Aventuras na Universidade - Capítulo 20 - Conversas diferentes, Mamãe e Robson!
Bissexual, Universidade, Transição, Transex, Crossdresser
(Esta série é uma continuação de Sendo Livre, muitos fatos aqui relatados tem relação com ela, recomendo ler, mas pode ser lida separadamente)
Estivemos em mais ou menos 7 pontos turísticos, tiramos inúmeras fotos, neste locais revezamos em quem tirava foto, mas prometemos publicar apenas depois de chegar em casa e escolher quais, pois ali estava minha mãe, prima e eu, que muitos ainda não conheciam.
Já era fim de tarde, quando recebi uma ligação do Robson, estávamos sentadas nos banco do ônibus que fazia a linha parques, mamãe me olhou, e falou.
– Atenda filha, tudo bem pra mim, já estou me acostumando em ter uma filha.
– “Oi lindo! Aconteceu algo.”
– “Não é apenas saudades, queria te ver, tô pensando em ir pra Curitiba semana que vem, você tá livre pra gente sair?”
– “Sim, que bom, você vem de avião ou ônibus?”
– “Busão, por que, será que não está caro?”
– “Eu achava isso, mas mamãe veio este fds pra cá de avião e está até mais em conta.!
– “Tá, vou ver se pra tão perto tá barato, mas sua mãe está aí agora, inclusive do seu lado?”
– “Sim, sim. Conversei com ela sobre nós, sobre você e todas as consequências depois do casamento!”
– “Isto quer dizer que Valentine assumiu-se?”
– “Não totalmente, te conto os detalhes aqui, mas pra vc entender, mamãe sabe que quero viver como mulher, incluindo ser sua namorada, Vanessa também já está ciente disto e me apoiando, vamos nas férias pensar estratégias para contar para minha família, ver como isso se comporta na universidade, enfim, decidir os rumos daqui pra frente.”
– “Ela aceitou de boa?”
– “Mãe é assim, mas ela já desconfiava, conversamos isso mais adiante, complexo falar por fone, mas venha aqui, temos muito que falar.”
– “Tá bom, mas posso falar pra minha mãe que estamos namorando?”
– “Ué, não estamos ?”
– “Não sei, digo, eu te considero minha namorada, mas não oficializamos, digo avisar todos, aquele anel de compromisso, essas coisas!”
– “Tá então não estamos namorando, pronto, simples assim, tchau!”
Desliguei meio emburrada, nem dei chance pra ele falar mais nada, ele tentou ligar mais umas 3 vezes e não atendi, mandou uma mensagem se desculpando que não soube se expressar e eu nem dei bola.
– Ué filha, disse mamãe, por que tratou ele assim, eu tinha entendido que estavam namorando, inclusive que estava separada da Vanessa, por que todo esse stress.
– Ah mãe, ele vir com “posso falar pra mãe”, aí me irritou, não temos que ficar dando explicações, é um namoro simples, sem compromisso, sem “anel de compromisso”.
– Ei, filha minha não fica de namoro, cada dia com um, não quero ter uma biscate, vamos com respeito e calma nestes relacionamento hein, não foi assim que combinamos quando decidiu namorar a Vanessa, e com esse menino não será diferente.
– Tá eu sei, o que eu quis dizer, que eu tenho enormes problemas pela frente e não será um anel no dedo ou uma futura sogra que irá salvar o mundo, o meu mundo que imagino virar de cabeça pra baixo em breve.
– Verdade filha, desculpa, viu até entre a gente as coisas podem ser interpretadas erradas, de um tempo e converse com seu “paquera”, acerte estas coisas, seja direta e clara e se achar melhor, fica só e resolva sua vida primeiro.
– Tá, desculpa, vou colocar as coisas em ordem, tá mais rápido do que imaginamos tudo isso, e olha que eu e Vanessa ficamos horas colocando cada possibilidade no papel e como agir, nosso maior medo é eu me deprimir ou me machucar ao final de tudo.
– Filha, você tem dúvida sobre sua sexualidade?
– Não, sobre isso não, tenho medo do que irei enfrentar, do que irei perder e do que irei ganhar, sei que gosto de meninas, gosto de meninos, se for pra ser clara, eu gostei de transar com meninos.
