NO ESCURINHO DO CINEMA

Um conto erótico de ClaudioNewgromont
Categoria: Heterossexual
Contém 748 palavras
Data: 08/01/2025 23:45:32
Assuntos: Heterossexual, Grupal

Juca Chaves tem uma frase horrível e/porque machista: “mulher, quando quer trair, pode prendê-la num armário que ela te trai com cabide”. Eu diria diferente: a mulher é muito mais sensível e utiliza muito mais seu cérebro do que os homens, que se julgam seus donos, e únicos responsáveis pelas ações e pelos pensamentos dela. Coitados! São muito mais enganados do que sequer conseguem imaginar.

Enquanto os idiotas, ao sair com outras mulheres, o fazem muito mais para se vangloriarem para os amigos do que propriamene por si mesmos, elas, quando desejam satisfazer suas vontades menos convencionais, têm nisso seu centro de interesse, não na divulgação de seus atos. Por isso fazem muito mais, porque de forma discretíssima, e o bobão lá, achando-se o fodão dono da situação.

Fui ver o “Auto da Compadecida 2”, o que me fez, de cara, admirar imensamente muito mais Ariano Suassuna: o texto, as situações, as entrelinhas do enredo do teatrólogo são bem mais interessantes. Mas, obviamente, não é o tema deste conto uma crítica sobre o filme, mas algo que me aconteceu na sala de projeção.

Cinema cheio, sentei na última fila tripla, poltrona da ponta. Ao meu lado, nos outros dois lugares, um jovem casal – não tenho como descrevê-los por razões óbvias: estávamos num relativo escuro. Apenas registrei, em flashes de luz, as grossas coxas dela, generosamente oferecidas à mostra pela curta saia que trajava. Ao começar o filme, percebi que ela derreou-se sobre o ombro do parceiro, cruzando as pernas.

Eu, quieto, tentando me concentrar no filme, buscando, inutilmente, rir das graças sem graça que os personagens forçavam, estava na minha, braço estendido ao longo do braço da cadeira, quando senti um leve toque em meus dedos. Julguei ter sido um movimento involuntário da garota, não dei maior importância. Momentos depois, novo toque, este um pouco mais incisivo. Seria possível aquilo? Ou era minha solta imaginação, desconcentrada da tela, a construir inusitados castelos?

A terceira vez foi um nítido roçar, um pouco mais demorado. Com a sutileza necessária à ocasião, forcei minha visão lateral o quanto permitiu minha miopia, e constatei, na penumbra, o quanto ela estava jogada sobre o corpo dele, discretos ruídos de beijos. Pelo sim, pelo não, deixei minha mão ultrapassando o meu limite, invadindo seu espaço, mas ainda agarrado ao braço da cadeira.

Então senti seus dedos tocarem minha mão, entremeando-se entre meus dedos, e discretamente apertando. Minha rola já me apertava a calça. Ela forçou um pouco, puxando minha mão para si, depositando-a sob a coxa que estava cruzada sobre a outra. Meu coração aos solavancos, percebi a suavidade da pele, enquanto ela retirava a própria mão de cima da minha, deixando tudo sob o meu comando.

Acariciei um pouco a coxa, enquanto ia subindo a mão. A posição do corpo abria discreto flanco entre a bunda e o assento da poltrona. Logo alcancei sua calcinha; ela, agarrando-se mais ao namorado, permitiu-me mais espaço, e logo meus dedos conseguiram enfiar-se para dentro da calcinha e encontrar uma xoxota completamente alagada.

Introduzi cuidadosamente dois dedos naquela caverna inundada e quente, circulando os lábios carnudos e escorregadios, localizei o botãozinho túmido do clitóris e passei a massageá-lo o mais discretamente que consegui. Ela se remexia na poltrona, agarrando mais e mais o seu homem, provavelmente comendo-o de beijos, lambendo e mordiscando seu pescoço, enquanto se esfregava cadelamente na minha mão, atolada em sua buceta.

De repente, ela agarrou meu braço e o puxou para fora de si. Provavelmente a mão dele, empolgada pelos longos beijos e ousadas carícias da namorada, vinha subindo-lhe as coxas. Por um lapso de segundos nossas mãos não se tocaram. Ao me retirar, percebi o pinote que a garota deu e o barulho nada discreto da mão dele contra a encharcada buceta dela, som característico de uma improvisada siririca.

Discretamente, levei meus dedos ao olfato e pude sentir o delicioso e inebriante cheiro de cio daquela garota, na ponta dos meus dedos molhados. Ato contínuo, desci-os para minha boca e senti toda a gostosura daquela xoxota que fora há pouco por eles visitada, e que agora se contorcia às intensas carícias do namorado.

Ela se remexia demais da conta, e a tensão das pernas esticadas, combinada com o gemido incontido mas abafado no peito do namorado, deram-me a certeza de um gozo extraordinário daquela mulher, tanto quanto de que o cara se achava o tal por ter sido o único a provocar aquele inusitado orgasmo na namorada, no escurinho do cinema.

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