Amor em Família - Volume: Prólogo - Capítulo 15: A Sobremesa

Um conto erótico de Allan Grey
Categoria: Heterossexual
Contém 1326 palavras
Data: 09/01/2025 17:39:09

Capítulo 15: A Sobremesa

Restaurantes elegantes têm essa habilidade peculiar de fazer as pessoas fingirem que são melhores do que realmente são. Tudo se desenrola sob a luz suave de lustres caros, com pratos que mais parecem obras de arte e sorrisos calculados. Mas, naquela mesa, a guerra não era sutil, e o calor do ambiente não vinha do vinho ou das velas. Era outra coisa. Algo que, confesso, já estava me queimando por dentro.

Olho ao redor da mesa, tentando medir o grau de tensão. Manuela está armada até os dentes com sarcasmo e má vontade; Márcia, ao lado, mal disfarça o incômodo com os olhares insistentes de Pedro. Já minha mãe... ela observa tudo como uma rainha exilada, com um ar de dignidade inquebrantável que só faz Alessandra querer quebrá-la.

E eu? Bom, eu só estou tentando sair vivo.

Pedro, claro, não sabe o significado de “ler o ambiente”. Ele inclina-se ligeiramente na direção de Márcia, como quem compartilha uma confidência, mas o tom é tão mal disfarçado que dá vontade de rir.

— Você deveria nos visitar qualquer dia desses, Márcia. — A voz dele carrega uma nostalgia ensaiada, mas o subtexto é gritante. — Colocar as conversas em dia, sabe?

Ele estica a mão, pousando-a sobre o ombro dela. Um toque leve, quase casual, mas eu vejo o dedo indicador se apertar um pouco mais, o suficiente para deixar claro que não é tão inocente assim.

Márcia para. Sente. Um músculo em sua mandíbula salta, mas ela não cede à explosão que eu quase torço para ver. Antes que ele possa tentar um contra-ataque, Alessandra entra na conversa, deslizando como uma serpente com sorriso de gato.

— Sim, Márcia, você é sempre bem-vinda. — A voz dela é calculada, com a doçura artificial de um adoçante vencido. — A casa ficaria mais... interessante com sua presença.

Márcia lança um olhar que poderia arrancar a alma de qualquer mortal. Alessandra, porém, não é mortal. Ou pelo menos não age como tal.

— Prefiro deixar as conversas no passado. — Márcia crava as palavras com precisão. — Meu tempo é muito valioso para certos convites.

Eu seguro um sorriso. Se houvesse justiça no mundo, esse seria o momento em que Pedro desapareceria num buraco no chão. Mas, não. O homem é incansável na arte de ser insuportável.

O ar está tão pesado que é quase palpável. Um dos garçons se aproxima, interrompendo o duelo com uma sobremesa despretensiosa. Chocolate. Algo tão trivial que parece um insulto diante da guerra fria que se desenrola na mesa.

Minha mãe decide que é hora de acabar com a noite.

— Acho que já tivemos emoções suficientes por uma noite. — Sua voz é firme, quase maternal, mas carrega o peso de uma rainha que não aceita mais desordem em seu reino. — Talvez devêssemos pedir a conta.

O silêncio que se segue é um alívio bem-vindo. Pedro recosta-se na cadeira, claramente derrotado, enquanto Alessandra faz um esforço para manter sua pose indiferente. Márcia provoca com uma elegância que só ela consegue sustentar.

— Foi uma noite... esclarecedora. Obrigada pelo convite.

Alessandra responde com um sorriso vazio.

— Sempre um prazer, Márcia.

Marcela estava ao meu lado, e sua proximidade era uma tortura disfarçada de bênção. Ela inclinou-se um pouco para perguntar algo banal, mas o aroma leve de seu perfume, um misto de frutas cítricas e algo mais profundo, me atingiu em cheio. Ela não fazia ideia do poder que tinha.

Se minha alma não fosse uma bagunça, talvez eu dissesse algo bonito, algo que a fizesse sorrir de verdade. Mas tudo o que consegui foi um aceno desajeitado, acompanhado de um sorriso que provavelmente parecia mais com um pedido de socorro. Porque, enquanto ela falava, senti o calor subir dentro de mim, aquela mistura perigosa de desejo e culpa que só ela sabia provocar.

E aí veio Alice.

Ela estava do outro lado. Inclinou-se, como se a distância fosse apenas uma ilusão, e me estendeu sua taça de sobremesa.

— Prova pra mim? Quero saber o que você acha.

Era só um sorvete, mas o modo como ela disse "prova" parecia ter um significado completamente diferente. Quando sua mão passou a taça para a minha, seus dedos tocaram os meus. Deliberadamente. Não foi um toque qualquer; foi o tipo de toque que faz sua espinha gelar e ferver ao mesmo tempo.

— É... é bom — balbuciei, depois de uma colher que nem saboreei de verdade.

Alice inclinou-se ainda mais, até eu quase sentir o calor de sua respiração. Seus olhos eram duas armadilhas de safira.

— Ótimo. Você tem um gosto excelente, Miguel. — O tom era tão inocente quanto um convite para o inferno.

Foi quando aconteceu.

Senti a mão dela, por baixo da mesa, deslizando pela minha perna como quem não tinha pressa no mundo. Quando finalmente chegou aonde queria, ela não hesitou. Agarrou-me. Firme. A respiração dela nem vacilou; a minha, no entanto, parou no meio do caminho.

— Acho que você deveria nos visitar também. — A voz dela era baixa, mas o suficiente para fazer meu corpo inteiro responder.

Tentei manter a compostura, o que era inútil. Não havia como disfarçar a onda de calor que me invadiu. Sua mão apertou mais uma vez antes de sair, deixando apenas o eco de sua audácia e meu coração descompassado.

Marcela olhou para mim, preocupada.

— Está tudo bem?

— Claro. — Minha voz saiu firme demais, o que era um sinal claro de que tudo estava longe de estar bem.

Silêncio. Apenas o som de talheres sendo ajustados e copos sendo girados contra o mármore da mesa. Quanto a mim? Fiquei preso naquele momento. Entre Marcela, tão próxima e tão distante, e Alice, cuja audácia ainda fazia meu corpo latejar. Mas acima de tudo, fiquei preso no caos daquela mesa, onde cada palavra parecia um movimento em um jogo que eu não entendia, mas no qual estava profundamente envolvido.

E, confesso: a sobremesa foi memorável, mas não pelos motivos certos.

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Comentários

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Mais um Prólogo???posta contos completos,mesmo que seja um simples ou com poucos episódios ,por favor!!

Prólogo não da para ficar com tesão e é enjoativo.

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