– Espere, meninos, no plural ? Afinal de contas, você anda transando por ai é isso?
– AI mãe, pare, eu tive 3 meninos até hoje, o Robson, e mais dois amigos, e quer saber, chega de falar disso, mas ponha em sua cabeça que não sou uma puta ou uma biscate, estas 3 pessoas foram importantes pra eu chegar aqui agora desse jeito que estou, feminina, é isso.
– Tá filha, desculpe novamente, tá difícil pra mim também, perdoe-me pelas palavras.
– Olha, eu que peço, esqueço que o esforço é seu, da Vanessa e logo será de papai e todos mais na família, desculpe mesmo, bom vamos pra casa, a Vanessa vai sair com umas amigas e nós duas vamos pro shopping pegar um cinema, topa?
– Vamos sim.
Vanessa apenas ficou todo esse tempo de mãos dadas comigo, na verdade apertava minha mão conforme eu me excedia … ela cuidava de mim, isso eu tinha certeza.
Mamãe chegou indo para o banho e eu fui pro quarto, Eu não sabia ainda o que iria vestir, sai do banho, coloquei um roupão, sem nada por baixo e fui pra sala ver a programação de filmes. Não demorou muito mamãe apareceu arrasadora, fazia tempo que não via minha mãe tão elegante e maquiada.
– Ué filha, não vamos sair, por que não está pronta?
– Ah mãe eu vim ver os filmes e opções.
Fui falando e ela descartava, daí falava o próximo e falava que preferia o anterior e nesse troca, muda e tudo, bom decidimos por uma comédia romântica, bem coisa de mãe e filha. Pedi licença e fui me arrumar.
Até então eu apenas estava usando saia, tops, mini saia, mas queria impressionar mamãe, mostrando-me mais feminina, mesmo usando uma calça, escolhi a mais apertada, de uma cor clara jeans, dai vesti por baixo meu menor fio dental, e em cima um top com transparência e por baixo o sutiã, seios, de forma que não aparecesse que eram falsos, tratei de me maquiar mais jovial possível, mas sedutora, coloquei um salto 12 de uma calçado que já conseguia andar tranquilamente e assim apareci na sala.
– Uau, de uma voltinha filha!
Eu girei, meia volta, como tinha deixado o celular na sala, me abaixei pra pegar, de forma a salientar minha bunda e a calcinha, no que ouvi da mamãe.
– Nossa que corpo hein filha, e pelo visto aí atrás é tudo original hein, que tamanho é essa calcinha que quase não aparece, apenas um triângulo minúsculo ali em cima, bom tem a quem puxar, mas vire-se, eu fiquei numa dúvida, esses seios aí são mesmo os que compramos no casamento, parecem naturais?
– Não mamãe, é seios de silicone, mas com a roupa certa e a maquiagem certa eles passam como reais mesmo, quanto a calcinha bom a roupa exigia algo mais sensual né, mas não se preocupe é um fio dental, tem menores tá, esse ainda é comportado, precisa ver os da Vanessa. Mas a frente não ajuda muito na arte de escolher a calcinha, temos um brinquedinho fora do normal pra esconder né mãe.
– Realmente, quando criança já era diferenciado ali, nisso puxou seu pai, é uma pena para as mulheres perder essa delícia, digo, pensando no do seu pai, eu demorei pra aguentar, mas é delicioso quando ele resolve vir com força e fome.
– Nossa mamãe, credo, não entre em detalhes.
– Filha, mulheres falam disso pra mais, estou sendo ingênua apenas falando do tamanho, imagine se falo onde seu pai tem mais tesão ou o quanto de esperma ele me faz engolir.
Disse isso rindo e eu vermelha apenas fiz uma cara de “não duvido de nada mais”.
– Bom mãe, vamos então, já estou chamando o Uber.
Saímos, antes demos uma volta dentro do shopping, mamãe queria me comprar algumas coisas, paramos em bijuterias e roupas íntimas, ela me deu um lindo baby-doll no estilo provocadora, disse que queria que eu usasse hoje e depois só quando meu namorado viesse.
