completar, Agatha foi molestada pelo seu ex-marido.
Diana – Podemos mudar de assunto? Não quero falar sobre isso.
Ariano – Só pra encerrar isso de uma vez por todas ... Eu queria te dizer, que quase mandei darem uma surra nele. Eu estou me dedicando muito na criação da Agatha e se ele tivesse tirado a virgindade dela, eu não sei o que eu faria com o seu ex-marido.
O que aconteceu a seguir, me pegou totalmente desprevenida. Aquele homem alto e musculoso, extremamente vaidoso e seguro de si, começou a chorar. Eu fiquei sem reação e ele enxugando as lágrimas pediu perdão pela cena, dizendo que estava tudo bem.
Eu não sei o que deu em mim, talvez o meu instinto materno de proteção, fez com que eu me sentasse ao seu lado e o abraçasse. Era até estranho, um marmanjo daqueles gigantesco e corpulento buscando o meu colo, que não conseguia abrigar seu corpo.
Ariano – Obrigado, Diana ... Eu estava precisando disso.
Preferi ficar calada e estranhamente, o cheiro que ele exalava ficou mais forte, mexendo com alguma coisa dentro de mim. Eu respirei mais fundo, tentando absorver mais aquele perfume e quando eu percebi, minhas mãos estavam fazendo um carinho em seu braço, que era muito forte. Acho que fiquei um pouco mais ofegante também, porque ouvi Ariano dizer.
Ariano – Seu coração está batendo mais rápido.
Em seguida ele tirou a cabeça do meu colo e me olhou no fundo dos meus olhos. Segurou a minha mão e colocou-a em seu peito, dizendo que o dele também estava acelerado.
Eu não sei dizer o que aconteceu, porque eu estava um tanto embriagada com aquele cheiro. Só sei que cheguei um pouco mais perto do seu rosto e só despertei do transe quando nossas bocas se tocaram.
Foi um beijo bem rápido, um selinho ... Meu Deus, o que foi isso? Não posso fazer isso.
Ariano – Desculpa, Diana ... Eu acabei me deixando levar. Eu estava fragilizado e você é uma mulher linda ... Acabei me excedendo ... Queira me perdoar.
Diana – Não precisa se desculpar. Eu preciso ir ao banheiro.
Saí rapidamente buscando o banheiro e fiquei me olhando no espelho. Toquei os meus lábios e fiquei pensando no que tinha acabado de acontecer. Como eu pude deixar esse beijo acontecer? Não é certo fazer isso com o Adolfo.
Imagem da Diana – Você não está mais casada. Você agora é livre! – Disse a imagem no espelho, mas eu respondi na mesma hora:
Diana – Eu ainda não assinei os papéis. Ele ainda é o meu marido, sim e isso foi errado.
Imagem da Diana – Ele foi o errado, quando te traiu na nossa própria casa. – Falou o meu reflexo, com uma certa indignação.
Diana – Eu não estou pronta. Ainda não estou ...
Joguei um pouco d’água no rosto novamente e pensei comigo. Devo estar ficando maluca. Onde já se viu, conversar com um espelho. Antes de sair do banheiro, pude escutar Ariano conversando com alguém ao celular.
Ariano – E então? Tudo certo? Ótimo! Perfeito! Ela nem vai saber o que a atingiu! Vou pegar ela de jeito, quando ela menos esperar ... Isso! Eu falei com o dono da pizzaria. Fechei o segundo andar só pra gente! Vai ser uma noite memorável e com muitas emoções ... Acho que ela vai se derreter todinha em lágrimas ... Se der, eu vou até filmar pra mostrar pra vocês.
Saí do banheiro e ele logo desligou a ligação, me perguntando se estava tudo bem. Ele então disse que era a vez dele de usar o banheiro e eu não acreditei, quando ele chamou a comissária de bordo pra ir com ele.
Quem ele pensa que é? Por um momento me deixei levar e agora ele faz isso? Só pode ser uma piada … Depois de alguns minutos, pude ouvir os sons de gemidos, provenientes do banheiro e a minha maldita curiosidade fez com que eu fosse até lá, para ouvir melhor.
Comissária – Aaaah, safado! Eu sabia que você ia fazer isso de novo! Fica me mandando mensagens, me provocando, dizendo que vai me comer todinha e que vai encher o meu cu de porra.
Ariano – Eu sempre cumpro o que prometo! Vai, vagabunda! Pede pra eu foder o seu cuzinho.
Comissária – Come o meu cuzinho! Come ...
Ariano – Comer, não! Foder!
Comissária – Fode o meu cuzinho, seu puto! Fode o meu cu! Estupra ele com esse pauzão! Me arregaça com força! Isso! Fode! Mais rápido, fode! Enfia tudo, que dessa vez eu vou aguentar!
Ariano – Sua putinha casada! Enquanto o marido tá lá pilotando com o outro corno, você está aqui dando o rabo pra mim.
