Me leva com você 3

Um conto erótico de R. Valentim
Categoria: Gay
Contém 3547 palavras
Data: 06/01/2025 11:41:41
Assuntos: Gay, Amigo, Beijo

Cheguei no horário marcado, levei um chá de cadeira logo na entrada, quando finalmente me liberaram para entrar tive que ir até o RH para assinar meu contrato, o que pensei que seria rápido levou a manhã inteira e pelo menos mais uns dois chás de cadeira, já é quase hora do almoço quando finalmente recebi um crachá de identificação para entrar na escola e fui encaminhado até a quadra onde Tales estava dando aula para uma turma de ensino médio.

— Boa pessoal, por hoje é só — ele encerra a aula assim que me vê.

— Pensei que você só treinava o time — ele sorri diante de minha ingenuidade.

— Queria eu, mas não, pela manhã eu dou aula para as turmas e treino o time à tarde e tem uma professora a Marcela que treina o time de vôlei pela manhã e pega as aulas da tarde — Tales me explica.

— O Téo falou que você gosta muito de futebol e de Futsal, aqui vou precisar da sua ajuda com o time de Futsal para os jogos escolares estaduais e também no campeonato inter escolar, se você se der bem posso garantir uma vaga de emprego para tu em alguma escolinha grande aqui da cidade, só que primeiro temos que fazer seu currículo.

— Sem problema, só dizer o que precisa — já sabia que teria que começar de baixo, vou dar meu melhor até alcançar meu objetivo central é dar orgulho a minha família e a minha mãe onde quer que ela esteja.

— Temos que vencer o interescolar para garantirmos nossa vaga no estadual, então vamos trabalhar duro, o time é bom, estou focado no sub 15 que eles estão voando.

— Eu tenho dois troféus de futsal jogando lá na Granja — não cheguei a jogar em jogos maiores, mas fiz meu nome em competições menores.

— Pois é o Téo me contou, vou é o cara que estava procurando se for bom como ele diz que tu é, vamos nos dar muito bem — Téo me deu muita moral com Tales, não posso vacilar.

Meu primeiro trabalho é deixar os equipamentos todos no ponto para o treino, a diferença de escola particular para escola pública é gritante, nas escolas em que estudei nem em sonhos tinham tantos equipamentos novos como aqui, os moleque aqui tem obrigação de serem bons, com uma estrutura dessas é até um insulto não dar cento e dez por cento em quadra, depois que arrumo tudo de acordo com o que vai ser treinado o professor me passa um pdf com as jogadas e formações para o próximo jogo e me liberou para o almoço.

— Eu tenho uma reunião agora, mas tem um restaurante aqui na rua de trás, lá é muito bom e se você mostrar o crachá da escola eles têm PF para funcionários daqui — parece até que o Tales leu minha mente, não fazia ideia de onde comer aqui.

— Pega meu Vale Refeição para você pagar lá, eu já consegui um pra você, mas só vai chegar na próxima semana provavelmente.

— Valeu professor — pego o cartão agradecido, já que não quero gastar muito e vou para onde ele me indicou.

A escola é imensa e cheia de alunos, até tem uma cantina aqui, só que a moça do RH disse que só os alunos e professores é quem tem permissão de comer na cantina, acho uma grande frescura, porém preciso do trabalho então fazer o que né, pelo menos tem esse restaurante com um PF para funcionário com um preço mais acessível — eu espero — até porque nessa parte da cidade acessível não é uma palavra muito comum.

O restaurante está muito cheio, eles têm serve self e uma parte alacarte, me identifico para um garçom e perguntei onde peço o almoço com desconto dos funcionários da escola, ele gentilmente me diz para pegar fazer meu prato no serve self e diz o valor cobrado por quilo no meu caso, agradeço e vou montar meu prato, pelo que entendi o desconto é bom mesmo, abençoado seja o dono desse lugar.

A comida é divina me lembrou a comida da Bisa e o melhor de tudo foi que paguei um preço justo, acho um absurdo comida ser algo tão caro sendo algo extremamente essencial para nossa sobrevivência, enfim Tales não me falou quanto tempo tenho de almoço, então logo quando acabo de comer volto ao trabalho.

Tales não voltou ainda então aproveito para mandar mensagem para casa e dar notícias, respondo também uma mensagem do Raylan, ele já quer saber como está no trabalho, moleque ansiosos, quando chegar em casa preciso falar com ele sobre seu namroado, saber se eles conversaram a respeito do aparente ciúme que ele demonstrou ontem, tudo que menos quero é causa problemas pro meu amigo, ainda bem que o Ciço pareceu ficar de boas, o Dan deve ter conversado com ele.