Eu achei abusado dela, mas tudo bem, ela havia me aceitado, havia aceitado que tinha namorado, nada mais normal aceitar que iriamos transar, afinal eu tinha dito isso para ela já, apenas não achei que ela agiria tão naturalmente e incentivando.
Foi tudo ótimo, depois do cinema paramos em uma lanchonete e jantamos uns petiscos ali, fui novamente cantada e mamãe também, afinal estávamos bem elegantes e sexys, sem exageros.
Achei estranho que mamãe até deixou o rapaz que a cantou sentar-se um pouco, mas também já estávamos quase saindo, depois ela me disse que não quis ser indelicada, mas eu na verdade bem que vi seus olhinhos brilhando ao ser preterida pelo jovem.
Em casa, fomos nos trocar, vesti o presente, e algumas das bijuterias e sentei-me no sofá, mamãe demorou mais um pouco, não entendi inicialmente a demora.
Vanessa chegou, falei que mamãe estava se trocando, assim ela ficou ali comigo, conversamos sobre nossos passeios e ela me confessou que uma das amigas a cantou novamente, mas ela não reagiu, apenas ficaram mais próximas, trocando mais confidências, mas sem beijo ou algo mais comprometedor, ela queria me falar antes para depois decidir se ficava com a menina.
Mamãe enfim saiu, parecia que tinha visto passarinhos, voltou com seu hobby delicado, mas senti ela mais sonolenta tipo como se tivesse recém saído de uma transa, aquilo me chamou a atenção, ai fui na cozinha e passei uma mensagem pra Vanessa na sala pedindo para ela procurar algo no quarto dela.
Dito e feito, entendi a demora, mamãe havia usado o consolo, havia lavado e tudo, mas ele não estava no local do jeito que Vanessa havia deixado, ela possivelmente foi procurar algo nas gavetas do banheiro, achou o brinquedo e acabou experimentando.
Não falamos nada, mas marquei isso pra depois falar com mamãe.
Vanessa me elogiou a roupa e bijuterias e falei que foi mamãe que me deu, daí mamãe saiu e voltou com um presentinho pra Vanessa, era um colarzinho tipo gargantilha combinando com uma pulseira.
– Nossa, que linda, não precisava, imagine que nem tenho nada para retribuir.
– Imagine Vanessa, é de coração, você já retribuiu cuidando de Valentine, aceite pois é de coração.
Ficamos mais um tempo e fomos dormir e eu troquei ideias com Vanessa, sobre o que ocorreu no shopping, depois no cinema e lanchonete, principalmente da cantada que mamãe recebeu, Vanessa achou que ela deve ter usado o consolo pensando no menino, o que eu concordei e rimos da imagem.
No dia seguinte mamãe já tinha um voo cedo, acordou, arrumou um café nos chamou e logo em seguida chegou o Uber e ela foi pro aeroporto.
Eu me desmontei, não havia usado a cola do dia do casamento, então essa saia em 48 horas e estava quase descolando, com o uso do removedor tirei, o mesmo fiz com unhas, e ajeitei novamente meu cabelo pra posição menos feminina possível.
Fui pra Universidade, para a Biblioteca na verdade, não ia assistir as aulas da manhã. Chegando lá me distrai mais com o celular, que nem vi um menino de veterinária que estava ali, sentar na minha frente.
– Olá, sou Pedro, tudo bem, eu estudo com sua namorada!
– Olá Pedro, prazer, mas eu não estou mais namorando ela, desculpe, sou Vicente.
– Sim eu sei seu nome, poxa espero que não tenham brigado, que seja algo consensual.
– Foi natural, mas em que posso te ajudar, não veio aqui apenas pra perguntar isso, ou foi ?
– Não, quer dizer, eu te vi aqui e como sempre te achei um cara legal vim conversar, te atrapalho em algo, se quiser me retiro, tudo bem!
– Não, desculpe, me expressei mal, na verdade quem me conhece sabe que às vezes falo coisas e depois percebo que fui indelicado, desculpe.
– Imagina, bom é o seguinte, vai ter uma festa na república, se tiver a fim de aparecer, convida a Vanessa.
