Jovens amigos pensam num plano mirabolante para um deles poder viajar de forma gratuita com o outro. Será que isso vai dar certo?
(Essa é uma história de ficção erótica. Todos os personagens e situações dessa história são fictícios e todos personagens tem mais de dezoito anos de idade. Não existem doenças sexualmente transmissíveis de qualquer tipo no universo dessa história.)
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A minha amiga Cibele e eu aguardávamos na sala de espera a chamada no Centro de Habilitação de Animais de Estimação. Eu só conseguia pensar como deixei a história chegar a esse ponto.
As diversas formas de escravidão legal existem desde antes de eu nascer. A forma mais comum para o ingresso é a condenação por algum crime. Isso é seguido por dívidas contraídas e não pagas, após oportunidades e recursos serem passados. A forma menos comum, mas significativa, são as voluntárias. Qualquer pessoa maior de idade, mesmo à revelia da família, pode abrir mão de sua cidadania para ser um animal de estimação.
Uma recepcionista liberou a nossa entrada. Já arrependido caminhei com Cibele para dentro da sala. Uma mulher, já com cabelos brancos, nos recebeu de forma educada e nos convidou a sentar.
Cibele e eu estudamos juntos. Nos conhecemos a alguns meses, Por um acidente do destino acabamos morando juntos numa pequena casa próxima da faculdade. Acabamos nos tornando bons amigos. Eu sou um homem, hétero, tímido, de uma estatura mediana e fazendo parte da minoria de cabelos ruivos e pele muito branca. Já Cibele é extrovertida, lésbica, um pouco mais alta do que eu, pele morena, olhos verdes e um cabelo encaracolado preto.
Nesse período de férias a região está bastante deserta. Estudantes com família voltam para suas casas. Não foi o nosso caso.
A minha amiga tinha algum dinheiro guardado de alguns serviços extras feitos durante o ano. Conseguiu pegar uma oferta lançada errada em um site na Internet, que após algumas reclamações continuou valendo para poucas pessoas.
— Fico feliz em saber que tenho voluntários. Vocês são uma minoria.
Eu apenas fiquei em silêncio, tentando disfarçar que estava tremendo. Foi Cibele que explicou:
— Não voluntários, o meu amigo decidiu se tornar o meu animal de estimação. Esse é o maior desejo dele.
Esse era o plano louco pensado por Cibele. Eu até concordei com ele antes, mas agora está me parecendo uma loucura. Ela acabou me convencendo a isso. A recrutadora pareceu um pouco decepcionada e falou:
— Entendo. Você sabe que o estado não cobre os custos do processamento de um animal de estimação já com tutor reservado.
Para a minha surpresa Cibele falou:
— Eu tenho esse dinheiro separado.
O estado vende pets e eu sei que a maioria dos preços são bastante elevados. Eles estão muito acima do orçamento da maioria dos cidadãos. Para os menos abastecidos a única possibilidade é o que estamos fazendo. Mas eu nunca soube que isso seria pago. Ela falou:
— Vou precisar dos documentos de ambos, para a realização do cadastro.
Cibele deu o dela primeiro e respondeu para a mulher as perguntas de um questionário. Por diversas vezes eu queria apenas sair correndo desse lugar. A mulher terminou o seu cadastro, coletou em seu terminal de atendimento a assinatura e a digital da minha amiga e mostrando um cartão de dados para Cibele falou:
— Pode adiantar o pagamento se desejar, enquanto realizo o cadastro do seu amigo.
Nitidamente tremendo eu estendi a minha mão com o meu documento. A recrutadora e a minha amiga perceberam o meu nervosismo. Cibele colocou a sua mão sobre a minha e falou:
— Fique calmo, logo o seu sonho estará realizado.
A lei determina que um animal de estimação pode viajar sem custos com o seu tutor. Não existe um prazo determinado a quanto tempo o pet está sob o cuidado do tutor. E qualquer novo pet pode ser devolvido à categoria de cidadão pelo seu tutor atual em até trinta dias de seu processamento.
O plano seria aproveitar a viagem junto com Cibele e na volta fazer tudo voltar ao normal. Eu até achei a ideia interessante, mas apenas no início.
Uma impressora começou a cuspir papéis. Após um momento a recrutadora pegou e começou a organizar eles. Depois falou:
— Vocês devem assinar as três vias do documento nas últimas páginas e rubricar cada página. Para o seu conhecimento toda essa sessão é filmada e criptografada poderá ser utilizada judicialmente no futuro em caso de necessidade.
A informação quase me fez correr. Cibele deve ter sentido a minha apreensão, por um momento segurou a minha mão com um pouco mais de força.