Comissária – Ele tá muito desconfiado, amor! Ele não tem pau grande e eu não sei mais o que inventar! Aaaaiiinnn!!! Meu cuzinho! Meu cuzinho tá doendo muito! Filho da puta!
Ariano – Aguenta mais um pouco, piranha! Tô quase gozando ...
Ela deu um gemido mais alto, provavelmente gozando, e em seguida ele gozou, falando mais obscenidades e eu saí dali o mais rápido possível. Voltei ao meu assento e foi quando o piloto saiu da cabine e passou por mim, provavelmente pra ir ao banheiro.
Diana – Ei ... Caíque, né?
Caíque – Pois não, senhora! Deseja alguma coisa?
Diana – Melhor você não ir ao banheiro agora.
Caíque – Entendi ... Bem ... mais tarde eu retorno.
Diana – Se quiser, pode esperar aqui ... Gostaria de te fazer uma pergunta.
Ele se sentou num outro assento e ficou aguardando.
Diana – Ele sabe?
Caíque – Quem?
Diana – O copiloto.
Caíque – Sabe em parte ... Na verdade, ele desconfia e já a confrontou várias vezes, mas ela nega com todas as forças.
Diana – Por que você não conta?
Caíque – Não posso! Eu já “apanhei” muito ... É impossível vencer essa luta! Tudo que ele toca, ele destrói. Prefiro ficar calado e ao menos manter o emprego e a minha dignidade. Agora eu tenho uma filha grávida pra cuidar e eu quero ser útil. Não vou dar o gostinho do meu neto ou neta, chamar aquele desgraçado de avô.
Diana – Você desistiu mesmo da Babi?
Caíque – Ela desistiu de mim. Só posso desejar que ela seja feliz, enquanto eu vou tentar também.
Diana – Entendo.
Caíque – Posso te dar um conselho?
Diana – Sim!
Caíque – Se afaste do Ariano, enquanto ainda dá tempo. Volte para o Adolfo. Ele é um cara sensato e ótimo amigo ...
Diana – Você conhece o Adolfo!
Caíque – Sim. Só sinto muito, por não o ter conhecido antes. Talvez a minha historia fosse diferente.
Diana – Como assim?
Caíque – Ele foi o primeiro que desafiou o Ariano dessa forma. Eu cansei de ver ele trazer inúmeras mulheres pra esse avião, além das esposas. Nem mesmo a madrasta dele escapou.
Diana – O que?
Caíque – O pai dele se casou com uma mulher bem mais jovem, quando a esposa morreu e o safado do Ariano passou a vara nela na primeira oportunidade.
Diana – Meu Deus! Que horror!
Caíque – Ele é assim! Quando ele quer uma coisa, ele consegue.
Diana – Não dessa vez! – Disse murmurando.
Foi quando ouvimos ao longe, outro gemido.
Caíque – Bem, acho que terminaram.
Diana – É ... Parece que sim.
Ariano saiu do banheiro e me viu conversando com Caíque. Acho que ele não gostou muito disso, mas se conteve.
Caíque – Dr. Ariano, estamos dentro do horário e em poucas horas estaremos sobrevoando o espaço aéreo italiano.
Ariano – Perfeito, Caíque!
Caíque – Eu pilotei a maior parte do voo, enquanto o Mascarenhas cochilava e no retorno, faremos o inverso.
Ariano – Sabe, Diana ... O Caíque é um cara formidável. Ótimo profissional! Tem os nervos de aço. Por isso trabalha pra mim até hoje ... É uma pena que o casamento não tenha dado certo, mas ele não tinha chances contra o adversário dele.
Fiquei olhando aquele homem se vangloriando e querendo se mostrar. Ridículo! Patético!
Ariano – Eu tentei ajudar como pude, mas o alcoolismo é complicado. Quando uma pessoa se entrega pra bebida, tem que ter muita força de vontade pra querer parar. Não é, Caíque?
Ele só confirmou com a cabeça.
Ariano – Aliás, me deu uma sede! Caíque, você poderia pegar mais champanhe pra gente e a garrafa de Absolut.
Olhei pro Ariano e percebi que seu olhar era direcionado pra Caíque, como um felino olha pra sua presa. Segundos depois, as garrafas foram colocadas na mesa e Ariano pede que ele nos sirva, sendo que a comissária já tinha saído do banheiro.
Ariano – Se quiser, pode se servir também.
Caíque olhou assustado e com raiva pra Ariano, que imediatamente começou a sorrir.
Ariano – É brincadeira! Eu estava só te testando, afinal você está no horário de trabalho e pelo que eu saiba a regra é nunca tome o primeiro copo, não é?
Caíque – Com licença, preciso ir ao banheiro.
Ele foi ligeiro e Ariano ficou degustando a vodka e eu perdi até a vontade de beber. Pra que ele fez isso? Sem necessidade.
Ariano – Eu sei o que está pensando, mas não me julgue. Eu cuido muito bem de todos os meus funcionários e o Caíque não é exceção.