– Obrigado, mas desculpe perguntar novamente, você está interessado nela, por mim ok, agora somos grandes amigos, ela é minha prima, não tem como não conviver com ela e afinal ela é uma mulher incrível, uma amiga especial.
– Primos, nossa, não sabia, bom na verdade queria convidar você pra festa, mas como sempre está com a Vanessa estendi o convite por respeito e educação, a Vanessa não faz meu tipo.
– Nossa não diga isso pra ela, é difícil não gostarem ou se interessarem por ela.
– É, mas … bom deixa quieto, veja ai se quer ir na festa, a Vanessa me conhece bem, troca uma ideia com ela ok.
Eu agradeci com um aceno e ele saiu, não dei muita importância, achei inusitado, mas logo de tarde quando fui buscar Vanessa no curso ela já veio me indagando.
– E aí, é sério que você não percebeu que o Pedro estava afim de você, te convidando pra festa?
– Afim, como assim, eu não entendi, ué ele falou com você.
– Sim, já faz um tempo que ele me dá indiretas sobre você, quando te viu sozinho ali na biblioteca resolveu puxar assunto, ele sabia que já não namoramos, mas usou pra puxar assunto, ele é um dos gays mais cobiçados do curso, é muito lindo, discreto e dizem que beija bem.
– Sério, nossa … que loucura ele se arriscar assim, logo com os AgroBrutos rsrs.
– Bobo, gay reconhece um gay de longe, talvez ele tenha percebido algo em você.
– Pode ser, bom então, vamos na festa juntos?
– Que parte de ser uma festa gay você ainda não entendeu?
– É, e você acha que devo ir?
– Ai não sei, mas irá se surpreender, é uma festa seleta e dizem que 80% dos gays de Veti vão e alguns de outros cursos, inclusive os Agroboys.
– Interessante, bom eu indo me assumo gay né?
– Não necessariamente, simpatizante, depende do que fizer ou como fizer as coisas na festa.
– COISAS, como assim, Vanessa.
– Anjo, é uma festa gay, geralmente acaba em sexo, ou melhor, os casais ou trios vão se formando, vão pros quartos ou saem dali pra um motel, é difícil não ser comido ou comer alguém nesta festa, Pedro já nos contou várias aventuras destas festas, ele é muito amigo das meninas, inclusive foi namorado de fachada dessa minha amiga que se declarou pra mim, tipo o que fizemos lá no casamento, mas neste caso ele passou de hetero pra família dela num evento na região da cidade dela que ele foi por ser produtor rural.
– Hum, interessante. Você acha que devo ir?
– Depende, será caça ou caçador?
– Se soubesse que queria ir de Valentine, mas é um risco enorme, não vou, deixar pra lá.
– Vai, afinal será uma boa oportunidade pra você se entender sexualmente né, se de repente se sentir melhor sendo gay, sendo Valentine ou sendo Vicente, uma coisa te digo, quando souberem o que você tem aí escondido, será a atração da festa.
– Você diz do Pênis? Falando nisso mamãe me contou cada coisa dela com papai.
– Primeiro, se ele falou pra você, foi na verdade pra Valentine, nós mulheres falamos mesmo, eu mesma já contei pra mamãe dá surra de pica que você me dá e como é difícil aguentar tudo isso no cuzinho, menina natural isso, mas quanto a ser o Pênis, bom posso ser bem sincera?
– Deve!
– Se souberem do seu Pênis, todos vão querer quicar nele, mas se souberem também o quanto você gosta de um pênis, ai meu anjo, você só volta no domingo por que vão te dar uma surra de pica e de Cu que vai ficar pra história, ou melhor, Pedro irá contar essa façanha, ele sempre conta, apenas não diz o nome do santo, só do milagre.
Fomos conversando sobre outros assuntos até chegar em casa, como havia combinado de falar com Robson, já fui pro quarto me preparar, tomei um banho, make básica de batom e lápis, meu cabelo já estava mais comprido o que possibilitava uso de uma tiara. Coloquei um shortinho curto, com calcinha rosinha asa delta, um sutiã onde desta vez coloquei um enchimento avulso, uma regatinha por cima e uma sandália, os pés eu não tinha tirado os esmaltes e fiquei assim sentada na cama lendo aguardando ele ligar.