Meus olhos apenas passaram rapidamente pelo documento. Ele é padrão e já tive oportunidade de lê-lo na internet.
Peguei a caneta e olhei uma última vez para Cibele. O seu olhar estava decidido a levar essa situação adiante. Tentando não pensar mais nisso comecei a assinar.
Cibele entregou as três vias do documento para a recrutadora. Essa devolveu uma das vias para Cibele e mexendo em algum aparelho de comunicação interna falou:
— Temos um para processamento.
Pouco depois um rapaz vestido de branco entrou carregando uma maca. Com uma voz apressada perguntou:
— Quem será processado?
Ele levantei a minha mão trêmula e me olhando com impaciência ele falou:
— Tire as suas roupas e deite-se aqui.
A instrução me pegou de surpresa. Eu sei que no geral os animais de estimação ficam nus, embora possam ser vistos também usando roupas, mas não esperava fazer isso agora.
Sob um olhar impaciente do médico, ou enfermeiro, fui tirando as minhas roupas. A minha amiga está sendo discreta e não me olhando fazer isso. A recrutadora começou a explicar para Cibele:
— Vamos ver agora as especificações requeridas para o seu pet.
Eu sentei na maca já sentindo falta de ar. O meu peito parece duro como uma rocha. A minha voz saiu trêmula quando falei:
— Espere, eu não quero…
Senti a picada no meu pescoço. Olhei assustado para o rapaz com uma pistola de aplicação de remédios do meu lado. Senti o meu corpo ficando rapidamente pesado.
***
Me senti grogue e confuso. As minhas sensações foram retornando gradativamente. Sinto um pouco de ressaca.
Toquei o objeto em meu pescoço, a minha coleira. Os pets sempre estão usando uma coleira. Ela parece uma mistura de couro e metal.
Estou sobre algo almofadado, mais duro que a minha cama. Eu me mexo um pouco e tento abrir meus olhos, mas tudo parece tão iluminado. Eu ouço a voz de Cibele:
— Que bom que acordou. Eu já estava ficando preocupada.
Tentei falar, mas a voz falhou um pouco. Colocando mais força perguntei:
— Onde estamos?
— Em casa. Um entregador te trouxe. Faz quase três horas já. Mais um pouco eu pensava em ligar para o atendimento, mas você ainda estava no prazo.
Consegui abrir meus olhos e percebi que eu estava na sala de nossa casa. Barras metálicas passam pela minha visão. Juntei as minhas forças e me levantei um pouco.
Eu estou em uma gaiola de um bom tamanho. Olhei para a luva rosa cobrindo a minha mão e uma parte do meu braço e mantendo os meus dedos unidos. Um pouco confuso olhei para o meu braço, ele está totalmente sem pêlos.
Eu pude me sentar na gaiola. A sua porta está aberta e o seu piso é acolchoado e confortável. Por um reflexo cobri a minha parte íntima com as mãos. Percebo que ela foi depilada.
As minhas pernas, até a altura dos joelhos, estão protegidas com uma meia que se parecem com as minhas luvas. Cibele percebeu as minhas dúvidas e explicou:
— São acessórios de proteção. Já adquiri o básico para o seu conforto.
Toquei o meu peito nu. Eu nunca fui muito peludo, mas ele também está completamente depilado. Os meus seios estão levemente inchados. Eu já sabia a resposta e Cibele deve ter percebido. Antes de eu falar algo ela disse:
— Eu optei pela versão fêmea. Não queria ter que ficar te olhando pelado como um macho. Seu nome oficialmente é Nina.
A adrenalina deve ter me ajudado a ficar completamente lúcido. Me arrastei com pressa para fora da gaiola e falando:
— Você ficou louca! Isso não foi o que combinamos!
Ela se afastou um pouco, acho que um pouco temerosa com a minha reação negativa. O que ela esperava?
Eu tentei me levantar, apenas para sentir o enorme desconforto e não conseguir passar de uma certa altura. Eu olhei para Cibele que se afastou com uma expressão preocupada. Depois senti o choque no meu pescoço.
A sensação é muito desagradável, quase me derrubou ao chão. Olhei para algo na mão da minha amiga e apontada em minha direção. Ela falou:
— Tenta se acalmar. A recrutadora garantiu que tudo é totalmente reversível. Eu jamais teria requisitado algo permanente.
Eu tentei me levantar novamente, sem sucesso. Eu nunca tive muito contato com animais de estimação, mas sempre que vi um em público ele estava engatinhando. Agora eu entendo porque.