No passado Dan se declarou para mim e fiz a besteira de beija-lo, mas já tem tanto tempo e ele está namorando com um cara aparentimente gente boa, já deve ter superdado a muito tempo, só é foda a forma com que tudo acabou, gostaria de poder conversar com ele sobre isso, me desculpar por não ter pensado muito nos seus sentimentos e ter sido imprudente como fui, mas fico receosos, afinal ele me pareceu muito de boas com tudo ontem, trazer esse assunto a tona de novo pode não ser bom.

Acho que vou acabar dando um tempo e vendo qual é, pode até ser que ele mesmo venha falar comigo sobre, enfim não adianta ficar pensando nisso agora, pego o pdf que meu chefe me enviou e começo a estudá-lo até que o treino comece afinal não posso vacilar, tenho que está afiado, para ajudar os moleques do time e auxiliar o professor da melhor maneira possível e fazer valeu a indicação do Téo.

Tales chega pouco antes dos moleques, devolvo seu cartão agradecendo a indicação, pois o almoço tava muito gostoso, os moleques começam chegar em seguida e o professor já vai me apresentando cada um deles, depois disso reuniu todos na quadra para me apresentar como seu auxiliar, pelo menos nesse primeiro momento sou bem recebido, sem muita enrolação o treino começa, fico encarregado de aquecer a molecada enquanto o professor vai me observando.

— Muito bem Ricardo, agora eu quero que você fique de olho e me dê sua avaliação do time titular e reserva depois do treino, tipo uma primeira impressão mesmo.

— Sim senhor — ele claramente quer ver se entendo mesmo do esporte ou se é só falação, mas nem me preocupo pois antes mesmo dele falar já comecei a avaliar os moleques no aquecimento.

Meus olhos vão atentos de um por um, observando os lances e anotando os que parecem já ter entendido as jogadas e suas posições, assim posso focar depois em quem está mais perdido, o time é bom, mas pode melhorar, tem dois que se destacam de longe, o goleiro titular e o pivô do time titular, mas o fixo do time reserva me parece está sendo mal aproveitado, começo então a prestar mais atenção nele, o moleque joga muito mais sua posição o limita muito na quadra.

— Professor, qual o nome do fixo reserva? — Quando coloco uma coisa na cabeça não consigo tirar.

— É o Junior — o professor me olha com um sorriso maroto, ele já deve ter percebido também.

— Acho que ele está na posição errada — digo com toda a segurança que consigo reunir.

— Baseado em quê exatamente você chegou nessa conclusão? — Sei que o treino começou agora e que posso estar muito enganado, mas meu instinto não costuma falhar.

— Ele tem garra e consigo vê que ele está se contendo nessa posição, só uma chance, se eu tiver errado volta tudo pro que era, afinal é melhor testar enquanto temos tempo né? — Meu sorriso amarelo parece convencê-lo, só espero não está enganado.

— Faz a troca — ele me acena com a cabeça.

— Eu?

— Sim, você acha que deve mudar, estou autorizando que você mexa no time reversa, me surpreenda.

— Obrigado professor — peço tempo e chamo os meninos do time reserva — atenção Junior você vai trocar de posição com o fixo esquerdo.

— Mais por que professor? — Ele está se sentindo um pouco mal por tomar a posição do amigo.

— O Pietro está se cansando rápido — dou uma rápida olhada na prancheta para ver os nomes deles — mas sei que se você tiver que se movimentar pouco vai poder defender melhor o gol enquanto você Junior é rápido e tem fome de bola, quero que vocês joguem pra vencer, vocês são o time principal e eles os reservas entenderam?

— SIM SENHOR — eles estão animados, isso é bom, mudo um pouco nossa abordagem para uma jogada que usei para vencer a final da última competição que participei e coloquei tudo nas mãos do Junior e do Felipe que é nosso pivô.

Junior começa um pouco tímido e não está fazendo muita coisa, porém Pietro na defesa virou outro jogador e isso deu tempo para Junior se situar melhor em sua nova posição e assim conseguir usar a jogada que falei levando nosso time a um empate, o jogo passou a ficar muito mais equilibrado, com minhas instruções eles vão ganhando espaço até que Junior consegue seu primeiro gol, pronto esse vai ser o divisor de águas desse moleque, vejo a fásica acendendo dentro dele, ninguém resiste a essa sensação de marcar um gol, é bom demais.

— Muito bem time! — Os encorajo, pois reconhecimento é importante.