Assim que ele saiu do banheiro, me cumprimentou e voltou pra cabine. Já estávamos perto da Itália e pra amenizar a situação, voltamos a falar sobre família e eu acabei contando um pouco sobre mim. Falei que a minha família era da Sicília e que minha “Nona” teve que mandar a minha mãe para o Brasil, por motivos de segurança.
Ariano – Quer dizer que a sua família é mafiosa?
Diana – Não! Pelo amor de Deus, não! Um mafioso é que queria se casar com a minha mãe, quando ela tinha apenas 12 anos. Olha a maluquice!
Ariano – Que sorte a sua, então ... ou não ... De repente, hoje você poderia ser chefe do crime organizado da Itália, hahahaha.
Diana – Cruzes! Quero nada disso não.
Ariano – Hahahaha, Diana, me desculpe, mas olhando pra você, e sabendo o signo que você é, tem todo o jeito de mafiosa ... E mafiosa braba! Hahahaha.
Diana – Faça me o favor ...
Ariano – É a pura verdade! O seu senso de família, de proteção, é uma das características marcantes nos chefões da Máfia.
Diana – Isso é coisa de Hollywood. Essa romantização de um assunto bem sério e as famílias mafiosas estão sempre em guerra.
Ariano – Bem, já estamos quase chegando e eu comprei um presente pra você.
Ele foi dizendo isso e fez um sinal pra comissária, que pegou uma caixa grande da loja Zara e me entregou.
Ariano – Espero que sirva e que seja do seu gosto.
Comissária – Pode experimentar no banheiro ...
Fui até lá com a caixa e assim que entrei pude perceber o cheiro de sexo que ainda era presente no local. Tirei a minha roupa e quando abri a caixa, vi que era um vestido vermelho sangue, muito bonito, com uma fenda lateral bem ousada e um decote generoso, com as costas parcialmente nuas. Meu sutiã, não se encaixava com a vestimenta, mas poderia usar sem, porque o caimento foi perfeito e o meu silicone dava a sustentação necessária para aquele decote.
Saí do banheiro e Ariano me devorou com os olhos, mas foi comedido no elogio, dizendo apenas que foi exatamente assim que ele imaginou que ficaria.
Diana – Obrigada, mas não posso aceitar.
Ariano – Por que não?
Diana – Não estou me sentindo bem com isso.
Ariano – É apenas um mimo, por ter me concedido a companhia no dia de hoje. Faço questão que use no nosso encontro.
Diana – Encontro?
Olhei pra ele de forma séria e ele logo se corrigiu.
Ariano – Desculpa ... Reunião de negócios ...
Ele continuou pedindo desculpas e em menos de uma hora chegamos na Itália, fazendo um pouso tranquilo no aeroporto de Nápoles, onde um carro já nos esperava, e seguimos para a Diego Vitagliano Pizzeria.
O local era requintado e eu logo imaginei que iriamos a um local mais “raiz” comer uma verdadeira pizza napolitana. Aquele local parecia muito moderno pra ter uma pizza boa, mas só de estar na Itália, já está vários pontos acima da maioria das brasileiras.
O próprio Diego Vitagliano veio falar conosco e estava muito animado, mas ao contrário do que se pensa, sem usar a linguagem dos braços e mãos em demasia, como é mostrado nas novelas.
Ele foi nos explicando que a pizza era tradicional e seguia uma receita antiga, de mais de 50 anos, com uma leve alteração, que era o seu toque pessoal.
Fomos andando pelo salão e ele nos encaminhou para o andar superior, que estava vazio. Apenas uma mesa num canto para duas pessoas, junto a uma janela, que tinha uma vista incrível. Num outro canto, mais afastado, tinha uma mesa maior que também estava montada, pronta.
As luzes perderam a intensidade, deixando um clima romântico no ar e eu comecei a me sentir meio constrangida.
Isso não vai prestar. Eu sabia que não deveria ter aceitado isso! Ele disse que era um jantar de negócios e olha esse cenário todo montado ... Local romântico, luzes quase na penumbra ... Estou quase inventando uma desculpa pra ir embora, mas o que eu falaria? Cansaço de viagem?
Ariano – Queremos uma pizza napolitana e pra beber, queremos um vinho tinto à sua escolha.
Ariano falava um bom Italiano, quase fluente, provavelmente melhor que o meu, mas eu entendia tudo que eles falavam. Ele estava feliz e confiante. De vez em quando, ele olhava pra mesa grande montada. Será que o intuito dele era me seduzir e me comer aqui no restaurante?
Não pode ser! Será que ele teria a coragem de me propor isso e fazer em cima daquela mesa redonda e que agora, me fazia lembrar aquelas camas redondas de motel?
Ele não faria isso ... ou faria?
Ariano – Aquela mesa é muito grande ... Deve caber uns quatro de mim, em cima dela.
Puta que pariu! Ele está louco se acha que irei me deitar naquela mesa ... Vai sonhando.
Continua …