Nos nossos planos, eu vestiria roupas comuns e agiria de forma normal a maior parte do tempo. Isso inclui andar. Desanimado falei:
— Que droga! E afasta essa arma de choque de perto de mim. Vamos voltar lá e desfazer tudo isso.
Ela sorriu e falou:
— Não. Viajaremos no final da semana, como combinamos.
Eu olhei com raiva para ela. Ela percebeu e falou:
— Fique longe, eu não quero usar o disciplinador novamente.
Já com medo de um novo choque eu não me movi. Tentei acalmar a minha voz e falei:
— Vamos ser razoáveis, eu não quero ficar assim. Não posso viajar com você desse jeito.
Ela riu. Está se divertindo com essa situação. Como fui concordar com isso? Depois falou:
— Como um pet, você não tem que concordar com nada, apenas obedecer. Mas não alterei os seus níveis de inteligência ou de obediência. Só mexeria em controles seus se precisar. Consigo até desligar a sua voz.
Embora ela não tenha se expressado como uma ameaça, eu entendi que poderia se tornar uma. Um pouco temeroso falei:
— Ok, faço a sua vontade.
Ela pareceu relaxar um pouco. Sentou-se no sofá e falou:
— Eles me garantiam e está no contrato que assinamos a minha total privacidade. Mas você, por outro lado, é monitorado. Não podemos descuidar em nada. Lembra do que tinha no contrato?
Pensei por um momento e respondi:
— Em relação a que?
— Você não é mais um cidadão, é um animal de estimação e eu sou tutora. Se por acaso eu for considerada inapta como tutora, você passa para a responsabilidade do estado. Não poderia libertá-lo.
A informação me preocupou. A minha vida está totalmente ligada à Cibele. Não tinha pensado nessas implicações antes. Ela continuou:
— E fique tranquilo, não vou submetê-lo a hipno treinamentos comportamentais. Isso não é exigido, mas pode ser imposto no caso de identificação de comportamento irregular.
Eu já tinha lido a respeito de hipno treinamentos para impor comportamentos e para outras funções. Seu custo não é barato e pode ser usado até para ajudar a aprender novos idiomas.
Preso a Cibele eu teria que tomar cuidado com tudo, pelo menos até ganhar a minha cidadania novamente.
***
Foi estranho ser empurrado em minha gaiola pelo aeroporto lotado. É a primeira vez que estou saindo em público. No aeroporto pude ver outros pets.
Em meus dias anteriores, aprendemos as limitações e atitudes esperadas de um animal de estimação. Comi apenas a balanceada ração para pets. Não podíamos arriscar o meu monitoramento. Cheguei a implorar para Cibele para abandonarmos o plano, mas ela foi irredutível.
O meu corpo ganhou, vagarosamente, algumas novas formas. Meus peitos cresceram mais e a minha pele se tornou mais macia. Cibele chegou a dizer que o meu pinto seria incapaz de enrijecer em breve, mas garantiu que isso é apenas temporário.
Eu me sinto um pouco fraco. Maldito kit viagem. As minhas cólicas iniciais e a minha diarréia foram avassaladoras. Nunca senti nada igual. Me recusei a tomar a segunda dose, antes de sairmos de casa e Cibele não pode me convencer do contrário.
Ficamos numa fila e logo paramos em um guichê de embarque. Uma atendente fez algumas perguntas e leu a passagem no celular de Cibele. Por fim a atendente me olhou por um momento e perguntou:
— O seu animal tomou o kit viagem?
Eu percebi a hesitação de Cibele. Ela poderia simplesmente ter mentido, mas por fim disse:
— A primeira pílula, a amarela sim, mas ela se recusou a tomar a branca depois.
A atendente pareceu irritada e falou:
— É a sua primeira viagem? Todos os animais podem ser teimosos, da próxima vez você pode puni-lo ou eleve o grau de obediência.
A minha pediu desculpas, ao mesmo tempo que a minha gaiola começou a se mover e se afastar ao lado da mala de Cibele. Eu ainda pude ouvir a atendente falando:
— Não tem problema, eu vou informar para o setor de despachos.
A gaiola passou por alguns caminhos estreitos. Pude ver em alguns momentos pessoas uniformizadas trabalhando. Em certo momento a minha gaiola se separou da mala e depois entrou em uma sala.
Eu apenas esperei, sentindo preocupação. É a primeira vez que me separo de Cibele, após o meu despertar após o processamento. Eu me sinto inseguro longe dela.
A sala é simples, de paredes brancas. Estou mais alto que o piso, talvez sobre uma mesa. Uma médica entrou na sala. Me olhou por um momento. Olhou algo em seu celular e depois falou:
— Então você é uma teimosinha. Tutores novatos sempre são negligentes. Eu vou preparar a sua dose.