O time titular treme um pouco com nossa recuperação, mas Tales é foda como treinador e logo consegue por seu time nos trilhos de novo, em uma sequencia de jogadas ousadas e eficientes eles consegue empatarar, mesmo assim sinto que meus garotos estão com todo gás, não vão entregar a vitoria tão fácil, estou tão empolgado que não consigo não gritar instruções para eles, Pietro e Junior até chegam a montar uma boa jogada juntos, mas por pouco o goleiro titular consegue impedir e em um rebote muito bem feito eles viram o placar bem a tempo do fim do jogo, acabando assim 3 a 2.

— É isso ai time, jogaram com raça, mais um pouco de treino e entrosamento vocês vão longe galera — estou fazendo o possível para animá-los, só depois começo a pontuar os pontos positivos e negativos de cada um.

— Bebam água que já vamos começar de novo — o professor se aproxima já avisando para se prepararem.

— Olha muito bom, gosto desse espírito e sobre as mudanças que você fez muito bem eu teria feito também.

— O senhor organizou eles daquela forma para saber se eu iria mexer né? — Ele me testou.

— Talvez, o importante é que você tinha razão, vamos fazer mais uma partida e ver se eles se saem melhor.

No segundo jogo empatamos de dois a dois, foi incrível se levar em consideração que o goleiro titular é um muro, ele é disparado o melhor jogador do time, a bola parece até que obedece ele, esse moleque tem um talento puro, um desses que só nasce um a cada geração, mas o time em si é muito esforçado, eles estão equilibrados no campeonato inter escolar, diria até que eles tem muita chances de irmos para os jogos escolares em uma ótima forma.

Saí bem satisfeito do meu segundo dia de trabalho, os moleques me adoraram isso é ótimo para construir uma boa relação de confiança com o time, só preciso tomar cuidado, pois sou treinador e não parceiro de time, é necessário estabelecer esse limite, o Téo vive me dizendo isso, que como professor temos que ter cuidado com a linha tênue de autoridade e amigo, claro que ele é meio hipócrita pois é meu professor e um dos meus melhores amigos, porém entendo o que ele quer dizer, então vou trabalhar bem essa imagem aproveitando esse emprego, assim quando estiver formado vou ter mais experiência na hora de lidar com meus alunos e quem sabe até quando estiver treinando um time profissional.

Ponto mais que negativo de morar em capital é que depois que guardei tudo que foi usado e pude sair da escola tive que passar ainda quase meia hora esperando o ônibus, e definitivamente não existe hora do rush no sítio, porra como se já não bastasse ter que passar por dois terminais para chegar em casa ainda preciso passar pelo inferno que se chamado Av. Bezerra de Menezes, esse com certeza é o momento em que mais estou sentindo falta de casa, trânsito lá só quando acontece um acidente e olhe lá.

Cheguei completamente destruído, pelo menos amanhã só preciso está na escola as onze, para preparar os equipamentos do treino, porque se tivesse que acordar cedo estava completamente ferrado, e nem quero pensar ainda e como vai ser no próximo período quando estiver cursando a faculdade e trabalhando ao mesmo tempo, ainda bem que não sou preguiçoso, mas vou ralar para caramba.

— Onde cê tava moleque? — Raylan me pergunta assim que entro no quarto.

— Morrendo dentro de um busão, mas to animadão, o time é muito bom de verdade, acho que temos como chegar longe.

— Você é a única pessoa que conheço que pega ônibus lotado no pior horário possível e chega com esse sorriso em casa moleque, papo reto.

— Ficar puto não vai fazer ele andar mais rápido e hoje em específico tenho mais motivos para ficar feliz do que com raiva, você tem que ver os moleques jogando Raylan — estou empolgado demais para me deixar abater.

— Mano quero me desculpar pelo Guigo, ele ficou um pouco enciumado.

— Não esquenta não, nem liguei para isso, ele é gente boa, você conversou com ele?

— Sim, estamos de boa, mas quase rolou uma briga, você me conhece não sou o cara de diálogo, mas ele vale muito a pena, então engoli meu orgulho e expliquei para ele feito um adulto que tipo de relação nós temos — o puxo para um abraço e aproveito para assinalar seu cabelo pois ele detesta quem faz isso.

— Meu menininho está crescendo — estou me vingando da zoação que ele fez comigo ontem.

— Para com isso moleque chato porra — ele se estressa facil isso não mudou.

— E voltou a ser o moleque chato de sempre — ele faz uma careta mostrando seu dedo do meio.

— Então o pessoal quer sair para jantar hoje, estava só te esperando, vamos?

