A mulher (in)discreta

Um conto erótico de Turin Tur
Categoria: Heterossexual
Contém 2103 palavras
Data: 08/01/2025 06:11:53

Não parava de pensar no que aconteceu minutos antes, com a Isadora me flagrando excitado. Ao me arrumar, estava nervoso, esquecendo de tudo. Cheguei ao ponto de dar três dobras na manga do braço direito e apenas duas no esquerdo, e só não sai assim porque a Isadora percebeu. Ela ficou de frente para mim, desdobrou as mangas e as dobrou de novo. Fazia tudo me olhando, enquanto eu, constrangido, desviava meu olhar.

— Samuel, não precisa fazer essa cara. Sou casada há mais de quinze anos e sei bem como os homens acordam. — disse ela, enquanto arrumava minhas mangas. Depois disso, ela deu uma geral em mim, ajustando os pontos onde a camisa não estava devidamente por dentro da calça. Então, desistiu. Me fez abrir o cinto e tirou a camisa de dentro da calça, a ajustando de volta depois.

— Você não pode sair desconjuntado. É um representante da empresa, sua imagem é nossa. — Repreendeu.

Falava aquilo com uma certa frieza, o que era habitual dela, mas era atenciosa comigo. Eu sei, era uma cena ridícula de um homem do meu tamanho tendo a roupa ajustada como se fosse uma criança, mas havia algo mais. Não era comum ela reparar nas roupas dos outros, e olha que tinha alguns colegas bem relaxados. Ela estava indo, além disso.

Isadora mergulhava a mão na calça para ajustar a camisa várias vezes. O pior é que, a cada contato dela com o meu corpo, eu me excitava. Em algum momento, ela acabou encostando no meu pau. Isso me deixou tenso, pois voltara a ficar duro. Entretanto, não houve nenhum comentário, nenhum sorriso ou mesmo qualquer expressão de reprovação. Sua expressão se manteve séria e fria como sempre. Eu, claro, também me fingi de morto, mas aquele momento me fez sentir um pouco melhor, pois me senti íntimo dela, de alguma forma.

Eu lembrava, é claro, de que Isadora era uma mulher casada, e bem casada, pelo que vi e ouvi da conversa com o marido. Essa satisfação repentina por uma intimidade inesperada também me fez sentir confuso. Era como se eu interferisse de alguma forma num relacionamento de mais de quinze anos. Não que ela demonstrasse qualquer intenção comigo, muito pelo contrário. Confesso, porém, que, naquele instante, eu queria que ela arrumasse minha camisa por horas, mesmo que não rolasse nada depois.

Me perguntava se estava desejando ela, uma mulher comprometida.

Detesto traição e me perturbava muito a ideia de ter fantasias que envolvem destruir o relacionamento de alguém. Isso ia além do sonho ou de quando ela me arrumou a camisa, pois olhei para ela com desejo durante boa parte da noite. Sempre detestei homens que não sabiam se comportar perto de uma mulher e me senti como um deles. Eu era detestável.

Esse monte de pensamentos tomou conta da minha cabeça enquanto íamos para o elevador. Na cabine, havia apenas uma mulher ruiva que abaixou a cabeça assim que nos viu. Eu não perceberia, se Isadora não conversasse com ela.

— Oi, me desculpa por ontem. Eu estava cansada e o hotel devia ter dado quartos separados para a gente. Tentei mudar e não consegui, e quando vi nosso quarto ocupado, eu perdi a cabeça de vez. Não devia ter falado com você daquele jeito. Me perdoe por aquilo.

Só então reconheci a mulher, que estava deitada em nossa cama, a mesma que levou uma bronca da minha chefe e agora ouvia um sincero. Essa era a Isadora de que todos me falavam e que vi quando entrei na empresa. Uma mulher que, apesar de discreta, era sempre correta, capaz de reconhecer seus erros e se desculpar. A moça até abriu um sorriso para ela, mostrando estar menos constrangida. Assim, ela se apresentou. Seu nome era Rosana e também estava lá para a mesma conferência que nós. Apesar do sorriso para minha chefe, ela me cumprimentou com uma certa frieza. Na hora, pensei ser por achar que a vi nua na cama, mesmo que o tenha feito por pouquíssimo tempo. Fiz o que pude, me desculpei também e recebi um agradecimento ainda constrangido. Entendi o lado dela e deixei ambas conversando sobre a conferência enquanto seguimos o caminho.

O evento era realizado em outro hotel, bem luxuoso, próximo ao nosso. Alguns minutos de caminhada eram suficientes para chegarmos lá. Fizemos o credenciamento e nos separamos para assistir às palestras. Para as de manhã, tinha me inscrito nas mesmas que Isadora. Assistimos sempre sentados lado a lado. Em todas, ela se manteve em silêncio, limitando-se a aplaudir no final. Depois, se levantava e ia para outra. Eu achava estranho, pois achei que um dos objetivos lá era contactar outras empresas. Fiquei intrigado com isso, então veio a última palestra da manhã.