Nós tínhamos combinado que eu não falaria no aeroporto. Seria mais simples fingir que estou com a minha voz inativada. Mas as lembranças de quando estava passando mal vieram a tona e impulsivamente falei:
— Eu não vou tomar porcaria nenhuma!
A médica sorriu e mexeu algo em seu celular. Num primeiro momento eu senti como se o meu ouvido estivesse entupido, depois senti meus músculos enrijecerem. Ela falou:
— Agora seja boazinha, fique de quatro.
Eu levei um segundo para reagir.Sem pensar a respeito eu fiz o que ela mandou. Não consegui mais me mover depois disso.
A médica saiu do meu campo de visão e o meu olhar não pode acompanhá-la. Ela está mexendo em algo e fala:
— Você é mais bonitinha que a maioria.
Um pouco depois eu ouvi ela abrindo a gaiola. Tentei me mover em vão. A sua mão acariciou um pouco a minha bunda e depois ela falou:
— A sua adequação está mais rápida que a média e a sua pele é bem bonita. Você estará linda muito em breve.
Eu senti a picada na minha bunda e depois a carícia em meu anus. A médica falou:
— Aposto que esse cuzinho é virgem. A sua tutora tem muita sorte. Sabia que ela poderia ganhar uma nota com isso?
Ela fechou a porta da gaiola. Eu senti o meu anus umedecer um pouco. Pouco depois entrei em movimento, ao mesmo tempo que meu corpo relaxou e quase cai. Eu quase xinguei a médica, mas senti rapidamente o meu corpo amolecendo. A vagabunda havia me sedado. Me lembrei que os pets que vi pareciam calmos e dormindo em suas gaiolas.
***
Acordei com algo balançando. Levei um momento para me lembrar de estar sendo despachado e da maldita médica.
Olhei para as malas arrumadas ao meu lado e com curiosidade para a gaiola encostada na minha. Estamos nos deslocando.
Eu não podia deixar de admirar a bonita garota adormecida com um anjo do meu lado. A sua respiração é lenta e os seus peitos, envoltos numa argola de proteção, parecem grandes para o seu tamanho. A sua xoxota, rosada, é muito bonita.
O meu olhar buscou Cibele, sem sucesso, mas eu pude ouvir algumas conversas. Estou na parte traseira de uma van. A minha cabeça está doendo.
A van estacionou e um pouco depois as portas traseiras foram abertas. Um ar quente entrou no ambiente.
Aos poucos as malas foram sendo pegas. A gaiola da garota ainda adormecida foi pega primeiro e a minha um pouco depois. Fui colocado em um carrinho que estava sendo empurrado por um funcionário. Com alegria pude ver Cibele.
Pude ver Cibele conversando na recepção, mas o carrinho parou a alguns metros dela. Eu senti um pouco vontade de chorar e queria poder abraçá-la. Mas sendo forte mantive o nosso acordo de não falar.
Cibele e a recepcionista em seu uniforme se aproximaram da gaiola. A recepcionista colocou seu celular próxima de mim por um momento e depois falou para a minha amiga:
— A obediência está no fator mínimo, em dez por cento. Ela precisa ser mantida em pelo menos sessenta por cento, enquanto estiver dentro do hotel.
Cibele me olhou por um momento e depois para a funcionária novamente e disse:
— Nina é muito comportada e obediente, tenho certeza que isso não é necessário.
Com educação a recepcionista disse:
— Eu tenho certeza que sim, senhora, mas é necessário seguir as regras.
Cibele mexeu em seu celular. Eu senti a sensação diferente nos meus ouvidos e senti algo diferente no meu corpo, mas consegui me mover livremente.
Um funcionário levou a bagagem e a minha gaiola para um quarto. Tudo me parecia muito bonito e luxuoso no hotel. Nós nunca poderíamos pagar por algo assim.
O entregador me acomodou num quarto grande e parecia muito confortável. Assim que Cibele fechou a porta falou:
— Por enquanto tudo bem. Desculpe ter que aumentar o seu nível de obediência, não queria fazer isso. Mas não vamos poder arriscar.
Ela me soltou da gaiola. Um pouco irritado descrevi o que aconteceu para ela, omitindo os elogios recebidos da médica. Me senti muito feliz quando ela me abraçou e depois passou a mão na minha cabeça. Ela nunca tinha feito isso antes.
***
Continua…
Voltando à temática petplay num universo novo. Ainda arrumando ideias para um novo conto no universo “Organização Alfa”.
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