— Vocês aqui tem uma vida bem ativa né?

— Para de bancar o interiorano, o Ciço está feito uma criança querendo saber como foi com o time lá, ele é que nem você maluco por futebol e qualquer esporte derivado.

— O Dan vai está lá? — Me parece uma boa oportunidade para ver se realmente está tudo certo.

— Vai sim, ele é o Ciço são inseparáveis, dá até nojo as vezes — Raylan diz isso como se não fosse igualzinho com o Guilherme, enfim só tenho amigos hipócritas.

— Beleza, vou só tomar um banho e a gente vai.

Estou cansado, mas é bom sair, estou feliz e sei que se começar a me isolar vou pensar na minha mãe e ficar mal, ela não ia querer isso então preciso reagir por ela e pela minha família no interior, assim que chegamos na pizzaria que eles marcaram já vejo minha princesa logo de cara, ela está usando um vestido muito curto, ela é muito gata mesmo, Ciço está com uma camisa do Ceará enquanto Dan está com uma do Fortaleza, estou meio chocado o Dan nunca foi de usar a camisa de time, mesmo tendo o quarto quase todo decorado com as coisas do time, por fim Guilherme com suas tradicionais camisas sociais como Raylan chama.

— Foi mau o atraso, é que o modelo de taubaté aqui não consegue só trocar de roupa e sair — Raylan não se cansa de me zoar, mas não posso fazer nada, não vou sair de casa mal vestido, não fui educado assim.

Estou usando uma bermuda jeans preta e uma camisa polo branca, o relógio de ouro virou um acessório meio que indispensável, é como se com ele consigo sentir menos saudades de casas, estou carregando o Ramon e os outros comigo, gosto dessa sensação, todos me cumprimentam e dessa vez Guilherme até está sendo mais cordial, mas estou começando a achar que não vamos ser amigos, o cara já pegou ranço da minha cara, não tem mais o que fazer, além de ser educado.

— Valeu a espera para mim — minha princesa me lança uma piscadela.

— E aí pessoal como vocês estão — sou cordial com todos.

— Muito bem, o Dan disse que você torce pro Vozão também — Ciço parece feliz com essa informação.

— Depois que mudei para o sítio parei de acompanhar um pouco, mas sim ainda é o time com que eu simpatizo.

— Massa, e como foi lá no trabalho?

— Te falei, esse aí está mais feliz com seu trabalho do que você — Raylan arranca risadas da mesa toda, mas o Dan continua meio contido.

Conto para eles sobre meu primeiro dia e minhas primeiras impressões sobre o time, quando começo a falar de esportes me perco nesse mundo, sem perceber Raylan, Ciço e eu entramos numa conversa que não contempla o restante da mesa, então meio que nos dividimos, Guilherme estão conversando com minha princesa e com Dan do outro lado da mesa.

— Melhor mudar o assunto para algo que todos possam falar — sempre me empolgo, então tenho que me policiar que nem todo mundo curte falar de futebol por horas que nem eu.

— Então vamos tomar uma cervejinha para alegrar a noite? — Ciço lança a sugestão na mesa.

— Foi mal galera, mas dessa vez eu passo, vou ficar no suco — dispenso a cerveja de forma educada.

— Virou crente? — Raylan diz brincando, mas sua expressão muda quando faço que sim com a cabeça — nem fudendo.

— Adventista para ser mais específico, mas não é por isso, sou trabalhador e não posso estar bebendo em meio de semana.

— Você sempre detestou igreja — Dan finalmente fala comigo diretamente desde que nos reencontramos.

— Meus pais são adventistas, comecei a ir para agradar eles e gostei, não sou fervoroso e muita coisa acabou não seguindo, mas gosto de frequentar as vezes — Dan me encara como se não me conhecesse mais.

— Bonito e de igreja, agora é oficial, te quero pra mim príncipe — essa garota é uma figura.

— Fiel ele sempre foi — Raylan não resisti a chance de fazer piada.

— Mas vocês podem beber, afinal não sou que vou pro inferno por isso — mudo de assunto fazendo piada, porque me incomoda um pouco que falem mal da igreja, por meus pais gostarem muito não quero ninguém fazendo piada com isso — então a faculdade de matemática como que é?

— Tirando o fato de que só o Ciço é amigo de todo mundo, nosso grupo está um pouco isolado — Raylan diz.

— Eu não me importo — Dan nunca foi mesmo prestar atenção nisso.

— O que aconteceu?

— O Ray furou o olho da minha ex — Guilherme parece se divertir com essa história pois só ele fala para todos rirem, menos Raylan que bateu nele.