Ao fim desta, ela aplaudiu e abriu um sorriso que até me espantou. A partir deste momento, minha chefe passou a se comportar estranhamente. Não apenas pelo sorriso, algo que aparentemente ela não exibe em ambiente profissional, mas pela forma como ela correu atrás do palestrante. É comum depois das palestras se formar uma rodinha em torno do orador, onde trocam cartões, telefones, etc. e ela conseguiu se enfiar no meio daquelas pessoas até conseguir conversar com o palestrante. Isadora, de alguma forma, monopolizou a atenção dele. A postura dela era diferente do que vemos habitualmente. Além dos sorrisos, ela segurava o braço dele, apertando e alisando. Era comum um cochicho no ouvido do outro, momento em que a mão daquele homem envolvia a cintura dela. Não lembro de alguma vez em que alguém a tocou assim. Pelo menos, não no ambiente de trabalho.

De fato, Isadora estava muito atraente. Não vestia nada revelador, pelo contrário, usava um vestido longo, fechado e sem mangas. Era azul-marinho e, apesar de longo, era bem justo. Vê-la conversar com aquele homem me deu a oportunidade de olhar o corpo dela de novo. O vestido, apesar de longo, era justo, ressaltando todas as formosas curvas dela. Não sei se foi por vê-la de pijamas na noite anterior, pela forma que a vi conversando com o marido ou mesmo pelo sonho, mas comecei a reparar no quão perfeita era aquela bunda. O salto alto a deixava mais elegante, com o bumbum empinado e eu começava a lembrar do sonho erótico com ela.

Isso por si só já me incomodava, mas não era tudo.

Enquanto eu olhava fascinado para o corpo da minha chefe, brotava uma certa raiva daquele homem que não desgrudava dela. “Tive-a de pijamas no mesmo quarto que eu e é ele quem aperta a cintura dela?”. Pensei e, nesse pensamento, me dei conta de estar sentindo ciúmes de uma mulher casada com outro homem. Me senti um idiota, mas continuava incomodado com aqueles sussurros ao pé do ouvido que arrancavam de Isadora seus sorrisos mais bonitos que eu nunca tive.

Aquilo me perturbava, mas não podia fazer nada. Pensei em me aproximar, mas quando cheguei perto do pessoal, todos começaram a sair para o almoço. Eu os segui, consegui entrar no mesmo elevador e fomos para a rua. Andamos algumas quadras até encontrar um restaurante com lugares disponíveis, mas simplesmente não consegui sentar junto de Isadora. Tive que pegar uma mesa distante e assistir à conversa animada dos dois. Ela exibia um sorriso constante e tinha um comportamento carinhoso com aquele homem. Abraçava-o no braço e apoiava a cabeça em seu ombro várias vezes. Eu diria que aquele homem era o marido dela, se já não tivesse visto fotos do próprio.

Então, junto aquela sensação de ciúme besta, eu sentia uma agonia constante. Parecia que eu estava vendo algo muito errado acontecer. Me colocava no lugar do marido dela, que provavelmente está trabalhando no momento em que sua esposa viaja e flerta com outras pessoas. Bateu uma tristeza enorme que nem consegui terminar o almoço.

Quando eles se levantaram, eu fui junto, mas a fila para pagar me colocou distante dela. Quando finalmente saí, eles já estavam andando de volta para o hotel onde a conferência ocorria. Apertei meus passos para alcançá-los e consegui vê-los quando estranhamente não entraram no elevador. Dei uma corrida e consegui vê-los desviar até entrarem na escada de incêndio. Nesse momento, começou a bater um pressentimento estranho. Sabia bem que era errado segui-los, mas a agonia que eu sentia me empurrava. Entrei ali e comecei a me mover devagar para fazer o mínimo de barulho. Desci cada degrau suavemente para não ser ouvido. Abri as portas de ferro pesadas com delicadeza para sair da escada e me deparei com um estacionamento. Fora os carros que lotavam aquele andar, estava tudo vazio. Tanto que ambos caminhavam pelo meio da via, de braços dados.

Me escondi atrás de um carro antes deles olharem para trás. Não me viram e continuaram caminhando. A agonia continuava e piorou de vez quando vi aquele homem levar a mão à bunda dela. Isadora parou e caminhou até um dos pilares, encostando as mãos nele. Empinou a bunda, se oferecendo àquele homem que apertava seu corpo sem o menor pudor. Ele suspendeu aquele longo vestido até descobrir o quadril e fez ela mesma segurar sua barra. Minha chefe agora suspendia o próprio vestido, se exibindo para aquele homem.

A mão deslizava por entre as nádegas e ela começou a rebolar, torcendo o pescoço para trás, mantendo o contato visual com ele. O homem encostou nela e a beijou na boca, sem tirar a mão de dentro da sua bunda. Isadora se virou, abriu o zíper traseiro do vestido e o deixou cair no chão. Fiquei pasmo.