— Tivemos que escolher um lado e aqui estamos — minha princesa completa.

— Você é fura olho agora Raylan? — Ele me fuzila com os olhos.

— Não, primeiro eles não tinham nada, só estavam ficando e segundo você deu em cima de mim primeiro.

— Claro que dei, me apaixonei por ti no primeiro momento em que ti vi — Guilherme envolve meu amigo em um abraço seguido de um beijo carinhoso — mas você não me deu bola, ai fui ficar com outra pra tentar te esquecer, mas daí você me beijou, depois disso ninguém teve mais chance comigo se não fosse você.

— Que lindos, aff, meu ex nunca que me tratou assim — difícil de acreditar que uma garota linda assim não era valorizada, mas com base no cara que conheci ontem até que dá pra acreditar.

Bianca é garota muito legal, mas ela tem um ex muito recente, acho melhor ir com calma com ela, essa fase de pós término é complicada, vou ficar mais na minha e deixar rolar, se eu colocar pra cima dela pode ser que dé merda e pelo que entendi o grupo já é fechado quero causar treta com a galera não, depois de comer o pessoal quer esticar um pouco, mas preciso mesmo ir para casa estudar os pdfs do time.

— Vou com você, tenho um trabalho para terminar também — Raylan se despede do namorado e dos outros.

— Você bem que pode terminar lá em casa — Guilherme é bem apegado, até faz sentido ele ter sentido ciúmes.

— Até parece Guigo, se eu for com você vamos fazer tudo menos estudar.

— Informação demais, estamos indo também então, até porque o bonito aqui não terminou o dele ainda e já falei que não vou fazer para ele — Dan se despede também e leva seu namorado com ele, mal deixando que o cara se despeça da gente.

— Ei quando for ter o próximo jogo do time me avisa — Ciço é mais louco por futebol do que eu.

— Pode deixar.

Estou feliz, tenho um trabalho massa, meus amigos estão bem, tirando a saudade de casa tudo está indo bem, talvez ter vindo para cá não foi uma ideia tão ruim assim, pode ser que essa cidade ainda tenha algo de bom para me oferecer, quem sabe o que me aguarda aqui.

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Comentários

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Seria interessante caso essa proximidade do Rick com o Ciço, pela paixão mútua relacionada ao futebol, fizesse os dois atravessarem a linha da amizade, pra diminuir um pouco, quem sabe, essa aura de garoto perfeito em volta do Ciço, pois sinto que ele não possui muita profundidade como pessoa além de ser um bom namorado que nunca comete erros. Não sei, talvez seja somente uma visão minha.

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Hummmm!!!! Meu faro para o trágico (ou pessimismo, mesmo), me alerta para essa aproximação do Ciço com o Rick. Esse lance de curtirem futebol pode ser o "início de uma grade amizade", para dizer o mínimo. A conferir. O fato é que ficar sempre na expectativa do desenrolar da história mostra como o Valentin escreve bem demais. Mas... ainda pela reação do Dan, parece que será preciso uma boa conversa entre ele e o Rick.

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Tô ansioso pra ver como o Rick vai mexer no coreto...só sei que ele não vai simplesmente ficar com a Bia e todos seguirão felizes para sempre hehehe. Pelo menos não assim linearmente...

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Como sempre, você querendo ver o circo pegar fogo, né? hehehehehehehe

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Estou só ajustando a expectativa!! Heeheh

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Uma dúvida,o Rick se considera gay ou BI no decorrer dos fatos , o beijo dado ao Dan soa como um início de descobertas sensoriais nditas não convenceu. Essa fase da história narrada Ciço e Dan já voltaram dos Estados Unidos?

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O Rick se considera Bi, só que sobre o beijo é um pouco mais complicado, ele vê o Dan como um irmão e embora seja Bi ele não sente uma atração pelo amigo, embora ele possa até achar o Dan um cara bonito para ele é como beijar um irmão, e sobre a viagem os acontecimentos são antes, a ideia é que eles viagem nas férias da faculdade, a história se passa mais ou menos em Maio e as férias deles serão em Julho

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Ele considera que fez merda ao beijar o Dan por ter dado falsas esperanças para alguém que ele já sabia que gostava dele, e também ele não teve como processar tudo o que sentiu durante o beijo, na hora ele ficou excitado, mas depois quando pensou sobre se sentiu errado e também nunca conversou com Dan sobre o que prejudicou muito seu entendimento sobre o ocorrido.

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impressionante como tua escrita é fluida e envolvente. já estou ansioso pelos próximos capítulos da saga Me Leva - 3ª parte

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