Minha chefe vestia apenas um conjunto de calcinha e sutiã pretos, além do salto alto. Ela beijou o homem mais uma vez e teve seu corpo todo tocado. A bunda dela era apertada com desejo. O abuso daquele homem chegava ao ponto de bater na bunda dela. Isadora dava um gritinho acompanhado de um riso a cada um deles.

Se eu não estivesse assistindo, jamais acreditaria na minha chefe se comportando como uma prostituta. Dei uma olhada em volta e me certifiquei de que sim, havia câmeras de segurança naquele estacionamento e com certeza eles estavam sendo filmados, pois aquilo tudo acontecia no meio do estacionamento. Ela se ajoelhou na frente daquele homem, abriu-lhe a calça para tirar o pau já duro para fora. Ela lambeu aquele membro por baixo em toda a sua extensão, do saco até a cabeça, a qual abocanhou. Ficou um tempo parada só com parte daquele membro na boca e, em seguida, engoliu tudo em um movimento só. O homem grunhiu olhando para o teto e Isadora começou um movimento vagaroso de vai e vem. Ela o mamava de quatro, sem encostar as mãos em seu corpo. Continuou assim até ele a segurar pelos cabelos.

Com um puxão firme, o homem deixou Isadora de joelhos. Ele falava coisas para ela que eu não conseguia ouvir. Eu assistia a tudo, hipnotizado com a cena, até ele acertar o primeiro tapa no rosto dela.

Tremi nesse momento. A Isadora, que conhecia, jamais aceitaria tamanho abuso, principalmente o tapa no rosto. Pensei em me levantar e tirá-la dali, mas continuei imóvel. Quando vi Isabela sorrindo depois do primeiro tapa e também dos subsequentes, senti um alívio que não sabia bem explicar. Isadora apanhou na cara, segura pelo cabelo, sempre sustentando um sorriso malicioso no rosto. Depois de alguns tapas, o homem a empurrou no chão. Após ouvir algo, minha chefe se pôs de quatro, empinando bem a bunda. Sua calcinha foi arrancada com brutalidade e pude saber exatamente quando ela foi penetrada pelo grito que deu.

“Isso! Me fode, porra!”

A partir dali, podia ouvir muito bem o som do quadril dele batendo no corpo dela. Ao fundo, podia ouvir o gemido grave dele e o agudo dela, como se fosse um dueto pervertido. Isadora foi comida no chão do estacionamento como se fosse uma piranha de luxo até que ele gozou. O cara gritou, sem medo nenhum de ser ouvido, tirando o pau fora e jorrando porra na bunda da minha chefe.

“Ai, seu filho de puta”. Apesar de xingá-lo, ela sorria. Enquanto o homem se arrumava, ela usava a calcinha para limpar a porra de seu corpo, jogando a peça na lixeira mais próxima. Só então ela colocou o vestido, sem a menor preocupação de estar sendo filmada, nua, pelas câmeras de segurança. Os dois saíram como vieram, de braços dados, como se não tivessem feito nada daquilo.

Escondido entre os carros, assisti à saída deles. Fiquei um tempo esperando eles irem à frente enquanto tentava processar o que acabei de assistir. A minha respeitável chefe era uma vagabunda.

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Foto de perfil genéricaTurin TurambarContos: 300Seguidores: 287Seguindo: 119Mensagem Olá, meu nome é Turin Tur, muito prazer. Por aqui eu canalizo as ideias loucas da minha cabeça em contos sensuais. Além destas ideias loucas, as histórias de aqui escrevo são carregadas de minhas próprias fantasias, de histórias de vi ou ouvi falar e podem ser das suas fantasias também. Te convido a ler meus contos, votar e comentar neles. Se quiser ver uma fantasia sua virar um conto, também pode me procurar. contosobscenos@gmail.com linktr.ee/contosobscenos

Comentários

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Aguando a sexta-feira 😅

Está tudo muito indefinido, mas interessante

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Muito bom Turin!!

Porra, como vc narra bem toda essa cena!!

Incrível!!!

Será que teremos um caso de traição ou um relacionamento aberto??

Como o coitado vai conseguir ficar em paz no quarto que ela depois do viu??

Como disse...tudo está em aberto!!!

3 estrelas

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Manfi, muito obrigado.

Na sexta feira tem o próximo capítulo e você terá a resposta as suas perguntas.

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Muito boa essa continuação, Turin. As coisas vão ficando cada vez mais interessantes.

Uma curiosidade me bateu sobre a chamada telefônica do capítulo anterior... Será?

Abraços.

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Oi Ted, muito obrigado.

A chamada telefônica com o marido foi aquilo mesmo.

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É Turin, essa Isadora realmente é uma mulher que deixa qualquer cara fora de si. Kkkk

Excelente conto!

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Morfeus, obrigado pelo comentário.

A Isadora é incrível mesmo. Na sexta sai o próximo.

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